“Eu declarei: Vós sois deuses, todos vós sois filhos do Altíssimo” (Salmos, 82:6).
Normalmente não nos temos em alto conceito. Até por educação
religiosa crescemos com o conceito de que somos pecadores, imperfeitos, falhos,
etc.
É claro que comparados à Perfeição todos carecemos de
melhorias, aperfeiçoamento, desenvolvimento, maturação e crescimento. Mas, a
despeito disso nascemos com um poder que raríssimas pessoas se apercebem e dão
valor. Nascemos todos nós, indistintamente, com o poder de criar coisas.
Esta criação ocorre nos planos psíquicos, mentais
(geralmente associados à criatividade dos artistas e gênios inventores, por
exemplo). Uma inovação científica, uma nova forma de resolver um problema
matemático, uma nova receita de comida ou uma incrível obra de arte sempre
surgem no interior das pessoas, em suas mentes ou universo psíquico. Mesmo este
texto existiu antes na mente de seu autor para depois ser “traduzido” na forma
de letras, palavras e frases formando um enunciado de ideias. A natureza deste
universo psíquico é sutil, intangível, imensurável, subjetivo. Ou seja, a
genialidade ou criatividade não pertence ao mundo tangível, mensurável,
constatável, reprodutível. A genialidade ou criatividade pertence ao plano sutil
ou espiritual.
Mas, apesar da genialidade ou criatividade estar no plano
espiritual ela segue a orientação de nossas almas. Nas almas residem não
somente as experiências, conhecimentos e compreensões já vividas e
conquistadas, mas também e principalmente nosso direcionamento ou abordagem
perante a vida. Muitas vezes esta realidade interna está mascarada por uma
conduta externa que engana até mesmo a própria pessoa. Por exemplo: a pessoa
pode frequentar regularmente uma igreja, se dizer e repetir frases prontas “do
bem”, mas se ela está sintonizada, se ele se identifica e constantemente pensa,
fala e assiste coisas relativas ao lado tido como “do mal”, internamente esta
pessoa se direciona para este “lado”.
Quando alguém une pensamento e sentimento em uma só ideia,
conceito, vontade ou ação ela então está usando seu poder criativo. Se esta
pessoa sente e pensa mal de alguém e ainda fala ou faz algo neste sentido ela
está criando e projetando uma energia semelhante para aquela pessoa em
particular. Depois não adianta se dizer arrependida ou que “foi sem querer”.
Ela já projetou sua energia negativa e está feito, não tem mais volta. O que
esta pessoa pode fazer é rever sua posição, direcionamento e conceitos. De nada
adianta ir à igreja e em casa ficar assistindo ou ouvindo programas sobre
desgraças, brigas familiares e ainda fazer fofoca, calúnia ou julgamentos sobre
a vida alheia.
Precisamos ter consciência e responsabilidade sobre tudo que
pensamos e sentimos. Precisamos direcionar conscientemente nossa energia
criativa para que não colaboremos para criar monstros, demônios ou “acidentes”
que sem nossa participação não existiriam ou seriam menos poderosos. Com nossa
criatividade podemos construir ou destruir uma imagem de uma pessoa, seja ela
um parente ou um desconhecido. E, esta construção ou destruição podem muito bem
não estar de acordo com a realidade, com a verdade e, principalmente, com a
justiça que todos nós temos direito. Com este poder é possível criar um mito de
algo que na verdade é uma mentira e podemos também destruir um ser nobre e
elevado disseminando mentiras sobre ele.
Isso é algo muito sério! Mais sério ainda se pensarmos que
no futuro seremos julgados por tudo aquilo que fizemos, por como utilizamos os
dons recebidos pela vida e por Deus. Nosso poder criativo é um dom divino que
todos temos. O que exatamente estamos fazendo dele? Aquele que afirma não saber
é porque está “ao sabor da vida” e pode estar sendo usado por outros mais
espertos que usam as pessoas inconscientes para que construam para eles algo de
seus interesses pessoais e mesquinhos.
Quando um pai ou uma mãe fala com seu filho, com uma grande
carga de sentimento e pensamento, este progenitor está construindo um futuro,
uma realidade para seu filho. O mesmo acontece entre o casal, ou ainda entre um
empresário e seus funcionários. Ou, ainda, quando nos olhamos no espelho, bem
fundo de nossos próprios olhos e dizemos coisas para nós mesmos. O que estamos
realmente criando? Uma vida melhor? Ou mais dor, sofrimento e tristeza? Como
estamos usando o nosso poder divino de criação? No que você está investindo sua
energia criativa?
Um comentário:
Muito interassante o blog, pena que a maioria das pessoas ainda não adiquiriram compreenção para estes assuntos tão importante para o ser humano. Mas ainda chegara o dia, como chega a verdade para cada um de nós...então todos caminharão juntos.
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