Vênus em conjunção com Júpiter
Uma bênção de felicidade e
prosperidade
Os dois astros mais benéficos
(além do Sol) e também mais brilhante, além dos luminares (Sol e Lua) se unem
em harmonia no poderoso e positivo signo de Leão neste dia 18 de agosto de
2014. Este aspecto astrológico é a representação macrocósmica de uma poderosa
bênção divina que emana dos mais elevados níveis espirituais para a realidade
mais densa da matéria. É sinônimo do que pode existir de melhor em termos de
vida material e espiritual.
O trânsito do planeta Júpiter é
muito lento. Sua passagem pelo signo de Leão amplia positivamente as melhores
características deste signo que resumidamente podem ser elencadas como:
lealdade, verdadeiro amor, justiça, saúde, vida, realização, plenitude, espiritualidade,
verdade, sucesso e luz espiritual. Leão é regido pelo planeta Sol que é a
representação “visível” da Divindade Maior, fonte de vida, luz e
espiritualidade. O trânsito de Júpiter por Leão nos traz então uma grande
viagem (característica jupiteriana) da Divindade de Luz resplandecendo e
abençoando toda a Criação (simbolicamente pode-se dizer que o chamado “Fiat Lux”
ou processo de Criação “ocorreu” em Leão). Mitologicamente, Júpiter é Zeus, o
Pai dos Deuses que sempre sai do Olimpo em aventuras de amor por seres
terrestres. Certamente esta é mais uma destas oportunidades.
Vênus, por sua vez é o planeta
que rege o prazer, a alegria, a satisfação dos desejos e das necessidades. É o
planeta da beleza, do Feminino Universal manifesto no plano físico. Vênus ou
Afrodite tinha um atributo especial que era sua eterna juventude. Ela sempre rejuvenescia
ao se banhar nas águas do mar, fonte de sua origem.
Vênus rege o signo de Touro, o
signo das belezas e da força da natureza, aspecto material e visível da Grande
Deusa ou Grande Princípio Feminino Universal. As águas, esotericamente,
representam passagens ou portais, mudança de ou entre mundos, processo de
passagem ou mesmo de manifestação. Afinal, a própria água também é de natureza
feminina e, portanto, ligada ao mistério ou segredo da concepção divina. Ora,
Vênus nascer da força espiritual de vida (mitologicamente ela nasceu da espuma
formada pelo esperma dos testículos de Urano, o deus dos céus, com a água do mar)
a associa diretamente ao mistério da vida e da perpetuação da mesma (também
mistério do signo de Touro) e isso é uma indicação óbvia da eterna juventude e
beleza. A natureza com seus seres elementais é eterna em seus incessantes
ciclos, caso a presunção humana não lhe atrapalhe..
Vênus também rege o signo de Libra,
o signo que rege o encontro harmônico entre os opostos complementares positivo
e negativo, ativo e passivo, masculino e feminino. O antigo segredo dos grandes
mestres guardado sob os nomes Alquimia ou Tantra tem como benefício central
exatamente a juventude eterna, a plenitude da vida manifesta. Mas, mais
importante que isso, tanto a Alquimia quanto o Tantra assinalam o caminho para
humanizar a divindade e divinizar a humanidade. Ora, Vênus é o planeta pelo
qual a divindade superior (mitologicamente Urano – outros poderiam entender
como sendo seres de outros planetas) conseguiu criar uma nova vida utilizando a
sexualidade (também se pode entender como sendo a possível manipulação genética
do DNA humano hibridado com DNA extraterrestre transformando o humanoide pré-histórico
em homem pensante possível de evoluir muito além de seus próprios criadores).
Sendo assim, é na natureza que
encontraremos a semente das estrelas, da divindade ou mesmo da vida além
planeta Terra. Então, assim como na mitologia egípcia em que Osíris teve seu
corpo dividido em partes espalhadas pelo Egito simbólico, Deus pode ser
encontrado espalhado e multifracionado nas infinitas manifestações da natureza.
É através da natureza, do Feminino Universal, da Grande Deusa que podemos
encontrar a divindade, a verdade, a luz e a Origem de tudo e de Todos.
Como já vimos, Vênus guarda
relação direta com a manifestação (física) da divindade de planos superiores e,
portanto, com o “Fiat Lux”. Ora, “quem” pode tem poder para literalmente “fazer
a luz” separando luz e trevas é o “portador da Luz”, em latim Lúcifer.
Interessante saber que o planeta Vênus é chamado “Lúcifer” quando surge antes
do sol na manhã. Era a “primeira luz” maior que surgia no céu, simbolicamente
anunciando a luz maior do Sol que viria logo em seguida. Até porque em latim “Lúcifer”
significa “portador da luz”. Consta que um dos primeiros papas católicos se
chamava Lúcifer, outras fontes falam de um bispo com este nome. Para quem pense
que Lúcifer é o nome do “diabo” criado na Idade Média (nas antigas tradições,
religiões e culturas nunca existiu a figura de um ser que pudesse se antepor à
Deus). Mais que isso, a própria Igreja Católica invoca o nome de Lúcifer como sinônimo
do Cristo em missa celebrada pelo Papa.
Na Internet, William Botazzini
explica que:
A palavra lúcifer é composta por duas
outras: “lux” e o verbo “ferre”.
lux = luz
ferre = portar, carregar, trazer
lúcifer =
o que traz luz
“Lúcifer” é a estrela da manhã que anuncia o
Sol. Os antigos cristãos faziam hinos chamando Jesus de “lúcifer”, como aquele
que dissipa as trevas e ilumina tudo com a luz da verdade. Isso explica porque,
em vários hinos antigos, muitos deles presentes na Liturgia das Horas em latim,
há exaltações a Cristo chamando-o de “lúcifer”, assim, com letra minúscula, um
adjetivo. Vemos isso, aliás, na Bíblia, neste trecho da II Epístola de São
Pedro, na Vulgata:
Et habemus firmiorem propheticum sermonem,
cui bene facitis attendentes quasi lucernae lucenti in caliginoso loco, donec
dies illucescat, et lucifer oriatur in cordibus vestris (Epistula II Petri 1,
19)
Veja que o último trecho é: “et lucifer
oriatur in cordibus vestris”, ou seja, “até que ‘lúcifer’ (aquele que traz a
luz, ou seja, Jesus) nasça em vossos corações”. Imagine se São Pedro ia querer
que o demônio nascesse no coração de alguém!?
São Lúcifer
Igreja dedicada a São Lúcifer de Cagliari,
na Sardenha.
Tanto é verdade que, nos primeiros séculos
do cristianismo, o termo não tinha nada a ver com demônio, que alguns cristãos
eram inclusive batizados com esse nome – como São Lúcifer de Cagliari (século
IV) – em uma homenagem a Jesus, já que não ousavam utilizar o próprio nome do
Filho de Deus. Mais ou menos como até recentemente no Brasil, quando os pais,
por reverência, não chamavam seus filhos de Jesus, mas de “Jésus”.
Se ainda persistir a dúvida,
acesse os vídeos no YouTube em:
Retornando à bela Vênus, seu
símbolo esotericamente surge da cruz dentro do círculo, símbolo de que a
humanidade atingiu terceira raça raiz e que ocorreu a origem da vida humana no
plano físico (“Doutrina Secreta”). Segundo Blavatsky a cruz dentro do círculo é
o símbolo puro do panteísmo (é a crença de que absolutamente tudo e todos
compõem um Deus abrangente e imanente, ou que o Universo (ou a Natureza) e Deus
são idênticos. Sendo assim, os adeptos dessa posição, os panteístas, não
acreditam num deus pessoal, antropomórfico ou criador). A fundadora da
Sociedade Teosófica afirma ainda que esta cruz dentro do círculo é o mesmo que
se utilizar a cruz “tau” (uma letra “T” – cruz igual à que Jesus foi crucificado)
dentro de um círculo e que este também é o símbolo de quando ocorreu a
separação dos sexos. Depois, este “Tau” desceu graficamente pelo círculo
formando inicialmente a Cruz Ank, dos egípcios antigos (símbolo máximo da vida
eterna) e mais recentemente no símbolo do planeta Vênus.
