quarta-feira, 26 de março de 2014

A dor da perda – Visão iniciática

A dor da perda – Visão iniciática

Mensagem de Equinócio de Outono 2014 – Academia Ciência Estelar

Se Deus nos criou para sermos felizes, porque há infelicidade? Existe uma divindade responsável pela nossa dor? Para evoluir precisamos necessariamente sofrer? Se Deus é amor e o amor é a força maior que a tudo une não parece legítimo ou natural o desencontro, o afastamento, o rompimento. Ou será o amor a fonte da dor? Existem pessoas e seres que acreditam que o sentimento e a emoção são verdadeiras fraquezas humanas e que se deve afastar delas para que se mantenha o equilíbrio, a razão e o poder.



As passagens dolorosas da vida são as que ficam guardadas com maior nitidez e tempo em nossa memória. Geralmente elas estão associadas a perdas. Existem diversos tipos de perdas, como as de algum bem material, emprego ou estabilidade, ou, ainda, de pensamentos, ideias, conceitos e preconceitos. Porém, as dores por perdas mais legítimas, esotericamente falando, estão relacionadas a pessoas queridas. Os laços de relacionamentos é a essência da vida humana neste planeta Terra. Estes laços se estabelecem por simpatia, identificação e principalmente pelo amor.



Deus em essência é Imanifesto, está em tudo e em nada ao mesmo tempo. Só podemos percebê-Lo em sua forma manifesta ou emanada que é a Natureza e como Natureza Deus é reconhecido como “a Grande Deusa”. Tudo que foi criado guarda em seu âmago ou interior uma fagulha divina que lhe dá vida e existência, esta coerência ou organização divina que está presente até mesmo no mais simples átomo é a manifestação física e tangível da transcendental força do amor. Assim como Deus, obviamente, o amor se manifesta desde as mais elevadas esferas até as mais inferiores e interiores. O afastamento deste amor promove a desintegração, a desorganização e a pulverização das coisas.

Pelo Zen Budismo aprendemos a olhar a Natureza como exemplo e ensinamento divino, afinal Ela reflete em si a realidade divina de forma evidente e tangível. Esta magnífica Deusa (ou Deus Manifesto) nos mostra claramente a natureza divina da qual fazemos parte e podemos aprender com Ela como nos conduzir na vida de forma harmônica e evolutiva.
Temos na natureza ciclos que se mostram evidentes por ocasião das estações. O Outono é tempo da colheita, do resultado daquilo que fizemos, realizamos e plantamos nas estações anteriores. A colheita é o objetivo da semeadura e também necessária para que os campos férteis estejam disponíveis para a nova semeadura e assim perpetuar a vida. Para que a vida se mantenha é necessária à sucessão das estações de semeadura, de maturação, de colheita e de preparo da terra. Por mais que gostemos de uma estação, seja ela a primavera ou o verão, a vida não existirá se a natureza não se renovar.



A colheita em si é um processo de morte, visto que quando se colhe o produto da terra se está decretando sua morte, pois se o deixássemos no campo certamente sua vida seria muito mais longa. Mas, necessitamos da colheita para nosso sustento. Aqui está evidente a nítida associação entre a vida e a morte, o mesmo processo tanto representa a vida quanto à morte, são faces diferentes de um mesmo mistério. Ninguém sofre pela colheita, mas porque sofremos pela perda? O mistério vida/morte é uma porta ou portal que separa etapas distintas. Este é o mistério do “Ano Novo” esotérico (no hemisfério sul), do Equinócio de Outono.

De fato, aprendemos que o ciclo da Natureza preserva a vida e que a morte não existe na Criação Divina. O que existe é sempre um reciclar, uma renovação, uma transformação, uma sucessão de estados, realidades, consciências e vivências que visam o aprimoramento contínuo da Criatura. Por trás deste mistério, aprendemos que Deus ou Tudo que foi Criado (a Grande Deusa) está em constante transformação ou processo alquímico de melhoria e elevação. O conceito de estabilidade ou fixidez não é coerente com a Criação e sim com o Incriado (Deus). Mas, nós não entendemos isso e é aí que reside nosso equívoco e fonte de sofrimento e dor. A ilusão ou desejo de perpetuação de algo ou alguém é contrária à realidade da Vida que é mantida pelos ciclos e transformações constantes.

Se olharmos nosso sistema solar podemos perceber que os planetas não estão todos grudados um ao outro e estáticos. Pelo contrário, existe certa distância entre eles e todos guardam suas próprias peculiaridades orbitais bem distintas uns dos outros. Os planetas estão livres para seguirem suas rotas, cada qual de sua forma específica, bem diferente dos demais. A “estabilidade” do sistema solar é dinâmica em sua natureza, caso contrário toda a vida estaria prejudicada ou mesmo inviável.

Um mestre ensinou que é agradável admirar a beleza e a fragrância de uma bela flor em um jardim ou no campo, mas que muitos por desejar possuir somente para si aquela flor a cortam para levar para suas casas e assim decretam sua morte antecipadamente. Ele refletiu que se a flor fosse deixada lá onde nasceu viveria muito mais, seria fonte de alegria, prazer e admiração para muitas outras pessoas e assim cumpriria melhor sua missão de existência.



Quando a vida, de alguma forma, nos afastar de alguém devemos pensar: E se eu forçar para manter esta pessoa ao meu lado e isso significar seu sofrimento? Não será melhor eu ver esta pessoa longe, mas feliz e viva do que ao meu lado triste e caminhando para a morte? Será que o que me prende a esta pessoa é amor verdadeiro ou apenas sentimento de posse? Estarei eu querendo dar um passo além em minha evolução ou continuar do modo como estou?

A vida é um mistério evolutivo e devemos nos abrir constantemente às mudanças, nos desapegar e deixar que a vida exista, caso contrário a estaremos abreviando. Este “abrevio” por razões egoístas tanto prejudica a outra vida lesada quanto também a nós mesmos que desejamos sua perpetuação exclusiva. Se deixarmos a flor no canteiro todo dia poderemos admirar a flor e seu perfume, mas se a levarmos para casa isso não durará mais do que um dia.

Precisamos aprender que nada e tudo é nosso ao mesmo tempo, porém não exclusivamente. A Criação é de todos e para todos, indistintamente. Devemos deixar de ver a Vida a Criação de forma egoísta e compreender que tudo e todos fazem parte de um grande sistema evolutivo e que existe uma Razão ou Sentido Original (que não está ao nosso alcance) que a tudo anima e impulsiona.

