domingo, 17 de julho de 2011

As Leis Cósmicas e os Planos Espirituais

A religião e a ciência concordam que antes da Criação o que existia, se é que se pode dizer assim, era o Caos. A Criação se inicia com o Cosmos, ou Ordem em grego.
O interessante é que esta palavra Ordem tanto significa “organização”, quanto “disciplina” e também “determinação”, “comando”.
Bem, então o Cosmos trouxe organização ao mundo recém-criado. Esta “organização” seguiu uma “Ordem”, uma determinação... de Deus.
As Ordens de Deus têm vida! Não são simplesmente palavras, mas sim seres que vivem para fazer com que a Vontade Dele seja cumprida. São as chamadas Ordens de Anjos (por falta de uma palavra melhor, visto que anjo é apenas a designação de uma destas hierarquias).
As Ordens Divinas (que se iniciam com os Serafins, passam pelos Arcanjos, Potestades, Tronos, Dominações, até os Anjos e Almas Puras) também são conhecidas por Atributos de Deus, visto que cada uma delas tem sua própria característica, universo e modo de ação peculiar. Elas não se confundem nem se misturam entre si. Todas são interdependentes e fazem parte de um só corpo organizado que sustenta a Criação. Cabalística e Teologicamente estas Ordens ou Atributos de Deus são 10 (o mesmo número de dimensões proposto pela Física Quântica através da Teoria das Cordas!). Dentre elas existem as três superiores que formam a Coroa, também relacionadas com o Pai, o Filho e o Espírito Santo que se destacam das outras sete. Estas sete precisam de planos, universos, dimensões, ou como queira chamar, para se manifestarem, existirem e terem ação. Então, juntamente com as Ordens foram criados os planos.
Toda a Criação, então, existe nestes planos que compreendem desde a Manifestação de Deus, no mais elevado da Criação, até o plano físico, o mais denso. A nossa existência também cumpre esta realidade. Temos todos nós a parte divina (“Vós dois deuses e tendes esquecido”) e temos também os chamados corpos sutis existentes em cada um destes sete planos. Os corpos são assim conhecidos esotericamente: 1) Corpo Átmico (ou o espírito propriamente dito, a chama divina de cada pessoa); 2) Corpo Búdico (ou da consciência cósmica, de contato com a alma universal); 3) Corpo Causal, também conhecido por Mental Abstrato (das abstrações, inovações, onde ocorre a união entre o intelecto e a intuição) ou Causal (onde reside o conhecimento das causas das coisas criadas; 4) Corpo Mental Concreto, onde se processa o raciocínio, a sede da razão; 5) Corpo Astral ou “de desejos”, onde residem nossas emoções, sentimentos e projeções fluídicas do magnetismo pessoal também chamado de ectoplasma ou bioenergia; 6) Corpo Etérico, onde ocorrem as reações químicas, universo das energias corpóreas; 7) Corpo Físico, manifestação concreta e tangível da Manifestação.
Então, recapitulando, temos corpos sutis que existem em planos paralelos da Criação. Cada plano está “administrado” por Leis vivas representadas pelas Hierarquias Celestiais chamadas Ordens, que por sua vez representam a vontade de Deus.
Estas “Leis” são chamadas de “cósmicas” porque trazem “Ordem” à Criação. São “celestes” porque tem sua origem no divino.
O conhecimento acerca desta Cosmogonia sempre foi passado para a humanidade, mas sempre careceu de uma abordagem ou apresentação mais “didática” para que fosse compreensível, pelo menos em parte, e assim contribuir para que pudéssemos paulatinamente irmos nos harmonizando com estas Leis e assim atingir a evolução, a paz e a saúde plena. Desta forma o homem primitivo concebeu estas Leis nas diversas mitologias das culturas antigas. Cada qual com o seu prisma peculiar, mas geralmente o conceito é harmônico e coerente entre as culturas e tradições. Mudam os nomes, as formas, mas o ensinamento ou mensagem tende a ser muito semelhante entre as mitologias antigas.
Quando falamos das Leis Cósmicas concebidas pelo homem antigo na forma de Mitologia estamos também aproximando ou “traduzindo” este conhecimento para o mundo da Psicologia, pois falar de mito é falar de arquétipo (conceito da Psicanálise Junguiana). É por isso que existe uma grande, profunda e “secreta” (esotérica) relação entre os Anjos da Justiça Divina, o sangue, o ferro, o deus grego Marte ou Ares e nossa capacidade de ação, conquista, realização, defesa, bem como a ansiedade, a agressividade, a violência, etc.
Talvez o leitor já esteja percebendo como um conceito tão abstrato e elevado como algo de natureza espiritual possa ser aplicado ou aproveitado em nossa vida prática e cotidiana. Ou, o contrário, talvez entenda porque se usam determinados símbolos, ferramentas e cores para se simbolizar um anjo ou entidade espiritual que é o “protetor” de tal ou qual segmento da sociedade.
Apenas para ilustrar o que foi aqui escrito, faça uma relação com o governo de nosso país que tem suas Leis emanadas do Congresso Nacional e que chegam a decidir como deve ser a nossa relação dentro de nossa família, na intimidade do lar dos cidadãos. Percebam que existe uma analogia entre o Presidente da República, os Governadores dos estados e os Prefeitos Municipais, todos representam o poder que executa as Leis, comandam e dirigem o destino da população.

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