O
Guardião dos Sonhos
Passeando entre as tamareiras, observava o crepúsculo
imponente de sua terra, enquanto o sol opunha-se ao oeste apresentando primeira
estrela da noite. O céu manchado de azul com alaranjado forte que só a natureza
era capaz de produzir. Lugar de beleza esplendorosa para um cenário tão árido e
triste. Na relíquia do deserto: O oásis. Lá caminhava um jovem chamado Ammu.
Meio homem e meio menino, Ammu continha feições morenas, cabelos e olhos
castanho escuro, cujo brilho tanto do sol como da lua era refletido nitidamente
em seu olhar, aonde quer que fosse. Usava botas e calças negras, túnica branca
encardida pelo vento misturada ao suor de seus movimentos corporais. Ammu andava contemplando o deserto, pensando
no frio que faria em algumas horas e no calor que consumia durante o dia.
Pensava em como seria viver em outro país; ele almejava abandonar sua terra,
sua nação. Ammu não desejava a tradição da família, não queria andar nas terras
secas a vida toda como o pai; um homem do deserto consumido pela idade, sol e
cansaço. Perdido entre pensamentos e reflexões de uma mente jovem, implorava
para que algum deus lhe tirasse daquele solo fervente.
Uma lágrima escorre, enquanto o jovem limpa com as costas
da mão, ele repara novamente no caminho e percebe algo muito estranho. Ammu
leva um susto, encontra um largo portão, feito inteiramente de ouro trabalhado
que dividia o oásis. Achando lindo e curioso, pois conhecia bem a região,
jamais havia reparado naquele lugar, muito menos em um portão brilhante de
tamanha proporção. Ammu adentrou os domínios que parecia ser algo de grande
reinado dos contos de livros e lendas. Era um portal dourado com duas maçanetas
escarlates na forma de chacal. Ammu não sabia bem o que era um chacal. Conhecia
apenas através dos contos de seu povo. Ao tocar na estranha figura animalesca,
o portão se abriu. Havia um longínquo caminho com tamareiras todas iguais,
enfileiradas como se fossem duas colunas, formando uma estrada infinita.
Para
Ammu estava claro que ao entrar deveria seguir o curso daquele único caminho,
que se perdia no horizonte. Havia um vento estranho, agradável, sem direção que
induzia calmamente á vontade. Ammu desejou muito não voltar para seu povo e
seguir o caminho das tamareiras, não importando o que encontrasse por lá. Em um
determinado momento ele percebeu que a estrada tinha um fim e a infinidade parecia
uma ilusão. Viu um altar gigantesco, onde havia um trono dourado e uma capa
solferina que encobria parte do assento. A poltrona sacerdotal continha hieróglifos
antigos desenhados nas partes em que seriam para descansar os braços. Poderia
ser o trono de algum sacerdote, quem sabe um sonho interessante de sua
imaginação?
