segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

"Guerra nas Estrelas" da revista Veja

Em reportagem de capa a revista VEJA publicou matéria intitulada “Guerra nas Estrelas” informando mais um embate que a astronomia faz com a Astrologia. A capa é o resultado do impacto que causou o astrônomo americano Parke Kunkle ao afirmar que está errada a regência astrológica milenar. Diz isso com a autoridade de um astrônomo querendo intervir na Astrologia, embasando-se no movimento de precessão dos equinócios, coisa que ele só descobriu agora, mas que Hiparco já no ano 100 a.C. estudava e calculava. O sr. Kunkle, e outros que pensam da mesma forma, quer inverter a ordem natural das coisas. A astronomia é filha pródiga da Astrologia e nunca o inverso. O fato incontestável é que a astronomia só passou a existir com o advento do modernismo, ou seja, há apenas 400 anos, enquanto a Astrologia já orientava o ser humano há milênios.

Muitos autoproclamados cientistas, das chamadas “ciências duras” que acreditam que somente elas são ciências (descartando inclusive os ramos humanos e biológicos do rótulo ciência), trazem o ranço da rejeição irrefletida e preconceituosa herdada da revolução dos modernos. O que de fato aconteceu na chamada revolução científica? Bem, além daquilo que todos sabem e desfrutam, o que aconteceu foi uma guerra entre duas culturas ou gerações e uma consequente e persistente perseguição por parte de quem ganhou a batalha e quis vingar o que havia sofrido anteriormente. Antes, os sacerdotes basicamente eram quem detinha o poder de acesso e posse do conhecimento, decidiam tudo sobre o conhecimento e julgavam tudo conforme este seu conhecimento. Abusaram demais disso, cometeram injustiças terríveis, guerras, carnificinas, etc. Os antes “ignorantes” se revoltaram, fizeram a revolução e “mataram Deus”. Na queima e negação cega de tudo que era tido como verdade e poder de antes, rotularam os conhecimentos antigos e primitivos de crendices, charlatania, engodos, falsas ciências, etc. E, neste verdadeiro “balaio” também foi colocada a milenar Astrologia. Então, milênios de conhecimentos e experiências da Astrologia foram jogados fora e ela foi substituída pela insipiente Astronomia e a também milenar Alquimia foi substituída pela “moderna” Química, por exemplo. Assim está desde então, os nossos “cientistas” atuais repetem os preconceituosos, revoltados e despeitados “cientistas” medievais e nem se apercebem disso. Recomendo a leitura de dois livros, para aqueles que desejam saber um pouco mais sobre este assunto (não necessariamente conforme a minha abordagem): “A Estrutura das Revoluções Científicas”, de Thomas Kuhn; e, “A Ciência e a Filosofia dos Modernos”, de Paolo Rossi, Ed. Unesp, 1992.

Muitos dos cientistas modernos eram astrólogos: Copérnico, Tycho-Brahe, Galileu, Kepler e Isaac Newton, por exemplo. Na história da Astrologia, todos aqueles que estudaram a Astrologia para provar que ela não é uma ciência, tornaram-se astrólogos.

Da mesma forma, aqueles que acreditam que a Astrologia não condiz com a religião, não sabem que grandes e importantes astrólogos ao longo dos anos foram religiosos. O Santo Alberto Magno (Alberto de Colônia), por exemplo, considerou a Astrologia como uma ciência legítima; São Tomás de Aquino viu na Astrologia ensinamentos complementares à visão cristã.
Tamsyn Barton em seu livro “Ancient Astrology” (1994) afirma que o filósofo natural Plínio, o velho, em seu grande compêndio sobre os recursos naturais menciona Berossus, o escritor babilônico, que considerava que a Astrologia foi trazida à Grécia da Babilônia. Segundo Berossus, observações astrológicas foram realizadas na Caldéia por 490 mil anos! Barton em seu livro cita também o historiador grego Diodorus Siculus que ficou impressionado com a antiguidade da ciência estelar preditiva dos caldeus colonizadores do Egito e que este conhecimento datava de 473.000 anos! Em seu livro ele diz ainda que outros mais conservadores creditam o registro de 373 eclipses solares e 832 lunares em pelo menos 48.863 anos entre o período pré-dinástico egípcio (paleolítico inferior, de 700 mil a 270 mil a.C.) até Alexandre (Dinastia Macedônica, em 332 a.C.). Neste livro encontramos que a Astrologia Mesopotâmica está registrada no livro “Nos dias de Anu e Enlil”, originalmente Enuma Anu Enlil que tem entre 6.500 a 7.000 estudos astrológicos, celestiais, atmosféricos e fenomenológicos. Conforme Barton, o primeiro horóscopo pessoal babilônico é datado de 13 de janeiro de 410 a.C. Mas, poucos dias após aparece outro horóscopo, este com as posições dos planetas, em 29 de abril de 410 a.C:
... filho de Shumausur, filho de Shuma iddina, descendente de Déké, nasceu. Nessa data a Lua estava abaixo do chifre do Escorpião; Júpiter, em Peixes; Vênus em Touro; Saturno em Câncer; Marte em Gêmeos. Mercúrio, que havia estabelecido [para a última hora], foi [ainda] in [visível]. Mês Nisan...

Este astrônomo da reportagem, o Kunkle, quer reduzir a milenar (no mínimo 2.500 anos!) regência do signo de Escorpião que sempre foi de 30 dias para apenas sete! E, ainda, introduzir Ophiucus (Serpentário) no Zodíaco. Na semana que vem ele irá descobrir então que falhou em suas “brilhantes” análises e que do outro lado do Zodíaco deveria também incluir a constelação da Baleia. O senhor Kunkle ignora que ignora a Astrologia, ele a confunde com a sua astronomia. Apesar de quase que homônimas, são muito distintas entre si e não podem ser “medidas” ou analisadas com os mesmos valores, conceitos e instrumentos. Enquanto a dele se ocupa do corpo das estrelas e planetas, a Astrologia se ocupa da alma e da consciência de tudo que é vivo. O objeto de estudo da astronomia é a matéria cósmica concreta e tangível e o objeto de estudo da Astrologia é a consciência, as leis e as verdades cósmicas, tanto no macro universo como no micro universo, tanto no inconsciente coletivo como no inconsciente individual. Ou seja, muito além e acima do horizonte da astronomia; muito mais profundo e amplo; que não consegue sequer divisar estes horizontes, pois os seus olhos se dirigem apenas para o chão, enquanto que a Astrologia olha para frente, para os lados e também para cima. Enquanto a astronomia é uma ciência humana (criada pelos homens), a Astrologia é uma Ciência Estelar.

O homem concebe, compreende e utiliza os conhecimentos astrológicos de acordo com o seu próprio nível de consciência. Se ele utiliza 3% ou 10% de seu potencial de consciência, como muitos afirmam, é também neste nível que ele compreenderá e verá utilidade para a Astrologia em sua vida. A Astrologia é uma ciência para ser vista com os olhos interiores, com os olhos que vêem a verdade além das aparências.

Quem afirma que os astros influenciam a vida das pessoas ignora a real origem e fundamento da Astrologia. Deveria pesquisar mais e melhor para não se confundir e nem confundir terceiros. Um dos fortes argumentos dos astrônomos é que não existe influência FÍSICA dos planetas sobre os seres vivos. Sim, isso é uma realidade incontestável, sendo a Lua a única que pode realmente exercer certa influência em razão de sua proximidade, bem como o Sol. Mas, os leigos desconhecem que o psiquiatra suíço Carl Gustav Jung já descortinou há muito a questão astrológica quando em seus estudos arquetípicos e simbólicos redigiu suas obras, mais especificamente uma sobre a Sincronicidade. Acreditar que os planetas influenciam as pessoas seria o mesmo que acreditar que se um relógio parar o tempo também irá parar. Ora, a Astrologia não é o estudo das influências dos astros como muitos afirmam erroneamente.

Equivoca-se também quem, como o psiquiatra Paulo Gaudêncio da reportagem, afirma ser a Astrologia motivo de crença ou fé. Mas, este tipo de análise é esperado por parte de quem não conhece a ciência astrológica, até porque um psiquiatra é muito mais um médico do corpo do que um psicólogo da alma (sua própria formação acadêmica atesta isso). Em meu livro “Tudo o que você queria saber sobre Astrologia e não teve a quem perguntar” abordo esta questão e a explico em poucas palavras.

