quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Conto: "O Guardião dos Sonhos"

O Guardião dos Sonhos




Passeando entre as tamareiras, observava o crepúsculo imponente de sua terra, enquanto o sol opunha-se ao oeste apresentando primeira estrela da noite. O céu manchado de azul com alaranjado forte que só a natureza era capaz de produzir. Lugar de beleza esplendorosa para um cenário tão árido e triste. Na relíquia do deserto: O oásis. Lá caminhava um jovem chamado Ammu. Meio homem e meio menino, Ammu continha feições morenas, cabelos e olhos castanho escuro, cujo brilho tanto do sol como da lua era refletido nitidamente em seu olhar, aonde quer que fosse. Usava botas e calças negras, túnica branca encardida pelo vento misturada ao suor de seus movimentos corporais.  Ammu andava contemplando o deserto, pensando no frio que faria em algumas horas e no calor que consumia durante o dia. Pensava em como seria viver em outro país; ele almejava abandonar sua terra, sua nação. Ammu não desejava a tradição da família, não queria andar nas terras secas a vida toda como o pai; um homem do deserto consumido pela idade, sol e cansaço. Perdido entre pensamentos e reflexões de uma mente jovem, implorava para que algum deus lhe tirasse daquele solo fervente.

Uma lágrima escorre, enquanto o jovem limpa com as costas da mão, ele repara novamente no caminho e percebe algo muito estranho. Ammu leva um susto, encontra um largo portão, feito inteiramente de ouro trabalhado que dividia o oásis. Achando lindo e curioso, pois conhecia bem a região, jamais havia reparado naquele lugar, muito menos em um portão brilhante de tamanha proporção. Ammu adentrou os domínios que parecia ser algo de grande reinado dos contos de livros e lendas. Era um portal dourado com duas maçanetas escarlates na forma de chacal. Ammu não sabia bem o que era um chacal. Conhecia apenas através dos contos de seu povo. Ao tocar na estranha figura animalesca, o portão se abriu. Havia um longínquo caminho com tamareiras todas iguais, enfileiradas como se fossem duas colunas, formando uma estrada infinita.
Para Ammu estava claro que ao entrar deveria seguir o curso daquele único caminho, que se perdia no horizonte. Havia um vento estranho, agradável, sem direção que induzia calmamente á vontade. Ammu desejou muito não voltar para seu povo e seguir o caminho das tamareiras, não importando o que encontrasse por lá. Em um determinado momento ele percebeu que a estrada tinha um fim e a infinidade parecia uma ilusão. Viu um altar gigantesco, onde havia um trono dourado e uma capa solferina que encobria parte do assento. A poltrona sacerdotal continha hieróglifos antigos desenhados nas partes em que seriam para descansar os braços. Poderia ser o trono de algum sacerdote, quem sabe um sonho interessante de sua imaginação?

Percebendo que não havia ninguém ao redor, o jovem aproximou-se curiosamente. Olhou em volta, teve a certeza que o fim do caminho era o trono que ficava acima de três degraus igualmente dourados. Subiu os degraus vagarosamente, olhou para dentro do assento, quase encostando a face, Ammu desejou o poder. Foi quando olhou para “algo sem lembrança”, através do íntimo de seus olhos que reluziam no ouro do trono. No mesmo instante, Ammu foi transportado para outro local, era uma espécie de bosque. Havia entrado em uma realidade incompreensível do mundo; o fim, o término de todas as coisas vivas no universo, a escuridão. Ammu vê então um ponto de luz. Dentro do ponto luminoso havia uma estrada que brotava plantas verdes no chão, era húmido, alegre e extremo do qual ele vivia. Logo, tudo começou a desmoronar como um quebra-cabeça sendo desmontado. Ammu começou a ver a destruição, tudo estava sendo aniquilado e paralisado, um cataclisma, ele observava o fim de todas as coisas belas e puras da terra; os animais, as plantas que ali habitavam. A mata ia sendo engolida pela terra por causa do tremor, o solo não aguentava o falecimento das plantas que eram brutalmente arrancadas, enquanto o bosque desmoronava. A terra gemia em um encalço de dor lastimável e ele a tudo assistia. Como em uma catalepsia Ammu estava fisicamente inerte e perdido. Ele via um tipo de monstro metálico que arrancava e triturava as árvores soltando uma fumaça negra através de um tubo incompreensível á sua mente, trazendo o medo, horror e a devastação de um planeta indescritivelmente belo.   Percebia que havia vários monstros, os quais se movimentavam rapidamente como se não tivessem tempo a perder; tempo para causar um estado apocalíptico de profunda exaustão planetária. A terra rugia, as plantas clamavam lamentos de dor, o céu tornou-se empoeirado. Assustadoramente, ele se lembrou do deserto, enquanto a sua mente ia dispersando com a poeira que se espalhava, tornando-se um vento incompreensível. Quando a última árvore foi extraída da terra, o céu tornou-se sujo a ponto de ter a sensação que nunca mais o sol voltaria a brilhar, nem o céu ficaria a impressão azul. Tudo foi ficando sujo em fração de segundos e já não era mais poeira, era o vazio. O ambiente era negro, não como á noite, mas como um escândalo de morte. O assassinato de toda a sua humanidade.
O ar tornou-se inerte e a secura tornou-se umidade. Era o frescor pesado da morte. A incapacidade humana naquele momento, havia lhe dado um distúrbio visual em que os raios luminosos partidos de um ponto não se reuniam como deveriam, em um ponto da retina, sendo percebidos difusamente. Como se fosse o último dos seres daquela região inóspita que o planeta havia se transformado. Ammu havia perdido tudo.

Ammu recobrou as ações e embalou seu corpo a correr, correu na direção de um rio que começava secar ás vezes lentamente, ás vezes em uma pressa absurda, como se não conseguisse mais discernir o que era real em seus sentidos humanos. Ammu se agarrava a crença de que era a única criatura ainda viva naquele solo de terra infértil, sem luz e sem ar. O todo se consumia, ia embora à naturalidade do elemento harmonizador. Era escuro, porém ainda podia enxergar o princípio de explosões de rochas vulcânicas. Não querendo desfalecer com o resto da vida que ainda poderia conter dentro dele, tinha a sensação que algo sabia da sua existência e queria condená-lo á morte. Ele sentia medo enquanto corria na direção do rio que secava. Como um corte escuro, Ammu percebeu uma parede de pedra, onde continha uma fenda que era pouco menor que seu corpo. Com dificuldade espremeu o corpo através da fenda. Olhou para trás, tudo era incompreensivelmente apocalíptico, as pedras explodiam como álcool em fogo, era o caos. O jovem olhou para frente e viu que o lado de dentro não era o lado de dentro, mas sim o universo que se transformou em lodo, algo como um charco nauseante e perigoso. A aflição crescia e não sabia mais aonde caminhar, já que andar não era possível, teria que nadar ou arriscar ser agarrado pelas raízes mortas que formavam o lodaçal.
Ammu não sabia que estava no pântano das almas, o mundo dos mortos. O pântano cheirava morte e Ammu via espectros tomando forma de abutres que se alimentavam de almas. O corpo foi ficando pesado, os olhos lacrimejaram tanto que começaram a enxergar melhor no escuro. Percebendo a inércia de todo o corpo e sentidos, não havia mais em Ammu a sensação de ser totalmente humano, talvez pelo fato de estar em um ambiente não humano, terrestre ou material. Como se metade fosse mortal sendo caçado e a outra metade sendo o espírito fugindo da devastação de si mesmo. Tudo era real, não era um sonho ou um pesadelo de altíssimo grau nefasto e psicótico. Ammu estava perdido.

