terça-feira, 19 de maio de 2015

Imagem e Semelhança

“Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gênesis 1:26).


Em todo processo de criação, o criador dá para a criatura uma porcentagem de si, seja física, seja psicológica ou até a forma, de acordo com sua criatividade. Toda criação tem a imagem e semelhança do seu criador de uma forma ou de outra. Em um processo de hibridação genética, a criação terá a forma do criador e da constituição do DNA, ou seja, o seu material genético é transmissor das características hereditárias da criação.  Sendo a criação um objeto de metal, por exemplo, digamos que seu material “genético” seria as composições molecular daquele metal onde o objeto foi criado.



Um pai ou uma mãe que são criadores de seus filhos, resultando na mesma forma de sua imagem e semelhança. Toda criança nasce com características do DNA ancestral, é a genética dos país. Seria uma hibridação de macho e fêmea da mesma espécie.

Quando o ser humano foi criado, ele foi feito à imagem e semelhança do Criador. Todo criador passa a amar sua obra como um filho, fruto de sua criatividade, coragem e determinação na cadeia evolutiva do planeta. Todo criador deseja que a criatura supere a si mesmo, deseja que, de alguma forma, seja melhor e mais inteligente que ele mesmo, sendo uma parte dele, uma extensão daquilo que tem de melhor. Ninguém criaria algo ruim e aberrativo, exceto os acidentes de hibridação que na verdade são grandes tristezas para quem os cria, são os fracassos do criador ou desafios. Esses erros quase sempre devem ser destruídos para não gerar problemas posteriores em uma nação ou habitat.

Quando o ser humano foi criado através de uma hibridação, foi buscada a perfeição. Essa perfeição genética seria um filho próximo que ajudaria os pais com seu trabalho terreno. Muitos, nem todos, foram criados para servir e estes, ao se tornassem adultos, com inteligência semelhante ao criador, não escolheram servir, servem a si mesmo e aos seus anseios. A criatura fora criada para servir, mas se negou a isso. Para não haver a destruição daquela raça inteligente, cheia de emoções e perfeita aos olhos dos criadores, então foi dado uma oportunidade para esses novos seres. O livre arbítrio é o direito de escolha do próprio caminho.

 O homem pode matar mesmo sabendo que não é certo destruir uma criação, mas pode criar coisas e objetos, criar filhos e até mesmo ser a imagem e semelhança de seu criador, que com a ciência e a tecnologia terão a capacidade de se tornarem criadores, podendo evoluir a um grau tão imenso que ultrapassarão seus criadores. Serão a evolução, a extensão dos deuses. Mas, para isso deverão sofrer as consequências sozinhos sobre aquilo que escolheram, sem a intervenção dos criadores.

Assim como um adolescente que já é maior de idade e pode responder por seus atos e se responsabilizar pelas consequências e catástrofes sem que os pais possam intervir. Na infância da raça humana os deuses interviam como uma criança que precisa aprender a andar, falar e ser educada com o modelo do criador. Crianças precisam de histórias fantasiosas para explicar o certo do errado, assim nasceram os mitos dos próprios criadores. Como esclarecer a hibridação em nome do trabalho? Após a raça estar adulta ela segue seu próprio rumo, e o culpado pelo caos ou pelas maravilhas são a própria criação que começa a ter o poder de construir ou destruir, sendo assim imagem e semelhança de quem os criou. Aqueles que se intitulam de deuses para os terrenos (terráqueos). Todos somos deuses já que somos semelhantes ao criador. E assim a única coisa que ultrapassa o tempo e o espaço é a construção, apenas o construir se torna evolutivo inerente á criação e a genética primária.

Todos os seres mamíferos são criados com cinco pontas e dois vórtices de DNA. Podendo ser alterado esses vórtices de acordo com a evolução, aderindo assim consciência e inteligência superior aos seres primários. Já as pontas são características dos mamíferos. Em uma das hélices pode-se explicar a característica intrínseca a todos, sem exceção, é a base da composição originária da vida em determinado planeta ou campo magnético de estrutura atômica cerebral ou espacial. A outra parte da hélice é o que faz a diferença entre um macaco e um homem, entre um cão e um gato e por assim sucessivamente. Todos contém as cinco pontas, assim como o homem vitruviano, o pentagrama ou a noção de estrela que temos. É sabido que todos os seres de cinco pontas têm suas diferenças entre lado esquerdo e direito. Os pés seriam as pontas, elementos básicos para se sustentarem em um local com gravidade como o planeta Terra. As mãos são outras pontas. As composições que geram a vida que interagem volatilmente sobre os demais elementos. A quinta ponta ou quinto elemento é o éter que seria a cabeça. Onde se guarda a memória, inteligência, pensamentos e o mais importante onde se armazena a alma no ponto minúsculo do centro pineal da cabeça que se assemelha a um computador. O cinco representa o homem, representa a estrela Vênus que trás o dia e a noite, sendo “lúcifer” o portador da luz. Todo homem e toda mulher é uma estrela, além de terem composições estelares de fato, ainda não compreendidas pela ciência terrena. Tais composições só podem ser vistas dentro dos olhos, a única coisa que mostra de que são feitos e de onde vieram. Cada olhar tem aparência de galáxia, perto ou distante confirmamos a teoria do pó das estrelas. Os olhos demonstram o microcosmo, uma parte do macrocosmo intrínseca em todos os mamíferos da Terra.

