domingo, 17 de julho de 2011

Afinal, porque se interessar pelo Esoterismo?

A grande maioria das pessoas ainda olha com estranheza e se pergunta: “Mas que coisa é essa de esoterismo? Onde eles pretendem chegar? Para que serve esta ‘coisa’?”. Alguns confundem o esoterismo com religião, outros o tem como um grande apelo usado por charlatães para enganar os menos avisados.
Bem, penso que a humanidade foi criada para ser feliz, se desenvolver e seguir em frente, naturalmente. Mas, lamentavelmente existem seres que por motivos egoístas não querem assim e fazem de tudo para dificultar o crescimento, a liberdade, o desenvolvimento e a consciência dos demais. Isso geralmente tem a ver com o desejo de concentração, aumento e acúmulo de poder.
Neste sentido realmente o esoterismo bate de frente com o poder hegemônico e incomoda demais. Via de regra o poder depende da manutenção da dependência de grandes grupos que lhe outorgam este poder por diversas razões: falta de conhecimento, falta de oportunidade, falta de coragem, falta de iniciativa, comodismo, modismo, etc.. Então, o poder que se alimenta da inconsciência, do medo, da insegurança, do comodismo, da ignorância e da covardia se agiganta e busca alimentar isso tudo combatendo o esoterismo com meias verdades, boatos, maquinações, ironias, brincadeiras, etc.. Ou seja, faz de tudo para desqualifica-lo e convencer as pessoas de que o esoterismo não é algo sério que se deva dar atenção, ou, pior, que é coisa errada, pecado, etc..
A meu ver o melhor que podemos obter com o esoterismo é liberdade de consciência através da formulação de conceitos próprios, conquistar sabedoria, compreensão e nos distanciarmos do fanatismo, dos preconceitos e da injustiça. O conhecimento esotérico, quando bem encaminhado, traz informações muito importantes para as decisões da vida, para a compreensão da existência e o descerramento dos véus que nos cobrem as vistas e nos fazem recorrer em erros.
Entendo que este conhecimento ou compreensão da vida como um todo traz consigo maior paz interior e uma forte tendência para a harmonia da pessoa com o mundo ao seu redor, a começar por aqueles que lhe são mais próximos até a estrela mais distante. Para muitos, esta harmonia e paz interior é um verdadeiro “Paraíso” ou “nirvana” nestes dias de tantos sofrimentos, cobranças, medos, inseguranças e competitividade.
Mas, muitos me perguntarão, isso é prático? Ou só uma questão de fé, uma coisa do tipo “quem sabe um dia se existir vida após a morte e ‘esta coisa funcionar’ talvez possa me ser útil e por via das dúvidas é bom lhe dar um pouco de atenção?”.
O esoterismo fala da vida e a vida é complexa e simples ao mesmo tempo, ela é óbvia e transcendente ao mesmo tempo. Ou seja, o esoterismo é sim extremamente prático e objetivo no dia-a-dia, mas também é transcendente com suas repercussões em planos paralelos daquilo que acontece na realidade tangível cotidiana. Por exemplo: uma pedra é uma pedra, não é mesmo? Pois bem, apesar disso, um geólogo poderá dizer que uma pedra é composta por minerais. Um químico poderá então afirmar que estes minerais são compostos por átomos específicos. Um físico, por sua vez, dirá que em termos de Física Quântica uma pedra é um universo imenso em si mesma, muito além de nossa imaginação. Um cientista com visão sistêmica nos dirá então que uma pedra é somente uma pedra e com isso quer dizer que mesmo em sua infinitude quântica ela não extrapola sua unidade e ao mesmo tempo simplifica o discurso para toda e qualquer conversa ou interlocutor (tenha ele a cultura que tiver).
Esotericamente, por exemplo, podemos analisar uma pedra também de quatro maneiras diferentes: em seu aspecto óbvio e material, em sua potencialidade energética, refletindo sobre a vida (ou movimento atômico) que nela existe e que não é visível e, ainda, sobre sua contextualização espiritual hierárquica. Mas, vale ressaltar que cada análise, seja científica, seja esotérica, é aplicável ou aproveitável em seu contexto, se um geólogo for utilizar a análise quântica da pedra possivelmente nada obterá da mesma e vice-versa. Da mesma forma ocorre com as abordagens de natureza esotérica.
De forma prática, os conhecimentos esotéricos ajudam a humanidade muito antes da Revolução Científica. Foram nas fontes esotéricas que beberam e se desenvolveram todos os conhecimentos relacionados à saúde e à transformação da matéria. Os sacerdotes em todas as culturas antigas eram também os médicos, enquanto que os magos geralmente eram aqueles que orientavam os guerreiros e reis; os alquimistas ensinaram para os demais a arte da metalurgia, por exemplo. Grandes cientistas como Isaac Newton, Albert Einstein e Benjamin Franklin eram estudiosos esoteristas. Hoje a ciência acadêmica se indispõe com o esoterismo, mas em coluna futura abordarei com mais cuidado a questão.

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