terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

O poder criativo humano


 “Eu declarei: Vós sois deuses, todos vós sois filhos do Altíssimo” (Salmos, 82:6).


Normalmente não nos temos em alto conceito. Até por educação religiosa crescemos com o conceito de que somos pecadores, imperfeitos, falhos, etc.
É claro que comparados à Perfeição todos carecemos de melhorias, aperfeiçoamento, desenvolvimento, maturação e crescimento. Mas, a despeito disso nascemos com um poder que raríssimas pessoas se apercebem e dão valor. Nascemos todos nós, indistintamente, com o poder de criar coisas.

Esta criação ocorre nos planos psíquicos, mentais (geralmente associados à criatividade dos artistas e gênios inventores, por exemplo). Uma inovação científica, uma nova forma de resolver um problema matemático, uma nova receita de comida ou uma incrível obra de arte sempre surgem no interior das pessoas, em suas mentes ou universo psíquico. Mesmo este texto existiu antes na mente de seu autor para depois ser “traduzido” na forma de letras, palavras e frases formando um enunciado de ideias. A natureza deste universo psíquico é sutil, intangível, imensurável, subjetivo. Ou seja, a genialidade ou criatividade não pertence ao mundo tangível, mensurável, constatável, reprodutível. A genialidade ou criatividade pertence ao plano sutil ou espiritual.



Mas, apesar da genialidade ou criatividade estar no plano espiritual ela segue a orientação de nossas almas. Nas almas residem não somente as experiências, conhecimentos e compreensões já vividas e conquistadas, mas também e principalmente nosso direcionamento ou abordagem perante a vida. Muitas vezes esta realidade interna está mascarada por uma conduta externa que engana até mesmo a própria pessoa. Por exemplo: a pessoa pode frequentar regularmente uma igreja, se dizer e repetir frases prontas “do bem”, mas se ela está sintonizada, se ele se identifica e constantemente pensa, fala e assiste coisas relativas ao lado tido como “do mal”, internamente esta pessoa se direciona para este “lado”.

Quando alguém une pensamento e sentimento em uma só ideia, conceito, vontade ou ação ela então está usando seu poder criativo. Se esta pessoa sente e pensa mal de alguém e ainda fala ou faz algo neste sentido ela está criando e projetando uma energia semelhante para aquela pessoa em particular. Depois não adianta se dizer arrependida ou que “foi sem querer”. Ela já projetou sua energia negativa e está feito, não tem mais volta. O que esta pessoa pode fazer é rever sua posição, direcionamento e conceitos. De nada adianta ir à igreja e em casa ficar assistindo ou ouvindo programas sobre desgraças, brigas familiares e ainda fazer fofoca, calúnia ou julgamentos sobre a vida alheia.

Precisamos ter consciência e responsabilidade sobre tudo que pensamos e sentimos. Precisamos direcionar conscientemente nossa energia criativa para que não colaboremos para criar monstros, demônios ou “acidentes” que sem nossa participação não existiriam ou seriam menos poderosos. Com nossa criatividade podemos construir ou destruir uma imagem de uma pessoa, seja ela um parente ou um desconhecido. E, esta construção ou destruição podem muito bem não estar de acordo com a realidade, com a verdade e, principalmente, com a justiça que todos nós temos direito. Com este poder é possível criar um mito de algo que na verdade é uma mentira e podemos também destruir um ser nobre e elevado disseminando mentiras sobre ele.

Isso é algo muito sério! Mais sério ainda se pensarmos que no futuro seremos julgados por tudo aquilo que fizemos, por como utilizamos os dons recebidos pela vida e por Deus. Nosso poder criativo é um dom divino que todos temos. O que exatamente estamos fazendo dele? Aquele que afirma não saber é porque está “ao sabor da vida” e pode estar sendo usado por outros mais espertos que usam as pessoas inconscientes para que construam para eles algo de seus interesses pessoais e mesquinhos.

Quando um pai ou uma mãe fala com seu filho, com uma grande carga de sentimento e pensamento, este progenitor está construindo um futuro, uma realidade para seu filho. O mesmo acontece entre o casal, ou ainda entre um empresário e seus funcionários. Ou, ainda, quando nos olhamos no espelho, bem fundo de nossos próprios olhos e dizemos coisas para nós mesmos. O que estamos realmente criando? Uma vida melhor? Ou mais dor, sofrimento e tristeza? Como estamos usando o nosso poder divino de criação? No que você está investindo sua energia criativa?

Um comentário:

Unknown disse...

Muito interassante o blog, pena que a maioria das pessoas ainda não adiquiriram compreenção para estes assuntos tão importante para o ser humano. Mas ainda chegara o dia, como chega a verdade para cada um de nós...então todos caminharão juntos.

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