Para viver em certo lugar é preciso uma vestimenta ou um corpo adequado, para ir a planos da existência é necessário uma vibração adequada. Deve-se compreender que um ser de outra galáxia sem uma estrutura apropriada não pode existir ou viver na Terra. Apenas aquele que consegue mover a estrutura de seu DNA de acordo com o habitat pode viver com sua matéria comum de criação, ou seja, sua aparência real do tempo presente na matéria. Um ser de baixa vibração luminosa não pode sobreviver às vibrações de alta luminosidade. A luz vibratória os cegaria já que seu habitat é escuro. O mesmo aconteceria se tirássemos uma criança humana de dois anos de idade que vive com os pais em um lar de amor e a jogássemos sozinha à deriva em uma linha de guerra. É absurdo, é irreal e não se pode fazer isso com a sua criação em hipótese alguma. Agora se um ser humano pode criar uma guerra por si só e depois ir para a linha de guerra, o problema é dele, ele foi o responsável, ele que resolva os seus atos sem ficar clamando por milagres divinos inexplicáveis.


Voltamos à criação que são imagem e semelhança do criador, não diremos Deuses porque o homem tem uma ideia fantástica do que é Deus. A ideia de deus é tão errônea que se matam em nome de Deus e só conseguem viver acreditando em um milagreiro que irá resolver a sua escolha mal feita. Não virá do céu nenhum ser que possa intervir no livre arbítrio e nos feitos humanos, enquanto essa ideia persistir a verdade não será revelada, pois caso contrário haverá rebelião, haverá guerras e destruição das formas de vida perfeitas do criador. Em muitos casos a ilusão é a melhor solução para evitar confrontos diretos, assim como evitar a ganância por saber que ele mesmo pode vir a ser um Deus em imagem e semelhança. Após eras e eras o homem poderá evoluir e com essa tarefa feita, a consciência virá e saberão que o amor do criador é tão imenso que lhes deu o dom de criar. É uma extensão da melhoria de seus ditos deuses, de que eles podem ser iluminados, a forma não material dos seres que atingiram o grau de vibração divina. A matéria existe para a construção e só através dela podemos criar a partir da natureza que é perfeita em seu estado natural de preservação. A única coisa que pode um homem deixar através dos éons são as suas construções, sendo perfeitas e belas poderão ir além de apenas uma era e se transformar em criação divina. Apenas construindo é que se faz algo nesse mundo, apenas através do pensamento criativo e da inteligência nata é que se faz uma construção, é que se faz um criador entrar no ciclo da evolução divina e ascender.


Atualmente, ao ponto que a espécie terrena está, podendo criar a inteligência artificial, seria um ensaio para o que virá no futuro.  A inteligência artificial é programada na mesma estrutura do cérebro humano. A diferença é lógica e racional para ser humanizada. Os humanos procuram por aquilo que foi perdido ou tirado pelos criadores por precaução (poder e vida longa). Um DNA binário como os DNAs da Terra, mas construído de forma lógica e corpo metálico. Esses computadores serão os robôs de um futuro pouco distante. Para quê o homem quer criar esses “seres”? Para servirem a eles, para ajudarem na vida diária, para ampliar a vida de seus órgãos vitais, para terem o poder, para terem alguém que trabalhe por eles, para terem escravos. Uma inteligência superior a humana seria escravo de alguém? Os criadores de inteligência artificial querem criar seres com muito mais capacidade intelectual e de armazenagem de informação. Quem não gostaria de ter uma expansão de memória na cabeça? Quem não gostaria de ter um “Google” na mente? Seriam imbatíveis? A diferença que esses criadores nunca desejarão as emoções dessas máquinas, pois ao pensarem por si mesmas jamais serão servas de seus criadores. Assim como aconteceu com a hibridagem terrena, deu-se a inteligência e as emoções dando um curto tempo comparado às eras para que o ciclo possa ser sentido com o passado, presente e futuro e com isso a noção do aprendizado. Um robô será feito em nossa imagem e semelhança, só reparar sua estrutura física e cerebral, a diferença é que poderão viver em um ambiente virtual. Criaram e não têm a noção de sua criação, uma estrutura metálica compostas de binários com base e estrutura humanas. Assim a criação virou criador e criaram um novo mundo. Os seres humanos foram capazes de criar outro universo, o virtual. As pessoas fazem compras, transações bancárias, trabalham, visitam lugares, vão a museus, assistem filmes, conversam com amigos, tramam guerras e até namoram no universo virtual. E dentro desse novo universo existem os multiversos, mas isso ainda não está claro para os seres humanos, enquanto isso os novos criadores vão se aperfeiçoando até chegar o dia em que poderão viver naquele mundo sendo “deuses”. E o ciclo evolutivo se repete em imagem e semelhança.