Cientistas já tentaram “colar” o rótulo de pseudociência à Astrologia, mas este argumento apesar de repetidamente ser jogado contra a ciência astrológica, nunca foi aceita e nem o será. Isso ocorre porque se forem aplicados os conceitos científicos de Karl Popper, Thomas Kuhn e Paul Feyerabend (Círculo de Viena) quanto à sua cientificidade a Astrologia seria considera ciência! Isso nos prova exaustivamente a profa. Dra. Cristina de Amorim Machado em suas pesquisas epistemológicas (A epistemologia estuda a origem, a estrutura, os métodos e a validade do conhecimento) tanto de graduação em Filosofia quanto na sua dissertação de Mestrado. Ela conclui sua dissertação afirmando que: “O resultado dessa análise explicitou a insuficiência dos critérios propostos para excluir a astrologia do conjunto das ciências. Mais do que isso, esse resultado deixou claro que a astrologia ou é ciência, ou, se não é, esses critérios são inócuos”.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Ainda sobre o debate da existência de Deus

Este debate sobre a existência de Deus me lembra o fato de que na Idade Média uns acreditavam que a Terra era o centro do mundo e outros não achavam isso.

Até hoje tem gente que não acredita que o homem foi à Lua ou mesmo que Hitler fez o que fez.

Sabiam que se um dia o Sol se apagasse derrepente, de uma hora para outra, nós só saberíamos ou sentiríamos isso após OITO MINUTOS? Pois é!

A verdade está além do que se acredita e do que não se acredita, ela é o que é.

O conhecimento oriental nos brinca com o símbolo do Yin e do Yang em que no cerne do Yin existe um pouco de Yang e vice-versa:

yin-yang.jpg

Igualmente, em nosso corpo temos os dois hormônios, tanto o masculino quanto o feminino, sabiam? Psicologicamente falando, os homens têm em sua psiquê a ânima, seu lado feminino, e a mulher o seu ânimus. Sem o hormônio masculino a mulher não menstruaria e o homem sem o hormônio feminino não produziria esperma.

Da mesma forma, dentro da objetividade existe um pouco de subjetividade e o contrário é verdadeiro. A suposta impessoalidade ou imparcialidade científica é falha vista que sempre o dito cientista olhará seu objeto de conformidade com seus próprios paradigmas, sejam eles quais forem.

Precisamos nos esforçar para nos posicionarmos no terceiro ponto, mais elevado e transcendente, para podermos debater nas mesmas bases. Caso contrário, será uma verdadeira Torre de Babel.

Uma das razões do debate ou dúvida sobre a existência de Deus se deve ao grave equívoco no enunciado de que o mau existe.

Realmente, se a pessoa afirmar que o mau existe e também o bem, esta pessoa ficará irremediavelmente sob odomínio da dicotomia, tal qual o Ritual do Companheiro Maçom adverte.

O maçom, principalmente o Mestre, deve ver as coisas pela terceira ponta do Sagrado Triângulo, pela óptica do vetor resultante entre os ortogonais real e imaginário, acima do bem e do mal, pela síntese entre tese e antítese (Dialética), além do passivo e ativo, masculino e feminino. Aí se encontra a divindade, a Verdade e a Justiça.

Outro dia recebi uma outra mensagem que ilustra com simbolismo esta questão. Na mensagem consta umsuposto diálogo entre Einstein e seu professor, este que afirmava a não existência de Deus (se não me engano). Mas, naquele diálogo "Einstein" ensina que não existe o frio, e sim a ausência ou redução do calor (movimento molecular), bem como não existe o escuro, senão a diminuição da luz. Da mesma forma, o mal em si não existe e sim um distanciamento de Deus apenas.

Como escrevi anteriormente neste grupo, Deus unifica, tal qual um ímã ou um cimento. Seu distanciamento é a fragilização desta união e consequentemente ocorre a dissociação (fragmentação) das coisas. Desta forma não é lógico e nem possível existir uma unidade maléfica, visto que sua essência seria oposta à unidade, seria a total e absoluta dispersão ou inexistência do mal. Se a unidade é a afirmação de algo, o mal seria a negação da existência de algo. Por isso que o Diabo não existe. Se o Diabo personificasse o mal, ele seria uma unidade que condensaria em si o mal. Ora, uma unidade só pode existir em virtude de algo que aglutine, que una, que integre, algo semelhante ao amor ou à unidade. Ou seja, se o Diabo existisse ele seria forçadamente Deus.

A existência de Deus


Dia destes recebi uma mensagem interessante. Era um diálogo entre um cliente e seu barbeiro.

O barbeiro dizia que Deus não existe e referendava seus argumentos com as injustiças que existem, catástrofes, pobreza, pestes, pedofilia, etc. Se Ele realmente existisse não deixaria isso acontecer.

O cliente ficou calado, ouvindo os argumentos lógicos do barbeiro. Ao sair, sobrou a esquina e logo viu um morador de rua, com o cabelo todo desgrenhado, sujo, comprido; horrível mesmo. Neste instante ele voltou à barbearia e entrando disse: - Não existe barbeiro!

