domingo, 24 de abril de 2016

A Roda do Ano nos Hemisférios Norte e Sul

A Roda do ano representa o ciclo da natureza, do começo até o fim para então recomeçar tudo novamente. É o ciclo natural de todas as coisas no planeta: natureza (fauna e flora) e homens.

A Roda do Ano é um calendário místico espiritual que tem origem nos antigos povos pagãos (o termo “pagão” diz respeito à religiosidade do homem do campo). É utilizada para comemorações sociais até hoje, independente da religião professada, na maioria das vezes de forma equivocada. A grande maioria das pessoas nem sabe a real origem da Páscoa ou do Natal, por exemplo. Antes de qualquer religião existir no planeta Terra, a natureza já existia em seu ciclo perfeito. Pensar que A Roda do Ano vem de alguma religião, é um equívoco, pois ela representa apenas uma lei natural.


Todos os povos antigos, celtas, egípcios, gregos, africanos e indígenas de qualquer lugar do planeta, entre tantos outros, sempre comemoravam a Roda do Ano. Atualmente muitos povos e pessoas ainda comemoram da forma certa. Entre certo ou errado, você que vive no meio social, quer queira ou não, goste ou não, está inserido na natureza e seus ciclos, bem como participa das comemorações sociais à eles relacionados. O problema é que a verdade se fragmenta de acordo com a moda ou o marketing, perdendo assim o seu valor e a tradição. Agora vamos para as explicações sobre a Roda do ano.

Onde é o hemisfério do planeta no qual você se encontra? Se estamos abaixo da linha do Equador (divisão imaginária do planeta, é a parte de baixo) você vive a roda dos ciclos da natureza relativa ao Sul (outono, inverno, primavera, verão). Se está acima da linha do Equador, você vive conforme os ciclos do norte (quanto é verão no hemisfério Norte, é inverno no hemisfério Sul). Devemos seguir a natureza, pois esses festivais são ritos da natureza, ou seja, da Terra.

Podemos viver no sul e “rodar” pelo norte nas comemorações (comemorar como se estivéssemos no norte)? Sim podemos, se desejarmos apenas a energia social que fica mais forte, a egrégora, como exemplo é o caso do Natal. O Natal é uma comemoração típica de Solstício de Inverno. O nosso natal é comemorado no início do verão. Então por que nosso Papai Noel não vem de sunga, debaixo do sol tropical? 
No Brasil seria ideal então um Papai Noel sem renas, trenó e bonecos de neve. Já parou para pensar que não tem nexo a árvore de natal de pinheiro com neve no verão? Pois é, comemoram errado, a comemoração religiosa correta do Natal deve ocorrer na entrada do inverno. Devemos seguir o curso correspondente da natureza que nos cerca. Observemos, por exemplo, quando o milho cresce, quando a colheita chega, quando as flores desabrocham, quando o sol esquenta ou quando chega o frio e as folhas caem secas.
Por que então as comemorações do Hemisfério Sul seguem a Roda da Natureza do Norte? Percebendo e sabendo da evidência de que a Roda do Norte é oposta à Roda do Sul, porque muitos estando no Hemisfério Sul insistem em seguir a Roda da Natureza relativa ao Hemisfério Norte?
Possivelmente temos duas grandes e simples explicações para esta questão: primeiro porque as pessoas não se perguntam acerca da origem de muitos fatos e, segundo, por o marketing norte americano e europeu (EUA e Europa estão no Hemisfério Norte) é fortíssimo. O resultado é que as antigas tradições são esfaceladas em benefício do comércio e a Festa da Colheita acaba sendo comemorada na época do plantio.
Quem está certo? Olhemos a natureza, observemos os pássaros e os animais e saberemos o que é certo em termos de Ciclos da Natureza. É uma questão de opção do que se prefere seguir, o que existe é a energia das pessoas (social) ou a energia da natureza (fauna e flora). Você escolhe a energia que quer sintonizar. O ideal é que sigamos o Ciclo da Natureza conforme o local onde estamos, em benefício do que se objetiva. Sempre digo às pessoas que me perguntam: O que eu faço então? Respondo: “Observe o milho, observe as estações!”.

Na tradição antiga o Ciclo da Natureza também é chamado como “Roda do Ano”, que por sua vez é composta pelo que chamamos de os oito Sabás (festivais) do ano.  Temos que levar em conta a posição da Terra com relação ao Sol. O Sol é o nosso Astro-Rei, o amante, pai e filho, a figura central de toda essa roda que nos alimenta, nos sustenta e nos traz a vida na Terra através das estações perfeitas dos Equinócios e Solstícios.
O termo “Sabá” significa simplesmente “dia de descanso” ou, principalmente, “dia de adoração” (espiritual). Vem do hebraico e foi usado primeiramente no Gênese, mais especificamente no sétimo “dia”. “Guardar” ou respeitar o Sabá é um dos Dez Mandamentos católicos. Nos rituais da Roda do Ano são homenageadas duas divindades principais: a Grande Deusa que simboliza a própria terra, e o Deus Cornífero, protetor dos animais, dos rebanhos e da vida. Esotericamente, há milênios, a humanidade comemora os equinócios e solstícios, o início das estações da natureza. É uma oportunidade de sintonia com as verdades cósmicas dos ciclos de vida em nosso planeta.

 Solstício: Significa o início do Verão ou do Inverno. É a época do ano em que o Sol incide com maior intensidade em um dos dois hemisférios. Isso ocasiona a diferença tanto de temperatura quanto de duração do dia e da noite.
Equinócio: Momento em que o Sol, em seu movimento anual aparente, corta o equador celeste, fazendo com que o dia e a noite tenham igual duração (Primavera ou Verão).