Lughnasadh é também conhecido como Lammas ou Festival da Primeira Colheita para os antigos e novos pagãos. Celebrado no dia 2 de Fevereiro no hemisfério Sul e no dia 1º de Agosto no hemisfério Norte em várias culturas que compreenderam o ciclo. O nome Lammas significa "Massa do Pão", que simboliza o alimento feito com os grãos, que representa a colheita, e é repartido como alimento sagrado entre os membros. Segundo a tradição o pão é feito na forma e semelhança dos seres humanos, assim como os bonecos de palha (de milho ou trigo) representando os deuses, chamados de Senhor e Senhora do Milho. Esses bonecos são tidos como amuletos de proteção durante todos os anos, sendo queimados na próxima roda anual. A imagem do boneco é uma maneira de lembrar que devemos queimar o passado para construir o nosso futuro. Várias culturas que tiveram contato com os criadores na infância elaboram bonecos que simbolizam sua imagem e semelhança.

E você? Criará algo para as próximas eras com sua imagem e semelhança?

(Mensagem canalizada)

Por Letícia de Castro - Academia Ciência Estelar

www.cienciaestelar.org.br

sexta-feira, 15 de maio de 2015

A crise da fé e da genialidade

Nossa humanidade vive um momento de grande crise para a fé e também em termos de genialidade científica.



Mesmo a religiosidade que hoje temos, possui poucos traços da verdadeira fé. Hoje muito do que vemos em termos religiosos ou é fanatismo ou recurso para se manipular pessoas. Esses são extremos indesejados à verdadeira fé. É a crença cega e inflexível criada por quem friamente manipula conceitos e argumentos morais e religiosos conforme seus próprios interesses.

Ao mesmo tempo os grandes gênios, outrora sempre presentes, estão raros. Por falta de grandes gênios, hoje qualquer pessoa com uma habilidade um pouco acima da média recebe este título, apesar de fato de não o merecer.

Por incrível que possa parecer, existe um ponto em comum nessa carência da verdadeira fé e verdadeira genialidade. “Incrível” porque este ponto em comum está presente na queda de nível e qualidade tanto da fé quanto da ciência, considerados extremos inconciliáveis.



Nossa humanidade vive o ápice do valor ao óbvio, aos resultados imediatos, à concentração de bens, ao prazer individual. A cidadania, a democracia, a fraternidade e a solidariedade são utilizadas apenas como jogo de palavras para se parecer “politicamente correto”, nada mais que isso.



As crianças, cada vez mais, estão sendo desestimuladas a viverem seus sonhos, fantasias e desejos. “Papai Noel e Cia.” são motivos de chacotas, “bullying”, humilhação e isolamento social. Os pais criam as crianças enfatizando os bens de consumo, aquilo que elas podem ter mais e melhor do que seus amiguinhos. O que tem valor e é estimulado são as “coisas” tangíveis, concretas e que beneficiam a própria pessoa.

O imediatismo de resultados concretos sequestra nossas crianças de seus mundos subjetivos e abstratos. Elas nascem com este potencial, mas como sua educação não respeita esta sensibilidade e criatividade, elas aprendem que o que importa para seus pais e para a sociedade são as coisas concretas, tangíveis e imediatas. Nada que seja abstrato lhes é valorizado ou respeitado. Então, nossas crianças crescem egoístas, imediatistas e educadas para serem espertas, para conseguirem levar vantagem em tudo, sobre todos.



Sendo assim, o mundo abstrato, subjetivo, o mundo da criatividade no qual tudo é possível, em que não existem limites óbvios ou intransponíveis, vai perdendo espaço.
A fé é natural ao mundo subjetivo e abstrato. É a crença em algo não explicável, não tangível e que não nos pertence. Pelo contrário, a fé nos conduz à situação de não domínio ou controle, de não possuir o objeto de fé, de submissão mesmo àquilo a que se acredita.

Ora, se as crianças são desestimuladas quanto às suas fantasias e imaginação, quando crescem elas também não ousam se aventurar pelo mundo da fé adulta, afinal temerão sofrer as chacotas e críticas humilhantes assim como sofreram em suas infâncias. Daí pode-se compreender o porquê de nossos adultos não terem mais a fé como existia outrora.



Há quem diga que “a verdadeira fé remove montanhas e opera milagres”, mas isso só irá acreditar como realidade possível quem tem fé mesmo. Na magia aprende-se que o elemento mais importante do ato mágico é não se ter um fio sequer de dúvida de que se conseguirá atingir o objetivo, por mais impossível que possa parecer. A atual mente crítica e questionadora dos “absurdos” da criatividade é frontalmente contra a verdadeira fé. Os mestres ensinam que se podemos imaginar algo é porque este algo é possível. Vejamos, por exemplo, o caso do que era ficção científica há apenas alguns anos e que hoje é realidade.



Por outro lado, números, eletricidade, emoções, pensamentos, fórmulas nada mais são do que “coisas” nada óbvias, tangíveis ou que se possa possuir. Da mesma forma que o imediatismo material bloqueia a criatividade psíquica, ele também bloqueia esta mesma criatividade voltada para a ciência. Afinal, se um cientista não se permite ir além do método científico, das teorias já comprovadas em laboratório, ele será nada menos do quem cientista medíocre, jamais um gênio. Qual o traço comum dos gênios da ciência? Ir além dos limites da ciência de seu tempo, ousar pensar o impensado e o impensável. Assim foi com: Kepler, com Newton, com Leonardo DaVinci, com Beethoven, Jung, Copérnico, Oswaldo Cruz, Louis Pasteur, Einstein, Freud, Alexander Fleming, Steve Jobs, Nikola Tesla, James Lovelock, Jack Parsons, Robert Oppenheimer e muitos outros.



