quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Você é uma pessoa hedonista ou estoica?


Desde a Grécia Antiga a humanidade já se identifica com extremos de comportamento. Algumas pessoas falam do conflito entre materialismo x espiritualismo, ou entre ciência x religião. Outras abordam o assunto em termos de processamento mental pelo hemisfério esquerdo ou direito do cérebro. Existe uma tendência para estas visões de mundo se aproximem também das chamadas visões masculina x feminina.
Analisar o comportamento ou pensamento desta forma dicotômica parece algo reducionista demais e isso é motivo de crítica por parte de muitos profissionais. Argumentam que a variedade humana é grande e que não se pode reduzir a multiplicidade da psique humana em apenas duas visões. Sim, a crítica processe, mas por outro lado, querer estudar o ser humano em toda a sua complexidade e extensão é algo que nem em curso inteiro de Psicologia, por exemplo, uma pessoa dá conta. Cada ramo da Psicologia é praticamente infinito em si mesmo.
Então, utilizarmos didaticamente, para através de um esquema reducionista sim entender grupos de comportamentos, pensamentos e sentimentos nos ajudará a entender melhor as pessoas e nós mesmos.
Assim sendo, refaço a pergunta: Você é do grupo de pessoas que tendem mais para o hedonismo ou para o estoicismo?
O site da Wikipedia assim define hedonismo[1]:


O hedonismo (do grego hedonê, "prazer", "vontade") é uma teoria ou doutrina filosófico-moral que afirma ser o prazer o supremo bem da vida humana. Surgiu na Grécia, e importantes representantes foram Aristipo de Cirene e Epicuro. O hedonismo filosófico moderno procura fundamentar-se numa concepção mais ampla de prazer entendida como felicidade para o maior número de pessoas.
O significado do termo em linguagem comum, bastante diverso do significado original, surgiu no iluminismo e designa uma atitude de vida voltada para a busca egoísta de prazeres materiais. Com esse sentido, "hedonismo" é usado de maneira pejorativa, visto normalmente como sinal de decadência.
Ora, então por este termo “hedonismo” entende-se o comportamento de pessoas que só se ocupam em levar vantagem, obter o máximo de prazer possível e fugir de trabalho e obrigações como se foge da morte. Em linguagem popular é “aquele que não quer nada com nada”, que tem preguiça de pensar e não quer se preocupar, que escolhe sempre o caminho mais fácil.
Já sobre o estoicismo [2]o site Wikipedia assim define:
O estoicismo (do grego: Στωικισμός) é uma escola de filosofia helenística fundada em Atenas por Zenão de Cítio, no início do século III a.C.. Os estóicos ensinavam que as emoções destrutivas resultavam de erros de julgamento, e que um sábio, ou pessoa com "perfeição moral e intelectual" não sofreria dessas emoções.[1]
Os estóicos preocupavam-se com a relação activa entre o determinismo cósmico e a liberdade humana, e com a crença de que é virtuoso manter uma vontade que esteja de acordo com a natureza...
Estóicos mais tardios, como Séneca e Epicteto, enfatizaram que porque a "virtude é suficiente para a felicidade", um sábio era imune aos infortúnios. Esta crença é semelhante ao significado de calma estóica, apesar de essa expressão não incluir as visões "éticas radicais" estóicas de que apenas um sábio pode ser verdadeiramente considerado livre, e que todas as corrupções morais são todas igualmente viciosas.[1]
O estoicismo foi uma doutrina que sobreviveu todo o período da Grécia Antiga, até ao Império Romano, incluindo a época do imperado Marco Aurélio, até que todas as escolas filosóficas foram encerradas em 529 por ordem do imperador Justiniano I, que percepcionou as suas características pagãs, contrária à fécristã[2][3]
... O estoicismo ensina o desenvolvimento do autocontrole e da firmeza como um meio de superar emoções destrutivas, a filosofia defende que tornar-se um pensador claro e imparcial permite compreender a razão universal (logos). Um aspecto fundamental do estoicismo envolve a melhoria da ética do indivíduo e de seu bem-estar moral.
Percebe-se que pelo conceito estoico o hedonismo prejudica a razão e consequentemente a compreensão. Isso resulta que com o Hedonismo a pessoa não entenderá sua vida e então sofrerá as agruras das frustrações, decepções e confusões naturais disso. Ou seja, exatamente aquilo que os hedonistas mais detestam. Não é interessante?