A Roda do Ano e as Festas Católicas
O catolicismo por séculos esteve intimamente ligado com as conquistas militares, reinados e política expansionista. Ele adotou o nome de doutrinação ou catequização para justificar sua estratégia de conquista e domínio.
Uma das formas de doutrinação era justamente se apoderar de templos e celebrações dos povos e culturas conquistadas. Isso porque ir contra tradições seculares, arraigadas nas culturas, era algo impossível de obter sucesso. Simplesmente mantinham muito das tradições originais mudando apenas nomes e divindades. Assim, o povo continuava com suas tradicionais comemorações, porém cultuando o que o catolicismo indicava.
O exemplo mais flagrante e evidente é o caso do Natal. No paganismo o Natal (Solstício de Inverno) no Hemisfério Norte é época de se comemorar o Nascimento do Menino Deus. A Igreja Católica então, que não sabe até hoje quando de fato Jesus nasceu, resolveu divulgar que o Cristo havia nascido na mesma época. Pronto, trocou-se então o culto pagão do nascimento do Deus Menino, filho da Deusa Natureza e do Deus Fecundador, pelo nascimento de Jesus. Assim procederam com as outras datas religiosas antigas.

Samhain: 31 de Outubro (Hemisfério Norte) e 1° de Maio (Hemisfério Sul).
Este Festival marca o Ano Novo ou o início de uma nova Roda do Ano. Samhain é o festival dos mortos, hoje rotulado como Halloween ou Dia das Bruxas. Também é Dia dos Mortos cristão que na verdade é uma celebração de origem indígena (pagã), atualmente o catolicismo tem esse festival como o “finados”. De uma forma ou de outra os antigos comemoravam, visitavam os túmulos, alguns deixavam comidas e outros levavam flores. É uma época de meditação e reflexão sobre os ciclos da natureza, da vida e da morte. Época de conexão com os ancestrais que semearam a Terra no passado, como nós fazemos agora.

Todos os povos, seja no oriente ou no ocidente, no Hemisfério Norte ou Sul, no passado ou no presente possuem um dia para comemorar os mortos. Seja com festas, rituais, fantasias, flores e comidas nos túmulos, leituras de oráculos, missas ou mesmo um domingo de reclusão. O Dia dos Mortos é sagrado para todos os povos, comemorado ou não todos acabam entrando nessa egrégora. É momento de respeito por aqueles que semearam o passado e construíram o que está presente em nossa Terra.
Muito diferente de se celebrar os mortos como verdadeiros zumbis que apavoram, este é o momento de se celebrar as origens, a sabedoria antiga, nossas raízes. Também é momento para se refletir sobre o Ciclo da Vida de nascimento, crescimento, apogeu, fenecimento e morte. Aqui a morte é uma etapa intermediária entre uma vida e outra, assim como uma fruta apodrece e morre para servir de adubo para que sua semente brote e cresça viçosa.
Para as bruxas o Sanhaim é o dia em que o véu que separa o mundo dos vivos e o mundo dos mortos fica mais tênue.

Yule: 21 de Dezembro (Hemisfério Norte) e 21 de Junho (Hemisfério Sul).
Yule é a época do Solstício de Inverno que marca a noite mais longa do ano. O festival de Yule celebra o renascimento do deus Sol. Yule é denominado o Natal pagão, já que se comemora o renascimento de Deus Solar e a chegada do inverno. Em Yule celebra-se o amor, a união da família e as realizações do ano que passou. É tempo de reencontrarmos nossas esperanças, obter o coração rejuvenescido, se libertar das coisas antigas e desgastadas, renascer com a criança interior trazendo a pureza e a alegria.
O Natal cristão tem suas origens nessa antiga celebração pagã de Yule, o qual sempre é comemorado no início do inverno. Os costumes como a decoração da árvore de Natal, pendurar uma guirlanda na porta e mesmo o Papai Noel são adaptações de símbolos pagãos do inverno. O Pinheiro, o azevinho e outras árvores utilizadas no Natal são árvores de folhas duradouras e sempre verdes simbolizando a continuação da vida. Os sinos são símbolos femininos de fertilidade e anunciam os espíritos que possam estar presentes.
É desta antiga celebração pagã (Yule) que se originou o Natal Católico. A maioria das pessoas do hemisfério sul comemora o natal em dezembro, mas em nossa Roda do Ano o inverno começa em junho e não em dezembro. É incoerente ir contra as estações da natureza e comemorar o Natal com neve e pinheiro em pleno verão. As pessoas vão se adaptando as festividades sem saber a sua origem.
O tender (carne de porco) que é costume se comer na ceia de Natal, é uma oferenda antiga onde sacrificava um javali para obter a prosperidade para a família no novo ano em nome da Deusa e do Deus. 
Se pararmos para pensar nosso Papai Noel invernal deveria vir em junho, na entrada do inverno, juntamente com os pinheiros e o frio, as lareiras e as comidas típicas de tempo frio, quando aqui se comemora o “Dia de São João”.
Interessante se lembrar que na Maçonaria se celebram dois rituais de Banquete Ritualístico, justamente nos dois solstícios, os dias dos São Joães ou deus romano Jano (Janus). O deus Jano tinha duas faces, uma olhando para trás e outra para frente, uma voltada para o passado e outra para o futuro. Os maçons afirmam que as duas colunas conhecidas como “J” e “B” estão relacionadas com os signos zodiacais de Câncer e Capricórnio, justamente o passado e o futuro e daí a relação com os solstícios que ocorrem no início destes signos. No Banquete Ritualístico maçônico se fazem sete libações em homenagem aos sete planetas esotéricos. Tudo isso muito semelhante às tradições mais antigas e que os atuais maçons não se apercebem.

Imbolc: 1º de Fevereiro (Hemisfério Norte) e 31º de julho (Hemisfério Sul).
Imbolc, também chamado Oilmec e Candlemas ("Candelária ou festival das Luzes"). Celebra o despertar da terra e o crescente poder do Sol. A Deusa é venerada em seu aspecto de Virgem da Luz.
Imbolc é o festival das luzes do fogo. Um Sabá de purificação e de boas-vindas às primeiras manifestações da primavera. Época na qual celebramos as bênçãos da Deusa, a família e o retorno do Sol que volta a crescer, mas que ainda não ganhou força suficiente para banir de vez o frio do inverno.
A Deusa é representada por três mulheres, a poetisa (arte), a médica (cura), e a ferreira (magia), sendo conhecida como a deusa da Tríplice Chama ou Deusa Luminosa. É benfeitora da cura interna e da energia vital.

