Um dos principais ensinamentos implícitos nas mensagens e
experiências dos últimos tempos nos fala sobre a necessidade da plenitude da
mulher.
Plenitude é uma palavra que tem significado muito próximo à
“perfeição”.
A história recente e lembrada da humanidade é contada e
dominada pelos homens. Foi a era do patriarcado no qual o homem é quem dominou
e mandou. Mas, não foi sempre assim. Na história que não é contada, antes do
patriarcado, houve o matriarcado quando as mulheres dominavam e até mesmo a
imagem de Deus era feminina e não masculina como é hoje.
Mas, o tempo passou e o domínio feminino foi substituído
pelo domínio masculino. As duas fases nas quais um sexo esteve acima do outro
marcaram importantes experiências destes sexos, tanto como dominador, quando
como dominado. É importante termos ambas as vivências para conhecermos “os dois
lados da moeda” e assim poderemos atingir a verdade e a sabedoria que está além
e acima da polaridade.
No recente período do patriarcado a mulher foi considerada
até mesmo sem alma, inicialmente não teve direito a participar das decisões,
foi símbolo do mal, chamada de bruxa, queimada na fogueira e sempre estava
“atrás de um grande homem”. Ela era considerada apenas uma parideira, não tinha
direito até mesmo ao prazer, a ser feliz ou mesmo a ter sua vida e carreira
própria. O homem medieval concebeu a mulher dividida: uma era o símbolo da mãe
imaculada e a outra era a prostituta do mal, uma era Eva e a outra Lilith. Uma
era parte de si mesmo (uma “costela” sua) e a outra foi criada em iguais
condições e seu amor secreto. Relacionar-se com uma parte de si mesmo é o mesmo
que praticar o sexo solitário que apesar de dar prazer não é tão satisfatório
quanto feito com a energia complementar.
Como você pode perceber, as coisas estão mudando já faz um
tempo. Hoje as mulheres já votam, podem ter sua própria carreira, chegam até
mesmo a ser presidente(a) de países importantes (Israel, Inglaterra, Brasil e
Argentina são exemplos recentes).
O próximo passo da evolução sexual não é mais de supremacia
de um sexo sobre o outro. Agora o feminino que adquiria a sabedoria por viver
os dois lados da moeda do poder caminhará lado a lado, em iguais condições ao
masculino que também já adquiriu sua compreensão por viver as situações de
dominado e de dominador.
Mas, para concluir sua plenitude a mulher precisa cumprir
uma etapa que só ela mesma pode se proporcionar. A plenitude traz consigo a
ideia de inteireza. Ou seja, enquanto ela não se permitir ser e viver tudo o
que tem dentro de si não será inteira. É claro que para que este processo possa
ocorrer é importante que o masculino compreenda esta necessidade e permita que
aconteça. Desta forma ambos serão beneficiados. Afinal, o masculino deseja e
necessita do feminino pleno para que ambos, juntos se completem perfeitamente
em busca da Perfeição Divina e da harmonia cósmica a ser implantada em nosso
plano e planeta.
As mulheres precisam observar seu interior psíquico e se
permitirem ir além de receios, inseguranças, limitações. Devem saber que tudo o
que existe em seu interior se está “aparecendo” na forma de desejos,
necessidades, imaginação, sentimentos ou impulsos é porque está vivo e como
algo vivo é algo divino e deve ser vivido plenamente. De forma sábia, madura e
consciente, a mulher precisa se permitir e assumir, colocar para fora e viver
esta vida que está em seu interior e que esteve reprimida por tantas gerações. Somente
assim ela poderá se sentir plena, feliz, realizada, satisfeita e perfeita.
Somente assim ela poderá completar perfeitamente o homem e juntos viverem a
plenitude da humanidade, quando não mais existirá dominador e dominado, luta
entre o espírito e a matéria, entre o bem e o mal, quando a humanidade viverá
compreendendo que a noite e o dia necessariamente se alternam sem que um seja
melhor do que o outro, assim como o inverno e o verão, como a dor e o prazer, a
morte e a vida.
Nós homens não somente precisamos abrir espaço para esta
mulher plena em seus direitos de vida como devemos sim estimular que isso possa
acontecer. É uma questão de justiça e mais do que isso, é uma necessidade para
que também nós possamos ser felizes com uma mulher que nos complete plenamente,
em todos os sentidos e formas, sem restrições ou limitações.
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