O Estoicismo anuncia que o conhecimento liberta, traz paz interior, plenitude e tranquilidade ao mesmo tempo que o Hedonismo que busca tudo isso é um caminho equivocado. Podemos também entender que o Hedonismo é o prazer imediato e transitório e o futuro incerto, enquanto que o Estoicismo é a certeza de um futuro melhor pelo esforço presente.
Continuaremos com este assunto no próximo artigo.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Religiões como orientações dos “Deuses”


Quando se fala em “deuses” logo vem à ideia o politeísmo[1]. Este termo, politeísmo, geralmente é usado pejorativamente como se fosse um anátema, uma esconjuração. Em oposição, é senso comum que “o que está na moda” (em termos de Estatística, Moda[2] é aquilo que tem mais e não necessariamente o que está correto) é o Monoteísmo[3].
Na verdade qual religião pode se dizer monoteísta hoje? Afirmar que existe Pai, Filho e Espírito Santo, ou seja, as Três Pessoas, é o mesmo que afirmar que esta crença é politeísta. E se considerarmos então a questão dos Anjos[4], Arcanjos, etc. aí então fica caracterizado de vez o politeísmo.
Moisés[5], o governante hebreu de pulso mais firme, conforme a Bíblia, instituiu a fé em Javé[6], um deus do deserto muito cruel, vingativo e inflexível (um conceito muito diferente do que hoje se prega com a imagem de paciência, compreensão, amor, etc.). Teoricamente esta é a origem do suposto monoteísmo católico. Mas, a ideia mais original de um deus único é justamente do berço onde Moisés cresceu e se alimentou: a religião egípcia[7] e seu deus Aton[8], o não criado propalado por Akhenaton[9]. Porém, é muito mais comum vermos a religião egípcia como politeísta e encabeçada por Amon[10].

Mas, nos distanciando da polêmica entre monoteísmo e politeísmo, Moisés parece não ter trazido somente o conceito de unidade divina do Egito, mas também o conceito dos famosos “Mandamentos”. Ele certamente se espelhou nas “Confissões Negativas[11]” no julgamento do coração do morto, no Amenti, pela deusa Maat [12](a deusa da Verdade, da Justiça e da Ordem Divina) e pelo deus Anubis. Os essênios[13] (grupo judeu no qual muitos afirmam ter Jesus convivido entre seus 13 e 30 anos de idade) certamente adotavam as práticas de vida dos antigos Hassidins[14]. Estas práticas e preceitos de “retidão” estão em sintonia com as propostas de Maat.
Tanto no Antigo Egito quanto outras antigas civilizações trazem orientações, ensinamentos e prescrições que, para aqueles povos, foram repassados por “deuses”.
Praticamente todas as religiões arcaicas tinham sua ciência centrada e baseada no estudo das estrelas. Nos sítios arqueológicos sempre se encontram locais de observação e estudo dos céus. As próprias pirâmides egípcias são observatórios estelares, bem como Stonehenge e outros sítios.



Ora, é interessante se refletirmos que muitas destas culturas não se conheciam, e até estavam em continentes diferentes umas das outras. Mas, mesmo assim, tinham princípios, valores, práticas e preceitos muito parecidos umas das outras. Isso só pode nos indicar uma fonte única de onde partiu todos estes ensinamentos, informações e práticas. É interessante se observar, por exemplo, o quão é semelhante, quase igual, os nomes das letras e as formas de se cumprimentar entre judeus e árabes. Porém, os mais radicais teimam em não ver as semelhanças, mas somente as diferenças e perpetuar uma equivocada luta interminável entre as religiões. O homem sempre distorceu as orientações oriundas dos guias estelares.
É uma pena que nossa atual “ciência” e seus cientistas relutam em relegar os conhecimentos antigos à vala comum da fantasia. O famoso filósofo e historiador Mircea Eliade[15], em sua obra “O Mito do Eterno Retorno[16]” nos afirma que:
“A mais importante diferença entre o homem das sociedades arcaicas e tradicionais, e o homem das sociedades modernas, com sua forte marca de judeu-cristianismo, encontra-se no fato de o primeiro sentir-se indissoluvelmente vinculado com o Cosmo e os ritmos cósmicos, enquanto que o segundo insiste em vincular-se apenas com a História”.


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Eram os Deuses astronautas?

Nos momentos mais importantes da vida das pessoas elas recorrem sempre a duas fontes para sanar suas dúvidas, angústias e inseguranças: ou à ciência e suas disciplinas (como a Medicina, o Direito, a Psicologia, a Física, etc.) ou à religião em suas mais variadas vertentes.
A Revolução Científica[1] promoveu o divórcio entre a Ciência e a Religião que antes disso eram unidas e uma completava a outra, sempre, nas mais variadas culturas e tradições. Isso foi um desserviço à humanidade e, pior, colocou a ciência acima da religião e esta, a religião, foi banida do universo dos ensinamentos indicados para um bom estudo e uma boa formação das pessoas. Isso foi o mesmo que fragmentar os  hemisférios direito e esquerdo das pessoas, promover na sociedade algo semelhante ao conceito de esquizofrenia, que significa “alma (ou mente) dividida[2]”.
Atualmente o gênio Stephen Hawking[3] se destaca no universo científico internacional. Suas mais avançadas descobertas resultam em constatações de que antigos livros místicos e religiosos estavam corretos, tal como o Bhagavad-Gita[4].
Existem livros como o “Jesus, o maior psicólogo do mundo” em que abordam a qualidade dos ensinamentos psíquicos dos livros religiosos.
Se pesquisamos as religiões, acabamos nos deparando com três ramos principais: chinês, hindu e babilônico. Vejamos, por exemplo, a religião católica (católica que dizer “universal”): O catolicismo nasceu no seio judaico que, por sua vez, nasceu no berço babilônico. A África, a Índia e a China são os berços de culturas e religiões imemoriais. Nestas religiões existem informações que somente hoje o homem consegue entender e comprovar cientificamente.
Em diversas gravuras antigas, das chamadas culturas “primitivas” aparecem templos religiosos e seres venerados utilizando vestimentas espaciais. Este tema foi vastamente abordado no controverso livro[5] “Eram os Deuses Astronautas[6]”, de Erich Von Dänikem[7].



Será que por falta de conhecimento importantes informações científicas sobre profilaxia, psicologia, administração, sociologia, medicina, e física não foram interpretadas de forma mística, pela carência de preparo e compreensão por parte de nossos ancestrais? Isso não quer dizer que Deus não existe ou existiu, mas que Ele tanto pode ser um cientista quanto um místico; que a Verdade é uma só, seja ela vista como ciência ou como espiritualidade.
Além disso, se analisarmos friamente, sem preconceitos, sem paradigmas, sem limitações, as principais religiões da humanidade, em todos os tempos, chegaremos à conclusão que todas divulgam praticamente os mesmos conceitos. Conceitos estes que hoje podemos encontrar unificados, por exemplo na ISO 26.000[8]! Ora, o que é o “amai-vos uns aos outros” senão o atual conceito de cidadania? É claro que escrevo de forma simplista, mas uma pessoa de bom senso poderá compreender o que quero dizer.
Então, as antigas religiões foram concebidas, recebidas, inspirados pelos seres espirituais, luminosos, vindos do céu, muitos explicitamente vindos das estrelas. É difícil imaginar que estamos sendo orientados para uma correta conduta desde há muito, por guias estelares?
Reflitamos esta semana sobre esta questão. Voltaremos a ela na semana que vem.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

A natureza e os objetivos da ciência que vem das estrelas


O conhecimento oriundo das estrelas, seja ele abordado como extraterrestre ou astrológico diz respeito ao conhecimento de si mesmo e à convivência harmônica.
Talvez a maioria das pessoas imagine que seres extraterrestres sejam importantes fontes de informações sobre tecnologia avançada e que a Astrologia se ocupa em prever o futuro. Nada é mais equivocado do que este pensamento. A ideia de obter tecnologia extraterrestre e de usar a Astrologia para prever o futuro é um pensamento do homem aqui da Terra e sua visão limitada no sentido cósmico, não é algo que esteja presente no âmago destas fontes. Apesar isso poder ocorrer, não se trata da essência e principal proposta.