Percebendo que não havia ninguém ao redor, o jovem
aproximou-se curiosamente. Olhou em volta, teve a certeza que o fim do caminho
era o trono que ficava acima de três degraus igualmente dourados. Subiu os
degraus vagarosamente, olhou para dentro do assento, quase encostando a face, Ammu
desejou o poder. Foi quando olhou para “algo sem lembrança”, através do íntimo
de seus olhos que reluziam no ouro do trono. No mesmo instante, Ammu foi
transportado para outro local, era uma espécie de bosque. Havia entrado em uma
realidade incompreensível do mundo; o fim, o término de todas as coisas vivas
no universo, a escuridão. Ammu vê então um ponto de luz. Dentro do ponto
luminoso havia uma estrada que brotava plantas verdes no chão, era húmido,
alegre e extremo do qual ele vivia. Logo, tudo começou a desmoronar como um
quebra-cabeça sendo desmontado. Ammu começou a ver a destruição, tudo estava
sendo aniquilado e paralisado, um cataclisma, ele observava o fim de todas as
coisas belas e puras da terra; os animais, as plantas que ali habitavam. A mata
ia sendo engolida pela terra por causa do tremor, o solo não aguentava o falecimento
das plantas que eram brutalmente arrancadas, enquanto o bosque desmoronava. A
terra gemia em um encalço de dor lastimável e ele a tudo assistia. Como em uma
catalepsia Ammu estava fisicamente inerte e perdido. Ele via um tipo de monstro
metálico que arrancava e triturava as árvores soltando uma fumaça negra através
de um tubo incompreensível á sua mente, trazendo o medo, horror e a devastação
de um planeta indescritivelmente belo. Percebia
que havia vários monstros, os quais se movimentavam rapidamente como se não
tivessem tempo a perder; tempo para causar um estado apocalíptico de profunda
exaustão planetária. A terra rugia, as plantas clamavam lamentos de dor, o céu
tornou-se empoeirado. Assustadoramente, ele se lembrou do deserto, enquanto a
sua mente ia dispersando com a poeira que se espalhava, tornando-se um vento
incompreensível. Quando a última árvore foi extraída da terra, o céu tornou-se
sujo a ponto de ter a sensação que nunca mais o sol voltaria a brilhar, nem o
céu ficaria a impressão azul. Tudo foi ficando sujo em fração de segundos e já
não era mais poeira, era o vazio. O ambiente era negro, não como á noite, mas
como um escândalo de morte. O assassinato de toda a sua humanidade.
O ar
tornou-se inerte e a secura tornou-se umidade. Era o frescor pesado da morte. A
incapacidade humana naquele momento, havia lhe dado um distúrbio visual em que
os raios luminosos partidos de um ponto não se reuniam como deveriam, em um
ponto da retina, sendo percebidos difusamente. Como se fosse o último dos seres
daquela região inóspita que o planeta havia se transformado. Ammu havia perdido
tudo.
Ammu recobrou as ações e embalou seu corpo a correr,
correu na direção de um rio que começava secar ás vezes lentamente, ás vezes em
uma pressa absurda, como se não conseguisse mais discernir o que era real em
seus sentidos humanos. Ammu se agarrava a crença de que era a única criatura
ainda viva naquele solo de terra infértil, sem luz e sem ar. O todo se
consumia, ia embora à naturalidade do elemento harmonizador. Era escuro, porém
ainda podia enxergar o princípio de explosões de rochas vulcânicas. Não
querendo desfalecer com o resto da vida que ainda poderia conter dentro dele,
tinha a sensação que algo sabia da sua existência e queria condená-lo á morte.
Ele sentia medo enquanto corria na direção do rio que secava. Como um corte
escuro, Ammu percebeu uma parede de pedra, onde continha uma fenda que era
pouco menor que seu corpo. Com dificuldade espremeu o corpo através da fenda.
Olhou para trás, tudo era incompreensivelmente apocalíptico, as pedras
explodiam como álcool em fogo, era o caos. O jovem olhou para frente e viu que
o lado de dentro não era o lado de dentro, mas sim o universo que se
transformou em lodo, algo como um charco nauseante e perigoso. A aflição
crescia e não sabia mais aonde caminhar, já que andar não era possível, teria
que nadar ou arriscar ser agarrado pelas raízes mortas que formavam o lodaçal.
Ammu não sabia que estava no pântano das almas, o mundo dos mortos. O pântano
cheirava morte e Ammu via espectros tomando forma de abutres que se alimentavam
de almas. O corpo foi ficando pesado, os olhos lacrimejaram tanto que começaram
a enxergar melhor no escuro. Percebendo a inércia de todo o corpo e sentidos,
não havia mais em Ammu a sensação de ser totalmente humano, talvez pelo fato de
estar em um ambiente não humano, terrestre ou material. Como se metade fosse
mortal sendo caçado e a outra metade sendo o espírito fugindo da devastação de
si mesmo. Tudo era real, não era um sonho ou um pesadelo de altíssimo grau
nefasto e psicótico. Ammu estava perdido.
