O Sol Oculto - O Grande Arquiteto do Universo
O sol, esotérica e cientificamente, é considerado a principal razão da
existência e, consequentemente, da vida como a conhecemos. Ele centraliza ou se
destaca em importância dentre os astros e é reverenciado por diversas culturas
e tradições. Mas, existe uma grande diferença entre o sol visível e o sol
oculto.
Dan Brown, em sua obra “O Símbolo Perdido”, aborda com
maestria a importância do símbolo solar, o chamado circumponto (um círculo com
um ponto no centro). Apesar do autor concentrar sua trama nos mistérios da
antiga Maçonaria e nos brinca com extensa explicação sobre o uso desse símbolo
primitivo.
Os mistérios mais secretos de antigas tradições fazem alusão
à misteriosa Origem ou Fonte da vida ou da Criação e o símbolo usado, via de
regra, é o solar.
O criador do zoroastrismo, Zoroastro, adotou esse nome em
uma referência ao Astro Zero ou primevo, Original. Como que em uma tentativa
simbólica de antropomorfização (dar forma humana) ao Sol Primordial.
Esse Sol Original, Fonte ou Primordial, também foi
antropormofizado com Akenaton (o Filho do Sol). É Ele que então emanou ou Criou
todo o Universo e, portanto, também é conhecido como Grande Arquiteto do
Universo pelos maçons.
Do Sol emana tanto a vida física e material quanto a
espiritual. Mas, nosso sol visível é apenas um pálido reflexo que representa no
plano mais denso a Fonte ou Princípio.
Blavatsky afirma em sua obra “Ísis sem Véu” que: “Existe em
algum lugar, neste vasto mundo, um livro antigo - tão antigo que os nossos
modernos arqueólogos poderiam examinar-lhe as páginas durante um tempo infinito
sem, contudo, chegarem a um acordo quanto à natureza do tecido sobre o qual ele
foi escrito. É a única cópia original que existe atualmente. O mais antigo documento
hebraico sobre a ciência secreta - a Siphra Dzeniouta foi compilada a partir
desse livro, e isso numa época em que já o consideravam uma relíquia literária.
Uma de suas ilustrações representa a Essência Divina emanada de Adão como um
arco luminoso que tende a formar um círculo; depois de atingir o ponto mais
alto dessa circunferência. A glória inefável endireita-se novamente, e volta à
Terra, trazendo no vórtice um tipo superior de Humanidade. Quanto mais se
aproxima de nosso planeta, mais a Emanação se torna sombria, até que, ao tocar
o solo, ela é tão negra como a noite”.
Nesse ponto é conveniente se distinguir entre o Sol Oculto e
o Sol Negro. A ideia ou concepção de Sol Negro é uma corruptela equivocada, de
interpretação incorreta, do que seria o Sol Oculto. O Sol Negro utilizado por
nazistas e satanistas busca se legitimar nos conhecimentos teosóficos, mas não
podem estar mais distantes da verdade, pois em hipótese alguma o Sol Oculto se
refere à uma impossível, incoerente e inexistente fonte máxima do mal, das
trevas e da morte e, principalmente, que possa se antepor em termos de poder à
Fonte Original normalmente conhecida como Deus.
Para nós que estamos aqui no plano físico, na quarta Ronda e
na quarta Cadeia Planetária, o Fonte é “oculta” porque nós é que estamos
distantes de Sua compreensão, para nós trata-se de um “mistério” e por isso
“oculto”, somente concebido por alguns poucos.
O sol, sendo a Fonte da Criação, se faz presente nos
diversos mundos dessa mesma Criação. Assim, o sol físico responde pela criação
do mundo físico, mas tem sua fagulha ou origem no mundo anterior.
Nosso sol visível é uma imensa massa de fogo que aquece e
ilumina. Para que exista o fogo é necessário que existam o combustível
(masculino), o comburente (feminino) e a chama (princípio ou origem do fogo).
Sempre uma trindade. A chama é o princípio de tudo e antecede a tudo. A chama
representa o princípio espiritual que vem da Origem da Substância Primordial
contém em si a essência de tudo, o “Pneuma”.
Na Cabalah estuda-se que existem quatro mundos: o Mundo das
Emanações (Atzilut), o Mundo da Criação (Briah), o Mundo da Formação (Yetzirah)
e o Mundo Físico, da Criatura ou Material (Assiah). A Árvore da Vida
cabalística é composta por três colunas de séfiras, as laterais podem ser
consideradas uma positiva, masculina e ativa e a outra feminina, negativa e
passiva. A coluna central é a relativa à origem e fim, neutra e local de
encontro harmônico das duas laterais. A coluna central contém quatro séfiras,
cada qual relativa à um mundo.
Ao Mundo de Assiah, ou Material, temos a séfira Malkut à
qual podemos entender que a representação solar cabe à um Homem que representa
toda a humanidade, assim sendo o sol planetário.