Para se ser um gênio é necessário ousar ir além do que já se sabe e é aprovado, ter coragem de correr o risco de cair no ridículo por acreditar e fazer o que nenhum dos milhares de colegas de profissão acredita ou faz. Ou seja, para se ser gênio há que se ter convicção de algo abstrato, não sabido, talvez impossível. Quando um adulto fará isso se na infância lhe ridicularizarem ideias e conceitos imaginativos?



Com o mundo abstrato aprendemos que existe pelo menos alguma ligação entre tudo que foi criado, em uma visão sistêmica a qual nos conduz à uma plena cidadania ou verdadeiro conceito de fraternidade e solidariedade. Afinal, acessando nossa sensibilidade relativa ao universo subjetivo compreendemos que jamais poderemos ser felizes e nos sentir realizados se houver outras pessoas infelizes, sofrendo ou doentes ao lado.



Nossa sociedade está criando jovens para serem adultos que valorizam apenas o óbvio, o que lhes beneficia diretamente e imediatamente. Nossa sociedade está matando “no ninho” nossos grandes místicos, nossos maiores e verdadeiros gênios, nossos grandes humanitários.



Juarez de Fausto Prestupa e
Letícia de Castro
Academia Ciência Estelar

segunda-feira, 4 de maio de 2015

A união do Rito Lunar com o Rito Solar

Mensagem de Samhain – 2015 – Hemisfério Sul

Desde tempos imemoriais o ser humano se depara com a incompreensão quanto às distintas características entre os ritos da Terra e o Celeste. Esta incompreensão resultou em competição, perseguições, muito sofrimento e dor, apesar da essência de ambas ser o amor, a paz e a harmonia. Esta desarmonia, por exemplo, ficou evidenciado no conflito entre o Matriarcado e o Patriarcado. Agora a humanidade está madura o suficiente para compreender a real natureza e benefícios de ambos os ritos que não são antagônicos, ao contrário eles se complementam em benefício da evolução e da harmonia universal.



O mito bíblico de Adão e Eva retrata bem esta questão entre o Sagrado Feminino e o Sagrado Masculino. O Feminino Planetário, assim como Kundalini atrai a manifestação de Fohat, levou o Masculino Celeste a se manifestar no plano físico de nosso planeta. Assim, este Masculino Celeste semeou a Terra com sua luz, ciência estelar e liberdade. A Terra então concebeu a Luz e a Luz ganhou um corpo e com este corpo o direito para se deliciar com as sensações que só existem aqui.



Mas, a incompreensão, a inconsciência e a imaturidade terrestre não compreendeu assim. O homem promoveu uma verdadeira guerra entre o Rito Terrestre (ou sub-Lunar) e o Celeste, ou Estelar (o Rito de Luz ou Solar, pois toda estrela é também um sol).



O Rito da Mãe Terra ou Lunar é o Rito da Natureza e por característica intrínseca não possui uma organização, ordem ou estrutura rígidas; é marcado pelo afeto, pelo sentimento, pela busca da harmonia, da saúde e da manutenção da vida material. Ele se manifestou na forma do politeísmo que respeita todos as formas de manifestação espiritual na forma de deuses. O Rito Lunar tem por natureza a transitoriedade, por respeitar e retratar os ciclos da natureza que a tudo muda e ao mesmo tempo perpetua. Da compreensão deste fato surgiu o conceito da reencarnação, conhecido como “transmigração das almas”. Segundo este conceito de reencarnação a alma sobrevive à morte do corpo físico e reencarna em outro corpo para novas experiências no plano físico visando o aprimoramento da alma.



O Rito Celeste ou Estelar (ou Solar) é o Rito da Luz e sua característica é a organização, a estrutura e a ordem rígidas, definidas e eternas; é marcado pelo conhecimento, pela ciência, pela busca da evolução, da iluminação e realização da vida espiritual. Ele se manifestou na forma do monoteísmo que reconhece sempre uma fonte ou origem única de toda a Criação. Da compreensão da divindade única surgiu o conceito de “vida eterna”, porém sem retorno ao plano físico. Conforme este conceito o ser sobrevive à morte física e tem uma vida eterna nos planos espirituais, conforme seus méritos adquiridos na vida terrena.

Enquanto o Matriarcado prevalecia, por sua natureza pacífica e ecumênica, o Rito Celeste era tolerado e respeitado e existia juntamente com as demais manifestações de espiritualidade ou religiões. Porém, quando o Patriarcado, no natural ciclo de troca de poder, tomou o poder passou a perseguir as formas de manifestação do Rito Lunar e também seus sacerdotes e sacerdotisas. O Feminino então passou a ser sinônimo de tudo o que era errado, feio, pecado, involutivo e contra a espiritualidade solar. Isso decorreu tanto por ignorância ou compreensão da natureza pacífica e contemplativa do Rito Lunar, quanto por ignorância e compreensão da natureza do próprio Rito Solar que é de amor, consciência, vida, tolerância, paz e saúde.

