Impeachment da presidente
Uma lição para não se esquecer
O processo de Impeachment da presidente Dilma Rousseff nos trouxe uma
importante lição de probidade que precisa ser definitivamente aprendida e
fixada pelo Brasil. Disso depende nosso destino evolutivo de ser o próximo
centro mundial, o berço da raça dourada, conforme apontaram espiritualistas.
Existem diversas indicações espirituais de que a América do Sul
e principalmente o Brasil será evolutivamente o próximo berço de uma raça
humana mais evoluída. Esta informação pode ser encontrada, por exemplo, na
Teosofia e também nos ensinamentos de Chico Xavier. Mas, precisamos merecer
isso, precisamos conquistar e precisamos nos preparar para isso. As verdadeiras
benesses espirituais nunca são desmerecidas, nunca ocorrem sem o devido valor
que as sustentem. Estamos em franco processo evolutivo, de uma forma que não
haverá retorno. Apesar de muitas pessoas pensarem que estamos muito mal por ver
na mídia tantas notícias de corrupção, abuso de poder, manipulação, etc., na
verdade os brasileiros nunca estiveram tão conscientes quanto agora.
Tudo o que ora se vê e se sabe pela mídia e redes sociais
sempre existiu. Não foi algo inventado pelo PT, Lula ou Dilma. O Brasil sempre
foi a terra da “Lei de Gerson” pela qual o esperto sempre leva vantagem e
engana o “otário”.
O PT em sua fundação teve o concurso de um grande mestre
espiritual e cunhou uma missão ao partido: mudar de vez a forma de se fazer
política no Brasil, preparando nosso povo para um futuro mais brilhante, justo,
igualitário, transparente e fraterno.
O processo ainda tem que passar pelo Senado federal, mas nove
entre dez especialistas afirmam que é irreversível. O que se viu não foi Temer
vencendo Dilma, o PMDB vencendo o PT. Ficou evidente a insatisfação de uma
nação (pelo menos sua grande maioria e isso se mostra evidente pelos movimentos
espontâneos das ruas) quanto ao comportamento nada probo, ético, justo e
responsável de personalidades da política nacional. Temer, Cunha ou o PMDB não
ganharam nada. O povo em sua maioria já percebeu que precisamos de um perfil
diferente de político, de governante, de representante.
Temos duas formas de cumprir nossa missão, ou de forma
positiva ou de forma negativa. O PT exacerbou de forma caricata a corrupção
institucionalizada que está grudada na política nacional tal qual um verdadeiro
parasita. Não foi o PT que inventou a corrupção, as pedaladas, o abuso do poder
e o controle dos poderes nacionais. Ele injetou uma poderosa força “contrastante”
que fez nosso povo acordar, tomar consciência não só de sua existência e extensão
como também de suas nefastas consequências para a nação.
É comum a expressão “rouba mas faz” como se fosse algo
positivo para um governante e indicador de crédito e mérito. O Brasil precisa extirpar
em definitivo este tipo de conceito, comportamento e aprovação. Já houve o Impeachment
de Fernando Collor de Melo e agora o processo contra Dilma Rousseff. Estamos nos
acostumando a nos manifestar e a tomar de volta o poder outorgado pelo voto nas
urnas. Os corruptos devem aprender a lição e não ousar mais manipular a
verdade, a boa fé e a expectativa da nação.
Não foi o PT que foi derrotado, mas sim suas “laranjas
podres”. O ideal petista de justiça e igualdade social é um ideal semelhante ao
de muitos outros partidos, a diferença está na forma que se busca para se
chegar ao mesmo objetivo. As conquistas positivas das gestões do PT não devem
ser esquecidas jamais e muito menos perdidas. O povo não permitirá isso e toda
a sociedade já está consciente de sua importância.
Uma lição subjacente que ficou evidenciada é que não adianta
beneficiar única e exclusivamente o que chama de “elites”, mas igualmente não
adianta querer beneficiar única e exclusivamente o que se chama de “trabalhadores”.
Há que se ter equilíbrio, harmonia, respeito e dar o devido valor a todas as atividades
indistintamente. O mérito deve ser conquistado, pois isso enobrece a alma e
justifica o desenvolvimento humano em todos os sentidos, inclusive econômico e
social. O benefício de um extremo ou outro de nossa sociedade só acaba
prejudicando a toda a sociedade, inclusive aqueles que inicialmente foram
beneficiados. Estes acabam envergonhados, sem respeito, desmoralizados,
humilhados ante uma nação indignada.