Nossa missão é compreender que devemos seguir esta Razão ou Sentido Original, mesmo que não o compreendamos, e que isso é o melhor que podemos fazer em nossas vidas e, ainda, que é por este caminho que evoluiremos e contribuiremos com a evolução à nossa volta, que viveremos e seremos promotores da vida. Afinal, somente quando aprendermos dar valor à vida é que teremos direito de gerar mais vida, tanto em nós mesmo quanto à nossa volta. Talvez se respeitarmos o mistério da flor que nasceu no campo ou no jardim tenhamos o mérito para ganhar sementes e plantá-las na janela de nossos próprios quartos.
Em nossa “viagem” por esta vida, em algum momento encontramos pessoas que caminham juntos conosco por algum tempo, mas assim como os planetas, cada qual tem seu próprio mistério e caminho a seguir e é natural que os deixemos partir. Devemos respeitar tanto o mistério de cada um como também e principalmente o mistério da Razão ou Sentido Original da Vida nomeado normalmente como Deus. Não querer ou permitir o desenlace da caminhada em comum desvia a ambos de seus caminhos. No final, o “custo” pela manutenção egoísta e inconsciente da companhia sai muito caro para ambas às partes, podendo ser o diferencial entre a vida e a morte física (processo material de novo ciclo de vida) para alguma ou ambas as partes.

Certamente existem pessoas e seres mais “resistentes” a “fragilidade” do apego. Estes seres e pessoas por não se permitirem ter emoções e sentimentos também se tornam “imunes” à dor e ao sofrimento. Mas, ao mesmo tempo decretam também sua imunidade à alegria e à felicidade. Mais que isso, ignoram que ignoram (não percebem que desconhecem) que se distanciaram da Razão da Existência que é a compreensão do divino mistério do Amor e dos relacionamentos que ocorre no palco da Criação (no seio da Grande Deusa). Este tipo de pessoa ou ser jamais adquirirá a sabedoria ou o mistério de ser um ser humano, com emoções e sentimentos, que adquiriu mérito por compreender o amor além da miséria do egoísmo. Por isso mesmo os humanos que vivem e desvendam o mistério do amor serão espiritualmente muito mais do que aqueles que não sentem ou fogem de sentir algo.

O “poder” que estes seres e pessoas tanto almejam carece de razão ou sentido, acaba sem graça. É como querer ter todas as bolas do mundo de forma que mais ninguém possa jogar futebol e assim se decreta o isolamento e a solidão. É o que acontece com o capitalismo e o culto do acúmulo de riquezas. Chegará um momento em que pelo fato do dinheiro estar nas mãos de uma pequena minoria da sociedade deixará de ser essencial para este sociedade que será obrigada a renovar seus valores considerando o coletivo, o interesse da grande maioria. De que adianta a colheita ser volumosa e ficar em grandes silos, sendo que o povo está passando fome? É natural então que este povo tome iniciativa de realizar seu próprio cultivo para manter sua vida e existência.

A colheita só tem sentido se for do interesse coletivo, para suprir as necessidades do povo. A riqueza só tem sentido se for para gerar distribuição de renda, emprego, e mais riquezas. Ela não é para ser guardada no cofre de apenas uma pessoa ou família.
O ser humano não consegue produzir riqueza alguma sem o uso de matérias primas que têm suas fontes na Grande Deusa Natureza. O princípio da Natureza é coletivo e não exclusivista. O gênio humano nada é sem o concurso e respeito à Grande Deusa.

Estamos vivendo momentos de evidente falência do capitalismo, falência da concentração de renda e do problema que é o egoísmo e apego humanos. Somos testemunhas de uma grande mudança de paradigmas sociais quanto ao respeito à Natureza. De alguma forma todos sentimos que devemos mudar nosso relacionamento com o Feminino Universal do qual como criatura material que somos fazemos parte essencial e somos compostos.
Cabe-nos olhar a vida com outros olhos, olhar para nós mesmos com outros olhos e abrir mão dos apegos, deixar a vida seguir seu rumo, fazer nossas colheitas e preparar o campo para novas semeaduras. Por mais que isso possa parecer doloroso, será muito melhor e leve do que se nos mantivermos apegados às situações atuais. Devemos valorizar a vida como ela é: livre. Somente assim ela, a vida, poderá nos sorrir com novas sementes e renovação contínua.

“O Espírito renova incessantemente a vida manifesta”



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quarta-feira, 12 de março de 2014

O Plano Cósmico para o planeta Terra

Filosoficamente o homem se pergunta há séculos “Quem sou, de onde vim, para onde vou?”. Neste artigo abordamos estas questões voltadas para nosso planeta, para nossa humanidade terrestre. Muito se fala da evolução, mas coletivamente existirá algum plano para o futuro de nosso planeta? Nossa humanidade terá um papel especial no cenário sideral?

Visando provocar reflexões e principalmente lembranças, tentaremos resumir de forma clara, simples e didática um assunto extremamente profundo, sério, complexo e importante. As fontes das próximas informações são diversas canalizações de Guias Estelares, com origens distintas, textos antigos interpretados por estudiosos gabaritados e pesquisas no plano espiritual. É importante que fique claro que não temos a pretensão de afirmar que o que aqui será exposto é uma verdade absoluta. Certamente existem outras formas de se explicar os mesmos fatos e realidades.

A constituição da humanidade, assim como do ser humano individual, deve ser considerada nos três planos: espiritual, planos sutis e físico.

A Fonte ou Criador é coerente e Suas obras têm objetivos e razões específicas. Então é de se supor que a criação da humanidade em nosso planeta também siga esta característica.
Em um dado momento da eternidade a Fonte e seus Criadores espirituais decidiram gerar um ser dotado de livre-arbítrio. Antes isso não existia, era algo originalíssimo. Esta “novidade” se deu pelo fato de que se queria que os seres evoluíssem ainda mais do que o ponto no qual eles comumente chegavam. Por um lado foi uma revolução positiva, mas também gerou uma revolução negativa. Isso porque somente os novos seres criados com livre-arbítrio é que poderiam ascender além dos limites conhecidos, o que gerou protestos e insatisfações de alguns “antigos” que foram criados nos moldes anteriores. Afinal, somente os “novos” seres poderiam chegar a serem superiores aos seus criadores!



O livre-arbítrio pressupunha que o novo ser poderia escolher entre seguir as Leis Cósmicas Universais ou não. É claro que haveria severas consequências com relação a esta opção, mas exatamente por existir a opção um mérito extra e especial seria gerado ao se seguir as Leis Cósmicas Universais espontaneamente, por livre escolha e consciência. Mas, para se acentuar este mérito, era necessário que houvesse estímulos ou atrações para o desvio das Leis, afinal as consequências disso eram terríveis. Desta forma, alguns “antigos” que não estavam contentes com a novidade foram autorizados e incumbidos a cumprir esta missão, de serem elementos de estímulo e motivação humana terrestre para contrariar as Leis Cósmicas Universais.