O festival de Imbolc tornou-se Candlemas (Candelária) nos tempos modernos com o Dia de Santa Brígida (Nossa Senhora da Luz ou Nossa Senhora da Candelária) e a Festa da Purificação de Maria, sendo celebrados durante este período. A deidade dos Celtas chama-se Brigith (deusa do fogo e da sabedoria) e a deidade dos católicos é a Santa Brígida. A versão cristianizada da procissão de círios (candeias) honra purificação da Virgem Maria e no México ela corresponde ao Ano Novo Asteca.
O Imbolc irlandês deriva do antigo irlandês imbolg "na barriga". Isso se refere à amamentação de ovelhas, pois nesse período as ovelhas, vacas e cabras entravam em seu período de lactação e começavam a produzir leite. Isso era um indício claro da proximidade da Primavera (adolescência ou de reprodução), é a celebração da Grande Mãe que dá seu leite sagrado, alimenta a nova vida. Em Imbolc podemos ver claramente a participação dos animais e sua época de lactação na natureza.

Ostara: 21 de Março (Hemisfério Norte) e 21 de Setembro (Hemisfério Sul).
Em Ostara o Sol aumenta e a terra começa a florescer, é comemorado o Equinócio de Primavera. Na Antiga celta/druida de Ostara também recebia o nome de Festival Luz da Terra. Ostara é ainda conhecida como Eostre ou Oster (Deusa da Aurora) ou Easter (Pascoa, em inglês). A deusa da primavera, da fertilidade, da ressurreição e renascimento tem como símbolo o coelho (um dos animais mais férteis da natureza e o primeiro a sair da toca após o longo inverno). Foi desse antigo festival que teve origem a Páscoa. A palavra "páscoa" significa "passagem". Uma das principais tradições desse festival é a decoração de ovos. O ovo representa a fecundidade e renovação da Deusa e do Deus, bom como a vida em essência e origem.
A Primavera ocorre cerca de 21 de Setembro no hemisfério Sul (com a entrada do Sol no signo de Libra) e 21 de Março no hemisfério Norte. O início da primavera marca a volta do Sol, época do ano em que dia e noite têm a mesma duração depois do inverno. A primavera é o despertar da Terra com sentimentos de equilíbrio e renovação. As flores e borboletas se desabrocham e toda a magia da natureza se mostra ao homem. O Festival da Primavera é um período para atrair prosperidade e encher a vida de energia renovadora, marcando o início do plantio, tanto físico como espiritual.
Na agricultura, sinaliza o tempo em que as sementes são plantadas e começam o seu processo de crescimento. Repare nos pássaros, é a hora deles semearem, cumprirem com sua função para com a natureza. Ostara é tido como um momento de aproximação e amor entre a Deusa (Lua) e o Deus (Sol), pois é um período de igualdade e equilíbrio entre as forças da natureza. Momento ideal para fortalecer a energia de complementaridade entre homem e mulher.

O ovo simboliza a fertilidade, é o símbolo de toda criação. O coelho também é um símbolo importante com a Deusa Eostre, na qual um coelho pedia favores à Deusa e em troca botava ovos, decorava-os e presenteava a Deusa com eles. Segundo uma lenda a Deusa ficou tão contente que desejou que toda a humanidade pudesse compartilhar de tamanha beleza e alegria. A história do chocolate teve seu início com as civilizações dos Maias e Astecas, que consideravam o chocolate como algo sagrado, tal qual o ouro. Os astecas usavam-no como moeda.
A Páscoa católica celebra a ressurreição de Jesus, seu “nascimento” para uma nova vida (espiritual).

Beltane: 1 de Maio (Hemisfério Norte) e 31 de Outubro (Hemisfério Sul).
Beltane ocorre no pico da Primavera, onde os poderes da luz e da nova vida se move através de toda a criação, simbolizando o Sagrado Casamento entre Deusa e Deus.
A veneração de fogo associado com Beltane é origina-se dos ritos de adoração Celtas ao Deus solar Belenus. A palavra Beltane vem do nome do Deus céltico “Bel”, que era o senhor da vida, da morte e do mundo dos espíritos. “Tinne” é uma palavra céltica que significa “fogo”. Assim, Beltane quer dizer “Fogo de Bel”. É o simbolismo da união entre os princípios masculino e feminino da criação, a união dos meios de todos os poderes que trazem vida a todas as coisas. Em Beltane comemoramos a fertilidade, o amor que dá forças a tudo e o “retorno do Sol” com toda a sua magnitude. Nesse momento as flores estão no auge para semear, os animais se acasalam e toda a natureza (que está na primavera) se casa para imortalizar sua espécie. Isso garantirá a manutenção da Roda da Vida da Natureza, a vida infinita.
Na Religião Antiga, a palavra "fertilidade" significa o desejo de produzir mais nas fazendas e nos campos. Em Beltane tudo está florido marcando a união sagrada da Deusa e o Deus, sendo nossos corpos os espelhos do plano divino.
Esse Sabá consiste de banquetes, antigos jogos pagãos, leitura de poesias e canções sagradas. São realizadas várias oferendas aos espíritos elementais, e os participantes dançam alegremente em torno do Mastro Chamado de Maypole (símbolo fálico da fertilidade), possivelmente origem da palavra e prática do sensual “pole dance”. Trata-se de um mastro enfeitado com fitas coloridas. Durante o Ritual cada membro escolhe uma fita de sua cor preferida ou ligada a um desejo. Todos devem girar trançando as fitas, como se estivessem tecendo seu próprio destino. Esta “trança” de fitas muito nos lembra a ilustração do DNA que também guarda uma íntima relação com o aspecto sexual e de garantia da progênie.
Já no catolicismo comemora-se o Mastro de São João (ninguém comenta sobre o símbolo fálico que seria de um Santo, assim poucos sabem a realidade do significado, pois seria um pecado ou heresia, segundo a Igreja). Interessante se lembrar que o “casamento na roça” é uma tradição muito forte das festas juninas que perdura até os dias atuais, à semelhança do casamento entre Deusa e Deus pagãos.
Em Lisboa, é tradicional uma cerimônia de casamento múltiplo do dia de Santo Antônio, em que chegam a casar-se de 200 a 300 casais ao mesmo tempo. Os santos juninos são Santo Antônio e São João, nessa época é comum fazer fogueiras, simpatias (magia) e adivinhações (oráculos). São os santos do casamento e da união.
Inicia-se Beltane acendendo, segundo a tradição, as fogueiras de Beltane ao nascer da lua para iluminar o caminho para o Verão. Em Beltane é costume pular a fogueira para se livrar de todas as doenças e energias negativas. Nos tempos antigos, costumava-se passar o gado e os animais domésticos entre as fogueiras com a mesma finalidade. Daí veio o costume de "pular a fogueira" nas festas juninas.
As mulheres usam coroas de flores e todos dançam ao redor das fogueiras. Os celtas celebravam Beltane em maio por causa do ciclo anual do hemisfério norte, era em maio que a “Rainha se casava”, tendo o nome de Rainha de Maio, tornou-se costume casar-se em Maio. Hoje a moda e as igrejas acham “chic” casar em Maio. Em Beltane se comemora o amor que deu origem a todas as coisas do Universo. Na roda do sul poderíamos casar em outubro, já que é a época do casamento da natureza; das flores e dos animais.
Na mitologia romana, Maia Maiestas (que empresta seu nome ao mês) é a deusa da fecundidade e da projeção da energia vital, e da primavera. Maiestas personifica o despertar da natureza na primavera e o renascimento; veio tornar-se a mentora de seu filho Mercúrio. Identificada como Fauna e “Bona Dea”, a boa deusa.

Litha: 21 de Junho (Hemisfério Norte) e 21 de Dezembro (Hemisfério Sul).
O Solstício de verão ou Litha é o dia mais longo do ano, é o início do verão. Por causa das propagandas e costumes muitos no Hemisfério Sul acham que é Natal, pois de fato no Hemisfério Norte é Natal (inverno). O que confunde aqueles que não compreendem ou não têm o conhecimento da origem dos festivais. Este festival é conhecido como a Luz do Verão (tradução do gaélico), é o êxtase máximo da união sagrada dos deuses na natureza, onde o poder da criação está mais ativo e o Sol finalmente alcançou o seu ápice.
O nome Litha é relativamente moderno e provavelmente é derivado da palavra saxã que significa "o oposto de Yule” (natal ou solstício de inverno). Litha marca o primeiro dia do verão sendo um dos oito sabás do paganismo. O termo pode ser usado especialmente no calendário das religiões Wicca e Asatrú.
Litha é um a celebração do fogo, momento em que o poder do Sol chega ao seu ápice e as flores, as folhagens e os gramados se encontram em abundância na Natureza. É o dia mais longo do ano, no qual o poder da luz se encontra acima da escuridão, garantindo poder e proteção. Nesse período celebramos a abundância, a luz, a alegria, o calor e o brilho da vida proporcionada pelo Sol. Nesse instante o Sol transforma as forças da destruição com a luz do amor e da verdade. Para os celtas, Litha é um período mágico onde o véu que separa o nosso mundo do mundo das fadas está mais fino.
O Litha é um Sabá do apogeu do poder do sol, o solstício de verão. É quando o Deus solar está em seu poder máximo, esse período é quando as plantas tem maior carga de poder, pois estão bem energizadas pelo astro rei, é um festival também propício para casamentos. Antigamente, os casamentos eram celebrados em junho para garantir-se a fertilidade, sendo esta uma data muito propícia, “embora diferente de Beltane”, que era reservada aos ritos de fertilidade e ao Casamento Sagrado das divindades.
O Solstício de Verão é o período de materialização de todas as nossas esperanças, onde projetos, sonhos e desejos lançados na época do plantio, começam a dar seus frutos, conforme o despertar da consciência, tornando-se realidade. O Deus em seu aspecto de luz está no auge de seu poder e é coroado como o Senhor da Luz. É uma época de fartura e celebração. O Solstício de Verão é o período de materialização de todas as nossas esperanças, onde projetos, sonhos e desejos lançados na época do plantio, começam a dar seus frutos, conforme o despertar da consciência, tornando-se realidade.
Quando falamos plantio queremos dizer daquilo que você “planta” seja o trabalho, no campo ou em um escritório. Todos nós plantamos e colhemos. Quando falamos de colheita pode-se dizer, não apenas, a colheita direto do solo como o agricultor que planta o milho, mas a colheita é aquilo que conseguimos no seu ciclo anual, o dinheiro arrecadado, a comida na mesa e todas as coisas que podemos desfrutar do nosso trabalho, o nosso ciclo anual, a Roda do Ano.

Lammas: 1º de Agosto (Hemisfério Norte) e 2 de Fevereiro (Hemisfério Sul).
Lammas, também chamado Lughnasadh (pronuncia-se Lunasá que representa Lugh o Deus do Sol para os celtas). É o Festival da Primeira Colheita, é o tempo da colheita do trigo, quando colhemos o que plantamos, quando celebramos os frutos do mistério da Natureza.
É a festa da primeira colheita que ocorre entre o Solstício de Verão (Litha) e o Equinócio de Outono (Mabon), uma época de agradecimento aos Deuses por tudo o que colhemos. Sendo gratos pela generosidade da Deusa em seu aspecto de Rainha da Terra.
O nome Lughnasadh veio de uma festa agrícola típica dos Celtas. Uma festa da colheita em honra ao deus do Sol, Lugh (o maior guerreiro dentre os celtas, pois derrotou os gigantes que exigiam sacrifícios humanos).

O nome Lammas significa "Missão do Pão (loaf Mass)", que representa o alimento (geralmente pão ou bolo e qualquer outra massa) feito com os grãos, farinha ou milho, que representam a colheita.  Este nome vem do costume medieval de levar os primeiros pães e bolos para uma celebração. A colheita farta levava os camponeses a fazerem seus pães e bolos, assim eles trocavam seus alimentos e todos podiam comemorar felizes pelo alimento que a Mãe Terra fecundou através de seus esforços na época do plantio. A colheita que celebramos é a colheita das vivências, sejam elas boas ou ruins, celebramos a fartura, não só a da mesa, mas também a fartura em nossas vidas em vários aspectos. É a celebração do “Pão Nosso” de cada dia.

