terça-feira, 19 de março de 2013

A nossa fé promove a morte ou vida dos deuses

Desde crianças nos acostumamos a pensar que somos quase que verdadeiras “marionetes” de Deus ou dos deuses. Acreditamos que nada podemos fazer a eles, que são inatingíveis e nós somos extremamente fracos e limitados.



Em artigos anteriores já estudamos sobre o poder humano de criação baseado na união de sua vontade consciente e seu sentimento. 
Existem filmes que retratam uma suposta influência da fé dos humanos sobre a vida dos deuses. Um destes filmes é “Fúria de Titãs”. Nele os deuses da mitologia grega estão morrendo porque as pessoas não os acreditam mais.
Usando seu poder criativo o homem pode alterar a condição espiritual dos deuses. Isso pode soar estranho e até como blasfêmia para alguns. Vejamos.
No Antigo Testamento a descrição de Jeová é a de um deus vingativo, cruel, violento, preconceituoso e genocida. Existe uma frase que representa bem isso: “Samaria será tida por culpada, pois agiu rebeldemente contra o seu Deus. Cairão à espada. Suas próprias crianças serão despedaçadas e as próprias mulheres grávidas deles serão estripadas” (Oséias 13:16)”. 
Hoje o Deus bíblico que nos é descrito é um Deus de amor, união, paz, justiça, misericórdia. Na verdade nos parece que o Deus do Velho Testamento é um e o Deus do Novo Testamento é outro. O que ocorreu é que Jesus influenciou a fé humana alterando o conceito e a prática da divindade. Um deus é algo idealizado, perfeito, reflete aquilo que o homem imagina que seja o melhor possível a se atingir, uma meta, a mais alta aspiração. Assim nos parece que a humanidade antes de Jesus era mais egoísta, violenta, cruel e imediatista, já a humanidade após Jesus se mostra mais benevolente, compreensiva, meditativa e misericordiosa. 
A tendência de nossa sociedade parece ser de não mais acreditar em Deus e seus emissários, é condená-los à morte, assim como Friedrich Nietzsche decretou em sua obra “A Gaia Ciência” (seção 108 e seção 125). 
A criação e a morte de uma divindade também parecem ser possíveis. A figura de Maria, mãe de Jesus no início do cristianismo era de uma mulher comum. Em 1475 o Papa Sixto IV concedia o título de “Imaculada Conceição” à Maria, em sua Bula Praecelsa e o Papa Pio IX a consolidou como dogma de fé em 1854. O “mérito” de Maria parece residir apenas no fato de ter sido mãe de Jesus e, principalmente porque os dirigentes católicos queriam conquistar fiéis dos cultos antigos. A “técnica” utilizada foi se apropriar das características das “deusas” que elegiam como adversárias e incorporar estas características em Maria. O que era incompatível se denegria e execrava. Assim ficou decretado o declínio e quase morte da Deusa Mãe greco-romana, da deusa egípcia Ísis, da deusa Astarte dos fenícios e da deusa Lilith dos antigos babilônios, todas com referências, luz própria e tradições milenares em suas culturas.

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