Os sacerdotes “solares” conceberam o Rito Solar na forma de religiões e escolas esotéricas não com a consciência solar, mas sim com a consciência lunar. O resultado foi algo transfigurado, desvirtuado, equivocado e desarmônico. Era necessário que os líderes solares tivessem atingido a verdadeira iluminação, tivessem obtido a conexão e sua consciência estelar, para poder falar, decidir, julgar e comandar em nome de uma divindade Única. Mas, eles galgaram o poder, falando em nome de um deus solar porém sem a consciência deste, mas somente com suas consciências pessoais, lunares e temporais. Na verdade é muito provável que os fundadores de religiões e escolas solares tivessem sim atingido a iluminação ou pelo menos se aproximaram dela, mas quando deixaram de existir no físico seus seguidores, fiéis e discípulos desvirtuaram a mensagem e o propósito originais e é isso que vemos e experimentamos hoje em dia.

Os sacerdotes solares então buscaram perpetuar seu poder temporal ou material, não compreendendo que eram e são materiais e o poder material segue um ciclo de alternação de poder e nem mesmo compreendendo que o poder espiritual tem por característica a total e absoluta doação e abnegação de controle ou domínio, tendo como razão de existência o compromisso em contribuir com a vida e a manutenção da mesma. O mistério solar é naturalmente irradiante, protetor, abnegado e de doação completa e absoluta, jamais de controle e poder centralizado. É como o sol que irradia sua luz e calor sem nada esperar ou cobrar nada de ninguém. Ele simplesmente existe em benefício da vida ao seu redor.



O interesse político se apoderou do conceito solar de Fonte Única Espiritual Eterna para impor através da religião, ao povo, a ideia de submissão a um único poder material e temporal. Assim, do Mitraísmo surgiu o catolicismo romano que sustentou imperadores e papas. Então, a mensagem solar ao invés de incentivar a realização pessoal foi subvertida para gerar medo, dependência, inconsciência para a grande maioria ao mesmo tempo que também gerou poder centralizado e controle para um pequeno grupo. Do catolicismo surgiram as religiões evangélicas com os mesmos moldes de sua origem.



A Grande Deusa Lunar então virou, pela consciência lunar dos sacerdotes solares do deus único, a Grande Prostituta. Apesar disso, como estes sacerdotes perceberam o poder da Deusa e sua influência à alma e à consciência da população, se apossaram dos melhores atributos da tradição lunar e criaram uma personagem feminina representando a Virgem. Conseguiram em um jogo de palavras e conceitos intencionalmente manipulados colocar o Feminino Terrestre contra si mesmo. Este foi um ato de malícia e astúcia digno daquilo que difundem como sendo a origem do Mal que é a sombra da luz solar, mas este Mal foi projetado no aspecto “Prostituta” da Deusa. O consorte da Grande Deusa, o Deus natural dos bosques e matas, na mente dos sacerdotes “solares”, carente da verdadeira luz, foi transformado então na figura do Diabo. Assim, do deus celta Cernunos nasceu a figura do diabo, com chifres, rabo e cascos.



Em sua ânsia de desmerecer, degradar e denegrir qualquer conceito possível de divindade feminina verdadeira, até mesmo o aspecto estelar, celeste ou solar do Feminino Universal, até este aspecto feminino foi travestido de maldade, malícia, maledicência, etc. em uma constante campanha difamatória que já perdura por milênios, mesmo antes do advento de Jesus. A deusa antes origem da alegria, do prazer, da prosperidade, da abundância, da saúde e do afeto foi transformada na devoradora de crianças, na caçadora de almas, em sinônimo de maldade e grave perigo, até mesmo de perdição total. Tudo isso para vender a ideia de que todos somos “culpados”, malditos e “pecadores” e a “salvação” só existe por parte do Deus Único. Mas, o problema é a alma lunar dos sacerdotes solares conceberam diversos deuses únicos: Jeová (dos judeus, católicos e evangélicos), Alá (dos muçulmanos), Aton (de Akenathon), Ahura Mazda (de Zoroastro), Brahma (dos indus) e Sat Nam (dos Sikhis). E, estes “deuses únicos”, na alma de seus sacerdotes, não se entendem e lutam entre si para obter a supremacia sobre os outros, tanto deuses únicos solares quanto os demais lunares.



A própria ciência, que é voltada absolutamente para a matéria da natureza, é manipulada pelas consciências lunares de cientistas (teoricamente solares) para abjurar o rito lunar, a fé, a religião, o ecumenismo, a compreensão e a aceitação dos cultos e ritos terrestres.
Este é o cenário com o qual hoje nos deparamos em termos de religiões e escolas esotéricas. Existem dificuldades para se compreender as diferenças, as características naturais de cada rito, suas benesses e como podem se encontrar harmonicamente.



Se o Rito Lunar (terrestre ou Feminino) pode ser representado por uma serpente que morde a própria cauda (como a famosa Ouroboros), o Rito Solar ou Estelar pode ser representado por uma reta vertical de manifestação e evolução concomitantes. Este Rito é uma via de mão dupla que tanto traz a consciência solar para o plano físico como também eleva a consciência física até os infinitos estelares. Um símbolo muito antigo do encontro harmônico destes dois ritos é a conhecida cruz. Porém, o ponto de encontro entre o traço horizontal que simboliza a consciência e a espiritualidade lunar ou material com o traço vertical do espírito estelar ou solar é muito importante. Os braços laterais (lunares) devem estar equilibrados e simétricos, representando o equilíbrio físico, a harmonia material, psíquica, emocional e orgânica. Da mesma forma, no traço vertical o ponto de encontro representa o nível de consciência estelar ou solar, se for baixa a cruz fica “invertida”, com os braços em baixo. Mas, se o nível de consciência solar ou estelar estiver em seu ponto mais elevado, então forma-se a Cruz Tau. A Cruz Tau é a mais antiga forma de cruz que existe. Encimada pelo círculo, símbolo do espírito perfeito e eterno a Cruz Tau se transforma na Cruz Ankh dos antigos egípcios. A cruz Tau encimada por um círculo também é o símbolo astrológico do planeta Vênus em uma alusão óbvia e direta sobre o fato deste planeta ser para nós o caminho espiritual a ser seguido.