Há pessoas, inclusive mestres
espirituais, que afirmam ser esta nossa realidade um verdadeiro “vale de
lágrimas” sendo que existe até uma música com este nome. Mas, na verdade, o
plano físico de nosso planeta, com sua natureza regida por Vênus está muito
mais para ser considerado um verdadeiro “Jardim das delícias”, de Hieronymus
Bosch, ou no Jardim do Paraíso muçulmano. É importante lembrarmos que nossos
corpos físicos também fazem parte da natureza e desta forma seguem seus ciclos
inexoravelmente.
Ou seja, sendo a natureza e a
vida material regidas por Vênus, o nosso destino é o prazer, a alegria e a longa
vida saudável. A dor e o sofrimento existem em razão da luta que muitos de nós travam
contra o fluxo natural e os ciclos da natureza, a resistência à mudança, algum
complexo de culpa por um “pecado” que nunca cometeu, ou, ainda, contra sua
própria natureza interior.
Júpiter é o planeta tanto da
espiritualidade quanto da festa, da prosperidade, da boa colheita e da
abundância. Vênus é o planeta dos bens materiais e da boa produtividade da
natureza. Unidos estes planetas simbolizam o que de melhor pode ocorrer para a
humanidade trazendo esperança em um futuro muito, mas muito melhor mesmo. Principalmente
pelo fato da conjunção ocorrer no signo de Leão que simboliza o que fazemos de
nossas vidas, da realidade.
Ou seja, é muito provável que toda
esta consciência e energia positiva dos planos espirituais sejam vividas
conscientemente por nós como o fim ou a minimização dos medos, da desesperança,
do ódio, das inseguranças e da culpa. A humanidade receberá um verdadeiro e
poderoso jato de esperança, de positividade, de alegria e prazer em viver e
valorizar tudo que seja bom, belo e benéfico.
Júpiter, o senhor do Olimpo desce
ao mundo dos humanos trazendo consigo Lúcifer para iluminar a todos, para ser o
farol que assinala o rumo nos momentos de visão nublada e obscurecida. Vênus novamente
ressurge nas águas da vida, oriunda das dimensões superiores para reinar e
incentivar a felicidade e a alegria entre nós aqui e agora mesmo.
Mas, isso ocorre nos domínios de
Leão, ou seja, apenas àqueles que reconhecem, valorizam e caminham rumo à luz,
à verdade, à justiça, ao amor e à harmonia. A Verdade, o Amor e a Divindade nos
beneficiam na proporção que os buscamos e que estivermos mais perto possível. Quanto
mais nos distanciamos mais nos afastamos da Fonte de tudo que é bom, belo e do
bem. É uma postura optativa que todos têm direito de tomar ou assumir.
De forma coletiva, a Grande Deusa
que abriga Deus em seu interior renasce, abençoada pela mais elevada
espiritualidade, trazendo consigo a energia e a mensagem da paz, da harmonia,
da beleza, da saúde, do prazer e da alegria. Individualmente cada um de nós
receberá esta conjunção e esta bênção em algum lugar especial de nossos mapas
astrais (Casa astrológica).
Estejamos atentos à esta bênção
para aproveitarmos o máximo dela, pois trata-se de uma oportunidade rara. Um fato
astrológico e espiritual como este, apesar de ter um dia e horário definidos,
na verdade vem se aproximando lentamente e também se vai lentamente, cobrindo
algumas horas e até mesmo dias de culminância.
A melhor forma de participarmos
desta verdadeira festa iniciática e cósmica é nos permitirmos deixar inundar
pela felicidade, pela alegria e pelo prazer, cultuando a vida e suas belezas,
promovendo a harmonia e alimentando o bem de todas as formas possíveis.
Celebremos Vênus! É esta a
mensagem desta conjunção. Vênus brilha novamente entre nós. Nossa melhor forma
de reverenciar a Deusa é sendo alegres, leves, bons, amorosos, carinhosos,
atenciosos, simpáticos, amáveis, calorosos, flexíveis e nos permitindo ter e
dar prazer.
Academia Ciência Estelar