O Cristo Cósmico
Para falarmos sobre o Cristo Cósmico se faz necessário
definir antes dois conceitos que aparentemente já são de conhecimento geral: o
que é o Cristo e também o que é a consciência crística.
Talvez a grande maioria das pessoas confunda Jesus com o
Cristo. É importante que fique claro que a pessoa Jesus atingiu a consciência
crística e assim se tornou o Cristo. A figura do Cristo existe desde a Criação.
Ora, se Ele é o Filho do Pai Eterno, então também é eterno. Mais que isso, Ele
também é divino, Onipresente e infinito. Ou seja, o Cristo não pode estar
contido apenas no corpo de um homem, não pode ser morto ou sofrer tentações,
não pode ter existido apenas em determinado lugar e tempo, para uma única
cultura e povo. Jesus é unanimidade no mundo esotérico de que foi o mais
exaltado mestre espiritual de todos os tempos e sim atingiu a consciência
crística com todos os louvores e direitos.
A palavra “Cristo”
vem do grego “Khristós” e significa “ungido”. Esta palavra por sua vez é uma
tradução do hebraico (língua e cultura anterior à grega) “Masiah” (messias em
português). Conforme nos ensina a Wikipedia, a palavra Cristo é um título[1].
Por sua vez, o conceito judaico do “messias” é de “um descendente do Rei David
que irá reconstruir a nação de Israel e restaurar o reino de David, trazendo
paz ao mundo”[2].
Observa-se que a ideia central do verdadeiro conceito
cristão é de PAZ E HARMONIA PARA O MUNDO (todo).
Ou seja, não se localiza e nem se limita
a um lugar geográfico, a uma determinada religião e nem mesmo a uma fé ou
prática específica.
Compreende-se então que a consciência crística ou cristã não
é egoísta, sectária, exclusivista, elitista ou mesmo preconceituosa. Pelo
contrário, a verdadeira e original consciência crística é universal, coletiva,
abnegada, solidária, fraterna, misericordiosa. Nela não cabem pensamentos,
sentimentos ou atitudes de perseguição, julgamentos, preconceitos, anátemas,
etc. A verdadeira consciência cristã ou crística é semelhante à de um pai
amoroso que sempre compreende a limitação de seu filho, procura perdoar seus
erros e orientar rumo ao crescimento e ao desenvolvimento. Este pensamento esteve
presente nas mais diversas culturas e tradições do mundo antigo e primitivo.
Esta é a mensagem que os “emissários” de Deus ensinaram ao homem desde sua
criação.
Se o conceito de Cristo é coletivo, seu suposto contrário
seria o isolamento, o sectarismo, o fechamento da alma e a solidão contra tudo
e contra todos. Por isso se diz que o sentimento central de Cristo é o amor,
que a tudo une, perdoa, orienta e envolve, ao passo que o sentimento
supostamente contrário é o medo que nos fecha, nos torna inflexíveis, frios,
distantes e extremamente agressivos.
Em última instância, a união que a consciência crística pode
nos proporcionar é a união com o próprio Pai Celestial, Deus, princípio e
origem de tudo e de todos. Ou seja, a evolução pode levar a criatura a se unir
com o Criador, mas com uma diferença: esta criatura que em sua origem era
inconsciente ela retorna ao Pai consciente de suas potencialidades e
características, ou seja, retorna consciente do quanto tem em si do Pai e então
da extensão e propriedades do Pai em todos os sentidos, planos e manifestações.
Como exalta um texto na Internet, nós não devemos nos vestir
da consciência crística somente aos domingos ou na Páscoa[3].
Cristo e sua consciência nos levam para o amor incondicional
e o compromisso para com a evolução daqueles que precisam de mais consciência.
Isso nos conduz à prática da doação, da abnegação, do serviço e da entrega de
sua vida a esta missão magnífica.
Cabalisticamente o nível crístico ou o estado de consciência
crístico se origina na séfira Hochmah, da Árvore da Vida, no Mundo da Emanação.
Nesta região celestial está o Arcanjo Raphael que concede a Glória (Hod). De lá
é que vem o Logos Solar. O centro de atuação desta energia no Mundo da Criação
é Tiphereth que por sua vez tem a vibração relativa ao planeta Vênus. Conforme
os ensinamentos Gnósticos repassados pelo mestre Samael Aun Weor o sacrifício
pela humanidade confere ao ser a iniciação venusiana e este é o caminho rumo à
luz, este ser então atingiu o “segundo nascimento”. Forçosamente para que a
energia ou consciência crística (ou cristã) chegue à Malkut (universo onde
vivemos) no Mundo Manifestado tem como passagem Yesod, o Fundamento, no Mundo
da Formação.
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