quarta-feira, 15 de maio de 2013

Somos “mortos vivos”?


Os zumbis, mortos vivos, estão na moda na TV que exibe um seriado de sucesso com este tema. No seriado e em outros filmes sobre os zumbis existe sempre uma fuga angustiante, repleta de cenas chocantes. Mas, há algum paralelo com nossa vida comum para que pessoas gostem tanto assim do seriado e deste tipo de filme? Bem, creio que não é possível estabelecer uma relação tão direta, mas a meu ver podemos encontrar algum paralelo entre a “vida besta” que muitos de nós podem levar com a animação sem vida de um zumbi.
O que é “vida”? Por vida entende-se animação, existência, movimentação. Se assim for os chamados zumbis não estão mortos, mas sim vivos. Se ampliarmos, porém o conceito de vida eles já não se encaixam. O dicionário nos define vida assim: “O resultado da atuação dos órgãos que concorrem para o desenvolvimento e conservação dos animais e vegetais. Espaço de tempo compreendido entre o nascimento e a morte. Conjunto de condições (habitação, alimentação, vestuário etc.) socialmente necessárias à preservação do homem”. Outros diriam ainda que “para ter vida, um ser vivo precisa crescer, metabolizar, se movimentar, reproduzir ou não, e responder a estímulos externos”.


Mas, a vida é muito mais do que simples processos biológicos e comunicativos. Ter vida é ter ânimo, razão própria de existência, noção de se ser um ente único na infinidade, ter um objetivo ou motivo próprio, amar e ser amado, ter sua verdade interior e fazer a diferença, contribuir conscientemente para o desenvolvimento do meio onde se vive e buscar a realização pessoal. Esotericamente a vida é regida pelo Sol. O Sol nos ensina que somos cada um uma estrela diferente e importante na constelação em que vivemos. Mais que isso, que devemos brilhar e irradiar nossa luz interior iluminando quem esteja perto, levando a eles nosso calor, afeto, espiritualidade, proteção e saúde.
Também é moda “deixar a vida levar”, tem até uma música de sucesso assim. Se deixar se levar pela “vida” é não ter sentido próprio, não ter opinião e praticamente não ter ética alguma, coração ou sangue nas veias. Por definição é o mesmo que ser um zumbi. Existem pessoas que vivem para trabalhar, pagar contas, satisfazer a sociedade e seguir os costumes de um grupo para se sentir integrado. Isso não é vida, pelo contrário, é jogar fora esta magnífica oportunidade que temos de viver, experimentar, sentir e doar, aprender e se desenvolver.
Muitos, por medo das reações e conseqüências desconhecidas que um comportamento ou pensamento original pode gerar se acomodam na mesmisse apática da omissão e da “vida de gado” (ouça a música do cantor Zé Ramalho).
O “mito da caverna” de Platão retrata muito bem esta situação que deveria ser motivo de reflexão por parte de todos. Devemos todos nos sentir motivados a pensar e responder para nós mesmos: “Sou um zumbi moderno ou será que ousei sair da caverna e ser o protagonista de minha própria vida?”. Sugiro ainda que esta “meditação” especial seja feita ouvindo-se a música “Ouro de Tolo” do filósofo e cantor Raul Seixas. 


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