O símbolo em nossa vida cotidiana
Alguns artigos aqui publicados versam sobre símbolos e
alguns leitores podem questionar a validade de se dedicar tempo e reflexão
acerca de “coisas” abstratas, não concretas ou reais.
Mas, a importância dos símbolos não é o que são, mas sim o
que representam, principalmente as idéias e conceitos que significam e trazem
para nós. É como uma imagem religiosa que ela por si mesma nada mais é do que
gesso pintado (na maioria das vezes), mas que pode representar um importante
ícone religioso digno de fé e veneração por milhares de pessoas.
Além disso, enganam-se aqueles que imaginam seu mundo
“concreto” é isento do uso de símbolos. Uma das mais cruéis e fatais realidades
da atualidade é o sistema financeiro. Esta realidade financeira da qual não
podemos fugir tem como símbolo principal o dinheiro.
O que é o dinheiro? Um pedaço de papel pintado ou metal,
nada mais que isso. Antigamente o dinheiro tinha seu valor intrínseco, as
moedas de ouro valiam o seu peso em ouro, igualmente as de prata. Simples
assim. Agora o dinheiro na verdade é um tipo de “vale”, um símbolo de um valor
que por sua vez também é simbólico.
Antigamente o dinheiro em papel era um vale, mas tinha seu
valor lastreado em ouro guardado no Banco Central. Não é mais assim! Hoje o
dinheiro é na realidade um símbolo de confiança, nada mais do que isso. Está
estampado no dólar americano, moeda referência mundial: “In God We Trust”. Ou
seja, “acreditamos em Deus” tornou-se o slogam que lastreia a confiança
internacional daquela moeda referência. Tanto assim é que quando surge algum
escândalo financeiro o mercado “vira de ponta-cabeça”. Ou seja, quando a confiança é afetada os
valores podem se pulverizar da noite para o dia e lá se foi o valor das coisas.
Não existe nada mais essencial na vida atual do que
dinheiro. Pessoas morrem e pessoas matam por ele. A vida mundial tem por base o
símbolo de um valor, a representação da confiança em um governo ou sistema
financeiro.
Ou seja, por mais concreto que possa parecer, o dinheiro que
norteia a vida e o trabalho de todos é algo subjetivo, virtual, e muito
enganoso, visto que seu valor pode se alterar drasticamente a qualquer momento.
Nossa moeda mesmo, já mudou de nome e valor diversas vezes na história. Foram
réis, cruzeiros, cruzados, real, etc..
Isso não acontece com os símbolos que retratam as verdades
eternas que iluminam a humanidade. O dinheiro foi criado pelo homem e por ele
pode deixar de existir. Já as Leis Cósmicas Universais foram criadas por Deus,
antes mesmo do homem existir. Estas Leis cósmicas são eternas e imutáveis. Apesar
de parecerem abstratas por sua simbologia tratar de questões de natureza
aparentemente não tangível, falam da realidade nua e crua plasmada nos diversos
planos da Criação.
Devemos refletir sobre esta questão. Devemos pensar o quanto
algo é realmente sólido e seguro e o quanto ele é frágil e passageiro em nossas
vidas. Muitas vezes construímos nossa casa sobre terreno inseguro sem perceber,
apenas porque outras pessoas também o fizeram.
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