Algumas fontes assinalam que a Criação ocorreu sob o manto
da Lei Cósmica representada pelo signo de Leão. Foi o “nascimento” da
humanidade como a conhecemos hoje. A Grande Era de Leão ocorreu entre 10.302 e
8.142 AC. Nessa época os reis eram deuses na face da Terra que era habitada por
uma raça superior até se fascinar pelas paixões e iniciarem a redução de sua
consciência, vibração e espiritualidade, mergulhando nas águas turvas
emocionais e seguirem para a Grande Era de Câncer.
Hoje nos encontramos às portas da Grande Era representada
pelo Signo de Aquários, oposto ao signo de Leão. Vivemos o momento da “Re-revolução
dos Anjos”, o momento da adolescência da humanidade. O momento em que a nossa
humanidade deve desviar os olhos dos pais e voltá-los para frente e para o
futuro, para si mesma e para os demais. É chegado o momento de sair do manto
protetor dos pais para assumir responsabilidades sobre a própria vida e o
futuro.
Nossa humanidade já não mais é criança que necessita de
proteção, orientação e apoio direto do Pai, mas sim que precisa começar a caminhar
por seus próprios pés e seguir seu rumo, bem como as consequências de suas
opções, decisões e escolhas.
Muitos ainda vivem na consciência da Era de Peixes, no sonho
de um “pai”, ou “mãe”, que venha resolver todos os seus problemas e que nada
depende deles. Esse é um pensamento fácil e comodista, ao mesmo tempo também é
um pensamento muito infantil e inconsequente.
O resultado de se esperar um “pai” ou político perfeito, um “salvador
da pátria”, que detém a solução de todos os problemas, que não é maculado pelo “pecado”
ou pela imperfeição, o resultado desse pensamento é fatalmente a decepção e a
desesperança.
Muitos já se mostram assim, sem esperança, é só ver que nas
recentes pesquisas (junho de 2018) de intenção de voto uma porção muito próxima
da população diz não saber ou não querer decidir em quem votará na próxima
eleição que ocorrerá daqui a três meses. Os grandes decepcionados e
desesperançosos de hoje foram os grandes sonhadores ou iludidos de ontem.
Essa desesperança resulta da frustração ou decepção que
tiveram ao escolher ou apoiar um político tido como “ideal”, “perfeito” e que
detinha a “varinha de condão” que com seu toque “mágico” resolveria todos os
problemas da sociedade.
Esse caminho já conhecemos, não adianta buscarmos, exigirmos
ou esperarmos um político perfeito. Porque todos os políticos são humanos, como
cada um de nós, e perfeição é algo que não existe em nosso plano e realidade,
perfeição só em Deus. Esperar, buscar, exigir e contar com um político perfeito
é ter como destino certo a frustração, a decepção e a desesperança novamente.
Pior, juntamente com a necessidade de um “pai”, ou “mãe”,
que a tudo solucione para nós, vem o extremismo, seja de esquerda, seja de
direita. O extremismo também não leva a lugar algum senão ao seu oposto, o
extremismo da esquerda certamente conduzirá ao extremismo de direita e
vice-versa. O extremismo resulta do “medo” de que algo contrário à proposta
original, seja de esquerda ou de direita, seja prejudicada por algo que não lhe
seja favorável e assim coloque todo o esforço, expectativa e “sonho” a perder.
Esse é um “filme” ou caminho já conhecido por todos. Então,
porquê voltar a cometer o mesmo erro? Porquê esperar, exigir, buscar um político
perfeito? Ele não existe, porque nenhum de nós é perfeito e nem melhor do que o
outro.
Muitos afirmam que não querem votar, por estarem sem
esperança, sem opção, certamente de “perfeição”, para merecer seu voto. Mas,
essa atitude de nada mudará o quadro político administrativo, seja de nosso
país, estado ou município. A omissão nunca é uma solução, pois ela simplesmente
abre espaço para que um grupo menor que não se omite decida os destinos do
país, do estado ou município.
É chegada a hora de percebermos que todos somos imperfeitos,
parar de esperar um “pai”, ou “mãe”, que resolva plenamente nossos problemas
sem que sejamos incomodados. É chegada a hora de crescermos, de abraçar a
maturidade e compreender que a vida não é perfeita, que não somos perfeitos,
que não existem políticos perfeitos.
Não adianta nos levarmos pela ilusão de uma grande, profunda
e definitiva solução dos problemas, seja pela esquerda, seja pela direita. O que
existe é a solução pontual e momentânea das coisas. O que é bom hoje pode não o
ser amanhã e o que é bom em uma circunstância pode não ser em outra.
A verdade não está na direita e nem na esquerda, ela se
encontra na união das duas. Assim como para se acender uma lâmpada se faz
necessário o concurso tanto do positivo quanto do negativo, como para as
plantas e a vida existirem precisam do dia e da noite, como que para existir a
mobilidade é necessário a existência do móvel e do imóvel.
Ou seja, estamos todos sendo chamados à sensatez, ao
bom-senso, à coerência e à maturidade. Estamos sendo chamados a crescer, a
deixar de pensar como crianças birrentas e agirmos como adultos responsáveis e
construtores de um amanhã.
Estamos sendo chamados à sermos construtores de um amanhã,
não perfeito, mas sim melhor do que o hoje. Já temos condições para isso, basta
decidirmos sair das barras da saia da “mãe” e com coragem nos tornarmos
protagonistas de nossas vidas. Assim, não mais haverá condições de se apontar
um “culpado” pelo nosso infortúnio que não nós mesmos. É um momento crucial de
despertar, de crescimento, de responsabilidade pelo próprio destino e pelo
destino das outras pessoas também.
Cabe a nós analisarmos consciente e judicialmente as opções
que temos à nossa frente, sem sonhar com um ideal que poderia, mas não está, em
nossa frente. Depois de feita a opção, saber que não se trata de uma opção
perfeita, nem definitiva, mas que é a melhor para nossa compreensão, realidade,
experiência e conhecimento, na oportunidade.
Assim, certamente não haverá decepção quando a imperfeição
se apresentar, nem defesa do erro ante sua evidência. Dessa jeito construiremos
de forma consciente e menos extremista um futuro melhor para todos.
Então, qual sua decisão agora?
Você prefere ainda sonhar,
exigir e esperar por com um político perfeito que vá resolver todos os seus
problemas, tal como uma criança espera dos pais, ou irá resolver ser independente,
andar pelos próprios pés e tomar as rédeas de seu destino em suas próprias mãos
para não ter que ficar defendendo erros alheios?
Você está vivendo com a sonhadora mentalidade da Era de
Peixes ou se alinha com a postura realista e racional da Era de Aquários?
Juarez de Fausto Prestupa