sexta-feira, 11 de outubro de 2013

O sexo nosso de cada dia

O tema sexo é considerado um tabu. Apesar disso é uma necessidade fisiológica, assim como se alimentar e respirar. Todas as pessoas precisam regularmente realizar atividades sexuais, caso contrário terá sérias conseqüências prejudiciais para sua saúde, tanto físicas quanto psíquicas.



Apesar de ser uma realidade natural de todo ser vivo o sexo é considerado um tabu. Tabu é algo instituído religiosamente e sua violação supostamente provocaria um castigo divino. Para Freud se trata de um sentimento coletivo sobre algo e que funciona como uma ponte entre uma questão biológica e outra questão cultural.

Talvez o maior tabu seja mesmo o sexo, visto que é por ele que se inicia e se perpetua a vida, assunto de natureza espiritual. Mas, existe uma grande diferença entre espiritualidade e religião. Religião é um conjunto de sistemas culturais e de crenças. Ou seja, a religião é de natureza mental, teórica, temporal, filha dos costumes e interpretações. Mas, a espiritualidade é de natureza mais abrangente e envolve vivências transcendentais ou metafísicas. Enquanto a religião tem como universo uma parte da vida humana, a espiritualidade afeta esta mesma vida humana como um todo, abrangendo não só idéias e pensamentos, mas também emoções, sentimentos, sensações e muito mais.

Apesar do pudor e da vergonha em se falar sobre sexo, no segredo da intimidade todas as pessoas percebem a grande importância do sexo em suas vidas, seja em uma visão negativa ou positiva. Alguns esoteristas afirmam que a vida gira em torno do sexo, nascemos e morremos pelo sexo, ganhamos dinheiro para ostentar belas posses e conquistar o sexo oposto. O assunto “sexo” sempre chama a atenção, tanto assim é que na prática do Marketing facilmente identifica-se o uso do sexo como “gancho” para chamar e prender a atenção das pessoas.



Mas, apesar de ser tão importante, natural e necessária a sexualidade geralmente é abordada com uma grande dose de preconceito, medo, moralismo e insegurança.

A sexualidade não se restringe ao ato sexual ou mesmo aos genitais, mas diz respeito á uma bioenergia que impulsiona as pessoas, lhes dá ou tira a confiança, o entusiasmo e a alegria de viver. É por isso que por milênios a humanidade teve uma divindade que simbolizava exatamente o prazer de se desfrutar a beleza e a harmonia de Deus presente na natureza a qual todos temos direito natural. Esta divindade era simbolizada como uma deusa em diversas tradições e culturas. Era a ela que as pessoas recorriam para conquistar e manter a alegria de viver em todos os sentidos.

Hoje os jovens vão às “baladas” com evidentes objetivos sensuais. Os homens não querem perder sua virilidade e as mulheres se interessam por alimentos afrodisíacos. O sexo é a alegria da vida, é natural e gratuito.



Mas, por algum tropeço interpretativo da humanidade o sexo se transformou em pecado, a mulher em símbolo deste pecado e o prazer ficou algo proibido ou somente concebível de forma secreta, oculta, escondida.

Isso nos tornou pessoas insatisfeitas, inseguras, carentes de alegria de viver, muitas vezes sem razão mesmo para viver. Afinal, viver para trabalhar e pagar contas é um verdadeiro martírio. Ou será que alguém discorda?

Sendo a fonte da vida, o sexo é fonte de juventude ou rejuvenescimento, o que tanto homens quanto mulheres buscam hoje em dia, semelhantemente ao que procuravam os alquimistas da Idade Média.

O sexo é algo que pulsa no interior de todo ser vivo, sendo assim é uma verdade pela qual se gera a vida, portanto é talvez o que há de mais sagrado em nosso corpo. Negar o sexo ou vê-lo como algo impuro é negar ou ver como impura a própria divindade tanto pessoal quanto o próprio Deus.

Está na hora de sermos mais francos, verdadeiros conosco mesmos e assumirmos nossa sexualidade sem medos, vergonhas ou receios. Precisamos caminhar livres de dogmas, preconceitos, tabus e doutrinas que cerceiam nossa realização pessoal e o natural fluir de nossas energias. Precisamos ousar reconquistar a alegria de viver, nossa liberdade e a paz interior. Precisamos retirar esta mortalha pesada e suja de cima da deusa do amor, da alegria, da harmonia e da vida material. Um dia algumas pessoas colocaram esta mortalha cobrindo e limitando nossa alegria de viver e muitos a perpetuam até hoje. Devemos lutar pelo nosso direito natural de sermos felizes e realizados, joviais e saudáveis. Precisamos resgatar a dignidade da condição da espiritualidade material, do Feminino Divino.


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