quinta-feira, 11 de julho de 2013

A Roda das Emoções e o centro da harmonia

A emoção é algo típico de qualquer ser vivo, mesmo os tidos como não inteligentes. Elas são os estados psíquicos que apresentamos diariamente. Alegria, raiva, tristeza, e frieza são emoções. Devem ser distinguidas dos sentimentos. Sentimentos são estados psíquicos perenes, constantes, que não variam. O amor, a amizade, o ódio ou a melancolia, por exemplo, são sentimentos. Independentemente de você estar alegre ou triste com a pessoa amada, o amor sempre está lá, como “pano de fundo”. O mesmo acontece com a amizade. O ódio é imune a qualquer estímulo positivo, harmônico, ou positivamente afetivo. A diferença entre emoção e sentimento é semelhante à que existe entre moral e ética.
Mas, as emoções jogam nossas almas para cima, para baixo ou para os lados constantemente. Elas não se sustentam ou permanecem por muito tempo. Por isso a alegria é passageira, assim como sua irmã a tristeza. As emoções oscilam, pois esta é sua natureza. Os picos emocionais obrigatoriamente se alternam. É a chamada Lei do Pêndulo conhecida no Hermetismo.
Estas mesmas emoções é que nos ligam à chamada Roda de Sansara, ou Roda das Reencarnações. As reencarnações existem justamente para que aprendamos, para que com as diversas experiências de vida vivamos posições opostas de uma mesma situação e assim possamos compreender a verdade que existe além dos extremos.



Um grande mestre ensinou que devemos ser como a roda da bicicleta que apesar dos pneus estarem em grande movimento seu centro permanece sempre sereno e com um movimento muito menos agitado. Ou seja, ele ensina que não devemos nos deixar levar pela agitação das emoções, mas sim nos centrar no sentimento equilibrante. É importante perceber que devemos sim ter as emoções, pois são elas que nos propiciam os ensinamentos tão essenciais para a evolução de nossas almas. O que não pode ocorrer é deixarmos as emoções determinar nossas ações, julgamentos e conduta.
Quando ocorre a direção de nossas vidas pelas nossas emoções o ciclo de reencarnação permanece inalterado, as experiências voltam e voltam a acontecer até que se perceba a verdade além dos extremos, aquela que nos fala da verdade e da sabedoria da situação em si, independentemente de se ser agente ou sujeito.
É exatamente a compreensão desta verdade ou sabedoria que existe por trás das emoções que nos proporciona luz, consciência. É desta forma que a pessoa vai despertando a consciência lentamente, paulatinamente, experiência por experiência, descobrindo pequenas parcelas de verdade ocultas em suas vivências mais simples e corriqueiras da vida. É assim que também pouco a pouco a pessoa vai se livrando da necessidade da recorrência e com isso da chamada Roda de Sansara ou dos renascimentos.
Uma representação romanceada deste ensinamento é encontrada na renomada obra de Gabriel García Marques intitulada “Cem Anos de Solidão”, considerada a segunda maior obra da literatura latinoamericana, ficando atrás somente de Don Quixote. Outra representação deste importante ensinamento pode ver encontrada no filme “E a Vida Continua”. Estas representações não contém todo o ensinamento em si, mas caminham dentro do tema e ilustram parcialmente o que devemos compreender sobre a razão da vida, dos renascimentos e dos relacionamentos de paixão é ódio.


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