Ammu caiu de costas na margem do pântano e as águas turvas que ali pareciam permanecer paradas, fizeram um redemoinho e o levaram ao centro. As águas se agitaram, foi como se sua alma saísse do corpo, ainda que em formato humano, afundando a matéria, mesmo não sabendo se tinha acontecido ou não. O corpo físico havia virado alimento de algum devorador que espreitava o pântano ou viesse a fazer parte da sujeira do charco. Não tinha mais a noção do acontecido. Ele boiou sem noção do tempo. Não existia o tempo naquele lugar. Boiou até chegar a um ponto que parecia menos profundo à sensação. Ele só pensava em sair dali. Após a inércia, Ammu despertou como que vindo de um sonho e se levantou. A água podre atravessava na medida da cintura, parada, pesada e grotesca. Nos galhos espectrais a impressão de habitar coisas temíveis, assim como a ossada de cadáver se decompunha no fundo do pântano da morte. Ammu sentia-se mais leve, a visão clareava apesar de ainda haver certos pontos na névoa de coloração cinza, mesclado entre o branco e o negro. Quanto mais ele passasse através da névoa mais haveria o sentimento de desespero que antecedia á morte. Ammu atravessava as brumas cinzentas, percebia que apesar de ter a aparência humana, entretanto acabada e perdida, ainda era uma alma, como muito daquelas que deveriam habitar o amargo pântano ceifador.

Enquanto Ammu atravessava a bruma negra, tinha em cada passo, a certeza de que a matéria havia se extinguido no exato momento em que caiu sobre as águas turvas do rio da morte. O pântano era lúgubre, o ar úmido e ardido como a amônia e um misto de enxofre, um labirinto que emanava um vácuo no ambiente frio e fantasmagórico. Ammu sentiu o lodo borbulhando em sua direção. Algo o ameaçava, ele correu com dificuldade entre os escombros do rio, enquanto uma estranha correnteza se opunha á ele. Ammu sentia uma presença, uma forma de força devastadora, desvairada e incognoscível. Não se via o quê ou quem era vinha das árvores, da água podre, do ar cadavérico, vinha de todos os lugares. Ammu corria com as águas acima do joelho, as botas encharcadas, a roupa suja da tinta negra constituída dos restos mortais do pântano da morte.

Ammu atravessou a bruma gélida e cortante, foi quando avistou uma cabana flutuante, parecia que era feito com palha. Aproximou-se, entrou na cabana e lá só havia ervas frescas como se tivessem sido cortadas por mãos vivamente humanas. Postas de ponta cabeça, amarradas em feixe, juntas, no teto. Com medo sentiu que a presença se aproximava e voltou á saída, havia uma jangada no canto da porta, feita de sete ossos grossos, amarrados com cipó e um pedaço de tronco de árvore seca para remo, quase um cajado. Ammu pulou na jangada e pôs-se á remar. A água remansa era como um mingau que dificultava as ações braçais com o remo improvisado. Ammu entendeu que para remar era preciso controlar os pensamentos e não mexer o tronco com os braços como faz quando se é mortal. Em lugares inumanos nenhum esforço humano tem efeito e assim o medo o ensinava, a pressa o paralisava, a aflição o anestesiava. Ele podia ver vultos nas margens, nas árvores e em todo o lugar. Ammu olhou para trás, avistou um ser corpulento que não parecia um cadáver como os outros. Tudo era estranho e aparentemente irreal. Assustado, desceu da balsa e se escondeu em um emaranhado de árvores atrás da cabana, afundou o corpo debaixo d'água deixando só a face para fora, viu novamente um corpo grande e forte, três vezes maior em estatura que o seu. Ammu não conseguia ver o rosto da criatura que chegava cada vez mais perto. O jovem afundou completamente no lodaçal, encontrou um buraco em baixo da casa submersa, e, vendo sua única chance de escapar naquele momento de caça e caçador, ele entrou. Era o buraco escuro e primitivo de uma alma perdida.

Ammu recobrou a “consciência” em um lugar onde não havia água suja, o chão de mármore branco, espelhado como um cristal.
Deitado de bruços gemeu arqueando a cabeça de modo que sua face se erguesse, para poder ter a impressão de ver com olhos, ao invés de apenas sentir. Com o projeto de corpo um pouco mais pesado que antes, ele via um local mais iluminado, menos pavoroso. Era bonito! Apesar da egrégora ainda lembrar o pântano da morte. Perscrutou ao redor e percebeu que havia árvores e plantas, algumas eram ervas que soltavam perfumes amadeirados. Ammu levantou meio cambaleando, ele sentia uma presença que não o ameaçava. Vinha de uma escada obscura em um ponto do círculo onde ele se encontrava. Deu alguns passos em direção á energia que sentia: era semelhante a um riso. Viu uma sombra vindo em sua direção, a sombra tornou-se um jovem, um pouco mais velho que ele. A pele era bronzeada em tom moreno, como algo que parecia suor ou qualquer coisa do gênero que o fazia brilhar como o óleo. Possuía uma tira de pano vermelha na testa e tatuagens indecifráveis. Ammu esperava uma resposta para tantas perguntas enigmáticas. O jovem parou em sua frente, riu e disse telepaticamente, ao menos pensou que fosse, pois os lábios não se moviam como quando pronunciamos algo com as cordas vocais humanas.

 - Onde pensa que vai? Ele está procurando por você, não é? Ammu tentava falar, mas os lábios não mexiam, talvez pelo fato de ser um corpo astral e não uma carapaça de matéria física, humana, composta de átomos e milhões de elementos químicos. Ammu perguntou na esperança de sair dali ou ter uma resposta para suas perguntas misteriosas: - Onde estou? Prontamente o outro jovem respondeu: - Mesmo que pareça muito vago e irreal, eu posso ajudar a dissipar este sentimento de irrealidade se tentar entender que no momento que adentrou o universo pantanoso, você não é mais o mesmo. Ele quer destruí-lo, mas não por inteiro, por uma questão de vibração, de fato não é nada além de uma extensão dos poderes energéticos que emanam de você, e você nem sabe disso. Vivemos todo o tempo rodeados de um vasto oceano de ar e éter misturados, este interpenetrando aquele, como o faz a toda matéria física; e é principalmente por meio das vibrações neste vasto mar de matéria que nos chegam impressões externas. Contudo, tudo isso aqui, passa a ser irreal e insignificante porque não existe matéria e sim a vibração de seu espírito. - Eu estou morto? Perguntou Ammu. - Não está morto, caso estivesse não sairia do pântano, ficaria paralisado lá para sempre afligindo sua alma ao limbo, o pântano se tornaria o mar do inferno com o passar do tempo, você se tornaria uma árvore espectral. -Você mora aqui? O que está aconteceu?  Perguntou Ammu. - Metade de mim habita o pântano e outra metade o Palácio dos Sonhos.
Vivemos no deserto de nossas almas, natural que tenha visto o apocalipse e assimilado essa resposta tão incapaz, pelo fato de não obter o entendimento. Antes de perceber tudo, você era apenas um ser consciente de seu físico, um homem, um mortal. Ammu olhou para o seu corpo. Estava descalço com as roupas iguais ao do jovem que encontrou. O jovem disse á Ammu: - Não pode voltar. O mundo que deseja não mais existe. Eu o levarei ao Mestre, ele lhe procura. Aqui é apenas o jardim do palácio. O Guardião dos sonhos lhe aguarda. - Quem é você? Perguntou Ammu desfalecendo-se por falta de esperança. - Não importa, mas se quer saber pode me chamar de K.

Desolado, Ammu o acompanhou. Os dois desceram as escadas. Tudo era muito obscuro, porém diferente do pântano, existia algo divino em tudo que sentia, sua mente ia se calcificando á medida que descia os degraus para um universo sem fim. Ammu não tinha outra escolha. K levantou a mão direita dizendo: - Sua vibração de medo o irrita, acredito que ele deseja transformá-lo, essa será a outra parte da sua iniciação. - Não vou! Gritou Ammu tentando fugir. K estalou os dedos e novamente estavam no círculo onde Ammu despertou após chegar do pântano das almas. O chão havia se transformado em ouro e havia um sarcófago cravejado de pedras preciosas. A sua frente havia a imagem de um Deus, metade animal e metade homem. Metade chacal e metade faraó. Nos olhos haviam dois rubis. As paredes do palácio eram feitas de mármore negro, as colunas eram de ouro com desenhos antigos e códigos indecifráveis. K se punha de joelhos saudando o sarcófago. Ammu entendeu que deveria fazer o mesmo. Trêmulo de pavor ajoelhou-se. - Levante-se! O Guardião dos Sonhos quer vê-lo. Disse K. Ammu levantou suando frio. Aproximou-se contra a própria vontade, em passos que pareciam ser eternos. Olhou dentro da câmara funérea e lá havia um faraó egípcio coberto por um manto fino e escarlate. De repente não havia mais nada além de uma fumaça coberta por um lençol vermelho. Ele olhou para trás procurando K, o jovem havia ido embora pelas obscuras escadas que naquele momento subiam ao invés de descer.

Na frente de Ammu surgiu o sacerdote, ele tinha por volta de dois metros de altura, ombros largos, careca, moreno com rosto ovalado e austero, impondo pavor em quem o olhasse. Envolto em um manto vermelho, usava sandálias douradas, brincos dourados de argolas nas orelhas e na pele havia desenhos vermelhos de serpentes aterradoras. O corpo era rijo, grande e musculoso. O jovem ficou paralisado. Contemplava o interior dos olhos do faraó que pareciam vermelhos como brasa. Ammu viu todo o mal do mundo e dos homens. A mente havia se perdido na confusão da inocência, sendo consagrado naquele instante, a ser Guardião Sonhos. Entendeu que o pântano da morte era a iniciação, tudo que havia perdido inclusive sua consciência humana fazia parte dos planos do Guardião do pântano da morte. À medida que era atraído pelas pupilas do faraó, Ammu experimentava breves lampejos de dissociação, ou estados superficiais de realidade não comum, logo o irreal tornou-se um estado comum. Durante a iniciação de Ammu, ele ouvia as palavras do Guardião dos Sonhos através de sua consciência, até a transformação ser completada.

- Para mudarmos por completo, é necessário morrer, perdendo e abandonando todo o passado. Desta forma, estará pronto para o renascimento dentro de um novo caminho, um novo conceito, aquele no qual escolheu ou foi conduzido. Uma vez abandonado o caminho simples da consciência, entra-se em um pântano escuro para a renúncia do eu. Renunciar é o mesmo que morrer. Morrer é o mesmo que transforma-se. Quase sempre nos transformamos naquilo que desejamos no intrínseco do inconsciente. Os sonhos. Temos sempre que deixar ou perder algo para ganhar algo, entrar no universo pantanoso para obter a iniciação e a glória. É a lei cósmica da compensação.
Ao passar através do pântano, todas as vibrações indesejadas da alma de Ammu se diluíram. Tornando o jovem um guardião. Iniciado pelo Guardião dos Sonhos após atravessar o tenebroso pântano, lugar onde as almas se transformam para o renascimento de um novo Rei. O guardião dos próprios sonhos.

  

Por Letícia de Castro



20/09/2014 - VI Concurso de contos da Sociedade Brasileira de Eubiose - São Thomé das Letras MG  
Prêmio 2º lugar autora Letícia de Castro - conto: O Guardião dos Sonhos



sábado, 30 de agosto de 2014

Interação entre presidenciáveis e o Brasil - Uma análise astrológica

Interação entre presidenciáveis e o Brasil


Apresentamos a seguir uma síntese de análise astrológica acerca das três principais candidaturas à Presidência da República no pleito deste ano de 2014 (Aécio, Dilma e Marina). Nosso objetivo é contribuir para as reflexões acerca da decisão do voto consciente, sem tendências político-partidárias e sim utilizando-se do conhecimento que a Astrologia nos disponibiliza.

Para esta análise utilizamos uma técnica astrológica conhecida como “Sinastria”. Esta técnica é muito utilizada no estudo de relacionamento de casais, mas também extremamente útil para a análise de relacionamento entre sócios de empresas, entre diretores ou presidentes de empresas com estas empresas. Para o levantamento dos mapas astrais utilizamos dados encontrados na Internet (de conhecimento público) e que acreditamos tenham sido fornecidos por suas equipes de campanha. É importante deixar claro que a exatidão destes dados é muito importante para a precisão e veracidade das análises realizadas sobre os mapas astrais neles fundamentados. O resultado de um encontro de Mapas Astrais (que é o que fizemos) é a expressão do que se pode esperar deste encontro, deste relacionamento, em uma amálgama sinérgico em que o resultado se mostra mais importante do que as características dos elementos individuais das duas partes componentes do estudo.

Este é apenas um breve resumo da análise para que o texto não fique extenso e nem técnico demais, para facilitar a compreensão do leigo. Disponibilizamos abaixo os gráficos astrológicos para que estudantes e profissionais da área possam ir além das presentes palavras e interpretações.

Antes porém de iniciarmos as análises astrológicas é conveniente que fique claro que o ferramental astrológico nos capacita avaliar as características dos candidatos em suas inteirações com as características do Brasil. Nesta análise não são consideradas questões como experiência, formação ou mesmo equipe de governo. Deve-se lembrar que ninguém governa sozinho. Ou seja, a presente análise foca apenas o que as pessoas dos candidatos podem significar para o país como um todo, considerando que é sua pessoa que, em última instância, tende a impor sua própria forma de governo e também realizar a seleção de prioridades ou mesmo determinar as políticas públicas.

De qualquer forma, o que aqui será apresentado não se trata de críticas pessoais ou mesmo de prognósticos acerca do futuro, mas somente as tendências naturais do que pode acontecer caso os candidatos não conduzam seu mandato à frente do Brasil com consciência elevada ou abnegação pessoal pelo bem comum.

Em nossa análise focamos as principais e mais fortes características astrológicas que tendem a se despontar na relação entre os presidenciáveis e nosso país, caso assumam o comando máximo da nação.

Uma última ressalva se faz necessária no sentido de informar que esta análise não se trata de um prognóstico de qual dos candidatos irá ganhar a eleição. Este seria outro estudo totalmente diferente, considerando os trânsitos astrológicos da data do pleito sobre os mapas astrais de cada um deles.

A análise quantitativa de aspectos harmônicos e desarmônicos dos três principais candidatos à presidência não se mostrou com diferenças significativas ou qualquer destaque.

Qualitativamente falando, algumas diferenças de destacaram:



Aécio Neves se destaca quanto à popularidade e atenção às questões básicas da população menos assistida. Mas ele apresenta dificuldades em sua representatividade da nação, com a imprensa, a segurança, o serviço público (sua principal fraqueza), empresariado e o Poder Judiciário. Quanto à Economia ele tende a agradar alguns e desagradar muitos. Uma possível gestão dele tende a fortalecer a identidade nacional. Seu principal foco seria o Congresso Nacional, aliados e a realização de projetos. Ele também tende a promover uma “agitação” evidenciando assuntos ocultos e escusos, bem como ações para atender os mais carentes e necessitados.


Dilma Roussef se destaca quanto à projeção do Brasil no cenário internacional, com as lideranças nacionais e com a classe dominante, sendo este seu principal foco. Ela também se sai bem em sua relação com as pessoas menos favorecidas e que dependem do governo. Por outro lado, a atual presidente encontra dificuldades na relação com parte do empresariado nacional, com a imprensa e com o Poder Judiciário. Com a Segurança Pública ela não mostra maiores interações. Na Economia, Dilma oscila entre agradar alguns e desagradar a muitos. Na Gestão Pública há uma relação de “amor e ódio”, sendo este o “setor” de sua maior preocupação. Ela tende a agir energicamente nas Relações Exteriores, com novas parcerias e rompimento de antigas. O ponto mais frágil para ela é a relação com o Congresso Nacional e aliados, onde cede mais do que deveria.


Marina Silva, por sua vez, se destaca tanto na relação com o povo mais simples como também no trato com o Legislativo (dinamismo e ação constante). O Judiciário e o ensino superior se mostram setores de grande interação positiva. Ela não apresenta maiores interações com a elite nacional e nem com empresários ou servidores públicos. Suas dificuldades se mostram em relação à imprensa, mercado financeiro e segurança pública. Seu ponto frágil tende a ser a fiscalização e a indústria metalúrgica. Sua maior preocupação e fonte de problemas tende a ser com a reputação nacional, as lideranças nacionais e a classe dominante. A candidata, tende a resolver pacífica e harmonicamente os problemas “ocultos” da nação e a demonstrar uma simpatia especial para os desvalidos, necessitados e desassistidos, sendo este seu principal foco de gestão.

