Astrologia Iniciática
As pessoas estão acostumadas a terem a Astrologia como uma
crendice placebo e que serve para se prever o futuro. Há aqueles que afirmam
que a Astrologia estuda a influência dos astros sobre as pessoas. Não poderiam
estar mais enganados.
O conhecimento hoje conhecido parcialmente pelo nome de
Astrologia é uma verdadeira ciência. Ela sempre foi estudada e praticada na
antiguidade pelos mais destacados, sérios e experientes cientistas de todas as
épocas. Em sua história a Astrologia, ou a Ciência Estelar, era consultada para
orientar grande líderes, reis, imperadores e faraós na tomada de decisões
importantes tanto quanto à gestão dos negócios de interesse dos povos quanto
nas estratégias relativas ao futuro dos mesmos.
Somente com o advento da “moderna” ciência acadêmica, quando
colocaram “no mesmo saco” a Astrologia junto com os excessos dos religiosos
decadentes da época” é que a Astrologia deixou de ser considerada como ciência.
Mas, este “processo” de descrença e verdadeira perseguição da Astrologia pela
ciência acadêmica não ocorreu de uma hora para outra, foi se construindo
gradualmente até a situação de hoje.
É comum nos depararmos com estudos sérios relativos à
história da humanidade, tanto dentro de escolas iniciáticas como a Maçonaria
quanto no meio científico, em que se identifica como astronomia conhecimentos
anteriores à Idade Média, quando “nasceu” a ciência acadêmica. Ora, como isso
poderia ser? A astronomia é uma ciência acadêmica e jamais poderia ter existido
antes de sua “criação” humana ou terrena. Então, utilizando-se de um termo
acadêmico, creditar à astronomia conhecimentos antes de sua própria produção é
plágio, do mais evidente e grosso, deslavado e descarado. Isso não é ciência
(acadêmica)!
O fato é que a Astrologia não é motivo de fé ou descrença,
mas sim uma ciência. Não se precisa acreditar nela para que seja funcional. O
ferramental astrológico nos permite, utilizando-se o conhecimento dos
arquétipos do inconsciente coletivo, realizar, assim como um médico ou
psicólogo pode fazê-lo, emitir prognósticos sobre a evolução de um determinado
quadro ou cenário. Estes termos, “arquétipos do inconsciente coletivo” foram
criados e pertencem à psicologia junguiana, que também não é considerada
ciência pela “academia científica”, mas que é bem conceituada e respeitada no
meio acadêmico “oficial”.
Um bom conhecedor das Leis Cósmicas Universais e Eternas
sabe que não existe influência alguma de planetas sobre nossas vidas. Quem diz
o contrário ignora que ignora os fundamentos desta ciência cósmica. Muitos
astrólogos que renegam as origens espirituais da Astrologia ao se desvincularem
das raízes desta ciência também perdem o verdadeiro fundamento e explicação
acerca do funcionamento deste magnífico conhecimento.
Podemos afirmar, sem receio de cometer equívoco algum, que o
conhecimento das Leis Cósmicas Universais e Eternas, hoje conhecidas
simplesmente como Astrologia, é diretamente proporcional ao nível de
consciência do astrólogo e das pessoas em geral. Se considerarmos afirmações
que a melhor camada de nossa sociedade quando muito atinge utilizar 10% de sua
capacidade cerebral ou de consciência, podemos então compreender que temos
ainda outros 90% de conhecimentos astrológicos que sequer imaginamos que existam.
Outro equívoco que se comete por se descartar a verdadeira
origem da Ciência Estelar, hoje conhecida como Astrologia, é que ela
"surgiu” com a observação dos astros na busca de explicação do que se
acontecia na vida de povos primitivos. O fato é que o conhecimento da Ciência
Estelar acerca das Leis Cósmicas Universais e Eternas, hoje simplesmente
conhecida como Astrologia, foi “ensinado” aos humanos do planeta Terra por
seres conscientes e mais evoluídos oriundos de outras paragens siderais. Alguns
veem estes seres como sendo anjos, outros os veem como extraterrestres.
Porém, tampouco foram anjos ou seres extraterrestres que
“criaram” este conhecimento da Ciência Estelar acerca das Leis Cósmicas
Universais e Eternas. A Ciência Estelar é a ciência das estrelas, uma
verdadeira “Ciência da Luz”, pois estrelas são sóis e como sóis são
representantes ou manifestações da Divindade Maior. Ou seja, a Ciência Estelar
é uma verdadeira ciência divina, perfeita, completa e não tem nada de humano
nela em termos de sua criação. Sua concepção sim é que foi ocorrendo
paulatinamente e de forma imperfeita pelo homem terrestre ao longo de nossa
história.
Sabe-se que o conhecimento, vulgarmente conhecido ou
rotulado simplesmente como Astrologia, refere-se às verdades relativas ao Plano
Causal, também conhecido como Manas Superior ou Mental Abstrato (aquele que os
gênios conseguem acessar esporadicamente para conceber inovações
extraordinárias). Existem acima deste plano outros dois planos que não são
vislumbrados pela Astrologia: o plano da Consciência Cósmica ou Búdico e o
plano divino propriamente dito ou Átmico.
Ou seja, para que se possa ser um bom astrólogo não basta
que a pessoa decore informações relativas à esta ciência através de seu Mental
Concreto, mas deve acessar o Mental Abstrato, a causa ou origem das coisas na
Criação.
Astrologicamente falando, o Plano Causal tem a regência do planeta
Marte. Por sua vez, este planeta é o responsável pela verdadeira iniciação e
esta é uma verdade divina imutável e eterna. É por isso que deve existir uma
imagem de Marte/Hércules (simbolizando a Força) nos templos maçônicos (nem todos os ritos) e que na Umbanda quem abre e
encerra os trabalhos de gira é sempre o Exu.
Marte, o acesso ao Plano Causal ou o conhecimento da
Astrologia nos proporcionam a devida liberdade, autonomia e a possibilidade de
conquista de nossa realização. Afinal, Marte representa a “Espada Flamígera”
que corretamente usada nos concede o sucesso naquilo que nos dedicarmos a
fazer. É por isso que o chamado “Mapa Astral” nada mais é do que um verdadeiro
mapa para se conquistar a realização, o sucesso e a evolução. Até porque, ao
nos descobrirmos seres espirituais percebemos que nossa evolução ocorrerá
sempre conforme nosso trabalho em prol da evolução de todos. Marte é o grande
agente das determinações celestes das Leis Cósmicas Universais. Este planeta
jamais se indispõe com as Leis, pelo contrário, as defende a as faz serem
cumpridas.
Nos harmonizarmos, nos alinharmos com as Leis Cósmicas
Universais, utilizando o conhecimento da Ciência Estelar ou Ciência da Luz nos
facilita o caminhar, evita maiores sofrimentos e perda de tempo e energia,
otimiza o uso de nossas energias e consciência e nos proporciona uma evolução
mais rápida, natural e suave.
É por isso que a Ciência Estelar, como Astrologia, está
presente, não necessariamente com este ou qualquer outro nome, em todas as
antigas tradições, religiões e escolas de mistérios. Até mesmo no seio de
religiões que condenam a Astrologia se pode encontrar seu conhecimento da
estrutura espiritual da Criação.
Mas, as religiões e até mesmo escolas iniciáticas nada falam
sobre Astrologia. Um exemplo gritante é a Maçonaria que em seu Rito Escocês
Antigo e Aceito decora seus templos com 90% de simbologia astrológica. Existem
12 enormes colunas chamadas zodiacais que ladeiam os templos que têm seu teto
estrelas e planetas e no oriente os símbolos da Lua e do Sol. Apesar disso é raríssimo se encontrar algum maçom que conheça Astrologia e é quase
impossível de se encontrar um maçom que a estude.
Para que se possa ser de fato ser um iniciado Marte exige a
mais elevada consciência e atitude marciana da parte do candidato à iniciação.
Há que se ter determinação, convicção, coração nobre e elevado, colocar suas
ações acima dos interesses pessoais, ser um verdadeiro agente divino movido
pelo amor e tendo como objetivo a construção de um mundo e uma sociedade cada
vez melhores. Somente assim o caminho ao iniciando será franqueado e ele então
poderá, no futuro, portar uma espada como mestre de mistérios.
Academia Ciência Estelar
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