Seu barbeiro ficou perplexo e disse: - Lógico que existe barbeiro, olha eu aqui! Está dizendo sandices.

- Não existe não! Afirmou o cliente. -Acabo de encontrar um morador de rua com o cabelo comprido, sujo, todo desgrenhado. Ora, se existissem barbeiros isso não seria possível, conforme sua própria lógica!

- Mas, respondeu o barbeiro, se ele está assim é porque nunca veio até mim, ora essa! Isso não significa que eu não exista!

- Pois é, disse o cliente, seu raciocínio também deve servir para a questão de Deus, não é mesmo?



A verdadeira espiritualidade é uma questão de experimentação, de vivenciação. 
Quem já teve uma hierofania tem absoluta certeza da realidade incontestável da divindade.



Em ciência, ausência de prova de existência não é prova de inexistência 

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Compreenda melhor o que é a inteligência espiritual

Vi uma notícia super interessante e resolvi postar aqui. 

Leia:

Compreenda melhor o que é a inteligência espiritual


Eunice Ferrari
Recentemente, um neuropsicólogo da Universidade da Califórnia chamado Robert Emmons lançou a hipótese de existir um tipo de inteligência especifico, a qual denominou Inteligência Espiritual. Ainda não é algo cientificamente comprovado, mas já aceito em diversas áreas de atuação, especialmente no meio espiritualista.
Além das inteligências postuladas por Gardner (como citado no artigo anterior sobre os tipos de inteligência), ele postula que a inteligência possui também uma faceta espiritual. Emmons acredita que a inteligência espiritual possibilita ao possuidor um íntimo contato com o que chamamos de divino.
Além disso, essas pessoas teriam a capacidade de estabelecer um profundo contato consigo mesmas, com o mundo e com os acontecimentos da vida, que são normalmente enfrentados de uma maneira mais serena. Emmons acredita que está lançando a fundamentação científica para a espiritualidade humana, apesar de a espiritualidade ainda ser olhada como algo pouco comprovável no meio acadêmico.
No entanto, nos últimos anos, muitos cientistas têm percebido que o comportamento baseado na ética e no desenvolvimento de virtudes e melhora consideravelmente o relacionamento humano consigo, com o próximo e com a vida em geral.
Na verdade, para nós, espiritualistas, eu e você que está lendo esta matéria, pouco importam as teorias científicas, pois todos nós sabemos, baseados em nossas próprias experiências, que inteligência espiritual é somente um nome dado à experiências espirituais que a maioria de nós já tivemos.
Hoje a física quântica comprova a existência de Deus, da reencarnação e dos muitos estados de alteração de consciência que entramos nos momentos que praticamos a meditação. Se há uma inteligência espiritual, acredito que nesta fase evolutiva da Terra muitas almas têm encarnado com ela. No entanto, prefiro acreditar que somos todos possuidores da possibilidade de encontrar dentro de nós o espaço reservado para nossa busca pessoal de Deus e do encontro com a paz e a serenidade que todos nós buscamos.
Quer saber mais sobre o trabalho de Eunice Ferrari, ou entrar em contato com ela, clique aqui.

Ninguém é substituível

Recebi uma mensagem por e-mail que julguei muito interessante postar aqui no blog.
Apesar do texto não ser meu e não saber quem o escreveu (já o havia visto em outros lugares e oportunidades) comungo totalmente com seu conceito.

Segue abaixo:


NINGUÉM É SUBSTITUÍVEL !!!

QUEM DISSE QUE NINGUÉM É SUBSTITUÍVEL??? !!!
SOU ÚNICO SIM!!! ACREDITE

NINGUÉM É SUBSTITUÍVEL??? !!!

Na sala de reunião de uma multinacional o Diretor nervoso fala com sua equipe de gestores.
Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça: "ninguém é insubstituível"!
A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio.
Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada.
De repente um braço se levanta e o Diretor se prepara para triturar o atrevido:
- Alguma pergunta?
- Tenho sim. E Beethoven?
- Como? - o encara o Diretor confuso.
- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu Beethoven?

Silêncio…

O funcionário fala então:
- Ouvi essa estória esses dias, contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso. Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar. Então, pergunto: quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato?? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso?  Etc.?…
O rapaz fez uma pausa e continuou:
- Todos esses talentos que marcaram a história fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, mostraram que são sim, insubstituíveis. Que cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Não estaria na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe, em focar no brilho de seus pontos fortes e não utilizar energia em reparar seus 'erros ou deficiências'?

Nova pausa e prosseguiu:

- Acredito que ninguém se lembra e nem quer saber se BEETHOVEN ERA SURDO , se PICASSO ERA INSTÁVEL , CAYMMI PREGUIÇOSO , KENNEDY EGOCÊNTRICO, ELVIS PARANÓICO… O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos. Mas cabe aos líderes de uma organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços, em descobrir os PONTOS FORTES DE CADA MEMBRO. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.
Divagando o assunto, o rapaz continuava.
- Se um gerente ou coordenador, ainda está focado em 'melhorar as fraquezas' de sua equipe, corre o risco de ser aquele tipo de `técnico de futebol', que barraria o Garrincha por ter as pernas tortas; ou Albert Einstein por ter notas baixas na escola; ou Beethoven por ser surdo. E na gestão dele o mundo teria PERDIDO todos esses talentos.

Olhou a sua a volta e reparou que o Diretor, olhava para baixo pensativo. Voltou a dizer nesses termos:

- Seguindo este raciocínio, caso pudessem mudar o curso natural, os rios seriam retos, não haveria montanha, nem lagoas, nem cavernas, nem homens, nem mulheres, nem sexo, nem chefes, nem subordinados… Apenas peças…

E nunca me esqueço de quando o Zacarias dos Trapalhões  'foi pra outras moradas'. Ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim:"Estamos todos muito tristes com a 'partida' de nosso irmão Zacarias... e hoje, para substituí-lo, chamamos:…NINGUÉM…Pois nosso Zaca é insubstituível." – concluiu o rapaz e o silêncio foi total.

Conclusão:


PORTANTO NUNCA ESQUEÇA: VOCÊ É UM TALENTO ÚNICO! COM TODA CERTEZA NINGUÉM TE SUBSTITUIRÁ!

"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo..., mas posso fazer alguma coisa. Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso."


"NO MUNDO SEMPRE EXISTIRÃO PESSOAS QUE VÃO TE AMAR PELO QUE VOCÊ É… E OUTRAS… QUE VÃO TE ODIAR PELO MESMO MOTIVO… ACOSTUME-SE A ISSO… COM MUITA PAZ DE ESPÍRITO…"

É bom para refletir e se valorizar! 

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A Realidade é Complexa!

Ainda dentro do tema Realidade/Verdade, existe outro tema interessante que gostaria de partilhar.


Trata-se de uma aventura filosófica de minha parte.

Vejam, uma das ciências mais exatas, precisas e científicas que existe é a milenar Matemática.

1 - Bem, na Matemática existem os números Naturais (N) que são inteiros, não negativos e diferentes de zero.

2 - Existem também os números Inteiros (Z) que constituem-se dos números Naturais e seus simétricos (negativos).

3 - Temos também a seguir os números Racionais (Q) que são as frações (razão) entre os números inteiros.

4 - Chegamos então até os números Reais (R) que engloba todos os números inteiros e fracionários, positivos ou negativos, e também os irracionais. Os irracionais são os números Reais que não podem ser expressos como fração de outros inteiros (o número "Pi", por exemplo).

Parece até, e talvez seja, a evolução do conceito numérico da humanidade de acordo com sua evolução de consciência. Aliás, sabiam que quando se "inventou" o Zero foi um verdadeiro bafafá? É que o zero conceitualmente vai contra a idéia da existência absoluta do Todo, Deus. Mas, isso é coisa para outra discussão.

Até aí tudo bem, mas temos agora a questão dos números Imaginários (I) que são números que tem parte Real igual a zero. Na época de René Descartes acreditava-se que eles não existissem. Vejam, a Matemática não só conceitua como também usa, e muito, os números imaginários!

Mas, então, entre os números Reais e os Imaginários temos o número Complexo. O número complexo tem uma parte Real e outra parte Imaginária.

Na verdade, todo número é complexo, ou seja, tem um componente Real e outro Imaginário.

Vejam que até mesmo a Matemática conceitua que a realidade tem seu lado concreto, real e material e outra parte imaginária, pertencente à outra realidade diferente diferente da matéria tangível.

É algo parecido com os três graus maçônicos: temos o Grau 1, o Grau 2 e o Grau 3; uma visão material (1) da realidade, uma visão imaginária (2) e uma visão complexa (3) da realidade.

Acontece a mesma coisa com a energia elétrica, onde existe uma corrente elétrica existirá também um campomagnético. São campos ortogonais (perpendiculares) entre si e geram uma terceira força que é a térmica.


Em suma, a realidade é sempre complexa, um número nunca é só real, sempre terá seu componente imaginário, mesmo que seja zero. Mesmo o número imaginário também terá seu componente real, mesmo que seja zero.

A Verdade é simples, mas nossa visão dela é complexa


Após acompanhar muitas discussões e até mesmo participar de algumas delas me ocorreu publicar algumas ponderações pessoais acerca da Verdade.

Mas, porque a Verdade? É que as discussões mais acaloradas ocorrem justamente pela defesa ferrenha de alguma idéia ou posição tida como verdadeira por um irmão, idéia ou posição esta que se contrapõe a outra verdade professada ou defendida por outro (quando ambos bem intencionados e bem fundamentados em suas argumentações).

Também, porque somos Buscadores da Verdade por princípio maçônico, queiramos isso ou não.

Bem, penso que um dos caminhos mais seguros a seguir atualmente é o científico, por mais limitado e preconceituoso que se mostre (este é assunto para outro debate).

Na ciência não existem negativas, somente afirmativas. Uma pesquisa sempre vai afirmar algo, ela é positiva. Não existe forma de se negar que algo não exista, mas somente que algo exista. Por exemplo, não há atualmente ferramental teórico ou técnico para comprar que não existe alma, espírito, pensamento, etc. O que se pode dizer é que o corpo físico é comprovável e uma certeza universal. Mas, mesmo as certezas por vezes preconizadas pela ciência algumas vezes mudam, ou seja, aquilo que parecia verdade deixa de ser para abrir espaço para um conceito mais amplo e completo que o anteior. Isso porém sem garantias de que seja a verdade definitiva e absoluta. Foi o caso do conceito do átomo (última partícula indivisível da matéria, conceito que desmoronou com a Física Quântica). O mesmo ocorreu com a idéia de célula, menor corpo vivo ante ás bactérias e vírus.

Aliás, para os positivistas praticamente só as ciências ditas "duras" são consideradas como ciência mesmo: matemática, física, engenharia, etc. As ciências ditas "humanas" são via de regra muito subjetivas e têm seus objetos não claros e concretos, além de comprovações duvidosas (segundo este conceito). Um absurdo interessante é o fato de que a Metodologia Científica nasceu no seio da Filosofia (que por sua vez se originou dos estudos da Mitologia, Religiões, etc.). Pela análise rígida da Metodologia a Filosofia não pode ser considerada uma Ciência. Pode? Doido, né?

Bem, mas vamos voltar ao nosso assunto, a Verdade. Reproduzo abaixo um breve resumo de parte de meu livro "Astrologia na Maçonaria".

A Verdade é uma busca comum para todos, incluindo os filósofos, os religiosos e os cientistas.
Há quem diga que é impossível ao ser humano chegar à verdade visto que é limitado (imperfeito) e que a verdade reflete a Perfeição.
A verdade nasce do julgamento da mente a respeito das realidades e é justamente aí que pode residir o erro, o equívoco ou a limitação.
A realidade é anterior e posterior à ciência. Extrair a verdade da realidade é obter a razão da vida.

Temos alguns estados da mente em relação à verdade: ignorância, dúvida, opinião e certeza. Mas, podemos ter certeza da verdade?

Nada na Criação está fixo e definitivo. Todo o universo se encontra em expansão, segundo a Física, tanto no macro como no microcosmo. Nada está parado, nem mesmo o interior daquela pedra do calçamento, dentro dela existe movimento e portanto vida.

De acordo com a ciência temos alguns graus de certeza: absoluta, hipotética, metafísica, moral, científica, religiosa e vulgar.

Aqui já podemos perceber pontos de tensão em discussões de nossos grupos. Por exemplo, quanto ao "nascimento" da Maçonaria. Dependendo da linha de raciocínio seguido pelo maçom sua certeza pode ser metafísica ou científica. Uma abordagem não invalida a outra e também não detém a verdade absoluta. Em absoluto!

As evidências constituem as "comprovações" das verdades retiradas da realidade. Mas, de que vale uma evidência filosófica para um pesquisador que busca provas físicas, materiais?

Para encerrar este resumo, quero lembrar aos Irmãos que na Cabala judaica temos quatro "Mundos" da Criação ou formas de manifestação do GADU:

1 - Mundo da Ação (o físico) - onde pedra, por exemplo, é pedra e ponto final. Em Maçonaria poderíamos dizer que seja o nível dos "profanos";
2 - Mundo da Formação (abstrato, eu associo com as emoções) - onde esta pedra é um conjunto de partículas em movimento e um centro que pode ser energético. Em Maçonaria poderíamos dizer que seja o nível do "Aprendiz", aquele que vê a vida com outros olhos além das evidências materiais e considera outros fatores mais sutis da vida social;
3 - Mundo da Criação (abstrato, eu associo com as idéias) - onde esta pedra pode ser considerada um ser vivo, complexo. Em Maçonaria poderíamos dizer que seja o nível do "Companheiro";
4 - Mundo da Emanação (divino, eu associo com o espírito) - onde esta pedra é conceituada apenas como pedra e ponto final, sem especulações ou conceituações, porque ela é tida em seu sentido mais amplo e profundo; conceituar ou especular é querer limitar o ilimitado, definir o indefinível. Por isso este nível é o nível do segredo, do silêncio e da reflexão. Este é o nível do verdadeiro Mestre.


Por isso, penso que devemos respeitar as opiniões alheias, tentar entender de qual ângulo o irmão está olhando a questão e a nossa própria visão. Caso contrário, muitas discussões podem não contribuir para a busca da verdade e se mostrarem perda de tempo, energia e amizade sem sentido.

O Circumponto



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O tão badalado circumponto que Dan Brown explorou em seu último best-seller "O Símbolo Perdido" a meu ver merece realmente toda a atenção e estudo por parte dos maçons.


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O Circumponto é o círculo com um ponto em seu centro e encontra-se representado nos Templos sempre (no REAA pelo menos) ao lado do Trono de Salomão, no Oriente (lado direito do V.´.M.´.).


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O ponto no centro do círculo nos remete à idéia das órbitas (mesmo que estas não sejam circulares em sua maioria) tal como da Lua em torno da Terra ou mesmo dos supostos elétrons em torno do núcleo molecular (supostos porque na verdade os elétrons são nuvens que circundam o núcleo molecular e só se mostram como partícula quando fora da estrutura molecular).
Bem, para que exista órbita é necessário o equilíbrio entre duas outras forças a centrífuga (que "joga" para fora os elementos circundantes) e a centrípeta (que "puxa" para dentro os elementos circundantes, em função da força de atração dos corpos). Vejam, então temos TRÊS forças aí: 1) a centrífuga (poderíamos relacionar com os Aprendizes); 2 - a centrípeta (que poderíamos relacionar com os Companheiros) e a resultante que é a 3 - a orbital (que certamente poderíamos relacionar com os Mestres).

Vejam que maravilha, um simples símbolo pode nos dizer muitas coisas. Não é à toa que nossas Lojas são Simbólicas e que o estudo da simbologia é estimulado nos nossos rituais.

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O Circumponto nos conduz à idéia dos Totens, símbolos fálicos erigidos pelas mais diversas culturas, desde indígenas (de diversos continentes) até mesmo os egípcios. O Djed de Osíris é talvez o mais forte e mais importante símbolo fálico para nós maçons. Apesar de alguns estudiosos afirmarem ser o Djed o símbolo da coluna vertebral de Osíris, na verdade ele simboliza o falo que Ísis não conseguiu encontrar para recompor o corpo do deus egípcio (lembremo-nos que seu corpo foi esquartejado em 14 partes que foram espalhadas por todo o Egito por seu irmão - detalhe: para mim até hoje não está claro se o falo é a 14a parte de seu corpo ou a 15a, penso que a 15a parte faz mais lógica simbólica, visto o que este número significa). Qualquer estudante de Psicologia poderá afirmar que um totem, o Djed de Osíris ou qualquer símbolo ereto é algo notadamente fálico e, como fálico é masculino. Traz consigo a idéia de semeadura, semente, sêmen, de princípio ou origem, ou, por outro lado, de manutenção e perpetuação da vida. O mesmo acontece com todo e qualquer obelisco, por exemplo.

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O circumponto é talvez o maior símbolo da Unidade. Ele representa o Um como princípio, início, começo. Mas, precisamos analisar de qual óptica isso é feito, se olhando com olhos de números Naturais (tal qual um Aprendiz poderia fazê-lo) ou se com a visão dos números Inteiros (tal como um Companheiro poderia fazer. A diferença é enorme: falando-se em termos de números Naturais o Um é um e ponto. Mas, em termos de números Inteiros tem-se que levar em consideração também seu simétrico, ou seja o menos Um (-1). Os números inteiros trazem consigo esta idéia de simetria. Bem, então de acordo com a visão dos números Naturais o Um é único, mas na visão dos números Inteiros existe o Um positivo e também o Um negativo. Ou seja, dois princípios! Então, pensando assim o Um é na verdade Dois, um masculino e um feminino. Mas, e então o princípio único, qual seria? Seria o Zero, o Imanifesto. Isso é lógico visto que a partir da Criação Tudo é Natureza e portanto feminino e portanto Dual, inclusive o Um. Bem, isso é assunto para outro debate também.

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Mas, além da simbologia divina, o Circumponto também traz consigo a idéia de Unificação magnética. O ponto central é o núcleo ao qual tudo é concentrado, atraído, tal qual as hostes angelicais que cantam louvores à Deus, no nível mais elevado da hierarquia espiritual, os Serafins. Ele reúne, integra, reúne, religa ("Religare"), é o fator de união tal como o amor, o cimento das relações (diverso do conceito de processo de entropia universal - desarranjamento das moléculas ou caos na Criação). Este conceito também tem repercussões muito importantes. Vejamos, se quanto mais nos distanciamos da unidade (Deus, amor) mais perdemos Luz e também as moléculas perdem seu poder de coesão, ou seja, passam a se desarrumar, a "esfarelar", perde-se então a unidade como indivíduo ou coisa, seja lá o que for, voltando ao estado natural de átomos soltos livres. Isso nos leva à conclusão que não existe e nem pode existir nada que seja contrário à unidade, à Deus, visto que não teria vida ou existência. Ou seja, a idéia de um Diabo contrário à Deus é um absurdo, pois a idéia de Deus é a personificação (se assim se pode dizer) da unificação ou unidade ou mesmo da individualidade, seu oposto, o suposto Diabo seria algo que "personificaria" a dispersão, o fracionamento, a não vida, a não existência, a não materialidade! Interessante, né? Por outro lado, quanto mais nos aproximamos da unidade, mais indivíduos somos, mais próximos da Verdade e de Deus.

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Esta reunião em torno de uma unidade, reverenciando sua força, poder e benefícios pode receber um nome:Ritual. Por uso, um ritual pode ser a repetição regular de uma liturgia o que se torna um rito. Qual a vantagem ou importância disso? Um ritual geralmente tem a finalidade de representação de uma situação original, primordial, de quando estávamos mais próximos à Unidade Primordial, ou seja, mais próximos de Deus em alguma data ou circunstância. Isso se mostra benéfico no sentido de que a Unidade é sempre equilibradora, saudável, elevada, integradora, iluminada, verdadeira, amorosa. Ou seja, o ritual regular é recomendado para que sempre possamos realizar uma "correção de rumo" caso nos distanciemos da Unidade em razão dos constantes estímulos dispersivos que recebemos diariamente na vida comum. Este assunto é muito bem abordado pelo antropólogo Mircea Eliade em seus livros, os quais recomendo a leitura, principalmente o título "O Sagrado e o Profano".




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Astrologicamente o circumponto é o símbolo do Sol, que por sua vez representa a Vida, a Verdade, a Justiça, o sucesso, a realização, o Amor, a saúde, a lealdade, a sinceridade, a benevolência, Deus, o pai de sangue, os filhos. Para a mulher representa também o marido. Isso é lógico visto que o Sol nos mantém aquecidos e iluminados e por diversas outras razões mantém a vida como ela é, de forma "magnânima", ou seja, aquece e ilumina a tudo que esteja perto, de forma indistinta. É interessante a relação que se pode fazer entre o Sol astrológico com o mandamento de honrar pai e mãe. Veja, honrar o pai é honrar o Sol e honrar o Sol é reverenciar a própria vida da pessoa, seu amor próprio, suas possibilidades de sucesso e realização. Por outro lado, sua relação com seu pai se refletirá em sua vida, em seu modo de amar e de se portar como homem, como marido e como pai. Mais do que isso, sua relação com seu pai repercutirá também na relação que terá com a idéia de Deus, com a Verdade e a Justiça. É claro que sistemicamente analisando isso tudo se refletirá em sua saúde, seja ela orgânica, psíquica, social ou mesmo de natureza espiritual.

Bem, para mim está claro não só a importância do símbolo do Circumponto como também sua presença nos Templos maçônicos e sua singela simbologia de união, divindade, vida, verdade, justiça e paz.

  Qual a diferença entre Tarot e Astrologia?   Com mais de 40 anos de exercício profissional, percebi que é comum as pessoas não saberem...