Ammu caiu de costas na margem do pântano e as águas
turvas que ali pareciam permanecer paradas, fizeram um redemoinho e o levaram
ao centro. As águas se agitaram, foi como se sua alma saísse do corpo, ainda
que em formato humano, afundando a matéria, mesmo não sabendo se tinha
acontecido ou não. O corpo físico havia virado alimento de algum devorador que
espreitava o pântano ou viesse a fazer parte da sujeira do charco. Não tinha
mais a noção do acontecido. Ele boiou sem noção do tempo. Não existia o tempo
naquele lugar. Boiou até chegar a um ponto que parecia menos profundo à
sensação. Ele só pensava em sair dali. Após a inércia, Ammu despertou como que
vindo de um sonho e se levantou. A água podre atravessava na medida da cintura,
parada, pesada e grotesca. Nos galhos espectrais a impressão de habitar coisas
temíveis, assim como a ossada de cadáver se decompunha no fundo do pântano da
morte. Ammu sentia-se mais leve, a visão clareava apesar de ainda haver certos
pontos na névoa de coloração cinza, mesclado entre o branco e o negro. Quanto
mais ele passasse através da névoa mais haveria o sentimento de desespero que
antecedia á morte. Ammu atravessava as brumas cinzentas, percebia que apesar de
ter a aparência humana, entretanto acabada e perdida, ainda era uma alma, como
muito daquelas que deveriam habitar o amargo pântano ceifador.
Enquanto Ammu atravessava a bruma negra, tinha em cada
passo, a certeza de que a matéria havia se extinguido no exato momento em que
caiu sobre as águas turvas do rio da morte. O pântano era lúgubre, o ar úmido e
ardido como a amônia e um misto de enxofre, um labirinto que emanava um vácuo
no ambiente frio e fantasmagórico. Ammu sentiu o lodo borbulhando em sua direção.
Algo o ameaçava, ele correu com dificuldade entre os escombros do rio, enquanto
uma estranha correnteza se opunha á ele. Ammu sentia uma presença, uma forma de
força devastadora, desvairada e incognoscível. Não se via o quê ou quem era
vinha das árvores, da água podre, do ar cadavérico, vinha de todos os lugares.
Ammu corria com as águas acima do joelho, as botas encharcadas, a roupa suja da
tinta negra constituída dos restos mortais do pântano da morte.
Ammu atravessou a bruma gélida e cortante, foi quando
avistou uma cabana flutuante, parecia que era feito com palha. Aproximou-se,
entrou na cabana e lá só havia ervas frescas como se tivessem sido cortadas por
mãos vivamente humanas. Postas de ponta cabeça, amarradas em feixe, juntas, no
teto. Com medo sentiu que a presença se aproximava e voltou á saída, havia uma
jangada no canto da porta, feita de sete ossos grossos, amarrados com cipó e um
pedaço de tronco de árvore seca para remo, quase um cajado. Ammu pulou na
jangada e pôs-se á remar. A água remansa era como um mingau que dificultava as
ações braçais com o remo improvisado. Ammu entendeu que para remar era preciso
controlar os pensamentos e não mexer o tronco com os braços como faz quando se
é mortal. Em lugares inumanos nenhum esforço humano tem efeito e assim o medo o
ensinava, a pressa o paralisava, a aflição o anestesiava. Ele podia ver vultos
nas margens, nas árvores e em todo o lugar. Ammu olhou para trás, avistou um
ser corpulento que não parecia um cadáver como os outros. Tudo era estranho e
aparentemente irreal. Assustado, desceu da balsa e se escondeu em um emaranhado
de árvores atrás da cabana, afundou o corpo debaixo d'água deixando só a face
para fora, viu novamente um corpo grande e forte, três vezes maior em estatura
que o seu. Ammu não conseguia ver o rosto da criatura que chegava cada vez mais
perto. O jovem afundou completamente no lodaçal, encontrou um buraco em baixo
da casa submersa, e, vendo sua única chance de escapar naquele momento de caça
e caçador, ele entrou. Era o buraco escuro e primitivo de uma alma perdida.
Ammu recobrou a “consciência” em um lugar onde não havia
água suja, o chão de mármore branco, espelhado como um cristal.
Deitado de
bruços gemeu arqueando a cabeça de modo que sua face se erguesse, para poder
ter a impressão de ver com olhos, ao invés de apenas sentir. Com o projeto de
corpo um pouco mais pesado que antes, ele via um local mais iluminado, menos
pavoroso. Era bonito! Apesar da egrégora ainda lembrar o pântano da morte. Perscrutou
ao redor e percebeu que havia árvores e plantas, algumas eram ervas que
soltavam perfumes amadeirados. Ammu levantou meio cambaleando, ele sentia uma
presença que não o ameaçava. Vinha de uma escada obscura em um ponto do círculo
onde ele se encontrava. Deu alguns passos em direção á energia que sentia: era
semelhante a um riso. Viu uma sombra vindo em sua direção, a sombra tornou-se
um jovem, um pouco mais velho que ele. A pele era bronzeada em tom moreno, como
algo que parecia suor ou qualquer coisa do gênero que o fazia brilhar como o
óleo. Possuía uma tira de pano vermelha na testa e tatuagens indecifráveis.
Ammu esperava uma resposta para tantas perguntas enigmáticas. O jovem parou em
sua frente, riu e disse telepaticamente, ao menos pensou que fosse, pois os
lábios não se moviam como quando pronunciamos algo com as cordas vocais
humanas.
- Onde pensa que
vai? Ele está procurando por você, não é? Ammu tentava falar, mas os lábios não
mexiam, talvez pelo fato de ser um corpo astral e não uma carapaça de matéria
física, humana, composta de átomos e milhões de elementos químicos. Ammu
perguntou na esperança de sair dali ou ter uma resposta para suas perguntas
misteriosas: - Onde estou? Prontamente o outro jovem respondeu: - Mesmo que
pareça muito vago e irreal, eu posso ajudar a dissipar este sentimento de
irrealidade se tentar entender que no momento que adentrou o universo
pantanoso, você não é mais o mesmo. Ele quer destruí-lo, mas não por inteiro,
por uma questão de vibração, de fato não é nada além de uma extensão dos
poderes energéticos que emanam de você, e você nem sabe disso. Vivemos todo o
tempo rodeados de um vasto oceano de ar e éter misturados, este interpenetrando
aquele, como o faz a toda matéria física; e é principalmente por meio das
vibrações neste vasto mar de matéria que nos chegam impressões externas.
Contudo, tudo isso aqui, passa a ser irreal e insignificante porque não existe
matéria e sim a vibração de seu espírito. - Eu estou morto? Perguntou Ammu. -
Não está morto, caso estivesse não sairia do pântano, ficaria paralisado lá
para sempre afligindo sua alma ao limbo, o pântano se tornaria o mar do inferno
com o passar do tempo, você se tornaria uma árvore espectral. -Você mora aqui?
O que está aconteceu? Perguntou Ammu. -
Metade de mim habita o pântano e outra metade o Palácio dos Sonhos.
Vivemos no
deserto de nossas almas, natural que tenha visto o apocalipse e assimilado essa
resposta tão incapaz, pelo fato de não obter o entendimento. Antes de perceber
tudo, você era apenas um ser consciente de seu físico, um homem, um mortal.
Ammu olhou para o seu corpo. Estava descalço com as roupas iguais ao do jovem
que encontrou. O jovem disse á Ammu: - Não pode voltar. O mundo que
deseja não mais existe. Eu o levarei ao Mestre, ele lhe procura. Aqui é apenas
o jardim do palácio. O Guardião dos sonhos lhe aguarda. - Quem é você?
Perguntou Ammu desfalecendo-se por falta de esperança. - Não importa, mas se
quer saber pode me chamar de K.
Desolado, Ammu o acompanhou. Os dois desceram as escadas.
Tudo era muito obscuro, porém diferente do pântano, existia algo divino em tudo
que sentia, sua mente ia se calcificando á medida que descia os degraus para um
universo sem fim. Ammu não tinha outra escolha. K levantou a mão direita
dizendo: - Sua vibração de medo o irrita, acredito que ele deseja transformá-lo,
essa será a outra parte da sua iniciação. - Não vou! Gritou Ammu tentando
fugir. K estalou os dedos e novamente estavam no círculo onde Ammu despertou
após chegar do pântano das almas. O chão havia se transformado em ouro e havia
um sarcófago cravejado de pedras preciosas. A sua frente havia a imagem de um Deus,
metade animal e metade homem. Metade chacal e metade faraó. Nos olhos haviam
dois rubis. As paredes do palácio eram feitas de mármore negro, as colunas eram
de ouro com desenhos antigos e códigos indecifráveis. K se punha de joelhos
saudando o sarcófago. Ammu entendeu que deveria fazer o mesmo. Trêmulo de pavor
ajoelhou-se. - Levante-se! O Guardião dos Sonhos quer vê-lo. Disse K. Ammu
levantou suando frio. Aproximou-se contra a própria vontade, em passos que
pareciam ser eternos. Olhou dentro da câmara funérea e lá havia um faraó egípcio
coberto por um manto fino e escarlate. De repente não havia mais nada além de
uma fumaça coberta por um lençol vermelho. Ele olhou para trás procurando K, o
jovem havia ido embora pelas obscuras escadas que naquele momento subiam ao
invés de descer.
Na frente de Ammu surgiu o sacerdote, ele tinha por volta
de dois metros de altura, ombros largos, careca, moreno com rosto ovalado e
austero, impondo pavor em quem o olhasse. Envolto em um manto vermelho, usava
sandálias douradas, brincos dourados de argolas nas orelhas e na pele havia
desenhos vermelhos de serpentes aterradoras. O corpo era rijo, grande e
musculoso. O jovem ficou paralisado. Contemplava o interior dos olhos do faraó
que pareciam vermelhos como brasa. Ammu viu todo o mal do mundo e dos homens. A
mente havia se perdido na confusão da inocência, sendo consagrado naquele
instante, a ser Guardião Sonhos. Entendeu que o pântano da morte era a
iniciação, tudo que havia perdido inclusive sua consciência humana fazia parte
dos planos do Guardião do pântano da morte. À medida que era atraído pelas
pupilas do faraó, Ammu experimentava breves lampejos de dissociação, ou estados
superficiais de realidade não comum, logo o irreal tornou-se um estado comum.
Durante a iniciação de Ammu, ele ouvia as palavras do Guardião dos Sonhos
através de sua consciência, até a transformação ser completada.
- Para mudarmos por completo, é necessário morrer, perdendo
e abandonando todo o passado. Desta forma, estará pronto para o renascimento
dentro de um novo caminho, um novo conceito, aquele no qual escolheu ou foi
conduzido. Uma vez abandonado o caminho simples da consciência, entra-se em um
pântano escuro para a renúncia do eu. Renunciar é o mesmo que morrer. Morrer é
o mesmo que transforma-se. Quase sempre nos transformamos naquilo que desejamos
no intrínseco do inconsciente. Os sonhos. Temos sempre que deixar ou perder
algo para ganhar algo, entrar no universo pantanoso para obter a iniciação e a
glória. É a lei cósmica da compensação.
Ao passar através do pântano, todas as vibrações
indesejadas da alma de Ammu se diluíram. Tornando o jovem um guardião. Iniciado
pelo Guardião dos Sonhos após atravessar o tenebroso pântano, lugar onde as
almas se transformam para o renascimento de um novo Rei. O guardião dos
próprios sonhos.
Por Letícia de Castro
20/09/2014 - VI Concurso de contos da Sociedade Brasileira de Eubiose - São Thomé das Letras MG
Prêmio 2º lugar autora Letícia de Castro - conto: O Guardião dos Sonhos