Tanto o conhecimento astrológico quanto cósmico trazem informações de um sistema autossustentável de autoconhecimento, relacionamento harmônico, saúde e integração. É a base para uma sociedade saudável. Obviamente dentro destes estudos e práticas existem propostas que hoje e aqui damos o nome de cidadania, ética e, responsabilidade socioambiental. O interessante é perceber que estes conceitos mais atuais estão cada vez mais presentes em nossas vidas e muitas vezes até mesmo adotados por governos na forma de exigências comerciais. Na década de 60 e 70 falar de respeito aos animais, cuidar da qualidade do ar, evitar a poluição visual ou dos rios, era coisa de “bicho-grilo” maluco, de hippie e de “quem não tinha o que fazer”. Hoje temos até mesmo um ex-vice-presidente dos Estados Unidos (da América), o Al Gore[1], propalando estas ideias aos quatro cantos do mundo. O Brasil esteve à frente, juntamente com a Suécia[2], da elaboração e publicação mundial da ISO 26.000[3]. As principais características deste Padrão são:
A norma internacional[4] tem a proposta de servir como um importante norte para as corporações e não como uma certificadora. Os sete princípios da ISO 26000 são:
• Responsabilidade;
• Transparência,
• Comportamento Ético;
• Consideração pelas partes interessadas;
• Legalidade;
• Normas Internacionais;
• Direitos Humanos.

Depois de anos de estudo, reflexão e prática da ciência estelar ouso resumir seu objetivo como sendo a harmonia cósmica, o “viver e deixar viver”, a saúde social, o respeito às características individuais e das diferenças.
Mas, para se aceitar o outro e suas diferenças existe um estágio anterior que não pode ser saltado: o autoconhecimento. Quando percebemos que temos nossos limites e características e estes dificilmente são mudados, então podemos compreender que o mesmo acontece com os outros. Algumas destas características pessoais são somente isso e outras são hábitos ou condutas que nos prejudicam e precisam ser mais bem direcionados. Mas, para mudarmos condicionamentos muitas vezes precisamos mudar paradigmas e isso não é tão fácil. Em resumo, paradigma[5] são pré-conceitos inquestionáveis e insuspeitos de nossa parte, ideias que não ousamos ou nem pensamos em questionar porque herdamos de nossa cultura, mas que podem estar limitando ou mesmo desviando nosso progresso. Thomas Kuhn[6], físico americano, aborda extensamente a questão dos paradigmas em sua obra “Estrutura das Revoluções Científicas”.
Ou seja, precisamos ter coragem e determinação para nos olharmos no espelho e entrar fundo em nossas almas; nos propor à pesquisar tudo que possa estar nos limitando ou incomodando; enfrentar as resistências que aparecem na forma de medo, insegurança, preguiça, apego, desconfiança, etc.; nos permitir viver conhecimentos e realidades diferentes daqueles conhecidos anteriormente e que provaram ser inadequados ou limitados.
O conhecimento estelar está disponível a todos e não exige que se aceite doutrinamento ou dogmas de terceiros, pelo contrário, o ideal é que cada um de nós nos dediquemos ao seu estudo e prática, de forma franca, corajosa e determinada. Ou seja, não precisamos depender da interpretação de outrem, de um “guru”, mas somente da lógica, da ética, da verdade, da integridade e de nosso próprio autoconhecimento. Este conhecimento não tem “dono”. Ele se originou com a própria Criação. É o conhecimento de como a vida e as coisas funcionam ou deveriam funcionar de forma harmônica, em benefício de todos e de tudo. Se assim nos propusermos a viver será bom para todos, ninguém perde. Então, por que a resistência, o preconceito e até mesmo a perseguição de muitos? Estes estão contra a evolução, a liberdade e, principalmente, a felicidade individual e coletiva.

  Qual a diferença entre Tarot e Astrologia?   Com mais de 40 anos de exercício profissional, percebi que é comum as pessoas não saberem...