A dor serve como um verdadeiro e eficiente “alarme” para
indicar que “algo vai mal”, mas que a estrutura de vida está funcionando bem. A
dor, a febre e o pus são sinais de que o organismo está trabalhando, está se
defendendo e buscando sua autorregeneração.
Em Psicologia a angústia surge do conflito entre o que se
deseja intimamente e o que a sociedade permite e aceita. Esta angústia
psicanalítica deve ser “resolvida” ou balanceada pelo Ego e a consciência que
verificam a possibilidade da realização das vontades internas e também aliviam
o excessivo controle imposto pelo instinto repressor.
Vejamos o caso do nascimento de um dente em uma criança ou
mesmo do parto desta mesma criança. Ambos os processos ocorrem entre dores,
isso é inevitável e naturalmente salutar.
Observa-se que em muitas situações a dor quando ocorre não
deve ser rejeitada, pelo contrário ela é positiva. Ou seja, muitas vezes a dor
ou sofrimento evidenciam um processo de rearranjamento interno, uma busca de
melhor acomodação das coisas, um possível processo evolutivo.
Crianças muito superprotegidas física ou emocionalmente
tendem a resultar em adultos frágeis. Os cães de pedigree adoecem e morrem
facilmente, mas os vira-latas podem ser atropelados, passar fome e comer restos
em deterioração, mas vivem muito. Isto porque as adversidades de suas vidas
fortalecem seus organismos. Esportistas precisam de exercícios muitas vezes
doloridos se querem evoluir em suas atividades, aumentar massa muscular e sua
resistência.
Se evitamos assumir riscos que podem significar evolução,
crescimento e desenvolvimento estamos tanto nos fragilizando ante à vida quanto
limitando nosso futuro e possibilidades. O incômodo causado pela dor e pelo
sofrimento nos faz mudar, crescer, evoluir. Tanto assim é que os grandes saltos
da humanidade geralmente ocorreram ante a grande comoção social, em períodos de
guerras e catástrofes coletivas.
Precisamos mudar nossa forma de optar apenas por caminhos
fáceis e agradáveis. Necessitamos ver a dor, o sofrimento e a angústia como
nossos aliados que indicam onde devemos concentrar nossas atenções e esforços
visando reduzir deficiências, limitações e imperfeições.
Toda evolução, todo crescimento, todo desenvolvimento tem
como companheira inevitável a dor, a angústia e o sofrimento, mas estes não são
em vão e nem muito menos duradouros. É sempre um preço que vale a pena pagar.
“A sabedoria de um homem não está em não errar, chorar, se angustiar e
se fragilizar, mas em usar seu sofrimento como alicerce de sua maturidade.”
Augusto Cury
è Estude Religiões, Esoterismo e Ciência em www.cienciaestelar.org.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário