terça-feira, 12 de março de 2013

O Cristo Cósmico


O Cristo Cósmico


Para falarmos sobre o Cristo Cósmico se faz necessário definir antes dois conceitos que aparentemente já são de conhecimento geral: o que é o Cristo e também o que é a consciência crística.

Talvez a grande maioria das pessoas confunda Jesus com o Cristo. É importante que fique claro que a pessoa Jesus atingiu a consciência crística e assim se tornou o Cristo. A figura do Cristo existe desde a Criação. Ora, se Ele é o Filho do Pai Eterno, então também é eterno. Mais que isso, Ele também é divino, Onipresente e infinito. Ou seja, o Cristo não pode estar contido apenas no corpo de um homem, não pode ser morto ou sofrer tentações, não pode ter existido apenas em determinado lugar e tempo, para uma única cultura e povo. Jesus é unanimidade no mundo esotérico de que foi o mais exaltado mestre espiritual de todos os tempos e sim atingiu a consciência crística com todos os louvores e direitos.

A palavra “Cristo” vem do grego “Khristós” e significa “ungido”. Esta palavra por sua vez é uma tradução do hebraico (língua e cultura anterior à grega) “Masiah” (messias em português). Conforme nos ensina a Wikipedia, a palavra Cristo é um título[1]. Por sua vez, o conceito judaico do “messias” é de “um descendente do Rei David que irá reconstruir a nação de Israel e restaurar o reino de David, trazendo paz ao mundo”[2].

Observa-se que a ideia central do verdadeiro conceito cristão é de PAZ E HARMONIA PARA O MUNDO (todo). Ou seja, não se localiza e nem se limita a um lugar geográfico, a uma determinada religião e nem mesmo a uma fé ou prática específica.

Compreende-se então que a consciência crística ou cristã não é egoísta, sectária, exclusivista, elitista ou mesmo preconceituosa. Pelo contrário, a verdadeira e original consciência crística é universal, coletiva, abnegada, solidária, fraterna, misericordiosa. Nela não cabem pensamentos, sentimentos ou atitudes de perseguição, julgamentos, preconceitos, anátemas, etc. A verdadeira consciência cristã ou crística é semelhante à de um pai amoroso que sempre compreende a limitação de seu filho, procura perdoar seus erros e orientar rumo ao crescimento e ao desenvolvimento. Este pensamento esteve presente nas mais diversas culturas e tradições do mundo antigo e primitivo. Esta é a mensagem que os “emissários” de Deus ensinaram ao homem desde sua criação.



Se o conceito de Cristo é coletivo, seu suposto contrário seria o isolamento, o sectarismo, o fechamento da alma e a solidão contra tudo e contra todos. Por isso se diz que o sentimento central de Cristo é o amor, que a tudo une, perdoa, orienta e envolve, ao passo que o sentimento supostamente contrário é o medo que nos fecha, nos torna inflexíveis, frios, distantes e extremamente agressivos.

Em última instância, a união que a consciência crística pode nos proporcionar é a união com o próprio Pai Celestial, Deus, princípio e origem de tudo e de todos. Ou seja, a evolução pode levar a criatura a se unir com o Criador, mas com uma diferença: esta criatura que em sua origem era inconsciente ela retorna ao Pai consciente de suas potencialidades e características, ou seja, retorna consciente do quanto tem em si do Pai e então da extensão e propriedades do Pai em todos os sentidos, planos e manifestações.

Como exalta um texto na Internet, nós não devemos nos vestir da consciência crística somente aos domingos ou na Páscoa[3].

Cristo e sua consciência nos levam para o amor incondicional e o compromisso para com a evolução daqueles que precisam de mais consciência. Isso nos conduz à prática da doação, da abnegação, do serviço e da entrega de sua vida a esta missão magnífica.

Cabalisticamente o nível crístico ou o estado de consciência crístico se origina na séfira Hochmah, da Árvore da Vida, no Mundo da Emanação. Nesta região celestial está o Arcanjo Raphael que concede a Glória (Hod). De lá é que vem o Logos Solar. O centro de atuação desta energia no Mundo da Criação é Tiphereth que por sua vez tem a vibração relativa ao planeta Vênus. Conforme os ensinamentos Gnósticos repassados pelo mestre Samael Aun Weor o sacrifício pela humanidade confere ao ser a iniciação venusiana e este é o caminho rumo à luz, este ser então atingiu o “segundo nascimento”. Forçosamente para que a energia ou consciência crística (ou cristã) chegue à Malkut (universo onde vivemos) no Mundo Manifestado tem como passagem Yesod, o Fundamento, no Mundo da Formação.

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terça-feira, 5 de março de 2013

Entre Deus e o homem

Normalmente a intermediação entre Deus e o homem é confundida com o sacerdócio. Mas, nem sempre o sacerdócio é necessariamente a intermediação espiritual. Isso acontece porque existem religiões que não aceitam esta intermediação, então o sacerdote é na verdade um propagador da religião em si, um divulgador e orientador, um doutrinador.
Em épocas de escolha de novo Papa (católico) esta questão de um homem supostamente “santo”, representante e intermediário entre o homem e Deus vêm à mente. Nesta rápida introdução já se perceberá que não é todo tipo de religião que tem um “papa” ou senhor supremo e autoridade terrena representante de Deus.
Entre Deus e o homem, historicamente se colocam as religiões e os religiosos. O conceito de “pessoa santa” ou intermediário ungido traz consigo a exigência da experimentação da teofania que significa a manifestação de Deus em algum lugar ou pessoa: “É uma revelação ou manifestação sensível da glória de Deus, ou através de um anjo, ou através de fenômenos impressionantes da natureza”[1]. Historicamente pode-se indicar como tendo vivido teofanias: Buda, Moisés, Maomé e outros.  Uma das mais importantes teofanias conhecidas é a manifestação do Senhor a Moisés, quando o exortou a liderar a fuga do povo hebreu do Egito, conforme relatado em Êxodo 3.



Supondo-se que uma religião seja teísta (que acredita em um ou mais deuses), quanto à “característica divina” ela pode ser: monoteísta (acredita na existência de somente um Deus e ponto final, nada mais habita o “céu” junto com Ele), politeísta (acredita na existência de diversos deuses) ou mesmo henoteísta (acredita na existência de diversos deuses, mas com uma liderança suprema).
Quanto à concepção divina, a religião pode ser: panteísta (a natureza e Deus são a mesma coisa, tudo e todos compõem um Deus abrangente e imanente); panenteísta (o universo está contido em Deus ou nos deuses, mas o todo é maior do que as partes); pandeísta (Deus precede o Universo, sendo o seu criador e, ao mesmo tempo, é sua Totalidade); monista (unidade da realidade como um todo - não existem realidades separadas) e, finalmente, deísta (admite a existência de um Deus criador e a realidade de um mundo completamente regido pelas leis naturais sem interferência divina).
Observa-se que os deístas acreditam em um Deus que não interfere na vida humana. Estes não reconhecem pessoas ou livros “inspirados” por Deus, dogmas ou tradições. Eles abordam a questão divina com razão e lógica. Para eles Deus se manifesta através das leis da natureza. Sendo assim, para os deístas não existem sacerdotes ou rituais, nem anjos ou demônios, nem castigo nem prêmio. São nomes de destaque no deísmo: Aristóteles, Galileu Galilei, Isaac Newton, Thomas Hobbes, John Locke, Jean Jacques Rousseau e Voltaire.
No século XVI dentre outras reformas religiosas houve a Reforma Protestante, origem das igrejas evangélicas, levada a cabo pelo monge alemão Martinho Lutero. Esta reforma aconteceu em razão dos excessos cometidos pela autoridade católica e seu afastamento das origens. Questões de natureza sexual, financeira, política e de qualificação deixaram grande número de religiosos desgostosos. Lutero condenou o culto às imagens e revogou o celibato. João Calvino, na França, propôs que a salvação da alma ocorreria pelo trabalho justo e honesto e também defendeu a ideia da predestinação (existência do destino).
Como reação ao movimento protestante a Igreja Católica instituiu a catequização dos povos descobertos pelos jesuítas, a retomada da Santa Inquisição e a criação do índice de livros contrários a ela e proibidos de serem lidos.
A síntese das propostas de Lutero pode ser encontrada nas cinco “solas”: Sola Scriptura (a escritura sagrada é a única autoridade espiritual reconhecida) – nega que a experiência pessoal possa ser veículo de revelação; Solo Christus (a vida e morte de Cristo é o único caminho para a salvação) – nega que esforços pessoais façam diferença; Sola Gratia (a salvação só acontece por graça divina) – o ser humano é um pecador decaído condenado; Sola Fide (fidelidade incondicional à Cristo) – nega qualquer mérito pessoal humano; Soli Deo Gloria (dedicar sua vida à glória de Deus por meio de Sua salvação) – nega a possibilidade de auto realização individual.
Citamos os principais conceitos religiosos conhecidos tanto para conhecimento do leitor quanto para estimular uma profunda reflexão sobre o tema: o quê você concebe existir entre o homem e Deus? Qual dos caminhos assinalados lhe parece mais adequado para você e sua família? E, você acredita que possa existir um único e universal representante de Deus na Terra?


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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Deus criou o homem e este criou o diabo

O homem herdou do Criador uma grande e importante capacidade criativa. Unindo pensamento e emoção focados em um único objetivo somos capazes de criar coisas, ou melhor, lançamos as sementes que podem germinar no futuro.

Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, principalmente no que se refere à capacidade criativa. Desde que o homem descobriu o fogo e a roda sua inventividade veio se desenvolvendo de uma forma constante.  A capacidade criativa do homem não reconhece limites e isso ocorre não somente no universo empresarial ou comercial, mas também no social e religioso. Os marginais também estão cada vez mais criativos em seus golpes.

Lá atrás, na época das antigas e primitivas civilizações, não existiam as modernidades de hoje. Não havia televisão, celular, tênis ou carros. Também não existia a figura do diabo. Naquele tempo somente existiam os deuses de todo tipo de coisa (deus da chuva, deus da justiça, deus do amor e muitos outros, até deus da morte), mas não existia a figura do diabo como um ser contrário a Deus.

A imaturidade humana sente necessidade de culpar outro ser por suas mazelas, fracassos, falhas, imperfeições, etc.. Assim, apesar de não ter fundamentação bíblica, no Torah ou no Alcorão, grandes religiões foram evoluindo e adaptando conceitos para formar o conceito e a figura do diabo. Mas, em meados do século VII a.C., na Pérsia, Zoroastro[1] (ou Zaratustra) concebeu o Masdeísmo ou Zoroastrismo que tem a figura de uma divindade maligna que combate em igual condição e poder outra divindade benigna[2]. Esta era uma religião que hoje muitos podem rotular como pagã e não cristã. Ou seja, se o cristianismo, o judaísmo ou o islamismo hoje têm a figura do diabo, estas religiões o adotaram do paganismo, o que combatem feericamente.

Podemos ver hoje religiosos que falam mais do diabo do que de Jesus ou de Deus. Se contarmos às vezes que estas palavras (diabo – ou correlato, Jesus, Deus) saem de suas bocas veremos que estes religiosos são na verdade sacerdotes do diabo, pois o divulgam, enaltecem seu poder, sua força e sua esperteza – estão sintonizados nele e fazem do diabo sua razão de existir e força de trabalho. E, como sabemos, quando mais falamos do diabo, mais força lhe conferimos, mais poder e influência. É nosso poder criativo em ação!

O site da Enciclopédia Aberta chamada Wikipedia traz interessante texto quanto ao assunto:

... A figura de Satã é desnecessária, afinal, Javé é responsável pelo mal. A falta de um dualismo radical entre o bem e o mal explica-se pela exclusividade de Javé.
... Além disso, tanto a Reforma Protestante, quanto a Contra-Reforma Católica utilizaram-se da figura do Diabo de forma crescente para justificar seus esforços de salvar os ameríndios. Deve-se notar as profundas transformações sofridas pelo Diabo no período moderno, pois era o Diabo quem servia o ser humano até o século XV, entretanto, a partir desta data, o papel se inverte e o homem torna-se servo do Diabo.
... Segundo Alfredo dos Santos Oliva, a figura do Diabo é indispensável ao cristianismo por que tem o objetivo de ser um princípio oposto a Cristo. Se a mensagem básica do Novo Testamento é a salvação do homem através de Cristo. Cristo Salva o homem do Diabo, logo, se o Diabo é omitido, marginalizado, a missão salvadora de Cristo perde seu sentido.

Ora, dizer como Alfredo dos Santos Oliva que Jesus precisa do diabo caso contrário perde o sentido é um absurdo de enormes proporções! Dizer isso é dar mais importância ao diabo do que a Jesus!



Nós precisamos crescer, assumir a responsabilidade por nossa vida, realização, saúde, paz e felicidade. Precisamos deixar de procurar terceiros para colocar a culpa de nossa incapacidade e imaturidade. Precisamos fazer isso para que tenhamos lucidez, consciência e condições para vermos a vida como ela realmente é; conceber a verdade e assim decidir e julgar corretamente.
Afinal, você acha justo Deus ter-nos criado, dado uma vida e um magnífico planeta para vivermos, nos oferecer a possibilidade de evoluirmos nos aproximando cada vez mais Dele e nós, como retribuição, criamos uma figura para combatê-lo? Isso é justo? Isso é correto?
Então, você irá continuar acreditando e falando no diabo? Você está colaborando para construir um mundo melhor ou fazendo coro com aqueles que o querem destruir só por sadismo?

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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

A comodidade de ser dominado

Já sabemos que exercer o domínio através de mentiras, manipulação de emoções, crenças ou moralismo é algo que prejudica a evolução de ambas as partes. Por isso esta prática quando identificada é prontamente execrada pela opinião pública. Mas, e o outro lado? Porque grande número de pessoas aceita este tipo de dominação?
Quando somos dominados se as coisas não derem certo temos a quem culpar. Também não precisamos nos esforçar para entender, formar opinião e assumir a responsabilidade de decisões tomadas. É muito cômoda a posição de ser dominado. Assim temos como viver a vida sem preocupações sobre decisões importantes e responsabilidades a cumprir, principalmente acerca de assuntos muito delicados e complexos.
Um exemplo claro é a análise de notícias que envolvam a economia e a política. Tendemos a preferir noticiários que dão a notícia acompanhada de um comentário. Certamente os comentários oferecidos são feitos por pessoas experientes no assunto. Mas, nos esquecemos de que toda pessoa tem lá suas próprias crenças, valores, tendências, preferências e formação. O que é bom para o outro pode não ser adequado para nós. Então, quando aceitamos a análise, o julgamento e a decisão de outra pessoa nós estamos optando por algo que desconhecemos.
Mais do que confiança, muitas pessoas percebendo que têm um problema muito grave procuram um verdadeiro “salvador da pátria”, uma pessoa que lhe prometa um verdadeiro milagre: resolver seus problemas com o mínimo de custo ou sofrimento de sua parte. Esta situação é mais séria ainda. Afinal, sabemos que não existem “milagres” e que tudo na vida tem um custo. Quanto maior o “milagre” prometido maior o custo a ser pago. No final, o tal “milagre” não acontece, já teremos pago caro e ainda estaremos nas mãos do dito “salvador da pátria”.



Mas, esta dependência de terceiros ocorre por um fenômeno comum: nosso desejo de conforto, segurança, pouco esforço e excesso de confiança. Juntam-se a inocência com a preguiça e está pronta uma pessoa altamente manipulável.
É comum a preguiça de pensar por si mesmo. Isso exige muito esforço, dedicação, estudo e reflexão. Apesar de termos inteligência e capacidade de raciocínio a tendência é de comodismo, de não compromisso com o aprendizado. Isso é fácil observar nas escolas. As crianças repetem seus pais e a grande maioria está na escola ou faculdade apenas para “ter o canudo” exigido pela sociedade. Muitos só querem as notas, detestam o compromisso de ter que ir assistir às aulas, fazer provas, aguentar um professor que dá exercícios e trabalhos. Alguns professores e empresários do ensino percebendo isso se adaptam e “vão na onda” daqueles que só querem pagar para ter uma graduação. Os professores mais comprometidos com sua sagrada profissão são considerados chatos, “caxias” e ultrapassados.
Mas, isso não é por mal. A grande maioria das pessoas não teve exemplo e nem orientação de que precisa crescer, evoluir, se desenvolver. Mais ainda, não aprenderam que crescer e evoluir são coisas individuais e que ninguém pode fazer isso por nós. Nada substitui o esforço próprio. Não é possível comprar consciência, espiritualidade, evolução, amor, sabedoria, paz.
A grande massa tende a se comportar como uma criança de colo, totalmente aberta e dependente de seus pais que a protegem, lhe dão conforto e cuidam de seu futuro. Esta grande massa é formada por pessoas sinceras, frágeis, ingênuas, de conteúdo delicado e na maioria das vezes repletas de boas intensões e sentimentos. Por isso abusar delas é um verdadeiro crime, por isso manipulá-las é algo extremamente errado e prejudicial.
Esta característica ocorre em diversos campos na vida de todos nós. Existem aqueles que são verdadeiras raposas para ganhar dinheiro, mas são cordeiros quando o assunto é espiritual. Outras são espertas no plano afetivo, mas totalmente frágeis no que se refere a dinheiro.
Mas, conscientes disso devemos nos posicionar, devemos tomar uma atitude. Para crescer, evoluir, despertar a consciência e sairmos da condição de massa dominável é preciso que rompamos com a preguiça de pensar, com o medo de assumir posicionamentos e decidirmos por nós mesmos e também com o medo de assumirmos a responsabilidade sobre o nosso futuro. Precisamos sair da zona de conforto, da condição de dependência e ousar viver plenamente por nós mesmos e não mais culpar outros por nossos problemas, decepções, sofrimentos e erros. E, principalmente, devemos saber que quem irá “salvar a nossa pátria” somos nós mesmos.


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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

As armas para a manipulação da humanidade

As armas para a manipulação da humanidade


Sabemos que todos nós temos o poder de criar coisas. Mais ainda, que apesar da genialidade ou criatividade estar no plano espiritual ela segue a orientação de nossas almas. Sabemos que quando alguém une pensamento e sentimento em uma só ideia ela então está usando seu poder criativo. Mas, muitas vezes pessoas espertas manipulam nosso poder criativo.

Um exemplo flagrante de manipulação da produção da massa religiosa humana é a figura do Diabo. Se você parar para pensar, mas pensar mesmo, analisando os argumentos com lógica, sem paixão ou dogma, perceberá que o conceito de Diabo vai contra a lógica espiritual pregada por diversas religiões, inclusive a católica e outras evangélicas. O dogma é uma ferramenta de dominação:

Dogma é uma crença ou doutrina estabelecida de uma religião, ideologia ou qualquer tipo de organização, considerada um ponto fundamental e indiscutível de uma crença. O termo deriva do grego δόγμα, que significa "aquilo que aparenta; opinião ou crença", por sua vez derivada do verbo δοκέω (dokeo) que significa "pensar, supor, imaginar".

Um dogma é um assunto proibido de ser questionado. Uma crença é algo muito pessoal e que baseia em suposições não fundamentadas, caso contrário seria uma certeza e não crença. Uma doutrina é uma interpretação pessoal ou crença que foi transformada em objeto de ensino a outras pessoas, um convencimento geralmente sem fundamentação ou argumento lógico. Por ideologia se entende visões de uma pessoa ou grupo, ou seja, também é uma ideia subjetiva e passiva de forte influência dos paradigmas e interesses pessoais. Crenças, doutrinas, dogmas, ideologias e religiões muitas vezes são magistralmente manipuladas com o objetivo de dominação e alienação da consciência humana, estes tipos de “ferramentas” podem ser habilmente utilizadas para levar pessoas que humildemente aceitam a opinião alheia sem questionar ou ousar ter a sua própria e assim são facilmente conduzidas ao fanatismo. O mais habitual é que quando é de seu interesse os manipuladores se utilizem de conceitos morais estimulando o emocional das pessoas e sua boa vontade para afastá-las da razão e do senso crítico que a libertaria.

Verificar informações por si mesmo, construir sua própria opinião sobre um determinado assunto é algo que realmente demanda esforço, vontade, determinação e em alguns casos até mesmo exige coragem para mexer em um assunto no qual acreditamos por toda a nossa vida e sobre o qual existem muitos outros conceitos apoiados. Ou seja, se mexer com ele irá mexer em muito mais coisa. Por outro lado, pensar por si mesmo pode ser perigoso no sentido que irá contra o esforço de domínio exercido por aqueles que detêm o poder utilizando o convencimento de massa.



Em nenhuma escritura sagrada primitiva tradicional existe a figura de um ser com poder para ir contra Deus. Acreditar no contrário é o mesmo que admitir que Deus não seja Onipotente. A lógica é bem simples, qualquer raciocínio diferente disso é subterfúgio ou sofisma:

... Então a realização da humanidade perfeita, segundo o ideal dos sofistas, não está na ação ética e ascética, no domínio de si mesmo, na justiça para com os outros, mas no engrandecimento ilimitado da própria personalidade, no prazer e no domínio violento dos homens. Esse domínio violento é necessário para possuir e gozar os bens terrenos, visto estes bens serem limitados e ambicionados por outros homens. É esta, aliás, a única forma de vida social possível num mundo em que estão em jogo unicamente forças brutas, materiais. Seria, portanto, um prejuízo à igualdade moral entre os fortes e os fracos, pois a verdadeira justiça conforme a natureza material exige que o forte, o poderoso, oprima o fraco em seu proveito...

Sofisma é uma mentira, propositalmente maquiada por argumentos verdadeiros, para que possa parecer real; é uma argumentação falsa, com a aparência de verdadeira. Tapeação; burla; falácia; logro; ardil. Sofisma (do grego antigo "fazer raciocínios capciosos") em filosofia é um raciocínio aparentemente válido, mas inconclusivo, pois é contrário às próprias leis. Também são considerados sofismas os raciocínios que partem de premissas verdadeiras ou verossímeis, mas que são concluídos de uma forma inadmissível ou absurda. Por definição, o sofisma tem o objetivo de infundir uma ilusão de verdade a algo, apresentando-a sob esquemas que aparentam seguir as regras da lógica.

Exemplos de sofismas:

Quando bebemos álcool em excesso ficamos bêbados.
...quando estamos bêbados dormimos..
...enquanto dormimos não cometemos pecados.
...se não cometemos pecados vamos para o céu.
Conclusão: para ir para o céu devemos estar bêbados.

Imagine uma fatia de queijo suíço todo cheio de buracos.
...quanto mais queijo mais buracos.
Cada buraco ocupa o lugar no qual deveria ter queijo
...portanto quanto mais buracos menos queijo.
...Quanto mais queijo, mais buracos e quanto mais buracos menos queijo.
Conclusão: quanto mais queijo menos queijo.


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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

O poder criativo humano


 “Eu declarei: Vós sois deuses, todos vós sois filhos do Altíssimo” (Salmos, 82:6).


Normalmente não nos temos em alto conceito. Até por educação religiosa crescemos com o conceito de que somos pecadores, imperfeitos, falhos, etc.
É claro que comparados à Perfeição todos carecemos de melhorias, aperfeiçoamento, desenvolvimento, maturação e crescimento. Mas, a despeito disso nascemos com um poder que raríssimas pessoas se apercebem e dão valor. Nascemos todos nós, indistintamente, com o poder de criar coisas.

Esta criação ocorre nos planos psíquicos, mentais (geralmente associados à criatividade dos artistas e gênios inventores, por exemplo). Uma inovação científica, uma nova forma de resolver um problema matemático, uma nova receita de comida ou uma incrível obra de arte sempre surgem no interior das pessoas, em suas mentes ou universo psíquico. Mesmo este texto existiu antes na mente de seu autor para depois ser “traduzido” na forma de letras, palavras e frases formando um enunciado de ideias. A natureza deste universo psíquico é sutil, intangível, imensurável, subjetivo. Ou seja, a genialidade ou criatividade não pertence ao mundo tangível, mensurável, constatável, reprodutível. A genialidade ou criatividade pertence ao plano sutil ou espiritual.



Mas, apesar da genialidade ou criatividade estar no plano espiritual ela segue a orientação de nossas almas. Nas almas residem não somente as experiências, conhecimentos e compreensões já vividas e conquistadas, mas também e principalmente nosso direcionamento ou abordagem perante a vida. Muitas vezes esta realidade interna está mascarada por uma conduta externa que engana até mesmo a própria pessoa. Por exemplo: a pessoa pode frequentar regularmente uma igreja, se dizer e repetir frases prontas “do bem”, mas se ela está sintonizada, se ele se identifica e constantemente pensa, fala e assiste coisas relativas ao lado tido como “do mal”, internamente esta pessoa se direciona para este “lado”.

Quando alguém une pensamento e sentimento em uma só ideia, conceito, vontade ou ação ela então está usando seu poder criativo. Se esta pessoa sente e pensa mal de alguém e ainda fala ou faz algo neste sentido ela está criando e projetando uma energia semelhante para aquela pessoa em particular. Depois não adianta se dizer arrependida ou que “foi sem querer”. Ela já projetou sua energia negativa e está feito, não tem mais volta. O que esta pessoa pode fazer é rever sua posição, direcionamento e conceitos. De nada adianta ir à igreja e em casa ficar assistindo ou ouvindo programas sobre desgraças, brigas familiares e ainda fazer fofoca, calúnia ou julgamentos sobre a vida alheia.

Precisamos ter consciência e responsabilidade sobre tudo que pensamos e sentimos. Precisamos direcionar conscientemente nossa energia criativa para que não colaboremos para criar monstros, demônios ou “acidentes” que sem nossa participação não existiriam ou seriam menos poderosos. Com nossa criatividade podemos construir ou destruir uma imagem de uma pessoa, seja ela um parente ou um desconhecido. E, esta construção ou destruição podem muito bem não estar de acordo com a realidade, com a verdade e, principalmente, com a justiça que todos nós temos direito. Com este poder é possível criar um mito de algo que na verdade é uma mentira e podemos também destruir um ser nobre e elevado disseminando mentiras sobre ele.

Isso é algo muito sério! Mais sério ainda se pensarmos que no futuro seremos julgados por tudo aquilo que fizemos, por como utilizamos os dons recebidos pela vida e por Deus. Nosso poder criativo é um dom divino que todos temos. O que exatamente estamos fazendo dele? Aquele que afirma não saber é porque está “ao sabor da vida” e pode estar sendo usado por outros mais espertos que usam as pessoas inconscientes para que construam para eles algo de seus interesses pessoais e mesquinhos.

Quando um pai ou uma mãe fala com seu filho, com uma grande carga de sentimento e pensamento, este progenitor está construindo um futuro, uma realidade para seu filho. O mesmo acontece entre o casal, ou ainda entre um empresário e seus funcionários. Ou, ainda, quando nos olhamos no espelho, bem fundo de nossos próprios olhos e dizemos coisas para nós mesmos. O que estamos realmente criando? Uma vida melhor? Ou mais dor, sofrimento e tristeza? Como estamos usando o nosso poder divino de criação? No que você está investindo sua energia criativa?

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

A Re Volta dos Anjos


A Re Volta dos Anjos


O conhecimento cristão nos ensina diversas coisas de natureza espiritual, muitos ensinamentos encontram-se na Bíblia. Mas, nem todos eles têm como fonte este livro sagrado e incontestável por dogma católico definido por papas na Idade Média (dogma este que as demais religiões cristãs aceitam e também adotaram). Uma questão que nos chega e que não está na Bíblia é sobre a Revolta ou Revolução dos Anjos.
Consta que anjos, liderados pelo “Diabo” se revoltaram contra Deus, Suas ordens e Vontade. Que esta “revolta” os trouxe para nosso planeta e aqui eles fizeram toda sorte de “coisa errada”; que foram julgados por outros seres espirituais mais elevados e condenados.
Esta estória pode ser encontrada nos registros e livros tidos como relativos à Enoque. Este personagem bíblico foi o avô de Noé. Ao que consta Enoque não morreu, foi levado por Deus para os céus. Os supostos “anjos caídos”, ou rebeldes, pediram a Enoque, que era limpo e puro, para que intercedesse por eles junto aos anjos superiores clamando perdão e assim Enoque saiu de sua condição de simples humano para se encontrar com seres espirituais muito mais evoluídos e poderosos do que os que viviam na Terra.
Esta interpretação de anjos que se revoltam contra a Vontade de Deus é um absurdo. Se Deus é Onipotente, Onisciente e Onipresente nada, absolutamente nada, acontece sem que Ele saiba, sem que Ele queira, sem que Ele participe. Então, o mínimo que se pode pensar é que ou estes “anjos” não eram entidades espirituais e assim como nós tinham lá sua porção de livre-arbítrio, ou então que tudo ocorreu conforme o Plano Divino, sob total conhecimento e aquiescência de Deus.
Discussões sobre as razões ou verdade à parte, o fato é que esotericamente sabe-se que este fato conhecido como “Revolta dos Anjos” aconteceu na Era de Leão (uma Era equivale a 2 milênios e um pouco mais de um século). Após a Era de Leão vieram as Eras de Câncer, Gêmeos, Touro, Áries e a Era de Peixes iniciada por Jesus. Agora estamos para ingressar na Era de Aquário, Era astrologicamente diametralmente oposta à Era de Leão. Os fatos se “repetem” de certa forma. Mas, não existe erro eterno, não existe condenação eterna, não existem coisas imperdoáveis. Caso contrário o “Erro Eterno” seria um segundo Deus, tão eterno e perfeito quando Deus. Este é o grande equívoco humano: cultuar uma ideia que possa se contrapor a Deus. Isso não existe!



Agora, na Era de Aquário, aquilo que foi feito de errado será redimido e redimido de uma forma justa e perfeita. “Aqueles” que de alguma forma prejudicaram a nossa humanidade, que de alguma forma interferiram alterando nossa evolução natural e espontânea, agora serão os responsáveis para nos ajudar a sair da condição em que nos encontramos. A primeira coisa que farão é exatamente colaborar para que entendamos que nada vai contra a Vontade de Deus, que não existe nenhuma entidade espiritual que seja contrária a Deus, Suas Ordens, Vontade e Sua Obra evolutiva cósmica. Ou seja, se eles “erraram” isso é patente de seres ou entidades de alguma forma imperfeitas, ainda em estado evolutivo e que não são Deus em absoluto! O passo seguinte e concomitante é ajudar a nossa humanidade a “limpar” seus conceitos, costumes, paradigmas e tradições de desdobramentos mínimos desta ideia dicotômica e uma possível luta divina entre um suposto mal e o bem. Podemos não perceber, mas estes conceitos duais estão presentes em simples raciocínios de nosso dia-a-dia e prejudicam nossa evolução, decisões e caminhar.
É chagado o momento da nova revolução ou revolta dos supostos “anjos” e são eles mesmos que lideram este movimento evolutivo para que nossa humanidade retome seu caminhar, agora em uma condição especial que nos foi outorgada exatamente por esta miscigenação com estes seres superiores. Se outrora estes “anjos” fizeram coisas contrárias à Vontade de Deus, agora eles trabalham a favor desta Vontade, de forma potente e acelerada porque mais do que para nós, estes “anjos” também precisam e querem a sua redenção e evolução. Pelo que nos fizeram no passado, estes seres têm agora sua evolução dependendo da nossa e estão plenamente conscientes disso. Se antes éramos apenas humanoides, agora por causa destes “anjos” temos também o “sangue das estrelas”. Com a ajuda deles a humanidade terrena tem por destino ocupar um lugar de igual direito na assembleia formada pelos mundos e civilizações do universo afora. A Re-Volta já começou, quem ficar preso a ideias, conceitos, costumes, hábitos e paradigmas antigos estará atrasando sua evolução e atrapalhando a evolução daqueles que estão ao seu lado. Vamos todos juntos voltar ao Céu!

