Vós sois deuses!
“Mas Deus bem sabe que, no dia em que dele comerdes, vossos olhos se
abrirão, e sereis como deuses, conhecedores do bem e do mal.” (Gênesis 3, 5)
“Eu disse: Sois deuses, sois todos filhos do Altíssimo”. (Salmos 81, 6)
“Replicou-lhes Jesus: Não está escrito na vossa Lei: ‘Eu disse: Vós
sois deuses?’. Se ela chama de deuses aqueles aos quais a palavra de Deus foi
dirigida – e a Escritura não pode ser anulada. ” (São João 10, 34)
Outrora a humanidade rendia culto, respeito, veneração e
oferendas (sacrifícios) aos deuses. Incialmente foram os deuses tidos como pagãos
(não católicos) e depois foi ao deus dos católicos (Javé ou Jeová), ao deus dos
muçulmanos (Allah) e ao deus do hinduísmo (Brâman).
Aos poucos, com a chamada “Revolução Científica”, os homens proclamaram
que “Deus está morto” (Friedrich Nietzsche, 1844-1900, em “A gaia ciência”). Acabou-se
a era dos deuses para se iniciar a “Era dos Homens”.
Em abril de 1904 Aleister Crowley em seu “Livro da Lei” também
anunciou uma nova era no esoterismo, denominada Æon de Hórus. Ele afirmou que
terminara a era de Osíris, o deus dos mortos, e se iniciou a “Era de Hórus”, o
filho divino.
Grande maioria das religiões e ensinamentos esotéricos
afirmam em uníssono que somos “filhos de Deus, feito à Sua imagem e semelhança”.
Ora, se assim é, de fato somos deuses!
Mais que isso, afirmam que todos, absolutamente todos, temos
em nossos interiores uma fagulha divina, uma chama que partiu do Criador ou
Fonte Original, ou seja, somo um pouco desta mesma Fonte Original e máxima. Mais
uma evidência de que realmente somos pequenos deuses ou fontes.
Então, esta não é um ponto a se questionar ou discutir. O mais
importante não é discutirmos se somos ou não deuses e sim QUE TIPO DE DEUSES NÓS SOMOS.
“Poderá o homem fabricar deuses para si? Não serão deuses, porém!”
(Jeremias 16, 20)
Hoje a humanidade tem seus novos deuses ou ídolos: são
governantes políticos, são esportistas, são líderes religiosos, são magnatas da
economia, são renomados cientistas ou mesmo são famosos artistas. Estes são os
novos ídolos ou deuses da humanidade. Esta humanidade, em sua unidade que são
as pessoas que a formam, se esquece que ela mesma é um deus. E, o mais
importante, que sendo cada um de nós um “deuzinho” (se assim se pode dizer) não
há porque venerar outros “deuzinhos”.
Estes deuses ou divindades modernas se esbaldam em suas
riquezas, poder, prestígio, fama e influência às custas de uma verdadeira
escravização de seus “súditos” ou “fiéis”. Pessoas abrem mão de seu direito à
também serem pequenos deuses para viverem situações miseráveis de submissão,
dependência e massa de manobra de seus deuses modernos. Aceitam passivamente
esta condição e situação, rendendo culto, honra, respeito, veneração e oferecendo
serviços ou oferendas (sacrifícios) por seus ídolos ou deuses modernos. A todo
momento podemos testemunhar isso, tanto pessoalmente quanto pela mídia.
Mas, o que é um verdadeiro deus? Sem dúvida o que primeiro
vem à mente das pessoas é o poder. Sim, um deus tem poder. Mas um verdadeiro
deus usa o poder como algo necessário para seu verdadeiro mistério ou
ministério: promover e sustentar a vida, a saúde, a harmonia, a felicidade, a
paz, a evolução e a prosperidade humana.
Riquezas, poder, prestígio, fama e influência são direitos
de um verdadeiro deus, mas estas são CONSEQUENCIAS naturais do exercício
correto de sua real essência que se caracteriza por sua responsabilidade e ação
contínua e integral em promover e sustentar a vida, a saúde, a harmonia, a
felicidade, a paz, a evolução e a prosperidade humana.
Então, agora é o momento para refletirmos que tipos de
ídolos e deuses nós adoramos, idolatramos, reverenciamos, dedicamos nossas
vidas e melhores momentos, servimos ou mesmo nos doamos. Eles estão cumprindo
com o que essencialmente lhes cabe fazer? Se a resposta é não é porque estamos
adorando falsos deuses, como diria um biblista.
“A língua desses deuses é polida por um artista. Mas, apesar de
dourados e prateados, são falsos e incapazes de falar”. (Baruc 6, 7)
“Eis por que não há motivo para crer nem proclamar que sejam deuses, já
que não lhes é dado praticar a justiça junto aos homens nem lhes outorgar o bem”.
(Baruc 6, 63)
Os “falsos deuses” imitam um deus de verdade, se parecem com
ele, enganam bem. Mas, suas obras ou seus atos, ou a consequência deles, os
denunciam como tal. O brilho engana, mas analisando o que fazem com o uso de
seu poder evidencia que agem em benefício próprio e não dos demais. Fica evidente
que o discurso de agir pelos demais é pura demagogia para apenas se manterem no
poder e desfrutar de seus benefícios.
“Se não faço as obras de meu Pai, não acrediteis em mim”. (João, 10,37)
E nós, porque abdicamos de nossa condição divina? Porque nos
alheamos da condição de FILHOS DE DEUS? Porque abandonamos conscientemente esta
filiação divina para nos tornamos servos de falsos deuses?
“Tu te ergueste contra o Senhor do céu. Trouxeram-te os vasos de seu
templo, nos quais bebestes o vinho, tu, teus nobres, tuas mulheres e tuas
concubinas. Deste louvor aos deuses de prata e ouro, bronze, ferro, madeira e
pedra, cegos, surdos e impassíveis, em lugar de dar glória ao Deus de quem
depende o teu sopro (vital) e todo teu destino”. (Daniel 5, 23)
Todos nós temos o direito de sermos aquilo que somos:
deuses, FILHOS DO PAI ALTÍSSIMO, FONTE ORIGINAL. Ou seja, não devemos render
culto ou venerar a quem quer que seja. SOMOS TODOS IGUAIS, com os mesmos
direitos e deveres.
Cada um de nós leva em seu interior uma fagulha divina. Então,
vamos alimentar esta divindade que existe em nós até o ponto de nos tornarmos,
cada um de nós, uma verdadeira estrela, um verdadeiro sol que ilumina, aquece e
promove a vida à nossa volta. Descubramos que por esta chama divina interior
todos somos Irmãos e formemos juntos uma verdadeira constelação de estrelas
iluminando o firmamento e promovendo a vida em todos os sentidos.
“Homens piedosos, bendizei o Senhor, Deus dos deuses, louvai-o,
glorificai-o, porque é eterna a sua misericórdia!” (Daniel 3, 90)
De fato, terminou a Era do Deuses e vivemos a Era dos Homens
Deuses, mas, deuses de verdade. Afastemo-nos dos falsos deuses, deixemos eles
seguirem seus próprios caminhos e sigamos nós os nossos. A verdadeira divindade
sempre age pelo amor, pela harmonia, pela justiça, pela misericórdia, pela
proteção dos mais fracos, pelo estímulo despertar de novas divindades.
Alimentemos a divindade que existe em nós!
Una-se a nós na vivência, estudo e prática da espiritualidade livre e
harmonizante:
www.cienciaestelar.org.br
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