Assim definido, passou-se então para a etapa da Criação propriamente dita a ser realizada com seres já criados e existentes nos planos sutis da Criação. Uma necessidade vital surgiu para uma civilização de seres extraterrestres que os trouxe até o planeta Terra em busca de minério no plano físico. Para cá veio toda uma expedição destes seres que se estabeleceram e trabalharam. Porém, o trabalho era árduo e constante o que lhes levou a buscar alternativas. A solução encontrada era terem ajudantes locais, que pudessem não só ter força física quanto também compreender as ordens e orientações destes seres extraterrestres. Foram então inspirados a criar um novo ser utilizando-se da hibridação genética de sua própria raça com um hominídeo daqui do plano físico do planeta Terra. Este novo homem terreno se mostrou muito engenhoso, interessante e perigoso, porém mereceu o respeito de seus criadores que decidiram por não exterminá-lo e acompanhar sua evolução.



Hoje nossa humanidade terrestre está a um passo para fazer parte consciente da Federação Galáctica. Fomos convidados a participar conscientemente da Fraternidade Branca Universal. Mas, para tal precisamos despertar nossa consciência quanta à nossa realidade, o que somos, de onde viemos e qual o nosso papel neste cenário cósmico.
A Fonte e os Criadores espirituais determinaram que aqui na Terra se instalasse uma Embaixada Estelar, orientada pelos criadores dos planos sutis, mas exercida por humanos tridimensionais. O objetivo desta Embaixada é tanto promover a evolução e a consciência dos humanos da Terra quanto facilitar o contato com outros povos estelares, informando claramente os requisitos básicos para que isso possa ser feito (o protocolo relativo às Leis Cósmicas Universais).

Como temos o livre-arbítrio, ninguém pode dizer qual será o futuro da humanidade da Terra. Mas, exatamente por termos este livre-arbítrio é sabido que podemos ir além das demais civilizações e assim fazer por merecer a missão de síntese e integração entre os mais diversos povos e culturas cósmicas existentes.

Ou seja, esta Embaixada e principalmente o próprio planeta Terra podem vir a ser o ponto de encontro cósmico e de trocas entre as múltiplas culturas e civilizações de todos os planos da existência. Talvez por isso que temos tantas provas para passar, precisemos nos preparar tanto e estarmos realmente aptos ao exercício da diplomacia ecumênica e visão sistêmica universal.

Academia Ciência Estelar

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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

A Viúva Ísis e a Maçonaria

Os maçons são conhecidos como “filhos da viúva” e muitos acreditam que esta denominação guarda relação com os mitos do Antigo Egito. Mas, talvez o que poucos saibam é que as raízes desta expressão e relação são muito mais abrangentes do que se espera.

Muitos maçons identificam a figura do mestre Hiram com Osíris, a Maçonaria e também as Lojas maçônicas com Ísis e os maçons com Hórus.



Em resumo, na mitologia do Antigo Egito era Osíris quem governava soberanamente as regiões produtivas. Ele não estava sozinho, tinha por companheira Ísis, Seth que governava as regiões improdutivas, que por sua vez tinha por companheira Neftis. Os quatro eram irmãos, assim como os quatro elementos (terra-ceticismo-Seth, água-criatividade-Ísis, ar-informação-Neftis e fogo-espiritualidade-Osíris). Uma noite, Neftis muito magoada pelo modo rude com que Seth a tratava, chorando no escuro jardim de Osíris é confundida por ele com Ísis e acabam concebendo uma nova vida que será Anúbis. Anúbis é abandonado à morte, mas Ísis o busca, encontra e o cria como seu próprio filho. No mito, Seth usando a vaidade (inconsciência relacionada à luz) de Osíris o encerra em uma arca (arcano) e a solta no rio Nilo (símbolo da vida sublunar, do mundo de Maya e dos reflexos, da Manifestação). Ísis então sai à procura do corpo de seu irmão e marido. Ela o encontra sob as raízes de uma enorme árvore (que nos remete à simbologia da Árvore da Vida) e o resgata. Em uma caverna (símbolo do útero da Terra), com a ajuda da magia de Thot e da força de Neftis, Ísis traz novamente Osíris à vida e em um ato de amor o casal concebe uma nova vida que será Hórus. Seth descobre e novamente coloca suas tropas para perseguir Osíris. Ele é encontrado, seu corpo esquartejado em 15 pedaços (veja a simbologia do Arcano 15 do Tarot) que são espalhados pelo Egito (o “mundo” deles). Novamente Ísis sai à procura do amado, encontra 14 (2 x 7) de suas partes, exceto seu “falo criador” que teria sido devorado por um peixe (símbolo do sexo espiritualizado ou tantra ou alquimia). Enquanto isso Hórus é criado entre escorpiões e cobras, escondido no pântano, para fugir da perseguição de Seth. Posteriormente Hórus irá vingar seu pai Osíris derrotando Seth a custa de perder um olho. Destaca-se que Ísis no Antigo Egito simbolizava a Justiça (como Ma´at) e também a Abóbada Celeste (como Nuit) e seu filho podia ser considerado um “filho das estrelas” ou então um filho “divino”.

Neste mito Ísis fica viúva não somente uma, mas duas vezes.

Apesar do mito egípcio ter de Osíris como ponto central, a figura heroica de toda a saga é Ísis, afinal Osíris logo no início é morto e a protagonista é Ísis, a viúva. Durante então toda a saga a regência do Egito é de Ísis, muitas vezes usurpada por Seth, isso é verdade. Mas, por direito a Rainha regente do Egito deveria ser Ísis e o rei Hórus.

Herdamos uma cultura e civilização medieval na qual a figura feminina sequer era considerada com alma ou direitos civis (Idade Média). Muito diferentemente do passado quando cultuava o Feminino Universal como Ísis, Ishtar, Inanna ou Vênus. Na obra “O Livro de Hiram”, os maçons Christopher Knigth e Roberto Lomas explanam a relação entre a Maçonaria e o culto a Vênus na antiguidade. Pirâmides por todo o globo, inclusive as egípcias, foram construídas considerando a Geometria Sagrada (presença da Perfeição divina na Natureza) e a passagem do planeta Vênus pelo céu estrelado.

