A emoção é algo típico de qualquer ser vivo, mesmo os tidos
como não inteligentes. Elas são os estados psíquicos que apresentamos
diariamente. Alegria, raiva, tristeza, e frieza são emoções. Devem ser
distinguidas dos sentimentos. Sentimentos são estados psíquicos perenes,
constantes, que não variam. O amor, a amizade, o ódio ou a melancolia, por
exemplo, são sentimentos. Independentemente de você estar alegre ou triste com
a pessoa amada, o amor sempre está lá, como “pano de fundo”. O mesmo acontece
com a amizade. O ódio é imune a qualquer estímulo positivo, harmônico, ou
positivamente afetivo. A diferença entre emoção e sentimento é semelhante à que
existe entre moral e ética.
Mas, as emoções jogam nossas almas para cima, para baixo ou
para os lados constantemente. Elas não se sustentam ou permanecem por muito
tempo. Por isso a alegria é passageira, assim como sua irmã a tristeza. As emoções
oscilam, pois esta é sua natureza. Os picos emocionais obrigatoriamente se
alternam. É a chamada Lei do Pêndulo conhecida no Hermetismo.
Estas mesmas emoções é que nos ligam à chamada Roda de
Sansara, ou Roda das Reencarnações. As reencarnações existem justamente para
que aprendamos, para que com as diversas experiências de vida vivamos posições
opostas de uma mesma situação e assim possamos compreender a verdade que existe
além dos extremos.
Um grande mestre ensinou que devemos ser como a roda da
bicicleta que apesar dos pneus estarem em grande movimento seu centro permanece
sempre sereno e com um movimento muito menos agitado. Ou seja, ele ensina que
não devemos nos deixar levar pela agitação das emoções, mas sim nos centrar no
sentimento equilibrante. É importante perceber que devemos sim ter as emoções,
pois são elas que nos propiciam os ensinamentos tão essenciais para a evolução
de nossas almas. O que não pode ocorrer é deixarmos as emoções determinar
nossas ações, julgamentos e conduta.
Quando ocorre a direção de nossas vidas pelas nossas emoções
o ciclo de reencarnação permanece inalterado, as experiências voltam e voltam a
acontecer até que se perceba a verdade além dos extremos, aquela que nos fala
da verdade e da sabedoria da situação em si, independentemente de se ser agente
ou sujeito.
É exatamente a compreensão desta verdade ou sabedoria que
existe por trás das emoções que nos proporciona luz, consciência. É desta forma
que a pessoa vai despertando a consciência lentamente, paulatinamente,
experiência por experiência, descobrindo pequenas parcelas de verdade ocultas
em suas vivências mais simples e corriqueiras da vida. É assim que também pouco
a pouco a pessoa vai se livrando da necessidade da recorrência e com isso da
chamada Roda de Sansara ou dos renascimentos.
Uma representação romanceada deste ensinamento é encontrada
na renomada obra de Gabriel García Marques intitulada “Cem Anos de Solidão”,
considerada a segunda maior obra da literatura latinoamericana, ficando atrás
somente de Don Quixote. Outra representação deste importante ensinamento pode
ver encontrada no filme “E a Vida Continua”. Estas representações não contém
todo o ensinamento em si, mas caminham dentro do tema e ilustram parcialmente o
que devemos compreender sobre a razão da vida, dos renascimentos e dos
relacionamentos de paixão é ódio.
Visite: www.cienciaestelar.org.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário