domingo, 17 de julho de 2011

Qual caminho seguir no Esoterismo?

“Esoterismo” é a designação de um conhecimento que só é revelado ao iniciado (“eso” = para dentro). Isso ocorre não porque seja proibido ou mesmo um pecado, mas simplesmente porque não é possível. