Anteriormente citamos aqui que os Planos Divinos. Bem, vamos aprofundar um pouco mais sobre este tema.
Tudo que está criado, que foi manifestado é natureza e, portanto, é matéria. Mas, dizer que é matéria não significa dizer que é tangível. Na verdade praticamente em tese a matéria não existe. O que existe e é comprovável pelos físicos é a energia. Ou seja, em tese tudo é energia, isso dito tanto pelos místicos quanto pelos físicos modernos.
A “grosso modo” no livro do Gênesis está escrito que se separou a luz das trevas e então o Criador começou a Criação, sendo este Seu primeiro ato. O que é a luz? Fisicamente existem duas teorias para explicá-la: a corpuscular e a ondulatória. Uma considera a luz como uma partícula molecular, ou seja, um “corpo” e a outra considera a luz como sendo um tipo de onda (energia eletromagnética?). A partir desta separação entre a luz e as trevas é que a Criação continuou.
Como partícula, ou corpo molecular, a luz é um fóton que é um elemento menor ainda que o elétron, uma subpartícula atômica. Existem outras como os bósons, mésons, etc.. Curiosamente existem partículas que se locomovem com velocidade acima da velocidade da luz (teoricamente a maior velocidade possível), ou seja, a velocidade taquiônica. Isso seria um milagre? Não, é Física! Bem, mas voltemos à questão da partícula atômica. Uma partícula atômica nada mais é do que energia concentrada. O elétron, por exemplo, somente é um corpo (delimitado) quando está fora do átomo, pois quando está em sua órbita atômica o elétron é uma nuvem de energia. Energia!
Aquilo que pensamos ser a matéria mais dura, impenetrável e sólida é composta 100% por moléculas e estas por átomos. Um átomo, didaticamente falando, é formado por um núcleo que é orbitado por elétrons. Na verdade, segundo a Física, a distância entre o elétron e seu núcleo é algo muito, muito grande. Ou seja, o espaço vazio é enormemente muito maior do que os pequeninos componentes atômicos. É algo semelhante à distância que separa o Sol dos planetas que orbitam à sua volta (sabia que estamos tão longe do Sol que se um dia a luz dele se apagasse de uma vez demoraria oito minutos para ficar escuro aqui na Terra?). O mais importante ainda: a “sensação” que temos de materialidade, de impenetrabilidade, de solidez que percebemos na verdade nada mais é do que uma simples repulsão eletromagnética que ocorre entre as moléculas e átomos (sabe quando dois ímãs se repelem entre si? Algo assim!). Se não houvesse esta repulsão eletromagnética tudo o que conhecemos como matéria seria permeável e perderia sua condição de “tangível”, pois nós já não conseguiríamos mais pegar uma pedra, por exemplo, porque as moléculas que compõem nossa mão não seriam repelidas pelas moléculas e átomos que compõem a pedra e assim uma perpassaria a outra.
Este conceito foi popularmente apresentado ao mundo pelo cinema no filme “O Ponto de Mutação” e mais recentemente no filme “Quem Somos Nós”. Recomendo estas duas obras para que o leitor conheça um pouco mais destas constatações aparentemente espirituais que a nossa ciência acadêmica realizou. Pode-se questionar que a Física Quântica é algo muito profundo, distante da realidade cotidiana das pessoas, etc. e tal. Mas, é incontestável que se fala da realidade em sua última instância. Ou seja, é fato comprovado pela ciência que a realidade em todas as suas possibilidades é formada por energias, pura e simplesmente. Quem quiser contestar isso que conteste então a mais pura e racional das ciências, a Física. Ou seja, uma afirmação que parece e é comum no universo místico espiritual é uma constatação acadêmica. Quem disse que espiritualidade não condiz com ciência?
Na verdade, quando se fala sobre algo, este algo tem suas diversas interpretações, ângulos, etc., mas em primeira e última instância todas as interpretações e ângulos possíveis de abordagem é este mesmo “algo” é só dele mesmo. Ou seja, interpretações, ângulos, versões, visões, leituras, abordagens, etc. não podem ser conflitantes ou excludentes, pois dizem respeito a uma mesma e única manifestação de Deus!
Ora, se você for analisar uma pedra do ponto de vista de um geólogo, de um físico, de um químico, de um místico ou de um poeta estarão todos falando da mesma pedra e não podem estar em conflito. Isso é óbvio. Então, na verdade as ciências e conhecimentos, acadêmicos ou não, são complementares entre si e não excludentes! Não existe o conflito entre matéria e espiritualidade, isso é coisa de nossa compreensão limitada e devido à falta de conhecimentos ou um pouco de vontade de buscá-los.
Dizer então que uma pessoa é materialista e outra espiritualista é algo semelhante a dizer que um médico é ortopedista e outro é psiquiatra. Só isso, um não é melhor nem pior que o outro, significa apenas que cada um está qualificado para ver e estudar o mesmo assunto de ângulos diferentes.
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