Mabon: 21 de Setembro (Hemisfério Norte) e 21 de Março (Hemisfério Sul).
Em Mabon o equinócio de outono dia e noite tornam-se iguais. O Equinócio de Outono é o Festival da Segunda Colheita. O nome Mabon vem de um deus Celta (também conhecido como Angus), o Deus do Amor.
A Cornucópia é um símbolo representativo de fertilidade, riqueza e abundância nesse festival. Na mitologia greco-romana era representada por um vaso em forma de chifre, com uma abundância de legumes, moedas, frutas e flores se espalhando dele. Hoje, simboliza a agricultura e o comércio, além de compor o símbolo das ciências econômicas.
A cornucópia é o símbolo mais utilizado para representar o equinócio de outono, onde é cheio de frutas, grãos, moedas, folhas, castanhas e diversos outros símbolos de forma que eles sejam derramados sobre o altar. É tradição reunir os amigos para um jantar, a fim de celebrar a fartura e comemorar as conquistas do ano.

O significado da cornucópia provém da cabra Amalteia que na mitologia greco-romana amamentou Zeus enquanto criança. Significa a natureza nos dando a abundância na colheita, a eterna fartura da Terra. Do latim “cornu copiae” ou "corno da abundância", de “cornu” ou "chifre" e “copiae” ou "abundância, muitos recursos, posses". O próprio chifre é um símbolo fálico, representante do sagrado masculino. E, como a cornucópia remete a um chifre, é uma das representações mais utilizadas do Deus Cornífero nas religiões pagãs e neopagãs. O seu interior simboliza o útero da Deusa, quando cheio de alimentos simboliza a generosidade da terra fértil, representando o sagrado feminino.
Na noite de Mabon devemos pedir harmonia no amor e proteção para as pessoas que amamos. Deve-se agradecer o que se conseguiu conquistar na vida até o momento e também a manutenção da saúde e da própria existência que é uma dádiva divina. É a ocasião ideal para pedirmos por todos que estão doentes ou velhos.
As noites já começaram a ficar mais longas, desde o Solstício de Verão, é a época do renascimento para manter o eterno ciclo do nascer-morrer-renascer. Repare na Terra, é de fato o momento da segunda colheita.


Após o Mabon fecha-se o Ciclo, a Roda do Ano girou e voltamos a Samhain, o ano novo.
Todos os povos antigos e os povos atuais comemoram essa Roda do Ano, seja no Sul ou no Norte, tendo esse conhecimento ou não. Posso morar no Sul e seguir a Roda do Norte? Pode sim, mas saiba que você poderá ir através da egrégora e não da natureza ou das quatros estações, estará seguindo o contrário da realidade que te cerca. Mas, isso vai de cada um, a preferência de seguir a energia humana (social, egrégora) e seus pensamentos ou a natureza e seu ciclo.
Todos os povos comemoram o casamento, as colheitas, o Natal, a Páscoa, o dia dos mortos e as estações. Essa é a Roda do Ano, uma Lei de nossa Terra, uma lei não apenas humana. Ela é algo indispensável a todos os seres viventes que nascem da Terra e voltam para ela no fim de suas vidas (sejam humanos, animais, vegetais ou mesmo minerais). Somos parte da Natureza e seguir seu curso nos faz sermos dignos do merecimento de viver em uma Terra maravilhosa. Celebrar a Roda do Ano nos dá a honra de estarmos vivos para construir e evoluir dentro daquilo que nossos antepassados deixaram; nos faz humanos em sintonia com a grande Deusa, a Terra. E, sintonia significa harmonia, paz e saúde.

Por Letícia de Castro
Fundadora da Academia Ciência Estelar
www.cienciaestelar.org.br




A PRISÃO DOS MORTOS


Em todos os cantos do mundo astral por onde andei e estudei uma coisa eu pude observar, a morte. Para cada ser que morre a cultura proveniente exerce um tipo especial de ritual funerário. No planeta Terra, desde os sumérios (que se tem notícia atualmente), os povos têm o costume de enterrar os mortos ao invés de incinerar como era de costume antigo.



Ritual funerário Viking
No budismo e no xintoísmo, por exemplo, consideram abominável e vergonhoso a ideia de um corpo humano entrar em decomposição. Para as religiões do Oriente, queimar o cadáver é uma prática consagrada, tendo o fogo a função purificadora de libertar a alma. Para os povos Vikings, na maioria dos casos, o corpo que ia ser incinerado era vestido e adornado com joias e depois incinerado numa pira. Os celtas acreditavam na vida após a morte, seus guerreiros mortos eram munidos de armas e outros pertences junto ao corpo, depois do funeral eles cortavam a cabeça do morto e esmagavam seu crânio para evitar que seu espírito permanecesse preso. Para os judeus, o corpo não pode ser destruído, pois a alma se separaria dele lentamente durante a decomposição. Já os espíritas pedem que o cadáver não seja incinerado antes de 72 horas, segundo eles, esse é o tempo necessário para a alma se desvincular do corpo. Para os mesopotâmios a morte física não significava o fim da vida, para eles os mortos continuavam com uma existência animada na forma de um espírito.  Os povos gregos, romanos, hindus, celtas e algumas tribos indígenas também cremavam seus mortos. O culto cristão aos mártires do séc. VI, formou a crença que se os corpos fossem sepultados em lugares santos, a vida eterna e a ressurreição da alma estariam garantidas.

Capela dos Ossos em Portugal,  igreja de São Francisco, construída no século XVII. 
Cada corpo que é enterrado ainda possui seu vínculo com a Terra, não importa onde ou qual ele seja. A incineração é a libertação dos vínculos e apegos de sua vida terrena. A morte é o desapego. Assim os corpos enterrados ficam ligados à terra e não vão embora unir-se ao todo divino como deveria ser. O enterro pode ser uma prisão das almas nesse mundo. Seus antigos donos ficam vagando solitariamente pela eternidade até que algum dia sejam incinerados ou de alguma forma se dissolvam no éter. O costume egípcio de voltar a vida nessa terra criou a prisão dos mortos. O que mais é o Vale dos Reis no Egito? Uma prisão de mortos. O que é um cemitério católico? A prisão das almas na Terra. A Terra se tornou uma prisão desencarnada. Isso não é uma teoria, entendam que é real e alguns podem até mesmo ver isso. Não apenas humanos, mas animais também.

Temos que deixar partir, enterrar é continuar o apego, é um egoísmo tremendo irmos ao cemitério e rezar todo ano para a alma do ente querido, é reter ele nesse mundo mesmo depois de morto. Há pessoas que utilizam ânforas para guardar as cinzas do falecido em suas casas. E a Cinza não é parte do morto? Também não continua a existir? Primeiro que a forma humana já não existe, virou cinza, segundo que ela deve ser jogada ao vento e misturada aos quatro elementos e ao éter, assim voltará a ser una com o universo e estará preparada para evoluir sem estar presa à consciência da vida anterior.

Muito cuidado com seus apegos mundanos, ele poderá fazer de você uma “alma penada vagante”. Mais isso não é o pior, pior seria nos países que praticam a necromancia, podem escravizar a alma dos mortos. Isso é o pior que poderia acontecer a uma alma. Presa para sempre como escrava na Terra. Essas possibilidades de prisão eu vi com meus próprios olhos, é real, existe e 99% das pessoas não tem a mínima noção de nada disso.

Os egípcios, por exemplo, eram tão apegados que levavam seus pertences às mastabas para garantir não faltar nada na outra vida. Hoje o Egito é uma prisão dos seus ancestrais, um berço morto dos antepassados. Estima-se que o maior cemitério do mundo é o “Wadi Al-Salaam”, no Iraque, com mais de 5 milhões de corpos. Já a cremação, técnica que reduz um corpo a cinzas, foi criada por volta de 1000 a.C. pelos gregos e romanos, que acreditavam que o sepultamento era para criminosos e seria mais digno ter o corpo cremado.

Os cristãos adotaram o ato de enterrar os corpos através dos Hebreus. O povo hebreu criou o costume de sepultar os mortos que foi adotado pela Igreja Católica. Até 1964, a Igreja Católica não permitia que seus fiéis fossem cremados. Atualmente, mesmo sem a proibição, o hábito do enterro ainda continua muito forte em países católicos.
O que é uma tumba funerária? Uma mastaba. Pense no desenho. Tem uns maiores até com salões de ouro para quem pode pagar mais e abrigar toda a família morta ou uma simples gaveta sem luxo para os pobres. Isso não é semelhante aos egípcios e sumérios?

 No Brasil, os sepultamentos em igrejas existiram até a década de XX, quando foram construídos os primeiros cemitérios. Antes disso, apenas escravos e indigentes eram enterrados, enquanto os homens livres e ricos eram sepultados nas igrejas.


Pense nisso! Entenda que estamos criando “almas penadas” não deixando nossos parentes e amigos irem embora unir-se ao que é realmente divino, o todo. Por quanto tempo a humanidade materialista e apegada continuará aprisionando seus ancestrais? A nossa cultura cada vez mais tende a isso. O ser humano é tão apegado que se pudesse levaria até mesmo seu carro e o celular dentro do caixão. É isso que as religiões ligadas ao esoterismo querem dizer quando afiram que temos que desapegar. Não é jogar fora aquele xale bonito ou não ter onde morar, é simplesmente que estando vivo aqui é uma coisa, morto não pertence mais a esse mundo e chorar para que volte só trará mais aprisionamento para quem já se foi. Esse mundo não é o mundo dos mortos, mas da matéria viva. Deixar o corpo enterrado é ter um vínculo eterno com a terra ou a vida que teve anteriormente. Muitas almas nem sabem que morreram e ficam vagando na tristeza porque seus entes não o veem. Nem todos ficam vagando, isso depende do grau de apego e de outros fatores, mas o vínculo sempre existirá. Nosso vínculo é com o universo e não com uma determinada terra, lugar, espaço ou família.

Então reflitam! Até quando sua cultura o fará seguir os passos de um aprisionador de almas? Você é muito mais que apenas uma vida de menos de um século, sua alma é de milhões de séculos e muito provavelmente ela nem se originou desse sistema solar.

Texto elaborado a partir das experiências astrais, por Letícia de Castro.

Academia Ciência Estelar


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segunda-feira, 18 de abril de 2016

Impeachment da presidente

Impeachment da presidente

Uma lição para não se esquecer





O processo de Impeachment da presidente Dilma Rousseff nos trouxe uma importante lição de probidade que precisa ser definitivamente aprendida e fixada pelo Brasil. Disso depende nosso destino evolutivo de ser o próximo centro mundial, o berço da raça dourada, conforme apontaram espiritualistas.



Existem diversas indicações espirituais de que a América do Sul e principalmente o Brasil será evolutivamente o próximo berço de uma raça humana mais evoluída. Esta informação pode ser encontrada, por exemplo, na Teosofia e também nos ensinamentos de Chico Xavier. Mas, precisamos merecer isso, precisamos conquistar e precisamos nos preparar para isso. As verdadeiras benesses espirituais nunca são desmerecidas, nunca ocorrem sem o devido valor que as sustentem. Estamos em franco processo evolutivo, de uma forma que não haverá retorno. Apesar de muitas pessoas pensarem que estamos muito mal por ver na mídia tantas notícias de corrupção, abuso de poder, manipulação, etc., na verdade os brasileiros nunca estiveram tão conscientes quanto agora.

Tudo o que ora se vê e se sabe pela mídia e redes sociais sempre existiu. Não foi algo inventado pelo PT, Lula ou Dilma. O Brasil sempre foi a terra da “Lei de Gerson” pela qual o esperto sempre leva vantagem e engana o “otário”.

O PT em sua fundação teve o concurso de um grande mestre espiritual e cunhou uma missão ao partido: mudar de vez a forma de se fazer política no Brasil, preparando nosso povo para um futuro mais brilhante, justo, igualitário, transparente e fraterno.



