quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Do Infinito ao Mártir

Continuando nossos estudos pelos mistérios e segredos dos simbólicos números, abordaremos agora do número oito até o número onze.
O número oito reflete o encontro de dois universos (uni – versos, dois lados íntegros que são complementares ou antagônicos). Ele é formado por dois círculos (símbolo sem lados que indica o infinito limitado à sua realidade ou natureza própria). Então, ele traz consigo a ideia do ciclo de materialidade e imaterialidade, de vida manifesta e vida imanifesta. Ou seja, do conceito da transmigração das almas, conhecido também como da “reencarnação”. Existem ilustrações que trazem uma cobra que com seu corpo forma os dois círculos e ela acaba mordendo a própria cauda. Neste caso a cobra significa a energia vital, o poder da vida. Em outras ilustrações esta cobre é substituída pela figura de um dragão. A antiga cultura egípcia ensinava do fato de que a verdadeira vida real é a que ocorre nos mundos espirituais, no mundo regido por Osíris; que depois da vida, no processo de morte da pessoa e seu caminho para o Amenti, a pessoa passa pelo julgamento de sua alma, julgamento este do qual não se admite mentiras, enganos ou subterfúgios. O número oito está diretamente relacionado com o compromisso com a Justiça e a Verdade e por isso rege os ciclos cósmicos e a distribuição correta de sucessos e insucessos. Se o número oito for inclinado em 90 graus ele se torna o símbolo do infinito[1] e da eternidade[2], fato facilmente compreensível se entendermos que representa a vida que flui e continua tanto pelo mundo material quanto pelo espiritual, sem parar ou se deter.

O Nove é o número mais elevado, considerando-se que o início ou primeiro número é o zero e o último é o nove. Após o nove inicia-se a reciclagem ou revolução dos números em oitavas superiores (mudança para melhor de sua natureza, vibração e representatividade potencial). Sendo assim, o nove representa o último estágio antes de uma mudança de estado, vibração ou realidade. Por isso ele é considerado o número da “perfeição” dentro do universo que representa. Para os caldeus o nove era um número divino. Este número e sua simbologia ensejaram estudos profundos de Georgii Ivanovich Gurdzhief[3] e seu Eneagrama[4]. O nove é escrito com o círculo, símbolo do infinito ou de Deus, elevado a mais alta posição e sustentado por uma reta vertical, indicador da vibração espiritual.

O número dez representado por um círculo e o número um indica que um ciclo (círculo) foi completado e se elevou ou se iniciou um novo ciclo numerológico, iniciando-se a partir do zero, novamente. Esta simbologia nos remete ao conceito da espiral ascendente presente na estrutura genética, galáctica e matemática. É algo semelhante ao que ocorre, por exemplo, com os estudos: iniciam-se os estudos pelo primeiro ano escolar e completado o ciclo (seja ele fundamental ou médio) logo se passa ao nível imediatamente superior que novamente se inicia pelo primeiro ano ou período escolar sequencial.


O número onze, por sua vez retrata a realidade manifesta do princípio do novo ciclo, uma unidade elevada acima da condição anterior. A diferença entre o um e o onze é uma questão de potência, de força, de vibração superior, de maior representatividade. Os zeros à direita então indicam esta força ou potência superior. Quanto mais, melhor. Esta é a notação matemática que difere as unidades, das dezenas, das centenas, milhares, etc.. O onze é o um mais forte, vivendo uma realidade superior, mais transcendente em relação ao um. Por esta razão o onze é indicado pelos esoteristas como sendo o número da força e também do Guerreiro. Este Guerreiro, muitas vezes é o Mártir, é aquele que executa as Leis de Deus, ou seja, o agente de ação da Justiça. A expressão associada ao onze é “Querer é poder”.
“Todo homem que morre por uma ideia é um mártir, pois nele, as aspirações do espírito triunfaram sobre os temores da carne.”

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