quarta-feira, 1 de maio de 2013

O Julgamento Final


O Julgamento Final


O assunto que mais incomoda o ser humano, talvez desde o homem das pedras, é a morte. Penso que o segundo assunto que mais possa preocupar o ser humano que considera a espiritualidade seja o tão difundido "Julgamento Final".
Nas diversas religiões existem descrições de como seria este julgamento que se entende ocorrer após a morte. Muitos acreditam ainda que este julgamento espiritual possa resultar em uma condenação eterna.
Apesar de que não é justo e nem espiritualmente coerente uma condenação eterna, o presente artigo versa sobre outro assunto. Deixemos a "condenação eterna" para outro artigo futuro.
A religião mitológica do Antigo Egito já representa o julgamento da alma por Anúbis. Outras religiões, inclusive as cristãs, também têm este julgamento que por vezes é utilizado por religiosos como argumento de coação para que os fiéis sigam suas orientações e doutrinas.

O fato é que quando realizamos algo que crie uma forte emoção em outra pessoa também somos envolvidos por isso. Desta forma, assim como a emoção fica gravada na alma da outra pessoa que recebeu (passiva) a ação também fica gravada na alma do agente a mesma emoção (ativa). A diferença é que para uma pessoa foi um fato ativo (agente) e para outra foi um fato passivo (quem recebeu). 
A alma é que guarda e leva as experiências para a eternidade e este é o fato que explica a conhecida Lei do Carma. Porém, com a alternância das vidas os papéis se invertem, quem foi agente se torna recebedor e vice-versa. Isso mantém a recorrência da situação vida após vida, as pessoas se reencontram e repetem o fato, invertendo sempre os papéis até que pelo menos uma das partes tome consciência e rompa aquele vínculo em especial.
O chamado "Julgamento Final" tem como elemento central a alma, simbolizada em muitas religiões pelo coração.
Na verdade, neste julgamento será "colocado na mesa" o que a alma tem em seu interior. De certa forma então é a própria pessoa, ou sua alma, quem se julga, "quem" se denuncia. Ou seja, em última instância é a própria pessoa que se julga e não um juiz, seja lá qual for. O que se pode concluir é que não se deve temer nenhum juiz em especial, mas saber exatamente o que se faz. Pois, assim como os grandes mestres ensinam: “faze o que quiseres, mas lembre-se de que tudo tem um preço a ser pago”.
O leitor pode me perguntar: "Mas, e o caso de pessoas como os psicóticos, que nada sentem? Como fica?”
Bem, realmente neste caso não se aplicará a chamada "justiça divina", pois se trata de um doente que não responde por si. Neste caso a justiça divina reside no fato de que somente com as emoções e sentimentos que nos diferenciamos de outros seres no sentido de que podemos aprender e evoluir, adquirir luz e consciência.
Ao experimentar emoções e sentimentos nas experiências da vida podemos evoluir, despertar a consciência e chegar à iluminação. Isso jamais vai acontecer com aquele que não tem sentimentos ou emoções. O interessante é que este tipo de pessoa não se preocupa em evoluir, pois já se credita evoluída e acima dos demais humanos, considerando as emoções e sentimentos verdadeiras fraquezas humanas.

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