O processo ainda tem que passar pelo Senado federal, mas nove entre dez especialistas afirmam que é irreversível. O que se viu não foi Temer vencendo Dilma, o PMDB vencendo o PT. Ficou evidente a insatisfação de uma nação (pelo menos sua grande maioria e isso se mostra evidente pelos movimentos espontâneos das ruas) quanto ao comportamento nada probo, ético, justo e responsável de personalidades da política nacional. Temer, Cunha ou o PMDB não ganharam nada. O povo em sua maioria já percebeu que precisamos de um perfil diferente de político, de governante, de representante.

Temos duas formas de cumprir nossa missão, ou de forma positiva ou de forma negativa. O PT exacerbou de forma caricata a corrupção institucionalizada que está grudada na política nacional tal qual um verdadeiro parasita. Não foi o PT que inventou a corrupção, as pedaladas, o abuso do poder e o controle dos poderes nacionais. Ele injetou uma poderosa força “contrastante” que fez nosso povo acordar, tomar consciência não só de sua existência e extensão como também de suas nefastas consequências para a nação.



É comum a expressão “rouba mas faz” como se fosse algo positivo para um governante e indicador de crédito e mérito. O Brasil precisa extirpar em definitivo este tipo de conceito, comportamento e aprovação. Já houve o Impeachment de Fernando Collor de Melo e agora o processo contra Dilma Rousseff. Estamos nos acostumando a nos manifestar e a tomar de volta o poder outorgado pelo voto nas urnas. Os corruptos devem aprender a lição e não ousar mais manipular a verdade, a boa fé e a expectativa da nação.



Não foi o PT que foi derrotado, mas sim suas “laranjas podres”. O ideal petista de justiça e igualdade social é um ideal semelhante ao de muitos outros partidos, a diferença está na forma que se busca para se chegar ao mesmo objetivo. As conquistas positivas das gestões do PT não devem ser esquecidas jamais e muito menos perdidas. O povo não permitirá isso e toda a sociedade já está consciente de sua importância.

Uma lição subjacente que ficou evidenciada é que não adianta beneficiar única e exclusivamente o que chama de “elites”, mas igualmente não adianta querer beneficiar única e exclusivamente o que se chama de “trabalhadores”. Há que se ter equilíbrio, harmonia, respeito e dar o devido valor a todas as atividades indistintamente. O mérito deve ser conquistado, pois isso enobrece a alma e justifica o desenvolvimento humano em todos os sentidos, inclusive econômico e social. O benefício de um extremo ou outro de nossa sociedade só acaba prejudicando a toda a sociedade, inclusive aqueles que inicialmente foram beneficiados. Estes acabam envergonhados, sem respeito, desmoralizados, humilhados ante uma nação indignada.



Quantos processos de Impeachment precisaremos testemunhar, viver e nos desgastarmos para que nossa sociedade e principalmente governantes aprendam a lição? É um desgaste nacional, todos, de todas as partes, saem perdendo. Cada vez mais não haverá espaço para atitudes, comportamentos de egoísmo, injustiça, tirania, hipocrisia, desfaçatez e engodo. O Brasil tem uma missão e custe o que custar, doa a quem doer, esta missão será realizada. Podemos caminhar de forma mais tranquila ou então optar pelo caminho mais duro.



Precisamos abrir espaço, valorizar e projetar pessoas honestas, corretas, harmônicas, conscientes, justas, mansas, tolerantes e espiritualizadas. Estas nunca tiveram espaço na política. Este cenário precisa mudar. Precisamos ter opções de candidatos que não assinalem com milagres, com mentiras mirabolantes que acalentam sonhos e que na verdade são ilusões que enganam. Precisamos votar mais conscientes se queremos ter governantes corretos, justos, equilibrados, harmônicos e construtivos, governantes que não sejam egoístas pensando somente em seu benefício próprio e de seus próximos, mas sim, de fato, pensando no povo que representa. Hoje as propostas sociais de campanha política existem até o dia das eleições, depois perdem lugar para jogos de poder e benefícios corporativos. Precisamos de governantes que honrem com seus compromissos, que sejam coerentes com suas propostas, que coloquem em prática seus discursos e que jamais usem “bandeiras” ou ideais para manipular as massas e a boa-fé das pessoas.



Sempre há algo de bom a se aprender de toda e qualquer experiência, em tudo está presente a divindade. Dilma Rousseff é uma irmã espiritual de todos nós, seja ela consciente disso ou não. Ela certamente teve e tem lá também suas lutas pessoais, mérito e esforços. Nenhum de nós é 100% bom e também não é 100% mal. Muitos acabam tomando o caminho equivocado por falta de conhecimento ou consciência, por falta de uma visão maior, mais ampla e completa. Todos temos um histórico pessoal, todos recebemos estímulos em nossa formação, estímulos estes que contribuíram para a construção de nosso caráter, nossos valores e crenças. Fernando Collor de Melo trouxe uma abertura comercial e a experiência do Impeachment que não nos esquecemos, não retrocedemos. Dilma Rousseff, saia ela do poder agora ou não, também deixa para o país uma lição importantíssima a se aprender.

O ápice do processo já foi atingido, agora ocorrem os desdobramentos e consequências. Não vamos reconstruir o país, mas sim aproveitar a oportunidade para construir um país melhor, diferente, mais justo e consciente, sem demagogia, manipulação e delírios eleitorais.

Será que aprendemos? Será que não precisaremos mais passar isso tudo novamente?



Será que aprendemos a não votar naquele que nos assinala benefícios fáceis, rápidos e pessoais em troca do voto e depois do voto desconversa e faz o que bem entende? Será que aprendemos a não votar pensando apenas no hoje, no imediatismo pessoal e sim pensando no coletivo do amanhã? Será que aprendemos a ouvir os adversários quanto às possíveis falhas e limitações de nosso candidato e assim nos aproximarmos do verdadeiro cenário e realidade do candidato? Será que deixamos de procurar e acreditar no “salvador da pátria”, perfeito e imaculado para saber de seu histórico pessoal, suas intensões, sua capacitação e competência? Será que deixamos de votar por causa de amizade, favor ou parentesco para votar de forma consciente? Será que aprendemos que o governante que nos dá algo de forma fácil também é o corrupto que tira de outro, toma um pouco para si, e lhe dá somente a menor parte para mantê-lo dependente e manipulável? Se não aprendemos a vida nos fará passar novamente por este processo, mais uma vez, porém cada vez o cenário é mais forte, pesado e traumatizante, até que aprendamos de vez.




As próximas eleições estão aí. O tempo é o grande juiz da verdade ...

domingo, 3 de abril de 2016

O Mapa Astral e a Obesidade

O Mapa Astral e a Obesidade - I



Visando contribuir com pesquisas e estudos astrológicos, compartilhamos abaixo algumas ponderações sobre a questão da obesidade. Nossas sugestões são o resumo de décadas de estudo, avaliação e comprovações no atendimento astrológico. Apesar disso não é o resultado de um estudo específico focado na questão e, portanto, serve como um ensaio preliminar para posteriores pesquisas.

Esperamos sinceramente que esta nossa sugestão possa contribuir com o diagnóstico da obesidade. Uma vez bem realizado o diagnóstico aí então podemos nos debruçar sobre a questão do tratamento alternativo com base nos conhecimentos astrológicos.

OBESIDADE
A obesidade hoje é considerara praticamente uma epidemia no planeta.
Há quem afirme que ela esteja relacionada com uma enzima e outros que esteja relacionada à uma bactéria. O fato é que existem pessoas mais e outras menos propensas a desenvolver a obesidade.

ÁGUA OU GORDURA?
Durante a prática astrológica observamos que a obesidade tem duas e distintas formas ou razões: por acúmulo de água e por acúmulo de gordura.
O acúmulo de água tem por planeta central a Lua.
O acúmulo de gordura, por sua vez, tem como planeta central Vênus.


POSICIONAMENTO DE LUA E VÊNUS
É claro que os signos onde se encontram estes planetas são determinantes em termos de desenvolvimento ou não destes acúmulos.
Assim, os signos de ar e de fogo tendem a não contribuir para o desenvolvimento da obesidade.
Já alguns signos contribuem efetivamente para o acúmulo de água ou gordura. Destacam-se aí os signos de Touro, Câncer e Sagitário.

Obviamente a posição de Lua e Vênus na Casa I contribui sobre maneira para a tendência à obesidade, mas também o são as Casas Fixas (2, 5, 8 e 11), Casa IX e Casa XII.



O FATOR JÚPITER
Quanto à obesidade, deve-se também considerar com muita atenção e cuidado o planeta Júpiter, visto que é o grande dispositor da Diabetes. Sabe-se que quando direto, aspectando Lua e Vênus (em harmonia ou desarmonia) se mostra um poderoso indicador de tendência para a obesidade. Mas, além disso, ele por si só pode também ser um grande fator de aumento de peso, principalmente se em desarmonia com Saturno.
A retrogradação de Saturno (principalmente em desarmonia com Lua ou Vênus) também “funciona” como Júpiter se tornando um fator de tendência para a obesidade.

OS COMPENSADORES
Outro fator a se considerar é o equilíbrio ou compensação que a secura de Saturno pode realizar sobre a humidade da Lua e que a combustão de Marte pode exercer na acomodação de Vênus. Por si só, Saturno e Marte retrógrados resultam como que Lua e Vênus no Mapa Astral.

DISPOSITOR DA CASA I
Talvez seja conveniente considerar também o planeta dispositor da Casa I, sua retrogradação, posição em termos de signos (de água ou fogo), aspectação com Júpiter, Saturno, Marte, Lua e Vênus.

O FATOR TEMPO
Observa-se que a despeito das tendências astrológicas, elas em si sofrem uma importante influência do tempo de vida e etapa etária em que a pessoa se encontra. Ou seja, uma pessoa com pequena tendência para a obesidade pode não apresentá-la durante a infância ou mesmo adolescência e somente na idade adulta por força da ação dos hormônios, estímulos e atividades.

FÓRMULA PROBABILÍSTICA
Talvez seja possível desenvolver uma fórmula simples considerando-se “pesos” de importância sobre indicadores pró e contra à obesidade e assim ponderar-se o “quanto”.
Ou seja, deve-se considerar sempre os cinco planetas: Lua, Vênus, Saturno, Marte e Júpiter.

Por exemplo, pode-se propor os seguintes pesos:

Lua ou Vênus na Casa I = +2
Ascendente, Lua ou Vênus em signo de Água = +2
Ascendente, Lua ou Vênus em signo de Ar ou Terra = - 1
Ascendente, Lua ou Vênus em signo de Fogo (exceto Sagitário) = -2
Ascendente, Lua ou Vênus em Sagitário = +2
Lua ou Vênus na Casa IX = +2
Lua ou Vênus na Casa XII = +2
Lua ou Vênus em Casa Fixa = +1
Saturno ou Marte (diretos) na Casa I = -2
Júpiter direto em desarmonia com Ascendente, Lua ou Vênus = +2
Júpiter retrógrado aspectando Ascendente, Lua ou Vênus = +1
Saturno ou Marte em harmonia com Ascendente, Lua ou Vênus = -1
Saturno retrógrado em desarmonia com Lua ou Vênus = +2
Saturno ou Marte retrógrados = +1

PONTUAÇÃO
Talvez seja conveniente informar que uma faixa de pontuação positiva desta “fórmula” sugerida a pessoa parte de uma tendência para até o sobre-peso e a partir de um determinado nível de pontuação seja obesidade até um outro patamar que chegue à obesidade mórbida.

Salientamos que estes números são apenas sugestões iniciais para um possível cálculo probabilístico e que não se trata de algo que já tenhamos feito e comprovado anteriormente. Eles surgem como esforço intelectual resultado da busca ou tentativa em se equacionar e quantificar a tendência à obesidade indicada em um Mapa Astral. Ou seja, o conceito da “fórmula” em si e seus números ou mesmo variáveis são total e absolutamente passíveis de receber contribuições, correções e adaptações para melhor refletir uma avaliação objetiva de tendência astrológica para a obesidade.


Esperamos que de fato estas informações possam colaborar com a Astrologia e as pessoas em geral.

  Qual a diferença entre Tarot e Astrologia?   Com mais de 40 anos de exercício profissional, percebi que é comum as pessoas não saberem...