Não nos cabe emitir juízo de valor indicando o melhor ou o pior voto. Esta é uma questão de foro particular, visto que os candidatos se revezam na relação harmônica ou não com os seguimentos de nossa sociedade. É evidente então que dependendo a qual segmento pertencemos existe uma maior ou menos afinidade com eles e isso pode definir nosso voto.

A humanidade e o Brasil estão em evolução e desenvolvimento constantes. Este processo não corre de um dia para o outro, como se diz “a natureza não dá saltos”. Nosso povo está amadurecendo em termos de cidadania e consciência. Certamente hoje temos políticos melhores do que ontem e amanhã teremos outros melhores do que os de hoje. Os políticos são extraídos do seio de nossa sociedade e ela precisa continuar a se desenvolver se queremos produzir pessoas melhores, eleitores melhores e políticos melhores. Estes candidatos que aí estão representam de fato a nossa sociedade.

Considerando que não teremos a oportunidade de conhecermos intimamente os candidatos e que muito do que se coloca em termos de propaganda ou mesmo de Projeto de Governo não retrata a realidade possível, esperamos que esta análise contribua para suprir pelo menos em parte esta lacuna. Sendo assim, acreditamos ter cumprido nossa missão de disponibilizar o conhecimento astrológico para que possamos votar de forma mais conscientes e não iludidos que o candidato escolhido é perfeito e que resolverá todos os problemas do país.



Academia Ciência Estelar

Portal Mágico do Amor - Workshop: O Mundo de Vênus e de Libra


domingo, 17 de agosto de 2014

Vênus em conjunção com Júpiter

Vênus em conjunção com Júpiter

Uma bênção de felicidade e prosperidade


Os dois astros mais benéficos (além do Sol) e também mais brilhante, além dos luminares (Sol e Lua) se unem em harmonia no poderoso e positivo signo de Leão neste dia 18 de agosto de 2014. Este aspecto astrológico é a representação macrocósmica de uma poderosa bênção divina que emana dos mais elevados níveis espirituais para a realidade mais densa da matéria. É sinônimo do que pode existir de melhor em termos de vida material e espiritual.



O trânsito do planeta Júpiter é muito lento. Sua passagem pelo signo de Leão amplia positivamente as melhores características deste signo que resumidamente podem ser elencadas como: lealdade, verdadeiro amor, justiça, saúde, vida, realização, plenitude, espiritualidade, verdade, sucesso e luz espiritual. Leão é regido pelo planeta Sol que é a representação “visível” da Divindade Maior, fonte de vida, luz e espiritualidade. O trânsito de Júpiter por Leão nos traz então uma grande viagem (característica jupiteriana) da Divindade de Luz resplandecendo e abençoando toda a Criação (simbolicamente pode-se dizer que o chamado “Fiat Lux” ou processo de Criação “ocorreu” em Leão). Mitologicamente, Júpiter é Zeus, o Pai dos Deuses que sempre sai do Olimpo em aventuras de amor por seres terrestres. Certamente esta é mais uma destas oportunidades.



Vênus, por sua vez é o planeta que rege o prazer, a alegria, a satisfação dos desejos e das necessidades. É o planeta da beleza, do Feminino Universal manifesto no plano físico. Vênus ou Afrodite tinha um atributo especial que era sua eterna juventude. Ela sempre rejuvenescia ao se banhar nas águas do mar, fonte de sua origem.



Vênus rege o signo de Touro, o signo das belezas e da força da natureza, aspecto material e visível da Grande Deusa ou Grande Princípio Feminino Universal. As águas, esotericamente, representam passagens ou portais, mudança de ou entre mundos, processo de passagem ou mesmo de manifestação. Afinal, a própria água também é de natureza feminina e, portanto, ligada ao mistério ou segredo da concepção divina. Ora, Vênus nascer da força espiritual de vida (mitologicamente ela nasceu da espuma formada pelo esperma dos testículos de Urano, o deus dos céus, com a água do mar) a associa diretamente ao mistério da vida e da perpetuação da mesma (também mistério do signo de Touro) e isso é uma indicação óbvia da eterna juventude e beleza. A natureza com seus seres elementais é eterna em seus incessantes ciclos, caso a presunção humana não lhe atrapalhe..



Vênus também rege o signo de Libra, o signo que rege o encontro harmônico entre os opostos complementares positivo e negativo, ativo e passivo, masculino e feminino. O antigo segredo dos grandes mestres guardado sob os nomes Alquimia ou Tantra tem como benefício central exatamente a juventude eterna, a plenitude da vida manifesta. Mas, mais importante que isso, tanto a Alquimia quanto o Tantra assinalam o caminho para humanizar a divindade e divinizar a humanidade. Ora, Vênus é o planeta pelo qual a divindade superior (mitologicamente Urano – outros poderiam entender como sendo seres de outros planetas) conseguiu criar uma nova vida utilizando a sexualidade (também se pode entender como sendo a possível manipulação genética do DNA humano hibridado com DNA extraterrestre transformando o humanoide pré-histórico em homem pensante possível de evoluir muito além de seus próprios criadores).

Sendo assim, é na natureza que encontraremos a semente das estrelas, da divindade ou mesmo da vida além planeta Terra. Então, assim como na mitologia egípcia em que Osíris teve seu corpo dividido em partes espalhadas pelo Egito simbólico, Deus pode ser encontrado espalhado e multifracionado nas infinitas manifestações da natureza. É através da natureza, do Feminino Universal, da Grande Deusa que podemos encontrar a divindade, a verdade, a luz e a Origem de tudo e de Todos.



Como já vimos, Vênus guarda relação direta com a manifestação (física) da divindade de planos superiores e, portanto, com o “Fiat Lux”. Ora, “quem” pode tem poder para literalmente “fazer a luz” separando luz e trevas é o “portador da Luz”, em latim Lúcifer. Interessante saber que o planeta Vênus é chamado “Lúcifer” quando surge antes do sol na manhã. Era a “primeira luz” maior que surgia no céu, simbolicamente anunciando a luz maior do Sol que viria logo em seguida. Até porque em latim “Lúcifer” significa “portador da luz”. Consta que um dos primeiros papas católicos se chamava Lúcifer, outras fontes falam de um bispo com este nome. Para quem pense que Lúcifer é o nome do “diabo” criado na Idade Média (nas antigas tradições, religiões e culturas nunca existiu a figura de um ser que pudesse se antepor à Deus). Mais que isso, a própria Igreja Católica invoca o nome de Lúcifer como sinônimo do Cristo em missa celebrada pelo Papa.



Na Internet, William Botazzini explica que:
A palavra lúcifer é composta por duas outras: “lux” e o verbo “ferre”.

lux = luz

ferre = portar, carregar, trazer

lúcifer =  o que traz luz

“Lúcifer” é a estrela da manhã que anuncia o Sol. Os antigos cristãos faziam hinos chamando Jesus de “lúcifer”, como aquele que dissipa as trevas e ilumina tudo com a luz da verdade. Isso explica porque, em vários hinos antigos, muitos deles presentes na Liturgia das Horas em latim, há exaltações a Cristo chamando-o de “lúcifer”, assim, com letra minúscula, um adjetivo. Vemos isso, aliás, na Bíblia, neste trecho da II Epístola de São Pedro, na Vulgata:

Et habemus firmiorem propheticum sermonem, cui bene facitis attendentes quasi lucernae lucenti in caliginoso loco, donec dies illucescat, et lucifer oriatur in cordibus vestris (Epistula II Petri 1, 19)

Veja que o último trecho é: “et lucifer oriatur in cordibus vestris”, ou seja, “até que ‘lúcifer’ (aquele que traz a luz, ou seja, Jesus) nasça em vossos corações”. Imagine se São Pedro ia querer que o demônio nascesse no coração de alguém!?

São Lúcifer
Igreja dedicada a São Lúcifer de Cagliari, na Sardenha.
Tanto é verdade que, nos primeiros séculos do cristianismo, o termo não tinha nada a ver com demônio, que alguns cristãos eram inclusive batizados com esse nome – como São Lúcifer de Cagliari (século IV) – em uma homenagem a Jesus, já que não ousavam utilizar o próprio nome do Filho de Deus. Mais ou menos como até recentemente no Brasil, quando os pais, por reverência, não chamavam seus filhos de Jesus, mas de “Jésus”.
Se ainda persistir a dúvida, acesse os vídeos no YouTube em:



Retornando à bela Vênus, seu símbolo esotericamente surge da cruz dentro do círculo, símbolo de que a humanidade atingiu terceira raça raiz e que ocorreu a origem da vida humana no plano físico (“Doutrina Secreta”). Segundo Blavatsky a cruz dentro do círculo é o símbolo puro do panteísmo (é a crença de que absolutamente tudo e todos compõem um Deus abrangente e imanente, ou que o Universo (ou a Natureza) e Deus são idênticos. Sendo assim, os adeptos dessa posição, os panteístas, não acreditam num deus pessoal, antropomórfico ou criador). A fundadora da Sociedade Teosófica afirma ainda que esta cruz dentro do círculo é o mesmo que se utilizar a cruz “tau” (uma letra “T” – cruz igual à que Jesus foi crucificado) dentro de um círculo e que este também é o símbolo de quando ocorreu a separação dos sexos. Depois, este “Tau” desceu graficamente pelo círculo formando inicialmente a Cruz Ank, dos egípcios antigos (símbolo máximo da vida eterna) e mais recentemente no símbolo do planeta Vênus.



Há pessoas, inclusive mestres espirituais, que afirmam ser esta nossa realidade um verdadeiro “vale de lágrimas” sendo que existe até uma música com este nome. Mas, na verdade, o plano físico de nosso planeta, com sua natureza regida por Vênus está muito mais para ser considerado um verdadeiro “Jardim das delícias”, de Hieronymus Bosch, ou no Jardim do Paraíso muçulmano. É importante lembrarmos que nossos corpos físicos também fazem parte da natureza e desta forma seguem seus ciclos inexoravelmente.
Ou seja, sendo a natureza e a vida material regidas por Vênus, o nosso destino é o prazer, a alegria e a longa vida saudável. A dor e o sofrimento existem em razão da luta que muitos de nós travam contra o fluxo natural e os ciclos da natureza, a resistência à mudança, algum complexo de culpa por um “pecado” que nunca cometeu, ou, ainda, contra sua própria natureza interior.



Júpiter é o planeta tanto da espiritualidade quanto da festa, da prosperidade, da boa colheita e da abundância. Vênus é o planeta dos bens materiais e da boa produtividade da natureza. Unidos estes planetas simbolizam o que de melhor pode ocorrer para a humanidade trazendo esperança em um futuro muito, mas muito melhor mesmo. Principalmente pelo fato da conjunção ocorrer no signo de Leão que simboliza o que fazemos de nossas vidas, da realidade.

Ou seja, é muito provável que toda esta consciência e energia positiva dos planos espirituais sejam vividas conscientemente por nós como o fim ou a minimização dos medos, da desesperança, do ódio, das inseguranças e da culpa. A humanidade receberá um verdadeiro e poderoso jato de esperança, de positividade, de alegria e prazer em viver e valorizar tudo que seja bom, belo e benéfico.



Júpiter, o senhor do Olimpo desce ao mundo dos humanos trazendo consigo Lúcifer para iluminar a todos, para ser o farol que assinala o rumo nos momentos de visão nublada e obscurecida. Vênus novamente ressurge nas águas da vida, oriunda das dimensões superiores para reinar e incentivar a felicidade e a alegria entre nós aqui e agora mesmo.
Mas, isso ocorre nos domínios de Leão, ou seja, apenas àqueles que reconhecem, valorizam e caminham rumo à luz, à verdade, à justiça, ao amor e à harmonia. A Verdade, o Amor e a Divindade nos beneficiam na proporção que os buscamos e que estivermos mais perto possível. Quanto mais nos distanciamos mais nos afastamos da Fonte de tudo que é bom, belo e do bem. É uma postura optativa que todos têm direito de tomar ou assumir.

De forma coletiva, a Grande Deusa que abriga Deus em seu interior renasce, abençoada pela mais elevada espiritualidade, trazendo consigo a energia e a mensagem da paz, da harmonia, da beleza, da saúde, do prazer e da alegria. Individualmente cada um de nós receberá esta conjunção e esta bênção em algum lugar especial de nossos mapas astrais (Casa astrológica).

Estejamos atentos à esta bênção para aproveitarmos o máximo dela, pois trata-se de uma oportunidade rara. Um fato astrológico e espiritual como este, apesar de ter um dia e horário definidos, na verdade vem se aproximando lentamente e também se vai lentamente, cobrindo algumas horas e até mesmo dias de culminância.



A melhor forma de participarmos desta verdadeira festa iniciática e cósmica é nos permitirmos deixar inundar pela felicidade, pela alegria e pelo prazer, cultuando a vida e suas belezas, promovendo a harmonia e alimentando o bem de todas as formas possíveis.

Celebremos Vênus! É esta a mensagem desta conjunção. Vênus brilha novamente entre nós. Nossa melhor forma de reverenciar a Deusa é sendo alegres, leves, bons, amorosos, carinhosos, atenciosos, simpáticos, amáveis, calorosos, flexíveis e nos permitindo ter e dar prazer.


Academia Ciência Estelar

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Astrologia funciona sim! - Carta à revista Super Interessante e seus leitores

Astrologia funciona sim!

Carta à revista Super Interessante e seus leitores

"Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo que um preconceito." A. Einstein

Mal Começo – o que existe são pesquisas que não comprovaram suas hipóteses (que possivelmente eram falhas, equivocadas)


A conhecida revista Super Interessante, com conteúdo popular de teoricamente de natureza cientifica em sua edição 336, de agosto de 2014 traz como matéria de capa o título “Astrologia funciona (mas não como você imagina)”. A matéria atrai em razão de um título enganoso que induz o leitor a imaginar que se trata de, finalmente, ser uma abordagem mais séria acerca da Astrologia, mas que na verdade deixa uma evidente conclusão equivocada de que a Astrologia se trata mesmo de um bom e eficaz placebo, nada mais que isso.
Logo na “chamada” deixa claro que não tem compromisso com o tão divinizado “Método Científico” ao afirmar que “A ciência prova: não há relação entre o passeio dos astros e a sua vida”.
Bem, conforme o que existe de mais intrínseco em termos de “academia” hipóteses científicas nunca são “provadas” e sim corroboradas (fortalecidas, confirmadas), ou não – encontram-se ou não evidências que confirmam a hipótese original. Ou seja, o Método Científico é afirmativo sempre e não negativo, ele não pode ser usado para se negar seja lá o que for. Em ciência a falta de “prova” ou confirmação de que algo seja verdade não é prova de que este algo não seja verdadeiro apenas significa que a pesquisa não se confirmou.  O máximo que um verdadeiro e autêntico cientista pode afirmar ao final de uma pesquisa séria é que encontrou ou não fatos que corroboram a hipótese inicial. Por outro lado, em ciência, a verdade é sempre temporária ou provisória. Ou seja, a revista afirmar que a ciência “prova” que algo não existe é uma temeridade, uma afronta ao próprio Método Científico preconizado por muitos como infalível, perfeito e “divino”. A revista “falou” em nome da ciência sem nenhuma autoridade para isso, pode-se dizer que cometeu algo semelhante à falsidade ideológica, pior, expressou conceitos do “senso comum” em nome da ciência. Este início muito se assemelha ao que a chamada “imprensa marrom”, que não tem compromisso com a verdade e sim e apenas com o sensacionalismo e a venda em banca, faz se mostrando irresponsável ante ao seu leitor que possa ter o veículo como fonte de informação séria, madura e segura. Uma atitude semelhante a que algumas religiões de massa fazem, abusando da boa fé das pessoas.

O preconceito evidente

“O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete”. Aristóteles

O senhor Denis Russo Burgierman, em seu editorial, parece orgulhoso ao escrever que não acredita em Astrologia e afirma “não haver lógica atribuir a formação da pessoa à posição dos astros na hora do nascimento” em uma evidente postura nada científica, pois afinal fala do que não conhece ou mesmo pesquisou, cientificamente falando, ele se manifesta em um editorial de uma revista que deveria ser científica com um discurso típico de “senso comum”, sem fundamentação ou argumento válido e comprovado por sua preciosa ciência. Ora, opinião ele pode ter, mas isso não significa que seja ciência. Em seu editorial, na linha 32, ele afirma que sua revista não faz pesquisas para reforçar aquilo que “já acredita”. Mas, isso é contraditório, uma vez que na segunda linha do mesmo editorial ele deixa claro “faz muito tempo que deixei de acreditar em astrologia”, ou seja, já tem seus paradigmas. Isso é uma evidente e total falta absoluta de isenção, algo extremamente contrário à uma pesquisa séria e condizente com o Método Científico.

                        Astrologia não é motivo de fé


Por outro lado, caro sr. Bugierman, aprenda que a Astrologia não é motivo de crença ou fé, pois é ciência. Então, não é necessário acreditar nela para que se possa desfrutar de seus conhecimentos. Uma pessoa pode não acreditar, por exemplo, que o homem foi à Lua, mas sua crença ou não neste fato não muda a realidade do que houve, por mais veementemente que ele assim o afirme ou argumente. Ante à esta posição irredutível e inflexível, o máximo que podemos fazer é dizer: “Se é assim que você pensa, então tá!” Quanto à Astrologia, acredite ou não quem quiser, ela não depende disso; aproveite quem quiser, for esperto e não for preconceituoso.
Caro sr. Bugierman, faça como um bom cientista: submeta-se à Astrologia para confirmar ou não se ela funciona consigo mesmo. Deixe de suposições sem fundamentos e corajosamente parta em busca de sua verdade interior. É para isso que a Astrologia existe, para o autoconhecimento. A chamada “previsão do futuro” é coisa inventada pela imprensa sensacionalista que lamentavelmente seduz muitos astrólogos. Consulte um bom profissional de Astrologia e ele poderá lhe revelar seus mais profundos e obscuros traumas, bloqueios, fantasias sexuais, medos, inseguranças e problemas. É claro que ele também poderá lhe assinalar seu potencial, habilidades e qualidades, além de poder dizer como foi seu nascimento, período de amamentação, primeiros anos na escola, vida familiar, adolescência, etc. Cumpra com sua missão virginiana de trazer realidades sutis para o plano físico, colocando-as ao serviço útil da humanidade. Faça este experimento e então divulgue-o em sua revista, também como matéria de capa. Assim você realmente estará prestando um serviço útil e verdadeiro tanto para seus leitores quanto para a ciência – não para a Astrologia porque ela não precisa deste tipo de coisa, ela é o que foi, é e será, eternamente.

Um pouco de ciência e sua suposta infalibilidade que lhe confere o “direito” de dizer o que é e o que não é verdade

“É um grande erro teorizar antes das provas, já que predispõe à capacidade de julgar.” (Arthur Conan Doyle)



A postura científica correta é de total humildade ante às verdades provisórias por ela estudadas e tanto o editorial quanto a matéria em si, assinada por Karin Hueck, demonstram certo desprezo arrogante e presunçoso contra a eficácia da Astrologia, em uma flagrante postura preconceituosa, intransigente e difamatória.
Antes de assumir tal posicionamento, talvez fosse conveniente os senhores Bugierman, Emiliano Urbin e a sra. Karin Hueck se lembrarem de quando a ciência já se equivocou diversas vezes e teve que se retratar ante à sociedade, tal como o belo conceito científico de que o átomo era indivisível.
A chamada “Revolução Científica” ocorreu como uma reação contra os desmandos, os excessos, as injustiças, os preconceitos e a subjetividade tendenciosa por parte de religiosos inescrupulosos e nada compromissados com a verdade e a isenção. Com valores e propostas de neutralidade, originalmente nasceu a Ciência Acadêmica no século XVI. Naquela época eram chamados de “modernos”, supostamente aptos para dar todas as respostas, emitir a verdade de forma isenta e ser infalível. Hoje percebemos que esta ciência acadêmica “moderna” não é tão moderna assim e nem mesmo infalível.

A antiguidade da ciência acadêmica e da ciência astrológica


Mas, considerando-se a antiguidade, enquanto a ciência moderna surgiu no Século XVI, Tamsyn Barton em seu livro “Ancient Astrology” (1994) afirma que existe um documento sumério do governante de Lagash, Gudea (2122-2102 a.C.) que relata o uso cotidiano da Astrologia em seu tempo. Um antigo texto babilônico, datado de 1800 a.C., traz uma relação de astros utilizados pela Astrologia. O mito de criação babilônico “Enuma Elish”, escrito em cuneiforme acádio e que data de 1.800 anos antes da era cristã também documenta o uso e conhecimento astrológico habitualmente utilizado. Ou seja, enquanto a ciência acadêmica e seus conhecimentos datam de 500 anos, a Astrologia está presente na humanidade pelo menos há mais de quatro mil anos! Ou seja, a Astrologia é oito vezes mais antiga que a Ciência Acadêmica. Como uma ciência tão “recente” se julga capaz de julgar e questionar outra ciência tão antiga e viva com sucesso até os dias presentes?
Mais ainda, no passado quem fazia uso dos conhecimentos astrológicos não eram pessoas simples, sem muito conhecimento e facilmente enganadas ou manobradas. Os reis, imperadores e faraós consultavam seus astrólogos na tomada de importantes decisões que envolviam a política, a economia e a guerra. Além de não serem pessoas despreparadas e inocentes, caso se sentissem enganados simplesmente determinavam a morte daquele que ousou enganá-los, assim a vida de embusteiros era curta. No entanto a Astrologia pujantemente chegou até nossos dias, passando por civilizações, culturas, perseguições, preconceitos e anátemas, religiosos e científicos.
Para quem crê que a Astrologia é uma ciência somente de interesse dos antigos e pessoas menos cultas é importante saber que na terrível guerra do mercado das ações financeiras (Bolsa de Valores) existem muitos profissionais que se utilizam desta ciência para os ajudar nas opções e decisões de compra e venda. São profissionais que lidam com um volume muito elevado de dinheiro, máximo símbolo de poder de nossa sociedade capitalista atual.

Astrologia e a Imprensa

A Super Interessante reincide em sua campanha difamatória da Astrologia, utilizando recursos escandalosos em termos de metodologia e apesar disso fazendo afirmações em nome da ciência. Assim foi com a matéria “Defesas contra a astrologia”, de Andrew Fraknoi, em junho de 1990. Mas, a revista já publicou outras matérias mais maduras e sensatas, sob a batuta de outros editores, como em “Astrologia: escrito nas estrelas”, de Reinaldo José Lopes, em setembro de 2006 (matéria na qual ele escreveu: “embora a ciência hoje seja uma inimiga feroz da astrologia, questionando seus princípios, ela tem uma dívida um bocado grande com a arte de ler os desígnios dos astros”) e também em “Astrologia: Saturno em oposição ao Sol”, de outubro de 1988.
Mas, a Super Interessante não é única revista da editora Abril nesta campanha contínua de perseguições e insistência de que a Astrologia seja apenas uma crendice. A ela se junta a revista Veja - “Guerra nas Estrelas”, edição 2201, de 26 de janeiro de 2011. Porém, outras revistas, de outra editora, apresentaram matérias mais sensatas, tais como a Galileu Especial no 1 – “Astrologia, ciência ou misticismo?” e também a revista Época, ano II, no 96, de 20 de março de 2000 – “Astrologia – a paixão nacional pelo universo dos signos”. A revista História – Biblioteca Nacional, ano 7, no 75, de dezembro de 2011, com matéria de capa “Astrologia, a mania que já foi ciência” talvez tenha sido a que apresentou um texto mais apropriado, neutro e coerente. Mesmo assim incorreu em um grande equívoco: identificou os antigos astrólogos e seus conhecimentos com a astronomia, não dando o devido crédito à Astrologia. Este erro ocorre por todo o universo científico e, em ciência, tomar um conhecimento sem dar o devido crédito tem um nome: PLÁGIO.
É interessante observar que apesar da tendência geral da imprensa ser contra ou no mínimo neutra quanto à Astrologia, o tema “Astrologia” sempre se faz presente em matérias especiais. Praticamente não existe um jornal sem sua coluna de horóscopo e quando surgem Copa do Mundo, eleições e expectativas de catástrofes lá vão os jornalistas céticos à busca de astrólogos. O sensacionalismo criado e sustentado pela imprensa é um desserviço à Astrologia.
A milenar ciência da Astrologia não tem que provar nada a ninguém, muito menos para uma ciência muito mais nova, presunçosa e preconceituosa. Se algum cientista quer provas, ele que as procure e seja feliz quando e se as encontrar.

Erros nas pesquisas sobre a Astrologia


Mas, uma dica: resultados errados ou negativos em relação à Astrologia possivelmente estão relacionados com a elaboração errada da pesquisa em si. Partir de pressupostos errados certamente levará a resultados errados.
Salvo engano de nossa parte, na Academia Científica somente são consideradas “ciências” as ditas “ciências duras ou naturais”, as que estão fora deste seleto clube são olhadas com desdém por físicos, matemáticos, engenheiros, químicos, etc. Mas, o interessante é que o que outorga este poder discricionário da ciência pragmática e cética é justamente o Método Científico. Este método tem sua origem no pensamento de René Descartes. Descartes foi um filósofo, considerado o “pai da Filosofia Moderna”. Ora, então o Método Científico surgiu das reflexões de um filósofo. A Filosofia nada mais é do que a reflexão sobre os problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e estéticos, à mente e à linguagem. Ou seja, ela está muito mais próxima da espiritualidade do que do ceticismo. E, o mais interessante cientificamente falando, é que utilizando o próprio Método Científico concebido no seio da Filosofia é que as ciências exatas ou naturais não consideram a Filosofia como ciência. Irônico! Se fazem isso com a Filosofia o que se esperar da Astrologia?
Outro grande equívoco é olhar a Astrologia como se ela fosse a Astronomia. Não é. Apesar de quase que homônimas, são muito distintas entre si e não podem ser “medidas” ou analisadas com os mesmos valores, conceitos e instrumentos. Enquanto uma ocupa exclusivamente do aspecto físico e material das estrelas e planetas, a Astrologia tem outra natureza muito distinta. O objeto de estudo da astronomia é a matéria cósmica concreta e tangível e o objeto de estudo da Astrologia é muito adverso disso.
A Astrologia vai muito além e acima do horizonte da astronomia; é muito mais profunda e ampla. Os olhos da astronomia se dirigem apenas para o chão, enquanto que a Astrologia olha para frente, para os lados e também para cima. Enquanto a astronomia é uma ciência dos homens, a Astrologia é uma verdadeira Ciência Estelar.
Quem afirma que os astros influenciam a vida das pessoas possivelmente desconhece a real origem e natureza da Astrologia ou quer abreviar uma explicação complexa. Talvez fosse conveniente pesquisar mais e melhor sobre o assunto para não se confundir e nem confundir terceiros.
Um dos fortes argumentos dos astrônomos contra a Astrologia é que não existe influência física dos planetas sobre os seres vivos. Sim, isso é uma realidade incontestável, sendo a Lua a única que pode realmente exercer certa influência física detectável em razão de sua proximidade, além do calor e luz do Sol. Acreditar que os planetas influenciam as pessoas seria o mesmo que acreditar que se um relógio parar o tempo também irá parar.
Ora, a Astrologia não é, em absoluto, o estudo das “influências dos astros” como a imprensa afirma erroneamente e muito menos seu principal e mais importante foco é fazer prognósticos acerca dos desdobramentos futuros da realidade atual.

Cientificismo sério em relação à Astrologia


Para que uma pesquisa científica possa ser útil deve ser bem elaborada. Antes de tudo é necessário que se estude a fundo a questão, identificando as variáveis e não utilizá-las como sendo “desculpas” ou subterfúgios caso sua pesquisa não tiver obtido resultados satisfatórios. Isso é uma atitude infantil, covarde e nada profissional.
Quando se procura um médico pedindo remédio para uma simples cefaleia, como profissional que é ele certamente não irá prescrever qualquer remédio que seja antes de um exame minucioso, pois podem existir diversas razões para a cefaleia. O mesmo ocorre com o comportamento humano em relação às posições dos astros em um Mapa Astral.
Existem, didaticamente falando, dez astros que podem estar distribuídos em doze signos, e também em doze Casas Astrológicas. Ou seja, existe uma quase infinita probabilidade de combinações de posições planetárias considerando-se planeta a planeta, signos e casas. Além disso, estes astros fazem aspectos entre si de harmonia ou desarmonia, combinando suas características e consequentemente suas manifestações. Mais ainda, astros podem estar em movimento direto ou retrógrado, o que também altera a forma que os sentimos e manifestamos suas características.
Talvez tenha ficado claro para o leitor que um Mapa Astral é tão complexo quanto a personalidade ou a vida humana e que esta não pode ser reduzida apenas a um rótulo de a pessoa ser “virginiana” (Sol no signo de Virgem), por exemplo, como querem fazer crer jornalistas menos compromissados com a verdade (em que Casa? E os demais planetas?). Talvez tenha ficado óbvio que não é possível acreditar que todas as pessoas que tenham um determinado planeta em um determinado signo e casa ajam de forma igual. Isso não existe! Para uma análise séria tem-se que considerar o signo e casa relacionados com cada um dos 10 planetas (inclusive se têm outros planetas nestes signos e casas), os aspectos com outros planetas, decanatos em que se encontram, se estão diretos ou retrógrados, como e onde está o planeta regente do signo em que o astro se encontra (o chamado dispositor), inclusive seus aspectos, etc.
Ou seja, para se considerar a “virginianisse” de algo ou alguém, deve-se saber então que o Sol está no signo de Virgem, mas também é necessário se saber em que decanato? Em quê Casa Astrológica está este Sol em Virgem? Ele recebe ou estabelece aspectos com outros planetas e pontos astrológicos? Onde e como está (em termos de signo, casa e aspecto com outros planetas, direto ou retrógrado?) o planeta Mercúrio que rege ou dispõe de tudo que “acontece” no signo de Virgem? Também é necessário se analisar conjuntamente a Casa VI, analogada por Virgem (qual signo e planetas estão lá) e ainda o signo de Leão (qual cúspide de Casa Astrológica se encontra neste signo e quais planetas estão nele posicionados, considerando-se ainda aspectos dos planetas, movimento retrógrado ou direto, regências, etc.).
Ora, uma pesquisa desta não é algo simples e superficial como querem fazer crer as matérias jornalísticas sensacionalistas e sem compromisso com a verdade ou com o Método Científico por elas mesmas tão divinizado como perfeito. Aquele que se propuser a pesquisar a Astrologia deve dominar antes todos estes assuntos anteriormente (signos, casas astrológicas, planetas, planetas em signos, planetas em casas, aspectos entre os planetas, planetas retrógrados, regências planetárias de signos e casas, dispositores e decanatos) pelo menos isso (existem ainda muitos outros conhecimentos que o astrólogo faz uso para emitir seu prognóstico). Então, aí sim o pesquisador poderá ter uma ideia das variáveis a serem consideradas e só então poder construir sua hipótese em bases mais próximas da realidade e então acreditar que sua pesquisa possa ter algum resultado correto.
Sem o conhecimento e domínio teórico das variáveis não existe hipótese plausível. Além dos elementos citados, é importantíssimo que se compreenda que um Mapa Astral é a realidade integral e complexa de uma pessoa e, portanto, é sistêmico. A visão sistêmica não se dá bem com o Método Científico que segue no caminho inverso: enquanto o Método Científico segmenta, secciona, divide, fragmenta para entender, o Método Sistêmico une, junta, faz um amálgama para compreender. Entender é ver o aspecto de fora, compreender é sentir a realidade interna de algo ou alguém. Enquanto o Método Científico busca a isenção e o distanciamento entre objeto e observador, o Método Sistêmico propõe a integração a participação entre objeto e observador.

A ciência e a Astrologia


Muitos dos cientistas “modernos” eram astrólogos: Copérnico, Tycho-Brahe, Galileu, Kepler e Isaac Newton, por exemplo, mas os cientistas fazem questão de ocultar esta verdade. Da mesma forma, aqueles que acreditam que a Astrologia não condiz com a religião, não sabem que grandes e importantes astrólogos ao longo dos anos foram religiosos. Também temos que Santo Alberto Magno (Alberto de Colônia) considerou a Astrologia como “uma ciência legítima” e São Tomás de Aquino viu na Astrologia “ensinamentos complementares à visão cristã”.
Cientistas já tentaram “colar” o rótulo de pseudociência à Astrologia, mas este argumento apesar de repetidamente ser jogado contra a ciência astrológica, nunca foi aceita e nem o será. Isso ocorre porque se forem aplicados os conceitos científicos de Karl Popper, Thomas Kuhn e Paul Feyerabend (Círculo de Viena) quanto à sua cientificidade a Astrologia poderia ser considera ciência! Isso nos prova exaustivamente a profa. Dra. Cristina de Amorim Machado (PUC - Rio) em suas pesquisas epistemológicas (a epistemologia estuda a origem, a estrutura, os métodos e a validade do conhecimento) tanto de graduação em Filosofia quanto na sua dissertação de Mestrado (“A falência dos modelos normativos de filosofia da ciência: a astrologia como um estudo de caso” – Dissertação de Mestrado em Filosofia – abril de 2006). Ela conclui sua dissertação afirmando que: “O resultado dessa análise explicitou a insuficiência dos critérios propostos para excluir a astrologia do conjunto das ciências. Mais do que isso, esse resultado deixou claro que a astrologia ou é ciência, ou, se não é, esses critérios são inócuos”.
Se jornalistas mais afoitos em vender revista escrevendo em nome da ciência sem credenciais para isso passam por cima do Método Científico é provável que nas aulas de epistemologia estivessem jogando truco e tomando cerveja no barzinho da esquina da faculdade e nem saibam “o que é isso” e desconsiderem o valor desta pesquisa.
É uma pena que a redação de uma revista tão conceituada e que pode contribuir com a cultura e o conhecimento caminhe no sentido contrário à esta direção contribuindo para o obscurantismo, o equívoco, a perpetuação de preconceitos e inverdades.
Se não quiser manchar mais sua imagem de revista de ciência popular, a Super Interessante deve fazer o dever de casa, lembrar do banco da faculdade, rever os conceitos e práticas do Método Científico, reformular suas pesquisas e não insistir no que já está provado que resulta em algo insustentável e inverídico.
Até porque, Astrologia funciona sim! E quem afirma isso não é nenhum astrólogo em especial, mas sim mais de 4 mil anos de existência sustentável sem horizonte de evento que possa assinalar sua obsolescência.




Juarez de Fausto Prestupa

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Mas o que é a consciência?

Muitos falam da “consciência” e de seu despertar. Mas o que é a consciência?

Não é ver a realidade?

No dicionário é relatado o significado da palavra “Consciência”:
"Atributo pelo qual o homem pode conhecer e julgar sua própria realidade. Cuidado com que se executa um trabalho, se cumpre um dever; senso de responsabilidade. Conhecimento, noção. Percepção imediata dos acontecimentos e da própria atividade psíquica."

O ser humano se habituou a viver de ilusões, ele não tem a consciência. Consciência da verdade. Todos estão presos por distrações: cigarros, comida, bebida, televisão, internet e por aí vai. Mas este ser que deseja o “despertar” ele silencia a própria mente?

Seres que não conseguem ficar sozinhos um só minuto, talvez tenham medo dos questionamentos pensantes sobre a própria existência. O ser consciente olha para o ângulo microcósmico do próprio existir alcançando assim a verdade macrocósmica. Vivem imaginando o que não existe, criando pensamentos soltos por aí, pensamentos de ilusão que influenciam na vibração.

Você é aquilo que pensa cuidado com seus pensamentos!

Aprenda a controlar suas próprias ações prestando atenção. O despertar real da consciência inteligente em um corpo faz com que sentimentos de influência negativa morram. Um ser consciente não tem ciúmes, inveja ou egoísmos, ele vê o outro e repara cada ação e se aprofunda nos detalhes que mostram a realidade que está a sua frente. Ele olha ao redor e vê a matéria densa, mas seu corpo é como se fosse menos denso que essa matéria que ele pode tocar. A consciência começa quando deixamos de sair de órbita e vemos o real presente, deixamos o imaginário e conhecemos o eu aqui e agora manifestado em um mundo material.

Para falar de consciência é necessário ter despertado o sexto chacra, ele produz uma visão imaginária a longo alcance que nos leva ao plano mental e a vibração emanada é o que passa pelo corpo astral. A outra visão é a curta que pode chamar de consciência presente. Você sabe que é uma alma e habita um corpo, uma máquina perfeita composta de uma massa de átomos e energia que para habitar é necessário nascer de algum outro corpo.
Aquele que desperta o sexto chacra conhece o silêncio interior e é através dele que se percebe o que é de fato a tal “consciência”. Como os monges que meditam horas e horas no silêncio de sua própria alma para encontrar a verdade consciente. Aquele que tem consciência conhece o próprio corpo, sente o alimento saudável que entra pela boca e fortalece o corpo. O ser sem consciência do eu se empanturra de comida não saudável e depois fica doente porque o empanturrado fica cheio de excrementos por dentro e assim não pode ouvir o próprio silêncio porque seu corpo é pesado e incomodo para ficar quieto.

Lembre-se: Todo alimento que entra deve sair, portanto comer porcarias que grudam no intestino só nos faz ficar doentes. Um homem doente não é um homem consciente. Após a consciência ser despertada o ser vai tomando uma forma menos densa, fica mais leve e abre uma percepção incrível, quase outro mundo se comparado. Esta consciência a princípio vai e volta como uma espécie diferente de percepção da vida e do próprio ser espiritual habitando a matéria, mas temos que treina-la, acostumar com o silêncio e ver as coisas ao redor. Ter noção da realidade e compreende-la, e só depois de habituado poderá cria-la com a longa visão, o imaginário, como em um sonho. Prestar atenção em tudo que se faz, silenciar a mente e perceber que isto é o passo para o despertar da consciência.

Se estiver desperto não existirão sentimentos negativos, poderá amar a natureza porque compreenderá que respeitando o próximo estará emitindo uma energia harmônica, um grau de vibração maior onde a ignorância nunca terá espaço. O ver em mais de três dimensões, o perceber além do que estamos habituados. A consciência é uma dimensão acima e quanto mais subir mais consciência terá e menos denso e grotesco será a sua visão de mundo e do seu corpo físico. Não deixe o automático dominar você. Olhe, sinta e silencie-se, assim terá a percepção do que realmente é ser um ser consciente.   


Técnica: Silencie sua mente. Olhe para a palma das mãos. Veja que você habita um corpo e você detém total controle dele. Olhe ao redor, percebendo o ambiente com a visão, depois perceba com os ouvidos, cheiro, gosto, intuição (esta se manifestará em uma mente silenciosa), depois comece a perceber a verdade. Pressionando os músculos dos chacras, todos de uma só vez em alinhamento, talvez faça isso inconscientemente. Este é o caminho da consciência, comece percebendo você. “Conheça a ti mesmo e conhecerás os deuses e o universo”. Este é só o princípio para aquele que quer treinar seu despertar, mas nunca será de um dia para o outro, será quando menos esperar e quando mais precisar, isso pode levar anos, décadas ou talvez muitos nem cheguem a obter. O silêncio mental, a harmonia interior é o segredo para perceber a nova dimensão. Não tenha medo de ficar sozinho, de se conhecer e de perceber a grande roda da existência. Veja o mundo com novos olhos e adquira uma nova consciência de uma dimensão maior do que o automático que esteve acostumado à vida toda.




 
Letícia de Castro
www.cienciaestelar.org.br

Qual a diferença entre Tarot e Astrologia?

  Qual a diferença entre Tarot e Astrologia?   Com mais de 40 anos de exercício profissional, percebi que é comum as pessoas não saberem...