Dizem que no Antigo Egito quando ocorriam as iniciações, um dos primeiros e misteriosos ensinamentos, sussurrado pelo Irmão Iniciador nos ouvidos do neófito era que, assim como o João Batista maçônico, “Osíris é um deus morto!”. Osíris, símbolo do Sol, na verdade, assim como Jesus, rege o mundo dos mortos, o além, o mundo espiritual. Da mesma forma que Deus não tem “corpo” físico entre nós, assim como Ísis o fez, nós O podemos encontrar disperso no “interior” de sua Criação, a Natureza naturada que O concebe, nutre e vivifica o tempo todo. Vênus é exatamente a regente e símbolo da própria Criação, da natureza que hoje tanto está violentada pela humanidade em nome do progresso e da prosperidade.

Sendo a Maçonaria identificada com a Viúva, esta Ordem verdadeiramente iniciática mais do que o título de “regente de um povo” tem a OBRIGAÇÃO e a RESPONSABILIDADE de agir visando tornar feliz a humanidade (como o fazia Osíris em seu mito), lutar contra a tirania (de Seth) em todos os lugares (principalmente dentro de seus próprios templos e relações). A Ordem Maçônica deve honrar sua relação com Ísis e, principalmente, com Osíris, mantendo-se sempre pura e limpa, com foco na luz da Verdade, da Justiça, da Fraternidade, da Solidariedade e do altruísmo simbolizada por Osíris e todos os deuses solares do passado da humanidade.

Aos maçons cabe honrar sua condição de “Filhos da Viúva”, respeitando e vivendo os princípios solares, sustentando valorosamente e com muita dignidade a Viúva que é a Ordem Maçônica e, principalmente, vingando o “Pai” Osíris ao combater o ceticismo, a descrença, a falta de espiritualidade, a falta de amor e de solidariedade.

Os maçons devem honrar a simbologia com Hórus e sua condição de “regentes” lutando contra o que Seth simboliza, dentro de si mesmos, de suas próprias almas e vidas, sendo um verdadeiro exemplo vivo (à semelhança do “Pai” distante) a ser seguido. Os maçons devem merecer a condição de “regentes de um povo” conquistando pelos próprios méritos a chamada Coroa Sefirótica (ver conceito na Cabala Hebraica). Quando isso conquistarem, compreenderão que a razão de suas existências é o serviço a este seu povo, que suas questões pessoais devem ficar em segundo plano e que o Sol irradia luz, vida e calor indistintamente, sem nada cobrar ou esperar em termos de honra, crédito ou mesmo louvor ou reconhecimento. O reconhecimento só ocorre na presença da luz, da consciência que nos proporciona a possibilidade de definir contornos, cores, detalhes, etc. Na escuridão da alma nada é distinguido ou reconhecido. Somente uma alma iluminada pode conhecer e reconhecer a verdade presente em tudo. O reconhecimento então só pode ocorrer entre almas iluminadas que se identificam entre si como iluminadas, francas, verdadeiras, justas, fraternas, amorosas, altruístas e divinas.

A porta de entrada e condição inequívoca para esta condição de “reinado” é o respeito e o aprendizado com a Viúva, Ísis, Vênus, Ishtar, Inanna, ou com a Maçonaria Universal. Lembremos que o sábio rei Salomão, um dos Três Mestres que outorgavam o mestrado maçônico, reverenciou a belíssima e virgem Rainha de Sabá. Este nome significa “portal” ou “ponte”). Ela era a grande sacerdotisa de Vênus, também conhecida como “Rainha das Estrelas” que venerava o Sol. Destaca-se que o historiador Flávio Josefo, identificou a nobre visitante de Salomão como sendo a "Rainha do Egito e da Etiópia".

Em outra correlação, pode-se entender que a alma do maçom se identifica com Ísis que busca a luz da verdade de Osíris para tomar consciência de sua condição de filho das estrelas ou de sua origem e missão divina.


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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Peregrinação à cidade sagrada

Em diversas culturas existe o costume da peregrinação a cidades sagradas. Temos como objetivo destas peregrinações cidades como Aparecida do Norte, Meca, Santiago de Compostela, Cuzco, Jerusalém e muitas outras, cada qual com sua própria característica, religião e público.

Conforme estudiosos do religioso, as cidades sagradas simbolizam o centro do mundo espiritual, para cada cultura e povo, e desta forma ir pelo menos uma vez ao ano até uma cidade sagrada seria o mesmo que ir “visitar” as origens espirituais. Esta simples e inocente “visita” resulta em um poderoso impacto reavivando a convicção espiritual das pessoas no sentido de que se retome o caminho caso se tenha perdido ou desviado.
Em Minas Gerais existe uma cidade especial chamada São Thomé das Letras. Esta cidade é uma das principais cidades esotéricas de nosso país. Ela tem pouco mais de seis mil habitantes, mas todo final-de-semana e principalmente nos feriados recebe uma verdadeira multidão de turistas que para lá se dirigem.



Na infinitude de pedras, camisetas, colares, brincos, incensos, bibelôs, anéis, e outros presentes ou lembranças de natureza esotérica, para além dos símbolos de bruxas, extraterrestres, duendes, fadas e outros seres fantásticos, os turistas sempre vão e voltam. Eles não são movidos por nenhuma religião em especial, nem mesmo para um local especial, sejam as cachoeiras, mirante, casa da pirâmide, grutas ou corredeiras. Talvez muitos não saibam exatamente “o que é que tem lá”. Mas, certamente sentem e para lá retornam sempre, para se recarregarem energeticamente.

São Thomé das Letras abriga diversas comunidades e escolas esotéricas. Dentre elas podemos citar a Fundação Harmonia que conta com seu mestre desperto e também a Sociedade Brasileira de Eubiose, uma verdadeira escola iniciática tipicamente brasileira.
São Thomé das Letras tem uma história intrigante, envolta em mistérios espirituais e as informações esotéricas que existem assinalam que se trata de um verdadeiro portal espiritual. Um portal é um local onde os planos e realidades paralelas se aproximam, de forma que com pouco esforço é possível passar de um para outro, de alguma forma. Desta forma não faltam testemunhos de que lá “muitas coisas acontecem”, o chamado “fator São Thomé”. Estas expressões se referem a sentimentos, fatos simples ou mesmo sensações muito diferentes do habitual das pessoas, por mais afastadas que estas sejam de uma prática dita espiritual. Esta cidade encontra-se cravada em uma região de cerca de 1440m de altitude, pertencente à Mata Atlântica. Seu subsolo é rico em quartizito depositado em camadas que formam como que uma grande “pilha” de minério semelhante ao cristal e assim propicia o acúmulo especial de energias vibracionais, bem como parece ser um poderoso atrativo às naves espaciais que muitos de lá são testemunhas.

É para este verdadeiro centro espiritual que a Academia Ciência Estelar está se mudando. Esta mudança visa tanto concentrar nossas ações, consciência e trabalho nos assuntos e práticas de natureza científica espiritual como também para poder estar próximo ao público mais ávido que conscientemente para lá se dirige buscando respostas e a ampliação da consciência sem, contudo ter que se submeterem a dogmas, doutrinas e preconceitos.

Em São Thomé, assim como ocorria na Grécia Antiga, pretendemos proferir palestras na praça pública, visando facilitar o acesso de todos ao conhecimento espiritual e ao esoterismo. Também ofereceremos serviços de Ciência Estelar em parceria com uma loja e lá continuaremos nossa caminhada iniciática.
Convido a todos a nos encontrarmos em São Thomé das Letras.



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quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

ET tem Religião?

Já sabemos que os ET´s na verdade não são deuses como nossos antepassados acreditaram. Também já sabemos que eles evoluem e consideram a espiritualidade assim como nós. Mas, como será a prática e a fé espiritual deles? Será que eles têm uma ou mais religiões assim como nós aqui na Terra?



Nossos irmãos estelares nos enviaram diversas informações, mas principalmente sobre nós mesmos e nossa realidade, tanto atual quanto futura. Eles nos deixaram também informações sobre nosso passado. Mas, muito pouca informação existe sobre eles próprios e suas realidades cotidianas. O assunto espiritualidade deles carece de informações explícitas e só podemos buscar estas informações lendo “nas entrelinhas” do que nos chegou até então.

Uma coisa é certa, eles sempre nos ensinam que o amor é o ponto central da evolução. Ou seja, o centro de nossas principais religiões nos é semelhante. Mas, não nos parece que eles tenham religiões como nós as temos, diversas, cheias de dogmas e doutrinas e que muitas vezes lutam entre si para conquistar ou provar qual está certa e é a superior.

Por suas mensagens fica claro que a evolução se dá pela harmonia e a união e não pela divisão. Mais ainda, percebe-se que não existem dogmas incontestáveis, verdades absolutas ou mesmo nomes que rotulem e limitem o Grande Criador ou Fonte de Tudo. Para eles parece importar o conceito e não um rótulo ou nome que pode ser interpretado de forma diferente por diversos seres.

Outra coisa que fica claro é que para eles não existem “pecado” ou “mandamentos” a serem seguidos, que o bom senso, a ética e o respeito ao outro é o que norteia suas relações sociais, sejam elas em seus próprios planetas, seja com civilizações de outros planetas como o nosso.

Percebe-se também que assim como nós eles não têm de forma clara qual o plano deste Grande Criador e qual é exatamente a função deles neste grande plano cósmico. Isso pode ser percebido pela criação do homem civilizado por eles ou pela colonização da Terra. Quando eles aqui vieram não foi para criar e nem colonizar nada, foi apenas para exploração mineral. Por necessidade de força de trabalho é que criaram o homem civilizado através da hibridação genética (somos “mestiços” deles, seus parentes geneticamente falando). Porém, quando das grandes perturbações dos planetas que resultou no que conhecemos por “dilúvio” eles pretendiam deixar o homem civilizado por sua própria conta e certamente ser exterminado. Mas, houve então uma inédita e evidente intervenção espiritual deixando claro que deveriam preservar as sementes da vida na Terra, principalmente do homem civilizado. Nesta intervenção receberam também a missão de ensinar nossa humanidade. E assim eles nos repassaram até hoje ensinamentos de natureza científica (muitas destas ciências hoje são conhecidas como esotéricas), social e espiritual, sempre respeitando nossa liberdade e nos permitindo caminhar pelos próprios pés, permitindo que façamos por merecer respeito e uma condição especial no cenário sideral.

É justamente por esta missão espiritual que lhes foi passada que alguns deles mantém contato telepático com alguns de nós (é a melhor forma de contato deles) e também porque alguns deles nascem como humanos e despercebidamente andam ao nosso lado. O fato de nascerem como humanos retrata bem seu respeito por nossa realidade, plano e leis cósmicas. Da mesma forma que nós, eles se esquecem de suas origens, mas trazem em suas almas suas sensações, conhecimentos, experiências e missões. Seus espíritos os encaminham no sentido de realizarem seus objetivos aqui neste planeta e paulatinamente vão percebendo ou descobrindo sua real origem e destino.

Devemos então ter o passado como referência, mas nãos os julgar por este passado, mas olharmos e percebermos o que acontece de fato no presente, pois todos, tanto nós como eles estamos evoluindo juntos, como uma grande família estelar.

Nossas diferenças religiosas sejam de dogmas ou de doutrina não nos devem dividir ou prejudicar nossa evolução e principalmente nossa união ou o amor fraternal. Precisamos dar este salto evolucional e abrir mão do apego a rótulos, nomes, costumes e tradições, buscando praticar o amor fraternal, a ética social, a cidadania, o respeito à liberdade alheia em todos os sentidos. Assim é o exemplo da prática espiritual que nossos irmãos de origem cósmica nos dão.


Estude conosco!


terça-feira, 14 de janeiro de 2014

ET´s são deuses?

Nossos antepassados interpretaram o contato com seres alienígenas como sendo um contato divino. Seria isso verdade? Podemos entender que eles são enviados de Deus?



Este questionamento certamente passou pela cabeça daqueles que estudam e refletem sobre a questão da vida extraterrestre e sua interação com a nossa humanidade. Diversos são os fatores para que isso ocorra. O conhecimento popular atribui o conceito de “espiritual” a toda força ou expressão individual consciente que possa interagir de alguma forma com nossa vida física. Assim são arrolados os seres conhecidos como gnomos, elfos, fadas, fantasmas, pessoas mortas, egrégoras, projeção de bioenergia, reiki, passes energéticos, etc. Todas estas manifestações e muitas outras são naturalmente rotuladas como “manifestações espirituais”.

Mas, existe um certo equívoco neste tipo de identificação. Por exemplo, didaticamente falando somos formados por corpo, alma e espírito. O espírito é a parte de Deus que nos cabe e que via de regra estamos muito distanciados. É o encontro entre a alma e o espírito que os esoteristas chamam como “o despertar” e a fusão entre ambos é a dita “iluminação”.

Esoteristas mais experientes nos ensinam que normalmente é necessário um grande preparo tanto do corpo físico quanto da alma para se aproximar e encontrar o espírito, muito mais para que haja uma união entre eles. Desta forma, as manifestações que comumente são chamadas como sendo por parte de espíritos estão longe disso, muitas vezes são manifestações de energias psíquicas apenas ou quando muito de almas.

A confusão ou equívoco decorre do fato de que as pessoas não sabem que existem (didaticamente) sete planos na Criação. Ao contrário, pensam que ou se está no físico ou no plano espiritual e pronto! Ou uma “coisa” é física ou é espiritual. Mas, não é bem assim. O plano espiritual onde vivem os verdadeiros seres espirituais é o sétimo e último plano e o plano físico onde existem as “coisas” e seres físicos é o primeiro (considerando-se de baixo para cima). Entre estes planos existem outros cinco! Cada um destes planos tem uma natureza diferente, única e específica, comportando a vida conforme esta natureza.

Sendo assim, temos seres do plano físico (nós, os animais, etc.), temos seres no plano vital (que são criados e mantidos apenas com bioenergia), temos seres emocionais (que nascem, se desenvolvem e sobrevivem pelas emoções), seres mentais (de natureza mental, racional, lógica), seres do mental abstrato (a razão das coisas, o conhecimento das verdades universais, inspiram os grandes cientistas e inventores), seres da consciência cósmica (na qual Deus está em Tudo e em todos) e, finalmente, temos seres de natureza espiritual ou divina.

Para complicar um pouco mais ainda, existem seres que têm vida não apenas em um só plano, mas em diversos. Nós mesmos, costumamos agir e interagir nos quatro primeiros planos e quando atingimos o desenvolvimento espiritual podemos agir e interagir nos sete planos, com os sete corpos. Por exemplo, todos já ouviram falar do “quebranto” ou de doença que se pego por causa da inveja, uma “emoção”. Ou então, que a doença física do câncer é resultado de muita mágoa e dor psicológica.

O fato é que os seres extraterrestres, assim como nós, também estão em evolução, têm suas limitações, imperfeições e não são deuses em hipótese alguma. Alguns deles insistem em deixar isso muito claro. Eles vivem em outras dimensões, podem estar tecnologicamente e socialmente muito mais avançados do que nós (e nisto podemos e devemos aprender com eles), mas isso não lhes outorga a qualidade de serem seres divinos.

Os extraterrestres evoluem e têm missões espirituais assim como nós, eles não são anjos. Em um grupo de contato eles fizeram uma prática para mostrar a todos como é uma experiência cósmica e como é uma experiência espiritual. Utilizaram esta prática para que ficasse claro e evidente para aqueles que participaram a diferença entre as duas naturezas.

Mas, se assim é, logo vem na cabeça do livre pensador: se eles evoluem como nós e sabem da existência da espiritualidade, os extraterrestres têm uma religião? Este assunto abordaremos no próximo artigo.


Estude Esoterismo:

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

A ilusão do poder

Nossa cultura realiza uma verdadeira exaltação e reverência ao poder, seja este poder econômico, de controle social, físico, sexual, pseudo espiritual ou outro qualquer. Sem dúvida o poder é uma conquista obtida após muito esforço e dedicação, alguns mais facilmente e outros com muito mais suor e lágrimas. Mas, de fato, o poder, seja ele qual for, é uma enorme conquista para a vida física e espiritualmente praticamente nada significa ou pode até mesmo prejudicar o desenvolvimento espiritual.



Em uma conversa um discípulo estava olhando maravilhado a exibição de poder por parte de um faquir e perguntou ao seu mestre: “Mestre, este tipo de poder eu também conquistarei?” Seu mestre então respondeu que aquilo era facilmente conquistado utilizando-se técnicas específicas e uma vontade concentrada, que o discípulo poderia sim chegar a conquistar aquele e outros poderes se quisesse. Mas, advertiu o mestre, que isso significaria o desvio da senda iniciática por parte de seu discípulo.

O discípulo não entendeu o que seu mestre ensinava. Para ele, o poder era sinônimo de conquistas espirituais, de domínio sobre o corpo ou mesmo a matéria, ou ainda o domínio de coisas sutis. Voltou então a questionar o seu mestre sobre a questão.

O mestre então lhe explicou que focar a conquista de algum poder, seja ele qual for, desvia a pessoa do caminho evolutivo por ocupar-lhe totalmente a alma, mente, espírito e corpo. Mais que isso, que as pessoas ficam fascinadas pelo poder, acreditando piamente de que aquilo significa algo de natureza espiritual. Mas, na verdade, a evolução espiritual está na ampliação da consciência, na aproximação com a Fonte de Luz, Amor, Verdade e Harmonia. A evolução leva o ser cada vez mais a se integrar com o cosmos e conseqüentemente com as pessoas, em um profundo sentimento de amor e fraternidade. Disse ao discípulo que aquele que o poderoso está no caminho inverso, pois obtendo qualquer poder que seja destaca-se da multidão, isola-se dos demais e efetivamente não compartilha em absoluto de nada de seu poder com os demais, além da própria exibição de seu feito ou conquista. Para ele mesmo, o poder não significa mais nada além do próprio poder, não significa qualquer coisa em termos de espiritualidade. Porque, em essência, espiritualidade é contribuir amorosamente com a melhoria de vida das outras pessoas.



Explicou ainda que via de regra o poder alimenta a soberba, o orgulho e a vaidade da personalidade que é filha do tempo e do espaço e com a morte física da pessoa deixa de existir. Ao passo que as verdadeiras conquistas espirituais são eternas, pertencem à alma e elevam o indivíduo, conduzindo-o à comunhão ou integração com tudo e todos. Afinal, concluiu ele, a Divindade está presente em tudo e em todos, Ela não ostenta sua natureza, ao contrário, pode passar despercebida por aqueles que cultuam e se fascinam com o poder.

Com este ensinamento podemos então compreender as mensagens orientais que exaltam a simplicidade, a harmonia da natureza, a integração com a Criação. Também se compreende o porque de um verdadeiro mestre não se apresentar como tal, não desejar seguidores, ter consigo o compromisso de selecionar pessoas e fazer delas novos mestres. Um verdadeiro mestre é um multiplicador da maestria, da fraternidade, da sabedoria e da compreensão do sentido da vida.

Uma vez um outro discípulo afirmou ao seu mestre que queria ter poder para mudar muita coisa que estava errada em si e no mundo. Então, o mestre lhe perguntou “Quem você pensa que é? Tudo que aí está feito, foi feito por Deus, tudo tem uma razão e um sentido. Você se considera melhor do que Deus?”

Então, com este choque o discípulo aquietou a mente e seu mestre concluiu: “Você deve fazer o que lhe cabe e é aí que reside seu grande mistério, descobrir quem realmente você é e o que lhe cabe fazer, qual o seu papel nesta Grande Obra Divina que é a Vida! Lhe cabe apenas descobrir a porção divina que habita em seu interior e realizar o que é de sua responsabilidade, o resto é distração.”

Estude e pratique esoterismo conosco!

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Entender ou compreender o ensinamento?

Entender ou compreender o ensinamento?


Se buscarmos no dicionário as palavras entender e compreender aparecem com significados semelhantes ou mesmo como sinônimo. Mas, existe uma grande diferença entre elas. Para os estudantes de esoterismo ou espiritualidade então esta diferença entre entender e compreender se torna gritante e o grande diferencial entre deslizar infinitamente pela superfície de um ensinamento ou adentrar a sua profundidade e desvendar o seu mistério.

O entendimento é movido pelo raciocínio lógico e formal. Ele pode ser repassado, assim como uma técnica. É semelhante ao processo de se ouvir algo. O entendimento é um processo passivo de total e absoluta recepção, sem questionamento ou participação na construção do ensinamento. O entendimento pode ser decorado, mesmo que não se compreenda o sentido daquilo, suas correlações, origem e repercussões.

Podemos escutar algo, porém não ouvi-lo, ou seja podemos perceber sons, mas não saber do que se trata ou que mensagem contém. Da mesma forma, podemos aprender uma técnica que funciona de fato, mas não saber o porquê ou como ela funciona e, principalmente, qual a origem das Leis que esta técnica segue e também quais as repercussões de sua utilização.

Saber a fonte de uma técnica é muito importante, assim como devemos saber a origem de um dinheiro, pois podemos nos ver envolvidos em atividades ilícitas, “fora da lei”, sem saber. Também é muito importante sabermos as conseqüências ou repercussões da aplicação de um ensinamento, pois elas não terminam na própria experiência em si, mas reverberam incessantemente a partir daquele ponto, mudando fatos e eventos como um verdadeiro jogo de dominós empilhados lado a lado. Esta é a diferença entre se aplicar uma simples técnica ou feitiço, facilmente entendido e realizado, e ter a visão xamãnica da necessidade e possibilidade de se intervir ou não em determinada realidade.

Podemos, por exemplo, ensinar a uma criança que andar de bicicleta é subir nela, pedalar e dirigir para onde quiser. Isso ela facilmente pode entender. Mas, o que ela não compreende é que necessita da imponderável e incomunicável compreensão do equilíbrio e que sem este ela fatalmente irá cair e se machucar.

A diferença entre entendimento e compreensão é a mesma entre os termos “exotérico” e “esotérico”. O primeiro é o conhecimento dado aos não iniciados, aos profanos, o segundo é o conhecimento dado aos iniciados aos adeptos, àqueles que estão em um caminho que tem origem, meio e fim definidos.

O ensinamento esotérico é encontrado também sob a denominação de “Arte”, algumas vezes como “Arte Real”, ou seja, a arte dos reis, daqueles que atingiram a Corôa Sefirótica, atingiram o domínio de si mesmos e principalmente que compreendem o sentido da vida e a razão dos fatos das múltiplas realidades. Costuma-se também relacionar o conhecimento com a “visão” consciente e real dos fatos, também nomeada como “consciência”.



Existe uma metáfora para se explicar o entendimento na qual se pede para cegos tocarem um elefante e definir do que se trata. Cada um dos cegos define sua experiência de forma diferente e nenhum deles chega à compreensão real do que se trata.

A compreensão exige questionamento, liberdade, abertura para o imponderável ou abstrato, perguntas e busca de respostas. Para se compreender algo não se pode ser apático, conformado, estagnado e simplesmente um ouvinte. Para se compreender algo deve-se participar da construção da compreensão, desenvolver a arte tendo até a técnica e o entendimento como referência, mas indo muito mais adiante e fundo na questão.

Quem busca compreender o mundo e os fatos é também conhecido como filósofo. Por isso o esoterismo também é conhecido como Filosofia Oculta. A compreensão promove a visão sistêmica da existência, uma visão não dos aspectos externos, mas sim de dentro para fora. Somente pela compreensão se chega à consciência de que um cubo tem sete lados e não seis e que uma pessoa não tem só corpo físico, mas também alma e espírito a serem considerados.

E então, você prefere somente entender as coisas ou busca também compreender?


Estude conosco e construa sua compreensão da vida:

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Misticismo, Ocultismo e Ciência

Misticismo, Ocultismo e Ciência


Qual a diferença que existe entre misticismo, ocultismo e a ciência? Estes termos guardam alguma relação entre si? Você sabe mesmo o que cada um significa?




O objetivo deste texto não é definir à exaustão o significado destes termos, mas apenas oferecer uma ideia ou conceito básico de cada um deles e analisar a possível relação que existe entre os mesmos. Estas três formas de se buscar a experimentação da verdade são reais e merecem todo o nosso respeito.

O misticismo é a forma mais comum e antiga de prática e conhecimento. O site da Wikipedia assim define misticismo: “é a busca da comunhão com uma derradeira realidade, divindade, verdade espiritual ou Deus através da experiência direta ou intuitiva”. Ou seja é a “relação direta e íntima com Deus, ou com a espiritualidade, com a consciência da Divina Presença. É a religião em seu mais apurado e intenso estágio de vida”.

O misticismo não reconhece barreiras ou intermediários, regras ou “teorias” para acessar a verdade, a luz e a espiritualidade ou o mundo espiritual. O mundo místico é o mundo das emoções, da fantasia, da criatividade, das possibilidades infinitas, do subjetivo e da contemplação.

Por não ter regras, padrões, lógica, organização, sistemática ou referências o misticismo propicia um grande risco aos equívocos, à desilusão, aos enganos, aos delírios e às ilusões. Uma verdadeira visão de um anjo, por exemplo, tende a ser uma obra mística e por isso mesmo difícil de ser diferenciada de um delírio ou mesmo uma mistificação ou artifício para se enganar pessoas. As religiões são basicamente fundamentadas no misticismo, umas mais outras menos, porém a essência da fé é mística. Mas, no misticismo não existe clareza ou mesmo certeza de nada e por isso é facilmente utilizado para manipular a moral e a opinião das pessoas.

Por ocasião da Revolução Científica o misticismo e toda sua obra (com suas produções benéficas e também as maléficas à humanidade) foram deixados de lado e ao invés de serem taxadas como “pecado”, como o faria o misticismo, foram taxadas como “crendices sem fundamento ou realidade”.

Assim como o misticismo anteriormente se apresentava como detentor do acesso à verdade única e terna, ciência surgiu também propondo o domínio e o controle da natureza e das verdades da vida. Do extremo e oscilante emocional do misticismo a humanidade jogou-se do outro lado, do lado do extremo frio, duro e inflexível raciocínio lógico mecânico e supostamente impessoal típico das máquinas que não têm alma.
A ciência com seu método trouxe segurança, confiança, certeza, clareza, objetividade e impessoalidade. Mas, em seu reducionismo deixou a visão macrocósmica do misticismo para se perder na infinitude microscópica da pequenez dos detalhes e daquilo que pode ser tangível e comprovável, lógico, evidenciado e, em tese, “controlável”.

