Astrologia funciona sim!
Carta à revista Super Interessante e seus leitores
"Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo que um
preconceito." A. Einstein
Mal Começo – o que existe são pesquisas que não comprovaram suas
hipóteses (que possivelmente eram falhas, equivocadas)
A conhecida
revista Super Interessante, com conteúdo popular de teoricamente de natureza
cientifica em sua edição 336, de agosto de 2014 traz como matéria de capa o
título “Astrologia funciona (mas não como você imagina)”. A matéria atrai em
razão de um título enganoso que induz o leitor a imaginar que se trata de,
finalmente, ser uma abordagem mais séria acerca da Astrologia, mas que na
verdade deixa uma evidente conclusão equivocada de que a Astrologia se trata
mesmo de um bom e eficaz placebo, nada mais que isso.
Logo na “chamada”
deixa claro que não tem compromisso com o tão divinizado “Método Científico” ao
afirmar que “A ciência prova:
não há relação entre o passeio dos astros e a sua vida”.
Bem, conforme
o que existe de mais intrínseco em termos de “academia” hipóteses científicas
nunca são “provadas” e sim corroboradas (fortalecidas, confirmadas), ou não –
encontram-se ou não evidências que confirmam a hipótese original. Ou seja, o
Método Científico é afirmativo sempre e não negativo, ele não pode ser usado
para se negar seja lá o que for. Em
ciência a falta de “prova” ou confirmação de que algo seja verdade não é prova
de que este algo não seja verdadeiro apenas significa que a pesquisa não se confirmou.
O máximo que um verdadeiro e autêntico
cientista pode afirmar ao final de uma pesquisa séria é que encontrou ou não
fatos que corroboram a hipótese inicial. Por outro lado, em ciência, a verdade é sempre temporária ou provisória. Ou seja, a
revista afirmar que a ciência “prova” que algo não existe é uma temeridade, uma
afronta ao próprio Método Científico preconizado por muitos como infalível,
perfeito e “divino”. A revista “falou” em nome da ciência sem nenhuma
autoridade para isso, pode-se dizer que cometeu
algo semelhante à falsidade ideológica, pior, expressou conceitos do “senso comum” em nome da ciência. Este
início muito se assemelha ao que a chamada “imprensa marrom”, que não tem compromisso com a verdade e sim e
apenas com o sensacionalismo e a venda em banca, faz se mostrando
irresponsável ante ao seu leitor que possa ter o veículo como fonte de
informação séria, madura e segura. Uma atitude semelhante a que algumas
religiões de massa fazem, abusando da boa fé das pessoas.
O preconceito evidente
“O ignorante afirma, o sábio duvida, o
sensato reflete”. Aristóteles
O senhor
Denis Russo Burgierman, em seu editorial, parece orgulhoso ao escrever que não
acredita em Astrologia e afirma “não haver lógica atribuir a formação da pessoa
à posição dos astros na hora do nascimento” em uma evidente postura nada
científica, pois afinal fala do que não conhece ou mesmo pesquisou,
cientificamente falando, ele se manifesta em um editorial de uma revista que
deveria ser científica com um discurso típico de “senso comum”, sem
fundamentação ou argumento válido e comprovado por sua preciosa ciência. Ora, opinião ele pode ter, mas isso não
significa que seja ciência. Em seu editorial, na linha 32, ele afirma
que sua revista não faz pesquisas para reforçar aquilo que “já acredita”. Mas,
isso é contraditório, uma vez que na segunda linha do mesmo editorial ele deixa
claro “faz muito tempo que deixei de acreditar em astrologia”, ou seja, já tem seus
paradigmas. Isso é uma evidente e total falta absoluta de isenção, algo
extremamente contrário à uma pesquisa séria e condizente com o Método
Científico.
Astrologia não é motivo de fé
Por outro
lado, caro sr. Bugierman, aprenda que a Astrologia não é motivo de crença ou
fé, pois é ciência. Então, não é necessário acreditar nela para que se possa
desfrutar de seus conhecimentos. Uma pessoa pode não acreditar, por exemplo,
que o homem foi à Lua, mas sua crença ou não neste fato não muda a realidade do
que houve, por mais veementemente que ele assim o afirme ou argumente. Ante à
esta posição irredutível e inflexível, o máximo que podemos fazer é dizer: “Se
é assim que você pensa, então tá!” Quanto à Astrologia, acredite ou não quem
quiser, ela não depende disso; aproveite quem quiser, for esperto e não for
preconceituoso.
Caro sr.
Bugierman, faça como um bom cientista: submeta-se à Astrologia para confirmar
ou não se ela funciona consigo mesmo.
Deixe de suposições sem fundamentos e corajosamente parta em busca de sua
verdade interior. É para isso que a Astrologia existe, para o autoconhecimento.
A chamada “previsão do futuro” é coisa inventada pela imprensa sensacionalista
que lamentavelmente seduz muitos astrólogos. Consulte um bom profissional de
Astrologia e ele poderá lhe revelar seus mais profundos e obscuros traumas,
bloqueios, fantasias sexuais, medos, inseguranças e problemas. É claro que ele
também poderá lhe assinalar seu potencial, habilidades e qualidades, além de
poder dizer como foi seu nascimento, período de amamentação, primeiros anos na
escola, vida familiar, adolescência, etc. Cumpra com sua missão virginiana de
trazer realidades sutis para o plano físico, colocando-as ao serviço útil da humanidade.
Faça este experimento e então divulgue-o em sua revista, também como matéria de
capa. Assim você realmente estará prestando um serviço útil e verdadeiro tanto
para seus leitores quanto para a ciência – não para a Astrologia porque ela não
precisa deste tipo de coisa, ela é o que foi, é e será, eternamente.
Um pouco de ciência e sua suposta infalibilidade que lhe confere o
“direito” de dizer o que é e o que não é verdade
“É um grande erro teorizar antes das provas,
já que predispõe à capacidade de julgar.” (Arthur Conan Doyle)
A postura
científica correta é de total humildade ante às verdades provisórias por ela estudadas e tanto o editorial quanto a matéria
em si, assinada por Karin Hueck, demonstram certo desprezo arrogante e
presunçoso contra a eficácia da Astrologia, em uma flagrante postura
preconceituosa, intransigente e difamatória.
Antes de
assumir tal posicionamento, talvez fosse conveniente os senhores Bugierman,
Emiliano Urbin e a sra. Karin Hueck se lembrarem de quando a ciência já se
equivocou diversas vezes e teve que se retratar ante à sociedade, tal como o
belo conceito científico de que o átomo era indivisível.
A chamada
“Revolução Científica” ocorreu como uma reação contra os desmandos, os excessos,
as injustiças, os preconceitos e a subjetividade tendenciosa por parte de
religiosos inescrupulosos e nada compromissados com a verdade e a isenção. Com
valores e propostas de neutralidade, originalmente nasceu a Ciência Acadêmica
no século XVI. Naquela época eram chamados de “modernos”, supostamente aptos
para dar todas as respostas, emitir
a verdade de forma isenta e ser
infalível. Hoje percebemos que esta ciência acadêmica “moderna” não é tão
moderna assim e nem mesmo infalível.
A antiguidade da ciência acadêmica e da ciência
astrológica
Mas,
considerando-se a antiguidade, enquanto a ciência moderna surgiu no Século XVI,
Tamsyn Barton em seu livro “Ancient Astrology” (1994) afirma que existe um
documento sumério do governante de Lagash, Gudea (2122-2102 a.C.) que relata o
uso cotidiano da Astrologia em seu tempo. Um antigo texto babilônico, datado de
1800 a.C., traz uma relação de astros utilizados pela Astrologia. O mito de
criação babilônico “Enuma Elish”, escrito em cuneiforme acádio e que data de
1.800 anos antes da era cristã também documenta o uso e conhecimento
astrológico habitualmente utilizado. Ou seja, enquanto a ciência acadêmica e
seus conhecimentos datam de 500 anos, a Astrologia está presente na humanidade
pelo menos há mais de quatro mil anos! Ou seja, a Astrologia é oito vezes mais
antiga que a Ciência Acadêmica. Como uma ciência tão “recente” se julga capaz
de julgar e questionar outra ciência tão antiga e viva com sucesso até os dias
presentes?
Mais ainda,
no passado quem fazia uso dos conhecimentos astrológicos não eram pessoas
simples, sem muito conhecimento e facilmente enganadas ou manobradas. Os reis,
imperadores e faraós consultavam seus astrólogos na tomada de importantes
decisões que envolviam a política, a economia e a guerra. Além de não serem
pessoas despreparadas e inocentes, caso se sentissem enganados simplesmente
determinavam a morte daquele que ousou enganá-los, assim a vida de embusteiros
era curta. No entanto a Astrologia pujantemente chegou até nossos dias,
passando por civilizações, culturas, perseguições, preconceitos e anátemas,
religiosos e científicos.
Para quem crê
que a Astrologia é uma ciência somente de interesse dos antigos e pessoas menos
cultas é importante saber que na terrível guerra do mercado das ações
financeiras (Bolsa de Valores) existem muitos profissionais que se utilizam
desta ciência para os ajudar nas opções e decisões de compra e venda. São
profissionais que lidam com um volume muito elevado de dinheiro, máximo símbolo
de poder de nossa sociedade capitalista atual.
Astrologia e a Imprensa
A Super Interessante
reincide em sua campanha difamatória da Astrologia, utilizando recursos
escandalosos em termos de metodologia e apesar disso fazendo afirmações em nome
da ciência. Assim foi com a matéria “Defesas contra a astrologia”, de Andrew
Fraknoi, em junho de 1990. Mas, a revista já publicou outras matérias mais
maduras e sensatas, sob a batuta de outros editores, como em “Astrologia: escrito
nas estrelas”, de Reinaldo José Lopes, em setembro de 2006 (matéria na qual ele
escreveu: “embora a ciência hoje seja uma inimiga feroz da astrologia,
questionando seus princípios, ela tem uma dívida um bocado grande com a arte de
ler os desígnios dos astros”) e também em “Astrologia: Saturno em oposição ao
Sol”, de outubro de 1988.
Mas, a Super
Interessante não é única revista da editora Abril nesta campanha contínua de
perseguições e insistência de que a Astrologia seja apenas uma crendice. A ela
se junta a revista Veja - “Guerra nas Estrelas”, edição 2201, de 26 de janeiro
de 2011. Porém, outras revistas, de outra editora, apresentaram matérias mais
sensatas, tais como a Galileu Especial no 1 – “Astrologia, ciência
ou misticismo?” e também a revista Época, ano II, no 96, de 20 de
março de 2000 – “Astrologia – a paixão nacional pelo universo dos signos”. A
revista História – Biblioteca Nacional, ano 7, no 75, de dezembro de
2011, com matéria de capa “Astrologia, a mania que já foi ciência” talvez tenha
sido a que apresentou um texto mais apropriado, neutro e coerente. Mesmo assim
incorreu em um grande equívoco: identificou os antigos astrólogos e seus
conhecimentos com a astronomia, não dando o devido crédito à Astrologia. Este
erro ocorre por todo o universo científico e, em ciência, tomar um conhecimento
sem dar o devido crédito tem um nome: PLÁGIO.
É
interessante observar que apesar da tendência geral da imprensa ser contra ou
no mínimo neutra quanto à Astrologia, o tema “Astrologia” sempre se faz
presente em matérias especiais. Praticamente não existe um jornal sem sua
coluna de horóscopo e quando surgem Copa do Mundo, eleições e expectativas de
catástrofes lá vão os jornalistas céticos à busca de astrólogos. O
sensacionalismo criado e sustentado pela imprensa é um desserviço à Astrologia.
A milenar ciência da Astrologia não tem que
provar nada a ninguém, muito menos para uma ciência muito mais nova, presunçosa
e preconceituosa. Se algum cientista quer provas, ele que as procure e seja
feliz quando e se as encontrar.
Erros nas pesquisas sobre a Astrologia
Mas, uma
dica: resultados errados ou negativos em
relação à Astrologia possivelmente estão relacionados com a elaboração errada da
pesquisa em si. Partir de pressupostos errados certamente levará a
resultados errados.
Salvo engano
de nossa parte, na Academia Científica somente são consideradas “ciências” as
ditas “ciências duras ou naturais”, as que estão fora deste seleto clube são
olhadas com desdém por físicos, matemáticos, engenheiros, químicos, etc. Mas, o
interessante é que o que outorga este poder discricionário da ciência pragmática
e cética é justamente o Método Científico. Este método tem sua origem no
pensamento de René Descartes. Descartes foi um filósofo, considerado o “pai da
Filosofia Moderna”. Ora, então o Método Científico surgiu das reflexões de um
filósofo. A Filosofia nada mais é do que a reflexão sobre os problemas
fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores
morais e estéticos, à mente e à linguagem. Ou seja, ela está muito mais próxima
da espiritualidade do que do ceticismo. E, o mais interessante cientificamente
falando, é que utilizando o próprio Método Científico concebido no seio da
Filosofia é que as ciências exatas ou naturais não consideram a Filosofia como
ciência. Irônico! Se fazem isso com a Filosofia o que se esperar da Astrologia?
Outro grande equívoco é olhar a Astrologia
como se ela fosse a Astronomia. Não é. Apesar de quase que homônimas, são
muito distintas entre si e não podem ser “medidas” ou analisadas com os mesmos
valores, conceitos e instrumentos. Enquanto uma ocupa exclusivamente do aspecto
físico e material das estrelas e planetas, a Astrologia tem outra natureza
muito distinta. O objeto de estudo da astronomia é a matéria cósmica concreta e
tangível e o objeto de estudo da Astrologia é muito adverso disso.
A Astrologia
vai muito além e acima do horizonte da astronomia; é muito mais profunda e
ampla. Os olhos da astronomia se dirigem apenas para o chão, enquanto que a
Astrologia olha para frente, para os lados e também para cima. Enquanto a
astronomia é uma ciência dos homens, a Astrologia é uma verdadeira Ciência
Estelar.
Quem afirma
que os astros influenciam a vida das pessoas possivelmente desconhece a real
origem e natureza da Astrologia ou quer abreviar uma explicação complexa. Talvez
fosse conveniente pesquisar mais e melhor sobre o assunto para não se confundir
e nem confundir terceiros.
Um dos fortes
argumentos dos astrônomos contra a Astrologia é que não existe influência
física dos planetas sobre os seres vivos. Sim, isso é uma realidade
incontestável, sendo a Lua a única que pode realmente exercer certa influência física
detectável em razão de sua proximidade, além do calor e luz do Sol. Acreditar
que os planetas influenciam as pessoas seria o mesmo que acreditar que se um
relógio parar o tempo também irá parar.
Ora, a
Astrologia não é, em absoluto, o estudo das “influências dos astros” como a
imprensa afirma erroneamente e muito menos seu principal e mais importante foco
é fazer prognósticos acerca dos desdobramentos futuros da realidade atual.
Cientificismo sério em relação à Astrologia
Para que uma
pesquisa científica possa ser útil deve ser bem elaborada. Antes de tudo é
necessário que se estude a fundo a questão, identificando as variáveis e não utilizá-las como sendo “desculpas”
ou subterfúgios caso sua pesquisa não tiver obtido resultados satisfatórios.
Isso é uma atitude infantil, covarde e nada profissional.
Quando se
procura um médico pedindo remédio para uma simples cefaleia, como profissional
que é ele certamente não irá prescrever qualquer remédio que seja antes de um
exame minucioso, pois podem existir diversas razões para a cefaleia. O mesmo
ocorre com o comportamento humano em relação às posições dos astros em um Mapa
Astral.
Existem,
didaticamente falando, dez astros que podem estar distribuídos em doze signos,
e também em doze Casas Astrológicas. Ou seja, existe uma quase infinita
probabilidade de combinações de posições planetárias considerando-se planeta a
planeta, signos e casas. Além disso, estes astros fazem aspectos entre si de
harmonia ou desarmonia, combinando suas características e consequentemente suas
manifestações. Mais ainda, astros podem estar em movimento direto ou
retrógrado, o que também altera a forma que os sentimos e manifestamos suas
características.
Talvez tenha
ficado claro para o leitor que um Mapa Astral é tão complexo quanto a
personalidade ou a vida humana e que esta não pode ser reduzida apenas a um
rótulo de a pessoa ser “virginiana” (Sol no signo de Virgem), por exemplo, como
querem fazer crer jornalistas menos compromissados com a verdade (em que Casa?
E os demais planetas?). Talvez tenha ficado óbvio que não é possível acreditar
que todas as pessoas que tenham um determinado planeta em um determinado signo
e casa ajam de forma igual. Isso não existe! Para uma análise séria tem-se que
considerar o signo e casa relacionados com cada um dos 10 planetas (inclusive
se têm outros planetas nestes signos e casas), os aspectos com outros planetas,
decanatos em que se encontram, se estão diretos ou retrógrados, como e onde
está o planeta regente do signo em que o astro se encontra (o chamado
dispositor), inclusive seus aspectos, etc.
Ou seja, para
se considerar a “virginianisse” de algo ou alguém, deve-se saber então que o
Sol está no signo de Virgem, mas também é necessário se saber em que decanato?
Em quê Casa Astrológica está este Sol em Virgem? Ele recebe ou estabelece
aspectos com outros planetas e pontos astrológicos? Onde e como está (em termos
de signo, casa e aspecto com outros planetas, direto ou retrógrado?) o planeta
Mercúrio que rege ou dispõe de tudo que “acontece” no signo de Virgem? Também é
necessário se analisar conjuntamente a Casa VI, analogada por Virgem (qual
signo e planetas estão lá) e ainda o signo de Leão (qual cúspide de Casa
Astrológica se encontra neste signo e quais planetas estão nele posicionados,
considerando-se ainda aspectos dos planetas, movimento retrógrado ou direto,
regências, etc.).
Ora, uma
pesquisa desta não é algo simples e superficial como querem fazer crer as
matérias jornalísticas sensacionalistas e sem compromisso com a verdade ou com o
Método Científico por elas mesmas tão divinizado como perfeito. Aquele que se
propuser a pesquisar a Astrologia deve dominar antes todos estes assuntos
anteriormente (signos, casas astrológicas, planetas, planetas em signos,
planetas em casas, aspectos entre os planetas, planetas retrógrados, regências
planetárias de signos e casas, dispositores e decanatos) pelo menos isso
(existem ainda muitos outros conhecimentos que o astrólogo faz uso para emitir
seu prognóstico). Então, aí sim o pesquisador poderá ter uma ideia das
variáveis a serem consideradas e só então poder construir sua hipótese em bases
mais próximas da realidade e então acreditar que sua pesquisa possa ter algum
resultado correto.
Sem o
conhecimento e domínio teórico das variáveis não existe hipótese plausível.
Além dos elementos citados, é importantíssimo que se compreenda que um Mapa
Astral é a realidade integral e complexa de uma pessoa e, portanto, é
sistêmico. A visão sistêmica não se dá bem com o Método Científico que segue no
caminho inverso: enquanto o Método Científico segmenta, secciona, divide,
fragmenta para entender, o Método Sistêmico une, junta, faz um amálgama para
compreender. Entender é ver o aspecto de fora, compreender é sentir a realidade
interna de algo ou alguém. Enquanto o Método Científico busca a isenção e o
distanciamento entre objeto e observador, o Método Sistêmico propõe a
integração a participação entre objeto e observador.
A ciência e a Astrologia
Muitos dos
cientistas “modernos” eram astrólogos: Copérnico, Tycho-Brahe, Galileu, Kepler
e Isaac Newton, por exemplo, mas os cientistas fazem questão de ocultar esta
verdade. Da mesma forma, aqueles que acreditam que a Astrologia não condiz com
a religião, não sabem que grandes e importantes astrólogos ao longo dos anos
foram religiosos. Também temos que Santo Alberto Magno (Alberto de Colônia)
considerou a Astrologia como “uma ciência legítima” e São Tomás de Aquino viu
na Astrologia “ensinamentos complementares à visão cristã”.
Cientistas já
tentaram “colar” o rótulo de pseudociência à Astrologia, mas este argumento
apesar de repetidamente ser jogado contra a ciência astrológica, nunca foi
aceita e nem o será. Isso ocorre porque se forem aplicados os conceitos
científicos de Karl Popper, Thomas Kuhn e Paul Feyerabend (Círculo de Viena)
quanto à sua cientificidade a Astrologia
poderia ser considera ciência! Isso nos prova exaustivamente a profa. Dra.
Cristina de Amorim Machado (PUC - Rio) em suas pesquisas epistemológicas (a
epistemologia estuda a origem, a estrutura, os métodos e a validade do
conhecimento) tanto de graduação em Filosofia quanto na sua dissertação de
Mestrado (“A falência dos modelos normativos de filosofia da ciência: a
astrologia como um estudo de caso” – Dissertação de Mestrado em Filosofia –
abril de 2006). Ela conclui sua dissertação afirmando que: “O resultado dessa análise explicitou a insuficiência dos critérios
propostos para excluir a astrologia do conjunto das ciências. Mais do que isso,
esse resultado deixou claro que a astrologia ou é ciência, ou, se não é, esses
critérios são inócuos”.
Se jornalistas
mais afoitos em vender revista escrevendo em nome da ciência sem credenciais para
isso passam por cima do Método Científico é provável que nas aulas de
epistemologia estivessem jogando truco e tomando cerveja no barzinho da esquina
da faculdade e nem saibam “o que é isso” e desconsiderem o valor desta pesquisa.
É uma pena
que a redação de uma revista tão conceituada e que pode contribuir com a cultura
e o conhecimento caminhe no sentido contrário à esta direção contribuindo para
o obscurantismo, o equívoco, a perpetuação de preconceitos e inverdades.
Se não quiser
manchar mais sua imagem de revista de ciência popular, a Super Interessante
deve fazer o dever de casa, lembrar do banco da faculdade, rever os conceitos e
práticas do Método Científico, reformular suas pesquisas e não insistir no que
já está provado que resulta em algo insustentável e inverídico.
Até porque,
Astrologia funciona sim! E quem afirma isso não é nenhum astrólogo em especial,
mas sim mais de 4 mil anos de existência sustentável sem horizonte de evento
que possa assinalar sua obsolescência.
Juarez de
Fausto Prestupa