Ao Mundo de Yetzirah, ou da Formação, temos a séfira Yesod à
qual podemos entender que a representação solar cabe ao sol visível e
conhecido.
Ao Mundo de Briah, ou da Criação, temos a séfira Tiphereth à
qual podemos entender como sendo o centro espiritual de nossa região galáctica,
ou seja, a estrela mais brilhante ou sol Sírius.
Uma galáxia é um grande sistema, gravitacionalmente ligado, que
consiste de estrelas, remanescentes de estrelas, um meio interestelar de gás e
poeira, e um importante, mas insuficientemente conhecido componente apelidado
de “matéria escura”.
Ao Mundo de Atzilut, o Mundo das Emanações, temos a séfira
Kether à qual podemos entender a representação solar oculta e que fica no
centro da nossa galáxia, a Via Láctea, na direção da constelação de Sagitário. Cientificamente
considera-se que o exato centro da galáxia abriga um possível buraco negro
denominado “Sagittarius A”. O movimento de nuvens de gases e de estrelas ao seu
redor permitiu calcular a sua massa como sendo quatro milhões de vezes superior
à massa do Sol, concentrada somente em uma pequena região, o que evidencia se
tratar, na verdade, de um buraco negro supermassivo. Estudos indicam que as
nuvens moleculares ao redor deste objeto estão sendo atraídas e, a medida que
se aproximam do intenso campo gravitacional do buraco negro, passam a formar um
disco de acreção e emitem grande quantidade de radiação. Embora não possa ser
observado diretamente, observações radioastronômicas levantam ainda mais
evidências de sua existência.
De acordo com a Teoria da Relatividade Geral, um buraco negro é uma
região do espaço da qual nada, nem mesmo partículas que se movem na velocidade
da luz, podem escapar. Este é o resultado da deformação do espaço-tempo,
causada após o colapso gravitacional de uma estrela, com uma matéria
astronomicamente maciça e, ao mesmo tempo, infinitamente compacta e que, logo
depois, desaparecerá dando lugar ao que a Física chama de singularidade, o
coração de um buraco negro, onde o tempo para e o espaço deixa de existir.
Kether está relacionada com o planeta astrológico Plutão,
que representa a Vontade Inexorável de Deus. Também representa “O Mais Oculto e
Poderoso”.
Afirma-se que esta Substância Primordial contém em si a essência de
tudo o que contribui para a formação do homem; ela tem não apenas todos os
elementos de seu ser físico, mas também o próprio "sopro de vida" num
estado latente, pronto para ser despertado. Isto ela recebe da
"incubação" do Espírito de Deus sobre a face das águas - o caos; de
fato, esta substância é o próprio caos.
... O Sol, que vemos, a estrela central de nosso sistema, é apenas o
reflexo, sombra ou casca do verdadeiro Sol Central espiritual. Para o próprio
Sistema, o Sol é Buddhi, por ser o reflexo e o veículo do verdadeiro Sol, que é
Âtman, invisível neste plano. Nesta reflexão estão todas as forças Foháticas.
"O ocultismo afirma que o Logos Solar é o regente de nosso
sistema. Em A Doutrina Secreta, de Helena Blavatsky, está dito que nossas vidas
são partes da vida desse Grande Ser e que o Sol é o seu coração, seu centro
vital. Seu cérebro, segundo Blavatsky, está oculto por trás do Sol visível. As
ondas da essência da vida fluem por meio de artérias e veias invisíveis. Os
planetas são os seus membros. Do Sol a energia é irradiada para todos os
centros nervosos do Sistema Solar. Ele é o reservatório de energia do nosso
pequeno Cosmo." elucida Eduardo Weaver no texto: Ecologia Oculta, para o
site da Loja Teosófica Liberdade (http://www.teosofia-liberdade.org.br/)
Podemos encontrar na internet um artigo intitulado
“Cosmogênese”, de autoria de Hugo Martins, que dentre outras coisas afirma que:
“A Evolução propriamente dita ocorre no 3.º Trono, que é o Plano Físico
ou da materialização do Oitavo Sistema (1.º Trono). Assim, temos o Sol Oculto e
os Sete Originais como 1.º Trono, a formação do Sistema Solar no 2.º Trono e a
do Sistema Planetário no 3.º Trono”.
... Por conseguinte, um Sistema Planetário é constituído por sete
Cadeias que têm como Sol Central um Logos Original representando o Logos Único,
e dirigindo cada uma dessas sete Cadeias tem-se um Logos Planetário, também
chamado Ishvara ou Dhyan-Choan, que sendo Sete são as expressões manifestadas
dos Sete Originais. O leitor poderá perguntar agora: qual é então a diferença
entre Logos Solar e Logos Planetário, visto regerem-se pela mesma Lei séptula?
