O número oito reflete o encontro de dois universos (uni –
versos, dois lados íntegros que são complementares ou antagônicos). Ele é
formado por dois círculos (símbolo sem lados que indica o infinito limitado à
sua realidade ou natureza própria). Então, ele traz consigo a ideia do ciclo de
materialidade e imaterialidade, de vida manifesta e vida imanifesta. Ou seja,
do conceito da transmigração das almas, conhecido também como da
“reencarnação”. Existem ilustrações que trazem uma cobra que com seu corpo forma
os dois círculos e ela acaba mordendo a própria cauda. Neste caso a cobra
significa a energia vital, o poder da vida. Em outras ilustrações esta cobre é
substituída pela figura de um dragão. A antiga cultura egípcia ensinava do fato
de que a verdadeira vida real é a que ocorre nos mundos espirituais, no mundo
regido por Osíris; que depois da vida, no processo de morte da pessoa e seu
caminho para o Amenti, a pessoa passa pelo julgamento de sua alma, julgamento
este do qual não se admite mentiras, enganos ou subterfúgios. O número oito
está diretamente relacionado com o compromisso com a Justiça e a Verdade e por
isso rege os ciclos cósmicos e a distribuição correta de sucessos e insucessos.
Se o número oito for inclinado em 90 graus ele se torna o símbolo do infinito[1]
e da eternidade[2],
fato facilmente compreensível se entendermos que representa a vida que flui e
continua tanto pelo mundo material quanto pelo espiritual, sem parar ou se
deter.
O Nove é o número mais elevado, considerando-se que o início
ou primeiro número é o zero e o último é o nove. Após o nove inicia-se a
reciclagem ou revolução dos números em oitavas superiores (mudança para melhor
de sua natureza, vibração e representatividade potencial). Sendo assim, o nove
representa o último estágio antes de uma mudança de estado, vibração ou
realidade. Por isso ele é considerado o número da “perfeição” dentro do
universo que representa. Para os caldeus o nove era um número divino. Este
número e sua simbologia ensejaram estudos profundos de Georgii Ivanovich
Gurdzhief[3]
e seu Eneagrama[4]. O
nove é escrito com o círculo, símbolo do infinito ou de Deus, elevado a mais
alta posição e sustentado por uma reta vertical, indicador da vibração
espiritual.
O número dez representado por um círculo e o número um indica
que um ciclo (círculo) foi completado e se elevou ou se iniciou um novo ciclo
numerológico, iniciando-se a partir do zero, novamente. Esta simbologia nos
remete ao conceito da espiral ascendente presente na estrutura genética,
galáctica e matemática. É algo semelhante ao que ocorre, por exemplo, com os
estudos: iniciam-se os estudos pelo primeiro ano escolar e completado o ciclo
(seja ele fundamental ou médio) logo se passa ao nível imediatamente superior
que novamente se inicia pelo primeiro ano ou período escolar sequencial.
O número onze, por sua vez retrata a realidade manifesta do
princípio do novo ciclo, uma unidade elevada acima da condição anterior. A
diferença entre o um e o onze é uma questão de potência, de força, de vibração
superior, de maior representatividade. Os zeros à direita então indicam esta
força ou potência superior. Quanto mais, melhor. Esta é a notação matemática
que difere as unidades, das dezenas, das centenas, milhares, etc.. O onze é o
um mais forte, vivendo uma realidade superior, mais transcendente em relação ao
um. Por esta razão o onze é indicado pelos esoteristas como sendo o número da
força e também do Guerreiro. Este Guerreiro, muitas vezes é o Mártir, é aquele
que executa as Leis de Deus, ou seja, o agente de ação da Justiça. A expressão
associada ao onze é “Querer é poder”.
“Todo homem que morre por uma ideia é um mártir, pois nele, as
aspirações do espírito triunfaram sobre os temores da carne.”