O Natal é uma festa pagã
É comum ouvirmos e lermos a expressão “O Natal é a festa
máxima do Cristianismo”, mas esta afirmação carece de fundamentos sólidos
dentro do cristianismo de Paulo de Tarso.
A “tradição” católica do Natal surgiu em 325 d.C., por ocasião
do concílio de Nicéia (o primeiro deles). Na época o imperador Constantino
queria “resgatar a unidade religiosa” de seu povo e aproveitou o avanço do
cristianismo católico para controlar seu império. Constantino era devoto de
Mitra, divindade solar persa que representava o bem e a libertação da matéria.
A primeira menção histórica a Mitra é de aproximadamente 3.400 anos, por volta
do século V a.C. Mitra passou a integrar o panteão do Zoroastrismo. Segundo o
historiador Heródoto Mitra era a deusa Afrodite Urânia (nome relativo às
estrelas). Desde a antiguidade o nascimento de Mitra era celebrado em 25 de
dezembro, festa denominada como “Natalis Invistis Solis”. Em Roma o culto a
Mitra em tese propiciava a imortalidade e era reservado apenas para os homens.
Não existem evidências sobre a data de nascimento de Jesus.
Na revista “Galileu” encontramos:
“Essa data foi fixada pela Igreja no primeiro dia do solstício de inverno do Hemisfério Norte”, diz o padre Maurílio Alves Rodrigues, doutor em Ciências Religiosas e diretor da Faculdade de Filosofia e Teologia João Paulo II... ... O solstício de inverno é exatamente o menor dia do ano no Hemisfério Norte (no hemisfério sul é o solstício de verão), a partir dele, os dias começam a durar mais do que as noites. Ele é interpretado como uma vitória da luz sobre a escuridão.
Além de Mitra (século I a.C.), no dia 25 de dezembro também
eram comemorados os nascimentos de diversas outras divindades anteriores a
Jesus: “Criança Sol” na mitologia Persa, Dionísio (século II a.C.) na mitologia
Grega, Horus (3.000 a.C.) na mitologia egípcia e Krishna (3.228 a.C.) na Índia,
Átis (1.200 a.C.) na Frígia.
Hoje adotamos toda uma simbologia natalina que nada tem de
católico ou mesmo do hemisfério sul. O “papai Noel” branco e gordo, vestido
como rei de inverno; renas, Árvore de Natal, guirlandas de vegetais, etc. Ora,
o “Papai Noel” é um remedo da simbologia divina, como Ancião dos Dias que
recompensa a boa semeadura com boa colheita. Este “Ancião” é encontrado quando
atingimos a Coroa Sefirótica ou Keher (composta por mundos simbolizados como
“bolas” luminosas) da Árvore da Vida (o simbolismo da “árvore” também é comum a
muitas religiões primitivas). As renas são tipicamente relacionadas com a
religião nórdica de culto à Grande Deusa e à Natureza sua manifestação e da
mesma forma as guirlandas de vegetais.
A simbologia toda de comemoração do Natal nos remete à
tradições pagãs da antiguidade e todas relacionadas ao hemisfério norte, sendo
que estamos no hemisfério sul. Para se ter uma ideia, deveríamos comemorar em
25 de dezembro o nosso “São João”, outra festa tipicamente pagã.
Como explicou Rodrigues na revista Galileu (leia acima), o
solstício de inverno é quando o Sol vence a escuridão e renasce (simbologia
pagã da renovação divina da vida). O que vivemos no solstício de verão (que é o
nosso 25 de dezembro) é exatamente o contrário, quando o Sol começa gradativamente
a perder sua força e é hora de se jogar no fogo o que não nos serve mais. Nesta
festa o costume de se acender fogueiras também está relacionado com o
compromisso do esforço humano em manter a luz e o calor da vida mesmo com o
distanciamento do Sol que se inicia. É quando o homem assume sua
responsabilidade em ser a fonte de amor, vida, saúde, harmonia e fraternidade como
Filho Divino do Sol. Ou seja, é o momento do exercício do sacerdócio solar do
amor incondicional e ilimitado. Este é que deveria ser o nosso “Natal”.
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