Um é a projecção arquetipal do Logos Único no 2.º Trono, e o outro a
manifestação do Logos Único (Oitavo Sistema) no 3.º Trono.
... É no 3.º Trono que o Eterno vai demarcando a Evolução geral através
dos Ciclos, grandes e pequenos, onde cada Cadeia, Ronda, Raça, Sub-Raça, etc.,
tem o seu tempo registado no grande Relógio Cósmico. As próprias forças subtis
da Natureza, os Tatvas, vibram obedecendo rigorosamente a horários. O mesmo
acontece com os movimentos dos corpos celestes em suas órbitas. Também os
Iniciados programam sempre determinados Rituais em consonância com o Ritmo
Cósmico. E assim mesmo os acontecimentos de grande transcendência, tais como os
Julgamentos de Fim de Ciclo, de começo e final de um Trabalho Avatárico, de
determinadas Fundações Esotéricas, etc.
Posto tudo, é no 3.º Trono que pontificará o Supremo Arquitecto ou
Visvakarman, expressando os valores do Sol Central do 1.º Trono na escala
relativa à Terra. Segundo as antigas tradições iniciáticas, Ele é o Logos
Activo conhecido como Jehovah, Grande Arquitecto do Universo (G.A.D.U.), etc. É
assim designado por estar num Plano genuinamente em construção (posto a Matéria
ainda não estar inteiramente formada, faltando realizar os três estados
elementais), sendo o 8.º Logos Planetário relativamente aos 7 Espíritos
Planetários dirigentes das 7 Rondas de cada Cadeia. Por isso é que os livros
mais sagrados, particularmente o Livro de Duat depositado na Biblioteca Central
desse Mundo, afirmam que “o Supremo Arquitecto caminha de Sistema em Sistema,
de Cadeia em Cadeia levando até ao fim a jornada da Evolução”, por ser a
expressão máxima do Logos do Sistema Solar (Para-Ishwara) que, como já vimos, é
constituído por 7 Sistemas Planetários. Como sabemos, cada Sistema Planetário é
formado por uma série de 7 Cadeias. Cada Cadeia, por sua vez, é dirigida por um
Planetário de Cadeia (Ishwara), projecção do Planetário Soberanodo respectivo
Sistema Planetário de que a Cadeia faz parte, o qual é o mesmo Ishwara
exercendo funções supremas nesse Sistema numeral (no 3.º Sistema foi o 3.º
Ishwara que é o mesmo da 3.ª Cadeia, por exemplo). O Planetário da Cadeia tem a
coadjuvá-lo 7 Planetários de Rondas (Kumaras). Cada Cadeia é constituída por 7
Globos que são dirigidos pelos 7 Espíritos Planetários de Rondas, os quais são
as projecções ou manifestações dos mesmos dos 7 Espíritos Planetários de
Cadeias. Esses Kumaras Primordiais projectam-se na Terra como Kumaras
Subsidiários ou Dhyanis-Kumaras relacionados à direcção e evolução das sete
Raça-Mães; por sua vez, os Dhyanis-Kumaras projectam-se e actuam pelos 7
Dhyanis-Budhas dirigentes das sete Sub-Raças de cada Raça-Mãe. Sendo que cada
Dhyani-Budha tem 7 Dharanis em sua volta, associados aos 7 Ramos Raciais de
cada Sub-Raça, eles formam um Sistema Geográfico. Daí o número de Dharanis ser
49. Em suma, toda e qualquer modalidade de manifestação é sempre projecção de
algo que está acima, agindo num processo numeral de Tulkuismo até chegar ao
Logos Único que é a Origem de tudo o que existe manifestado.
Cientificamente sabe-se que o Buraco Negro é um poderoso e
imenso portal para outro universo (um lado, um verso) e a “porta” do outro lado
é um Buraco Branco ou Quasar também imenso.
Um quasar (abreviação de quasi-stellar radio source ("fonte de
rádio quase estelar") ou quasi-stellar object ("objeto quase
estelar") é um objeto astronômico distante e poderosamente energético com
um núcleo galáctico ativo, de tamanho maior que o de uma estrela, porém menor
do que o mínimo para ser considerado uma galáxia. Quasares foram primeiramente
identificados como fontes de energia eletromagnética (incluindo ondas de rádio
e luz visível) com alto desvio para o vermelho (redshift), que eram puntiformes
e semelhantes a estrelas, em vez de fontes extensas semelhantes a galáxias. Os
quasares são os maiores emissores de energia do Universo. Um único quasar emite
entre 100 e 1000 vezes mais luz que uma galáxia inteira com cem bilhões de
estrelas. Um quasar é uma região compacta com 10 a 10.000 vezes o raio de
Schwarzschild do buraco negro supermassivo de uma galáxia, energizada pelo seu
disco de acreção.
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