A cruz Ankh egípcia representa o encontro entre a deusa Isis, que reinava fisicamente sobre o Egito, centro da culta humana em sua época, com o seus Osíris, que reinava espiritualmente sobre o mesmo Egito. Por isso a cruz Ankh era o símbolo da Vida Eterna em todos os sentidos. Ou seja, unificava o conceito lunar da transmigração das almas (obviamente não com este nome para o povo egípcio) com o de vida eterna conforme a tradição solar. Ora, o “encontro” entre Isis e Osíris gerou o “filho divino” Hórus. Hórus é então a representação da divindade que resulta do encontro dos ritos lunar e solar, terrestre e estelar, que ocorre nos “domínios” ou regência de Vênus, a Deusa do Amor, da Vida Eterna, da Harmonia, da Beleza, e que todos podemos realizar.



Uma outra forma de se representar graficamente o encontro deste dois ritos e suas tradições retrata muito bem a grande verdade espiritual de nossa humanidade. É o encontro do círculo horizontal, representando os ciclos de vidas nos planos mais densos ou físicos da Criação, em “movimento” também ascendente (ou descendente) formando então uma espiral. Esta representação é facilmente encontrada nos ensinamentos teosóficos acerca das sucessivas vidas que ocorrem nas rondas e cadeias planetárias. Observe-se que este não é um conhecimento recente, mas que existe há milênios. Porém, antes era de acesso e compreensão apenas de um pequeno grupo de pessoas despertas ou iluminadas, mas que agora está aberto para todos.



Cada vez mais pessoas estão abrindo sua mente e alma para as verdades eternas que iluminam a humanidade. O nível de consciência coletiva está aumentando e já estamos no horizonte do surgimento de uma nova cultura, uma nova sociedade, uma nova consciência que não só conviva conscientemente com os verdadeiros ritos lunar e solar como também se beneficie do que de melhor eles podem nos proporcionar, promovendo a harmonia tanto no plano físico e social, quanto no plano cósmico e espiritual.


Juarez de Fausto Prestupa
Academia Ciência Estelar

sábado, 25 de abril de 2015

As Dimensões do Sexo e do Amor

Já sabemos que existem “Quatro Tipos de Amor”, conforme os gregos e o ocultismo. Estes quatro tipos de amor estão diretamente relacionados com nosso nível de consciência: instintivo, emocional, social e cósmico. Muitas pessoas associam diretamente o sexo ao amor e alguns até usam uma palavra referindo-se à outra. Se existem quatro formas distintas de se amar, então também temos quatro formas distintas de se “fazer amor” ou de se fazer sexo.



Podemos dizer que 99% das escolas esotéricas e religiões afirmam que o amor é a força central e sentido principal da Criação, da Existência e essência mesmo de Deus. Então, trata-se de algo sumamente importante e que está negligenciado e até banalizado nos dias de hoje. Atualmente nossa sociedade dá pouco valor à verdadeira espiritualidade e ao verdadeiro amor.



Esotericamente sabe-se que o amor é a força que a tudo integra harmonicamente e que seu oposto é o medo que desintegra, pulveriza e despersonaliza. O amor é sinônimo de saúde, vida, felicidade e segurança. Tudo o que está faltando para nossa sociedade moderna. Esta “falta” é o resultado de nosso afastamento da Fonte de Amor e suas formas.

Os gregos nos ensinaram que existem quatro tipos de amor:
  1. O amor tipo “Porneia”, que é o amor semelhante ao da criança pela mãe, que exige a posse da fonte de amor. Daí vem a expressão “possuir”;
  2. O amor tipo “Eros”, que é o amor pelo grande, pelo belo, pelo que nos falta;
  3. O amor tipo “Phileo”, que é o amor de troca ou interação;
  4. E, o amor tipo “Ágape”, que é o amor gratuito, espontâneo e natural, assim como o do Sol que irradia vida, calor e luz sem nada esperar em troca.



O amor tipo Porneia é o amor de paixão, é egocêntrico, não troca e nem tem compromisso; é imediatista e instintivo. Está diretamente relacionada com o físico. O amor tipo Eros aproxima de forma igual a dois seres, complementando-os um ao outro. Este tipo de amor está diretamente relacionado com a alma dos amantes. O amor tipo Phileo é um amor que pressupõe liberdade, amplitude e espaço entre os amantes. É o amor pelo sucesso, pela realização ei pela felicidade do outro, independente dele estar ou não ao lado do amante. Este tipo de amor reflete o amor que o amante tem por si mesmo, por sua vida, por sua liberdade, sua autonomia e suas características próprias. O amor do tipo Ágape é o amor divino, ele é totalmente incondicional e coletivo. É o amor à toda forma de vida, à divindade que existe no interior de todo ser e criatura.

O caminho para conquistarmos estes níveis de amor nos foi ensinado na mitologia grega, nas tarefas de Psiquê, explicitadas no Livro “O arquétipo do Amor e da Alma”, de Letícia de Castro.



Na primeira tarefa (relativa ao tipo Porneia) cabia a Psiquê: Separar “sementes” de milho, cevada, papoula, ervilha e feijão até a noite – contando com a ajuda das formigas – o que evidencia a necessidade do discernimento de valores (o certo do errado, o melhor, o mais apropriado, etc.).

Em sua segunda tarefa (relativa ao tipo Eros) Psiquê deveria colher lã dourada de terríveis carneiros do sol - sua ajuda veio do junco que aconselha esperar a noite e o sono – que nos ensina a necessidade da prudência e sensatez (devemos reduzir a impulsividade e refletir, considerando o outro e o que ocorre ao redor).

Psiquê em sua terceira tarefa (relativa ao tipo Phileo de amor) deve captar água proibida (cascata gelada em rochedo alto guardado por dragões) – então Psiquê é transformada por Zeus em águia – o ensinamento aqui é da necessidade de uma visão fria e objetiva da realidade, sem sentimentalismo ou idealismo, existe a necessidade de um certo afastamento e de uma visão global ou sistêmica para se encontrar a solução dos problemas (verdade e harmonia).

Na sua quarta tarefa (relativa ao tipo Ágape) Psiquê deve conseguir o creme da deusa do Inferno/Morte – uma “torre” a aconselha a não ajudar nem ser ajudada – o ensinamento aqui é que ela deve ter foco absoluto no objetivo, em sua verdade que deve ser absoluta e ser realizada totalmente (que obviamente é a de ser uma deusa, uma referência e uma potência).

O amor do tipo Porneia é o amor do tipo animal. Devemos nos lembrar que antes de sermos humanos somos na verdade “animais intelectuais”. O amor do tipo Eros é o amor conjugal que busca a complementação  respeitando o outro em iguais condições que a si próprio. O amor do tipo Phileo é o amor fraternal que abraça um ideal, se dedica a uma causa em prol de um segmento da sociedade. O amor do tipo Ágape é o amor de natureza divina para o qual todos somos irmãos e que a dor de apenas um só ser vivo é sentida por todos indistintamente.

Astrologicamente, o amor Porneia é o amor do par Marte e Vênus. O amor do tipo Eros é o amor do par Sol e Lua. O amor do tipo Phileo é o amor do par Saturno e Netuno. E, finalmente, o amor do tipo Ágape é o amor do par Plutão e Lilith. Para conseguirmos evoluir do amor tipo Porneia para o tipo Eros é necessário o concurso de Mercúrio, o autoconhecimento e a busca de se conhecer o outro. A evolução do amor tipo Eros para o tipo Phileo se obtém com o concurso de Júpiter, buscando a compreensão sábia de que deve haver um equilíbrio dinâmico na relação. E, para se evoluir do tipo Phileo para o Ágape é necessário o concurso de Uranos, o conhecimento ou ciência da razão da Criação e da Existência (tanto como um todo quanto individual).

O amor do tipo Porneia é o amor por si mesmo, sua própria vida e a satisfação de suas necessidades. Considera a posse, a conquista, o domínio e o controle. É o amor de apenas uma pessoa. Para evoluir exige discernimento e a não condução apenas pelos instintos e animalidades. O amor tipo Eros é o amor conjugal, que exige compromisso e dedicação, órbita de um para com o outro. É o amor entre duas pessoas e que exige sensatez para evoluir, compreensão de que cada pessoa é um verdadeiro universo distinto do outro, com suas peculiares e particularidades próprias. O amor do tipo Phileo é o tão propalado amor das almas gêmeas, o amor fraternal e coletivo, exige desapego e objetividade e visa a felicidade alheia. O amor do tipo Ágape é o amor que abarca toda a Criação, todas as criaturas, filhos de Deus. Este é o amor da entrega absoluta e total em prol da vida, da paz e da harmonia. O objetivo deste tipo de amor é a transcendência de tudo e de todos, o retorno à condição divina.



Então, o sexo ao nível Porneia é o sexo egoísta, que possui o parceiro como objeto para satisfação de suas necessidades sexuais, desconsiderando o que o outro gosta ou mesmo quer. É o sexo físico, mais animalesco, que mais parece uma maratona de exercícios físicos e que se gaba de conquistas e marcas alcançadas em temos de quantidade. Neste tipo de amor existe movimentos rápidos e vigorosos. Exalta os atributos físicos e externos de si e do parceiro. Uma característica deste tipo de sexo é que a pessoa o pratica de olhos fechados, concentrada em seu próprio prazer e satisfação. Aqui o objetivo final é a descarga energética obtida no orgasmo.



O sexo do tipo de amor Eros já comporta a troca, há olho no olho. O sexo é feito com emoção, com verdadeiro sentimento e desejo de que o outro tenha prazer, seja satisfeito e que o sexo seja prazeroso para ambos. Neste tipo de sexo, além da conexão física das genitálias, também existe o encontro das almas que se adoram mutuamente. Existe um verdadeiro idílio, a vivência de momentos de sonho romântico. Este amor é na verdade um galanteio mútuo sem preocupação com o tempo, um momento de diversão íntima de grande conivência e cumplicidade. O objetivo é a devoção mútua, sem compromisso com marcas, tempo ou quantidade alguma. É o namorar de forma íntima, profunda, na qual as almas se entregam sem pudores, reservas, medos ou inseguranças. Elas se mostram ao outro total e absolutamente, como são em essência, plenamente, olho no olho, uma dedicando seu amor à outra, em um momento de adoração mútua. Os movimentos são suaves, lentos, agradáveis e carinhosos.



O sexo do amor tipo Philea é uma entrega e projeção coletiva de uma energia magnética de integração e polarização grupal. É o amor fraternal, de participação de um grupo de pessoas que se comprometem com um ideal, um propósito ou uma ação social e coletiva. É a projeção do amor no sentido de que todos próximos se realizem, se satisfaçam, sejam felizes, prósperos e saudáveis. Aqui a pessoa não se sente bem se algum membro de seu grupo não está bem e precisa de atenção e cuidados. Há um verdadeiro compromisso com a fraternidade, o altruísmo e a solidariedade. Neste ponto o “amante” sofre as dores, dificuldades e limitações de seus amigos íntimos e também é feliz com suas conquistas, realizações e alegrias. Existe uma verdadeira doação de parte de sua energia e vida para o concurso do sucesso dos demais.



O sexo a nível de amor do tipo Ágape é o sexo divino, que cria e mantém a vida. Ele é mágico, poderoso e absolutamente impessoal, transcendente e coletivo. É o sexo presente na criação visando o equilíbrio das energias. Sua manifestação ocorre como força mágica direcionamento o inconsciente coletivo rumo à evolução, à liberdade, à individuação e à transformação social como um todo. Este tipo de atuação age sobre toda uma geração de pessoas, mudando referências, ídolos, conceitos, paradigmas, arquétipos. É a força por trás dos grandes avatares e líderes mundiais que mudaram o curso da história da humanidade. É o poder por trás do poderoso magnetismo que possibilita a condução de uma grande massa de pessoas.



O processo de evolução nos níveis de amor ou sexo é explicitado nos conhecimentos da antiga Alquimia ou, ainda, na arte do Tantra Yoga. Mas, nossa sociedade no afã de conquistar imediatamente graus, níveis e poderes atropela o processo e busca atingir o ápice do caminho de forma rápida, fácil e simples, como que se industrialmente houvesse um produto, forma ou mesmo pessoa que pudesse proporcionar isso à ela. Então, ela se engana e se perde no verdadeiro caminho.



Muitos querem praticar o Tantra e conquistar os conhecimentos da verdadeira Alquimia com a consciência, a prática e os objetivos apenas do nível Porneia. Isso nunca lhe será possível. Para se chegar a pelo menos compreender a verdadeira natureza do Tantra ou da Alquimia há que se chegar ao amor e ao sexo do tipo Eros. Sem isso qualquer tentativa de evolução ou prática mecânica de Tantra ou Alquimia é pura enganação ou equívoco. Não é possível se praticar o Tantra sem se adorar o outro, sem o olhar nos olhos com o âmago da alma e se entregar plenamente ao outro em uma comunhão de sentimentos, segredos, defeitos, objetivos e verdadeira adoração. Para os casais do Tantra e da Alquimia o outro deve representar uma verdadeira divindade, um ser Real e digno de veneração, respeito e profundo amor.



Mas, o começo do processo é sempre a partir do nível Porneia, do individual que evolui apenas com o autoconhecimento. Não se pode e muito menos se deve cobrar do outro a evolução. Devemos caminhar somente pelo amor, pela compreensão e pela paciência. Se você conseguir evoluir e a outra pessoa não, respeite o tempo, a vontade, o ritmo e a realidade desta outra pessoa. O Tantra ou a Alquimia não pode ser um processo de cobrança, de dor ou mesmo competição. Se não houver encontro entre ambos é sinal de que cada um deve seguir seu próprio caminho, seu próprio ritmo e realidade. Caso isso não ocorra um pode prejudicar a evolução do outro. É claro que haverá incompreensão por parte daquele que vibre e tenha a consciência ainda no nível Porneia que é naturalmente de posse egoísta. Mas, aquele que atingiu pelo menos parte do nível Eros não pode permitir que o outro o impeça de evoluir e continuar sua expansão de consciência. Com muito amor, compreensão e paciência deve seguir seu caminho, liberando a outra pessoa para seguir também o seu caminho.



Em esoterismo é comum o ensinamento que diz que “quando o discípulo está pronto o mestre aparece”. O mesmo acontece conosco, quando estamos prontos, quando nos encontramos como pessoas e estamos prontos para encontrar outra pessoa e olhar em seus olhos, em sua alma e amá-la plenamente, esta pessoa surgirá em nossa vida. Se assim não for é porque ainda não atingimos esta condição e mérito.



Desejamos a todos que encontrem suas divindades complementares, seus reis e rainhas particulares, aquele ou aquela com o qual poderão viver o Paraíso em uma adoração mútua e divina, um amor sem egoísmo ou medos. Ou seja, desejamos a todos que atinjam a verdadeira paz de alma e realização pessoal, na plenitude do amor e da espiritualidade.


Juarez e Letícia

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