quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

A Plenitude da Mulher (e da Humanidade)



Um dos principais ensinamentos implícitos nas mensagens e experiências dos últimos tempos nos fala sobre a necessidade da plenitude da mulher.
Plenitude é uma palavra que tem significado muito próximo à “perfeição”.
A história recente e lembrada da humanidade é contada e dominada pelos homens. Foi a era do patriarcado no qual o homem é quem dominou e mandou. Mas, não foi sempre assim. Na história que não é contada, antes do patriarcado, houve o matriarcado quando as mulheres dominavam e até mesmo a imagem de Deus era feminina e não masculina como é hoje.
Mas, o tempo passou e o domínio feminino foi substituído pelo domínio masculino. As duas fases nas quais um sexo esteve acima do outro marcaram importantes experiências destes sexos, tanto como dominador, quando como dominado. É importante termos ambas as vivências para conhecermos “os dois lados da moeda” e assim poderemos atingir a verdade e a sabedoria que está além e acima da polaridade.
No recente período do patriarcado a mulher foi considerada até mesmo sem alma, inicialmente não teve direito a participar das decisões, foi símbolo do mal, chamada de bruxa, queimada na fogueira e sempre estava “atrás de um grande homem”. Ela era considerada apenas uma parideira, não tinha direito até mesmo ao prazer, a ser feliz ou mesmo a ter sua vida e carreira própria. O homem medieval concebeu a mulher dividida: uma era o símbolo da mãe imaculada e a outra era a prostituta do mal, uma era Eva e a outra Lilith. Uma era parte de si mesmo (uma “costela” sua) e a outra foi criada em iguais condições e seu amor secreto. Relacionar-se com uma parte de si mesmo é o mesmo que praticar o sexo solitário que apesar de dar prazer não é tão satisfatório quanto feito com a energia complementar.
Como você pode perceber, as coisas estão mudando já faz um tempo. Hoje as mulheres já votam, podem ter sua própria carreira, chegam até mesmo a ser presidente(a) de países importantes (Israel, Inglaterra, Brasil e Argentina são exemplos recentes).
O próximo passo da evolução sexual não é mais de supremacia de um sexo sobre o outro. Agora o feminino que adquiria a sabedoria por viver os dois lados da moeda do poder caminhará lado a lado, em iguais condições ao masculino que também já adquiriu sua compreensão por viver as situações de dominado e de dominador.



Mas, para concluir sua plenitude a mulher precisa cumprir uma etapa que só ela mesma pode se proporcionar. A plenitude traz consigo a ideia de inteireza. Ou seja, enquanto ela não se permitir ser e viver tudo o que tem dentro de si não será inteira. É claro que para que este processo possa ocorrer é importante que o masculino compreenda esta necessidade e permita que aconteça. Desta forma ambos serão beneficiados. Afinal, o masculino deseja e necessita do feminino pleno para que ambos, juntos se completem perfeitamente em busca da Perfeição Divina e da harmonia cósmica a ser implantada em nosso plano e planeta.
As mulheres precisam observar seu interior psíquico e se permitirem ir além de receios, inseguranças, limitações. Devem saber que tudo o que existe em seu interior se está “aparecendo” na forma de desejos, necessidades, imaginação, sentimentos ou impulsos é porque está vivo e como algo vivo é algo divino e deve ser vivido plenamente. De forma sábia, madura e consciente, a mulher precisa se permitir e assumir, colocar para fora e viver esta vida que está em seu interior e que esteve reprimida por tantas gerações. Somente assim ela poderá se sentir plena, feliz, realizada, satisfeita e perfeita. Somente assim ela poderá completar perfeitamente o homem e juntos viverem a plenitude da humanidade, quando não mais existirá dominador e dominado, luta entre o espírito e a matéria, entre o bem e o mal, quando a humanidade viverá compreendendo que a noite e o dia necessariamente se alternam sem que um seja melhor do que o outro, assim como o inverno e o verão, como a dor e o prazer, a morte e a vida.
Nós homens não somente precisamos abrir espaço para esta mulher plena em seus direitos de vida como devemos sim estimular que isso possa acontecer. É uma questão de justiça e mais do que isso, é uma necessidade para que também nós possamos ser felizes com uma mulher que nos complete plenamente, em todos os sentidos e formas, sem restrições ou limitações.

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