Os movimentos sociais e o esoterismo
Ao ler o título deste artigo a pessoa pode logo se
perguntar: “Mas, o que o esoterismo tem a ver com os movimentos sociais?” Tudo!
Absolutamente tudo.
Em diversos artigos já afirmamos anteriormente que o
verdadeiro esoterismo não está nos livros, dentro de templos ou escolas, mas
sim na vida cotidiana de todos nós. Esoterismo é vivência, sentimentos,
compreensão.
A despeito do ceticismo de grande parte da população o fato
é que estamos vivendo um momento de profundas mudanças de antigos paradigmas,
hábitos, costumes, práticas que não eram antes questionadas. Trata-se de um
processo evolutivo que acontece com as massas e reflete a mudança de
consciência geral.
Para muitos os tempos atuais estão piores, mas na verdade os
problemas sempre existiram, a diferença é que agora são divulgados, conhecidos
e ocorrem em uma escala maior visto o aumento da população e da economia.
Sempre existiram favorecimentos, ganância, mortes, violência, pedofilia, etc.
Temos o privilégio de sermos testemunhas históricas de uma
grande mudança da humanidade. Esta mudança surge de dentro de todos nós na
forma de uma grande, profunda e inevitável insatisfação. Mas, esta insatisfação
não aparece com um motivo claro, evidente, um foco específico. Então as pessoas
começam a “procurar culpados” em todos os lugares, que possam ser
responsabilidades por seu sentimento de infelicidade, de insatisfação e de
frustração. Os primeiros “escolhidos” são os familiares. Depois a insatisfação
tende a atingir o universo profissional e os chefes em geral, pois se entende
que eles deveriam resolver todas as questões. Chega um momento em que se
questionam os líderes políticos em geral.
Na verdade a insatisfação e a frustração afeta a todos nós,
desde o mais simples popular até o mais elevado dos cidadãos de uma nação. É
importante observar que os movimentos sociais ocorrem no âmbito municipal,
estadual, nacional e também internacional. Este é o momento que toda a
humanidade passa, capa povo vivencia a seu modo, elege as questões que julga
ser a fonte da insatisfação, mas trata-se de uma questão antropológica, que talvez
transcenda a questão sociológica.
O tempo do patriarcado está no fim, já não é mais tempo para
gurus e santos místicos que dizem o que devemos fazer. Já não é mais tempo dos
salvadores da pátria e dos heróis. Não haverá mais um líder para conduzir a
massa rumo à terra prometida, à felicidade e à paz. Isso fica claro quando se
procura um líder dos movimentos sociais e existe uma grande dificuldade ou
mesmo impossibilidade de encontrá-lo.
A grande liderança desta nova era é a consciência, a
verdade, a justiça. Mas, muito além da verdade ou justiça social, esta
liderança que surge diz respeito à verdade interior, ao conceito pessoal de
justiça e correção aos quais cada um de nós deve abrir espaço. São as pessoas,
na intimidade de suas vidas particulares, que devem mudar hábitos e valores.
Aonde esta insatisfação chegará? Bem, a sabedoria esotérica
nos assinala que o objetivo desta insatisfação é o próprio indivíduo. Ele deve
parar de projetar para fora de si a responsabilidade de suas insatisfações,
parar de exigir uma atenção especial como uma criança. Quando exigimos da
família direitos, atenção especial e flexibilidade nas responsabilidades estamos
agindo com imaturidade. Quando temos este tipo de comportamento na sociedade
indiretamente estamos exigindo privilégios especiais e um comportamento
patriarcal dos governos. Ora, nenhum governo deve privilegiar quem quer que
seja, todos devem ser iguais, ter seus direitos e também deveres e todos devem
contribuir para o bem geral, ninguém pode se escusar disso.
A reforma que a humanidade precisa e que ocorrerá de uma
forma ou outra é a reforma pessoal e interna, de valores, princípios,
prioridades, conceitos e práticas. Devemos nos abrir para a maturidade e a
consciência de que as vidas de todos nós estão interligadas e por isso o
momento é de consciência individual e social.
Sejam todos bem-vindos à Era de Aquário!
* Filie-se na Academia Ciência Estelar!
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