Quantos processos de Impeachment precisaremos testemunhar,
viver e nos desgastarmos para que nossa sociedade e principalmente governantes
aprendam a lição? É um desgaste nacional, todos, de todas as partes, saem
perdendo. Cada vez mais não haverá espaço para atitudes, comportamentos de
egoísmo, injustiça, tirania, hipocrisia, desfaçatez e engodo. O Brasil tem uma
missão e custe o que custar, doa a quem doer, esta missão será realizada. Podemos
caminhar de forma mais tranquila ou então optar pelo caminho mais duro.
Precisamos abrir espaço, valorizar e projetar pessoas
honestas, corretas, harmônicas, conscientes, justas, mansas, tolerantes e
espiritualizadas. Estas nunca tiveram espaço na política. Este cenário precisa
mudar. Precisamos ter opções de candidatos que não assinalem com milagres, com
mentiras mirabolantes que acalentam sonhos e que na verdade são ilusões que
enganam. Precisamos votar mais conscientes se queremos ter governantes
corretos, justos, equilibrados, harmônicos e construtivos, governantes que não
sejam egoístas pensando somente em seu benefício próprio e de seus próximos,
mas sim, de fato, pensando no povo que representa. Hoje as propostas sociais de
campanha política existem até o dia das eleições, depois perdem lugar para
jogos de poder e benefícios corporativos. Precisamos de governantes que honrem
com seus compromissos, que sejam coerentes com suas propostas, que coloquem em
prática seus discursos e que jamais usem “bandeiras” ou ideais para manipular
as massas e a boa-fé das pessoas.
Sempre há algo de bom a se aprender de toda e qualquer experiência,
em tudo está presente a divindade. Dilma Rousseff é uma irmã espiritual de
todos nós, seja ela consciente disso ou não. Ela certamente teve e tem lá
também suas lutas pessoais, mérito e esforços. Nenhum de nós é 100% bom e também
não é 100% mal. Muitos acabam tomando o caminho equivocado por falta de
conhecimento ou consciência, por falta de uma visão maior, mais ampla e
completa. Todos temos um histórico pessoal, todos recebemos estímulos em nossa formação,
estímulos estes que contribuíram para a construção de nosso caráter, nossos
valores e crenças. Fernando Collor de Melo trouxe uma abertura comercial e a
experiência do Impeachment que não nos esquecemos, não retrocedemos. Dilma
Rousseff, saia ela do poder agora ou não, também deixa para o país uma lição
importantíssima a se aprender.
O ápice do processo já foi atingido, agora ocorrem os
desdobramentos e consequências. Não vamos reconstruir o país, mas sim aproveitar
a oportunidade para construir um país melhor, diferente, mais justo e
consciente, sem demagogia, manipulação e delírios eleitorais.
Será que aprendemos? Será que não precisaremos mais passar
isso tudo novamente?
Será que aprendemos a não votar naquele que nos assinala
benefícios fáceis, rápidos e pessoais em troca do voto e depois do voto
desconversa e faz o que bem entende? Será que aprendemos a não votar pensando
apenas no hoje, no imediatismo pessoal e sim pensando no coletivo do amanhã? Será
que aprendemos a ouvir os adversários quanto às possíveis falhas e limitações
de nosso candidato e assim nos aproximarmos do verdadeiro cenário e realidade
do candidato? Será que deixamos de procurar e acreditar no “salvador da pátria”,
perfeito e imaculado para saber de seu histórico pessoal, suas intensões, sua
capacitação e competência? Será que deixamos de votar por causa de amizade,
favor ou parentesco para votar de forma consciente? Será que aprendemos que o
governante que nos dá algo de forma fácil também é o corrupto que tira de outro,
toma um pouco para si, e lhe dá somente a menor parte para mantê-lo dependente
e manipulável? Se não aprendemos a vida nos fará passar novamente por este
processo, mais uma vez, porém cada vez o cenário é mais forte, pesado e
traumatizante, até que aprendamos de vez.
As próximas eleições estão aí. O tempo é o grande juiz da
verdade ...