Se antes tínhamos os doutores da igreja, hoje temos os doutores dos títulos acadêmicos que de seus tronos da certeza científica se aventuram a fazer afirmações, julgamentos e depreciações do universo místico que é de seu total e absoluto desconhecimento. Desta forma agem como os inquisidores, de forma preconceituosa e absolutamente fora dos pressupostos científicos (método) de impessoalidade, de experimentação e de fundamentação. Ou seja, abusam de uma “autoridade da verdade” científica para emitir opiniões pessoais e sem qualquer fundamento ou experimentação, desconhecendo o que falam e julgam, enganando aqueles que acreditam neles, da mesma forma que faziam os antigos religiosos quando do nascimento da ciência moderna.



O ocultismo por sua vez é o “conhecimento daquilo que é ou está oculto para a maioria das pessoas”. Há quem afirme que o ocultismo é a arte de ocultar conhecimentos, mas isto é ignorar que se ignora. Ao contrário, mais do que para benefícios pessoais, muitos ocultistas tentam trazer à luz conhecimentos acerca das Leis da Criação ainda desconhecidos com o objetivo de beneficiar as pessoas. Muitas “descobertas” científicas surgiram exatamente das pesquisas de ocultistas como Pitágoras, Newton, Benjamim Franklin, Copérnico, Galileu, Giordano Bruno, Kepler e Leonardo Da Vinci.



O ocultismo é difícil de ser compreendido pela grande maioria das pessoas porque é o encontro harmônico entre o misticismo e a ciência, revelando uma magnífica e profunda visão sistêmica da Criação. Esta visão e prática a tudo contempla e compreende. Nela existe espaço tanto para o que não tem explicação quanto para o que de tanta explicação que tem é muito complexo para ser entendido facilmente. Entre estes extremos o ocultismo é uma forma de se aplicar conhecimentos transcendentais de forma prática com o objetivo de uma melhor qualidade de vida em todos os sentidos, tanto emocional quanto racional, tanto físico quanto espiritual, tanto pessoal quanto coletivo.


Estude ocultismo conosco!

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

O Natal é uma festa pagã

O Natal é uma festa pagã

É comum ouvirmos e lermos a expressão “O Natal é a festa máxima do Cristianismo”, mas esta afirmação carece de fundamentos sólidos dentro do cristianismo de Paulo de Tarso.

A “tradição” católica do Natal surgiu em 325 d.C., por ocasião do concílio de Nicéia (o primeiro deles). Na época o imperador Constantino queria “resgatar a unidade religiosa” de seu povo e aproveitou o avanço do cristianismo católico para controlar seu império. Constantino era devoto de Mitra, divindade solar persa que representava o bem e a libertação da matéria. A primeira menção histórica a Mitra é de aproximadamente 3.400 anos, por volta do século V a.C. Mitra passou a integrar o panteão do Zoroastrismo. Segundo o historiador Heródoto Mitra era a deusa Afrodite Urânia (nome relativo às estrelas). Desde a antiguidade o nascimento de Mitra era celebrado em 25 de dezembro, festa denominada como “Natalis Invistis Solis”. Em Roma o culto a Mitra em tese propiciava a imortalidade e era reservado apenas para os homens.



Não existem evidências sobre a data de nascimento de Jesus. Na revista “Galileu” encontramos:
“Essa data foi fixada pela Igreja no primeiro dia do solstício de inverno do Hemisfério Norte”, diz o padre Maurílio Alves Rodrigues, doutor em Ciências Religiosas e diretor da Faculdade de Filosofia e Teologia João Paulo II... ... O solstício de inverno é exatamente o menor dia do ano no Hemisfério Norte (no hemisfério sul é o solstício de verão), a partir dele, os dias começam a durar mais do que as noites. Ele é interpretado como uma vitória da luz sobre a escuridão.

Além de Mitra (século I a.C.), no dia 25 de dezembro também eram comemorados os nascimentos de diversas outras divindades anteriores a Jesus: “Criança Sol” na mitologia Persa, Dionísio (século II a.C.) na mitologia Grega, Horus (3.000 a.C.) na mitologia egípcia e Krishna (3.228 a.C.) na Índia, Átis (1.200 a.C.) na Frígia.


Hoje adotamos toda uma simbologia natalina que nada tem de católico ou mesmo do hemisfério sul. O “papai Noel” branco e gordo, vestido como rei de inverno; renas, Árvore de Natal, guirlandas de vegetais, etc. Ora, o “Papai Noel” é um remedo da simbologia divina, como Ancião dos Dias que recompensa a boa semeadura com boa colheita. Este “Ancião” é encontrado quando atingimos a Coroa Sefirótica ou Keher (composta por mundos simbolizados como “bolas” luminosas) da Árvore da Vida (o simbolismo da “árvore” também é comum a muitas religiões primitivas). As renas são tipicamente relacionadas com a religião nórdica de culto à Grande Deusa e à Natureza sua manifestação e da mesma forma as guirlandas de vegetais.

A simbologia toda de comemoração do Natal nos remete à tradições pagãs da antiguidade e todas relacionadas ao hemisfério norte, sendo que estamos no hemisfério sul. Para se ter uma ideia, deveríamos comemorar em 25 de dezembro o nosso “São João”, outra festa tipicamente pagã.

Como explicou Rodrigues na revista Galileu (leia acima), o solstício de inverno é quando o Sol vence a escuridão e renasce (simbologia pagã da renovação divina da vida). O que vivemos no solstício de verão (que é o nosso 25 de dezembro) é exatamente o contrário, quando o Sol começa gradativamente a perder sua força e é hora de se jogar no fogo o que não nos serve mais. Nesta festa o costume de se acender fogueiras também está relacionado com o compromisso do esforço humano em manter a luz e o calor da vida mesmo com o distanciamento do Sol que se inicia. É quando o homem assume sua responsabilidade em ser a fonte de amor, vida, saúde, harmonia e fraternidade como Filho Divino do Sol. Ou seja, é o momento do exercício do sacerdócio solar do amor incondicional e ilimitado. Este é que deveria ser o nosso “Natal”.

Estude esoterismo conosco!

Qual a diferença entre Tarot e Astrologia?

  Qual a diferença entre Tarot e Astrologia?   Com mais de 40 anos de exercício profissional, percebi que é comum as pessoas não saberem...