Em todos os cantos do mundo astral por onde andei e
estudei uma coisa eu pude observar, a morte. Para cada ser que morre a cultura
proveniente exerce um tipo especial de ritual funerário. No planeta Terra,
desde os sumérios (que se tem notícia atualmente), os povos têm o costume de
enterrar os mortos ao invés de incinerar como era de costume antigo.
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Ritual funerário Viking |
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Capela dos Ossos em Portugal, igreja de São Francisco, construída no século XVII. |
Temos que deixar partir, enterrar é continuar o
apego, é um egoísmo tremendo irmos ao cemitério e rezar todo ano para a alma do
ente querido, é reter ele nesse mundo mesmo depois de morto. Há pessoas que
utilizam ânforas para guardar as cinzas do falecido em suas casas. E a Cinza
não é parte do morto? Também não continua a existir? Primeiro que a forma
humana já não existe, virou cinza, segundo que ela deve ser jogada ao vento e
misturada aos quatro elementos e ao éter, assim voltará a ser una com o
universo e estará preparada para evoluir sem estar presa à consciência da vida
anterior.
Muito cuidado com seus apegos mundanos, ele poderá
fazer de você uma “alma penada vagante”. Mais isso não é o pior, pior seria nos
países que praticam a necromancia, podem escravizar a alma dos mortos. Isso é o
pior que poderia acontecer a uma alma. Presa para sempre como escrava na Terra.
Essas possibilidades de prisão eu vi com meus próprios olhos, é real, existe e 99%
das pessoas não tem a mínima noção de nada disso.
Os egípcios, por exemplo, eram tão apegados que
levavam seus pertences às mastabas para garantir não faltar nada na outra vida.
Hoje o Egito é uma prisão dos seus ancestrais, um berço morto dos antepassados.
Estima-se que o maior cemitério do mundo é o “Wadi Al-Salaam”, no Iraque, com
mais de 5 milhões de corpos. Já a cremação, técnica que reduz um corpo a
cinzas, foi criada por volta de 1000 a.C. pelos gregos e romanos, que
acreditavam que o sepultamento era para criminosos e seria mais digno ter o
corpo cremado.
Os cristãos adotaram o ato de enterrar os corpos
através dos Hebreus. O povo hebreu criou o costume de sepultar os mortos que
foi adotado pela Igreja Católica. Até 1964, a Igreja Católica não permitia que
seus fiéis fossem cremados. Atualmente, mesmo sem a proibição, o hábito do
enterro ainda continua muito forte em países católicos.

Pense
nisso! Entenda que estamos criando “almas penadas” não deixando nossos parentes
e amigos irem embora unir-se ao que é realmente divino, o todo. Por quanto
tempo a humanidade materialista e apegada continuará aprisionando seus
ancestrais? A nossa cultura cada vez mais tende a isso. O ser humano é tão
apegado que se pudesse levaria até mesmo seu carro e o celular dentro do
caixão. É isso que as religiões ligadas ao esoterismo querem dizer quando
afiram que temos que desapegar. Não é jogar fora aquele xale bonito ou não ter
onde morar, é simplesmente que estando vivo aqui é uma coisa, morto não
pertence mais a esse mundo e chorar para que volte só trará mais aprisionamento
para quem já se foi. Esse mundo não é o mundo dos mortos, mas da matéria viva.
Deixar o corpo enterrado é ter um vínculo eterno com a terra ou a vida que teve
anteriormente. Muitas almas nem sabem que morreram e ficam vagando na tristeza
porque seus entes não o veem. Nem todos ficam vagando, isso depende do grau de
apego e de outros fatores, mas o vínculo sempre existirá. Nosso vínculo é com o
universo e não com uma determinada terra, lugar, espaço ou família.
Então
reflitam! Até quando sua cultura o fará seguir os passos de um aprisionador de
almas? Você é muito mais que apenas uma vida de menos de um século, sua alma é
de milhões de séculos e muito provavelmente ela nem se originou desse sistema
solar.
Texto
elaborado a partir das experiências astrais, por Letícia de Castro.
Academia
Ciência Estelar
www.cienciaestelar.org.br
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