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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

A Plenitude da Mulher (e da Humanidade)



Um dos principais ensinamentos implícitos nas mensagens e experiências dos últimos tempos nos fala sobre a necessidade da plenitude da mulher.
Plenitude é uma palavra que tem significado muito próximo à “perfeição”.
A história recente e lembrada da humanidade é contada e dominada pelos homens. Foi a era do patriarcado no qual o homem é quem dominou e mandou. Mas, não foi sempre assim. Na história que não é contada, antes do patriarcado, houve o matriarcado quando as mulheres dominavam e até mesmo a imagem de Deus era feminina e não masculina como é hoje.
Mas, o tempo passou e o domínio feminino foi substituído pelo domínio masculino. As duas fases nas quais um sexo esteve acima do outro marcaram importantes experiências destes sexos, tanto como dominador, quando como dominado. É importante termos ambas as vivências para conhecermos “os dois lados da moeda” e assim poderemos atingir a verdade e a sabedoria que está além e acima da polaridade.
No recente período do patriarcado a mulher foi considerada até mesmo sem alma, inicialmente não teve direito a participar das decisões, foi símbolo do mal, chamada de bruxa, queimada na fogueira e sempre estava “atrás de um grande homem”. Ela era considerada apenas uma parideira, não tinha direito até mesmo ao prazer, a ser feliz ou mesmo a ter sua vida e carreira própria. O homem medieval concebeu a mulher dividida: uma era o símbolo da mãe imaculada e a outra era a prostituta do mal, uma era Eva e a outra Lilith. Uma era parte de si mesmo (uma “costela” sua) e a outra foi criada em iguais condições e seu amor secreto. Relacionar-se com uma parte de si mesmo é o mesmo que praticar o sexo solitário que apesar de dar prazer não é tão satisfatório quanto feito com a energia complementar.
Como você pode perceber, as coisas estão mudando já faz um tempo. Hoje as mulheres já votam, podem ter sua própria carreira, chegam até mesmo a ser presidente(a) de países importantes (Israel, Inglaterra, Brasil e Argentina são exemplos recentes).
O próximo passo da evolução sexual não é mais de supremacia de um sexo sobre o outro. Agora o feminino que adquiria a sabedoria por viver os dois lados da moeda do poder caminhará lado a lado, em iguais condições ao masculino que também já adquiriu sua compreensão por viver as situações de dominado e de dominador.



Mas, para concluir sua plenitude a mulher precisa cumprir uma etapa que só ela mesma pode se proporcionar. A plenitude traz consigo a ideia de inteireza. Ou seja, enquanto ela não se permitir ser e viver tudo o que tem dentro de si não será inteira. É claro que para que este processo possa ocorrer é importante que o masculino compreenda esta necessidade e permita que aconteça. Desta forma ambos serão beneficiados. Afinal, o masculino deseja e necessita do feminino pleno para que ambos, juntos se completem perfeitamente em busca da Perfeição Divina e da harmonia cósmica a ser implantada em nosso plano e planeta.
As mulheres precisam observar seu interior psíquico e se permitirem ir além de receios, inseguranças, limitações. Devem saber que tudo o que existe em seu interior se está “aparecendo” na forma de desejos, necessidades, imaginação, sentimentos ou impulsos é porque está vivo e como algo vivo é algo divino e deve ser vivido plenamente. De forma sábia, madura e consciente, a mulher precisa se permitir e assumir, colocar para fora e viver esta vida que está em seu interior e que esteve reprimida por tantas gerações. Somente assim ela poderá se sentir plena, feliz, realizada, satisfeita e perfeita. Somente assim ela poderá completar perfeitamente o homem e juntos viverem a plenitude da humanidade, quando não mais existirá dominador e dominado, luta entre o espírito e a matéria, entre o bem e o mal, quando a humanidade viverá compreendendo que a noite e o dia necessariamente se alternam sem que um seja melhor do que o outro, assim como o inverno e o verão, como a dor e o prazer, a morte e a vida.
Nós homens não somente precisamos abrir espaço para esta mulher plena em seus direitos de vida como devemos sim estimular que isso possa acontecer. É uma questão de justiça e mais do que isso, é uma necessidade para que também nós possamos ser felizes com uma mulher que nos complete plenamente, em todos os sentidos e formas, sem restrições ou limitações.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

O início da volta para o Pai

Ano Novo, vida nova! Tudo na vida é feito de ciclos. Nada é estável, fixo, tudo é cíclico, tudo na Criação e na Natureza segue um Projeto Maior definido por Deus. Já sabemos que não existe uma fonte de trevas, uma fonte de maldade ou uma entidade igual e contrária a Deus. Assim, tudo emanou Dele e tudo para Ele retorna[1]. Se a Era de Leão foi o marco de início deste nosso universo, da conhecida Rebelião dos Anjos, então agora na Era de Aquário é a Era do Retorno, da Rerrevolução dos Anjos.
Sabe-se que o amor é a única e maior força que existe na Criação e também que não existe condenação eterna. Sabe-se também que Deus é Justo, Amoroso, Misericordioso. Tudo que existe foi emanado Dele e a Ele tudo retornará. Então, o que é conhecido como “Mal” também é motivo de criação por parte de Deus, também é motivo de Seu amor e misericórdia. Se toda a Criação faz parte da Magnus Opus Dei, o Grande Projeto de Obra de Deus, o “mal” também está inserido em seu contexto como importante exercício do livre arbítrio. É importante destacar que se não houvesse livre arbítrio não haveria mérito algum. Por outro lado, o suposto “mal” serviu como um “corretivo” para os afastamentos das leis divinas, uma verdadeira “polícia” que denunciava os desvios e afastamentos para com Deus e Suas Leis.
Mas, a Era de Aquário é marcada pelo alinhamento das forças e princípios da Criação. A partir desta grande era iremos construindo uma vida sem as antigas contradições entre bem e mal, certo e errado, luz e trevas, masculino e feminino, forte e fraco, vencedor e perdedor, positivo e negativo. Ao invés de se digladiar ente si estas forças se unirão para atingir um objetivo maior. Pela força do Amor e da Harmonia o positivo se unirá com o negativo para que a luz seja acesa, o masculino se unirá com o feminino para gerar uma nova vida, o certo e o errado se união em sabedoria e compreensão e a humanidade compreenderá que é o silêncio (entre as notas) que dá graça e sentido a uma sinfonia, assim como compreenderá que é a sombra que nos permite ver as imagens, pois sem a sombra tudo seria luz e nada poderia ser distinguido, tudo seria uma luz só misturada e complexa.



Sabemos que se Deus é Onipotente, Onisciente e Onipresente nada pode acontecer sem que Ele saiba, que Ele aprove e que Ele participe. Então, o conceito de uma entidade contrária a Deus é um equívoco de raciocínio, lógica e de interpretação. Pelo contrário, esta força que foi condenada por séculos é a verdadeira responsável pelas provações e consequentemente pela evolução da humanidade. Nas escolas os exercícios e as provas são necessários para o aprendizado, o mesmo ocorre nos esportes. Por mais que não gostemos dos exercícios, desafios e provas, precisamos compreender definitivamente que são justamente eles que fortalecem o nosso espírito e testam nossa determinação, coragem, valor e princípios. Observe leitor que a dor é importantíssima para nos informar de que a harmonia foi perdida por alguma razão e que precisamos tomar alguma atitude para que tudo volte “aos trilhos”.
Talvez possamos dizer que a Era de Aquário será marcada definitivamente pela harmonia e pela união entre ciência e religião, entre emoção e pensamento. É em Aquário que verdadeiramente haverá o encontro amoroso entre os princípios masculino e feminino, em encontro definitivo entre os co-regentes da Criação, entre o Rei e a Rainha alquímicos.
Está iniciado o processo de retorno, de volta, dos anjos, tanto dos chamados “bons” quanto dos chamados “maus”. Afinal, andar com as duas pernas ou trabalhar utilizando os dois braços (o direito e o esquerdo) é muito mais fácil e natural de que utilizando apenas um deles. Se abdicarmos da parte esquerda ou da direita de nosso cérebro deixaremos de ser uma pessoa saída, equilibrada e perderemos nossa condição evolucional.
Reflita então, caro leitor, sobre estas questões e decida caminhar de forma aquariana e se unir àqueles que já iniciaram seu processo de retorno a Deus e à plenitude da vida e da existência.



[1] Conhecido como a Respiração de Brahma, a Criação segue um ciclo que se inicia com algo semelhante ao científico Big Bang (ou buraco branco, ou , ainda, um quasar), de onde tudo é “expelido” e a partir daí tudo vai se conformando e se organizando de forma coerente, seguindo leis cósmicas determinadas. Isso ocorre até que o universo atinja seu “horizonte de evento”, ou ponto máximo de expansão, a partir daí ele começa um movimento contrário de contração sobre si mesmo, pela força da atração, até tudo se fundir em um grande buraco negro. Este processo astrologicamente se inicia em Leão, passa então para Câncer, depois para Gêmeos, Touro, Áries, chega a Peixes e então ao signo oposto de Leão que é Aquários. Estas são as Grandes Eras ensinadas por Platão.

Além do Bem e do Mal




Do ilimitado surgem inúmeros mundos, e estabelece-se a multiplicidade; a gênese das coisas a partir do ilimitado é explicada através da separação dos contrários em consequência do movimento eterno. Para Anaximandro o princípio das coisas - o arché - não era algo visível; era uma substância etérea, infinita. Chamou a essa substância de apeíron (indeterminado, infinito). O apeíron seria uma “massa geradora” dos seres, contendo em si todos os elementos contrários. Anaximandro tinha um argumento: o ar é frio, a água é úmida, e o fogo é quente, e essas coisas são antagônicas entre si, portanto o elemento primordial não poderia ser um dos elementos visíveis, teria que ser um elemento neutro, que está presente em tudo, mas está invisível.
... uma unidade primordial, da qual nascem todas as coisas e à qual retornam todas as coisas.

Anaximandro de Mileto[1] (611-547 a.C.) 



Da Unidade Primordial surge a multiplicidade e a Ela retorna.
Assim como de Deus surgiu toda a Criação também Nele será seu final.
A convivência com os contrários serve para a experiência da vida e principalmente para o exercício do livre-arbítrio. São nas escolhas que se diferem as pessoas, que percebemos seu caráter e mérito.
A chamada “Guerra entre o Bem e o Mal” nada mais é do que o resultado de uma interpretação equivocada, uma consciência limitada da vida e seus ensinamentos para nós.
Há pessoas que abominam a chamada “mão esquerda”. Então, porque estas pessoas não amputam seus braços e mãos esquerdos? Houve tempo em que a mulher era sinônima do mal. Será que estaríamos aqui hoje se muitas mulheres não tivessem sobrevivido a esta ideia equivocada? Aqueles que ainda pensam assim (que a mulher é um agente do mal) estão dispostos a remover total e absolutamente a mulher de suas vidas, como pregam? Estarão eles dispostos a se afastar de sua mãe, irmã, esposa, filha? Talvez para estas pessoas seja conveniente se mudar de país porque o Brasil no momento é presidido por uma mulher!
Na Física atômica sabemos que a união ou fusão entre o próton (carga positiva) e o elétron (carga negativa) resulta em um nêutron (carga neutra). Da mesma forma, o uso da eletricidade só ocorre se promovermos de alguma forma o encontro entre os polos positivo e negativo: acendendo uma lâmpada, fazendo girar um motor, etc.



Organicamente falando temos dois hemisférios cerebrais e o coração é dividido em duas partes por um septo. Exigem órgãos que são duplos: ouvidos, pulmões, rins. Será que aqueles que renegam o “lado esquerdo” estão dispostos a abrir mão do lado esquerdo destes órgãos? Afinal, não foi Deus que assim os fez? Será que estes que condenam o lado esquerdo se julgam melhores, mais inteligentes, mais espertos e mais perfeitos do que Deus?
Como seria possível se ver as estrelas se não houvesse a escuridão? Como seria possível ouvir a beleza de uma música se não houvesse o silêncio entre suas notas musicais? Como seria possível distinguir as formas, enxergar algo, se não houvesse as sombras? Como seria possível nos locomovermos se não existir o que nos parece imóvel?
Em termos de Física é impossível separarmos a eletricidade do magnetismo. São forças ortogonais sim, mas inseparáveis. Da mesma forma não se separa homem de mulher, luz de sombra, etc. Na verdade são as duas faces de uma só verdade, de uma mesma moeda.
Quem condena os efeitos do suposto “mal” não percebeu que é exatamente da alternância entre os opostos que a vida se mantém. Observe nosso andar. Se estivermos sempre em equilíbrio não existe caminhar, ficaremos fixos, parados eternamente. Mas, se nos desequilibrarmos um pouco e formos alternando nossas pernas esquerda e direita, bem aí sim haverá um caminhar.
É interessante observar que a humanidade deu grandes saltos em momentos que supostamente imperava o “mal”: as guerras.
Na saúde a malvada dor nada mais é do que um alerta nos avisando de que algo está errado, em desarmonia, no organismo e que devemos tomar alguma atitude.
Muitos gostariam de viver sem dor, sem o mal, sem as trevas, etc. Se assim Deus lhes permitisse seriam pessoas imperfeitas, sem possibilidade de evolução ou crescimento. Estas pessoas viveriam em um dia eterno, sem noite; caso se machucasse não o saberiam e poderiam morrer em consequência de coisas simples, viveriam isoladas de tudo e de todos na falsidade de uma ilusão de perfeição; estas pessoas não veriam nada porque tudo seria uma luz cegante; não se locomoveriam, não ouviriam nada ....
Eu prefiro poder ver as estrelas, ouvir uma boa música, ter a noite para dormir na companhia da mulher amada e saber que ainda posso evoluir muito, crescer e aprender.

'Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal.'
(Nietzsche)

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O Circumponto como resultado do Casamento Alquímico


Recebi um conhecimento e passo agora a partilhá-lo.

Talvez para aqueles que não estejam praticando o processo alquímico este texto possa parecer confuso, complexo demais e até mesmo contraditório. Mas, para aqueles que estão vivenciando a Obra este texto pode contribuir de alguma forma.



Habitualmente o circumponto é encontrado na Astrologia e na Alquimia como o símbolo do Sol. Por sua vez, o Sol é símbolo da realização, da Luz, da Justiça, da Verdade e do Amor.

É também comum encontramos a simbologia da Lua como contraparte do Sol e seu complemento. Mas, existe uma diferença hierárquica grande entre eles. Enquanto o Sol é o centro de nosso sistema planetário a luz é um satélite do pequeno planeta Terra, onde vivemos. Como pode um satélite ser a consorte de uma estrela se nem um planeta o é?

Os movimentos astronômicos em nosso sistema é realizado na forma de uma elipse (algo próximo ao oval) e não circular como se pensa. O movimento circular tem um centro, já o movimento oval tem dois centros ou focos.

Em Astrologia, o movimento circular da Lua em torno da Terra tem o nosso planeta como um dos focos e no foco vazio considera-se o ponto conhecido por Lilith, a chamada “Lua Negra”.

Mitologicamente (veja a tradição judaica de onde surgiu o cristianismo conhecido e antes dela a tradição mesopotâmica de onde veio o judaísmo) existem duas “mulheres” na criação do Paraíso: primeiro Lilith (feita do barro, assim como Adão) e Eva (feita da costela de Adão).

Toda a Criação pode ser considerada “feminina” se levarmos em conta que é a Natureza Naturada. Afinal, Ela é fecunda e recebe de bom grado as sementes para germinar e procriar. Até mesmo o pensamento mais elevado ainda pertence à Criação e portanto à Natureza.

Então, os focos vazios podem ser considerados partícipes do Imanifesto, da espiritualidade que existia antes da Criação, do “Fiat Lux”, na grande Noite Cósmica, antes de Deus criar os céus e a terra. Se a Criação é em essência dual (separou-se céus e terra, terra e água, luz e trevas) sua origem imanifesta é então a Unidade Primordial.

O movimento da Terra em torno do Sol, tem esta estrela como um de seus focos. No foco “vazio” então podemos conceber que seja o local do Sol Negro, dos antigos magos e alquimistas.

No processo alquímico conhecido por Casamento Alquímico, que ocorre entre o Rei e a Rainha (magos que atingiram o domínio ou regência de si mesmos) simbolicamente representa o encontro entre o Sol e a Lua, que por sua vez indicam as naturezas espiritual e material.

Então, se o casal de magos que realiza o Casamento Alquímico promove a fusão no processo final da Pedra Filosofal chamado “Coniunctio” realiza este processo nos planos material e espiritual, ou seja, promove a fusão entre Lilith e Eva, os sóis Negro e Iluminado, das Duas Colunas sobre as quais se apóia todo o edifício do Templo de Deus (referência dos templos erguidos pelos sacerdotes de todos os tempos).

Se estes alquimistas desconhecerem ou não considerarem o trabalho com os aspectos imanifestos jamais atingirão o ápice do processo.

Até porque, quando os dois focos, tanto lunares quanto solares, se aproximam o suficiente para que seus horizontes de evento se toquem formando o símbolo do infinito (ou da eternidade) é quando ocorre o chamado processo de despertar da consciência. É quanto o passado e o futuro se unem no eterno presente, momento este simbolizado pelo mitológico Janus Bifronte ou pela Águia Bicéfala. Neste momento os mundos manifesto e imanifesto perdem seus limites e inicia-se o processo de divinização da Criação.

Alquimicamente cria-se então o hermafrodita divino, Adan Cadmon, o “filho do homem” porque foi este que o criou com seu esforço, conhecimento, disciplina e método.

Adan Cadmon é o Homem Cósmico, Aquele que representa a Árvore da Vida, o Cristo.

Então, este processo culminará na fusão dos dois focos em um só ser, da fusão dos aspectos manifesto e imanifesto em um só ser, do concebível e do inconcebível em um só ser, do divino e do humano em um só ser.

Simbolicamente então haverá somente um só centro, um só foco, uma só origem da qual emana toda a Criação, toda a vida, seja ela manifesta ou imanifesta, material ou espiritual.

Qual a diferença entre Tarot e Astrologia?

  Qual a diferença entre Tarot e Astrologia?   Com mais de 40 anos de exercício profissional, percebi que é comum as pessoas não saberem...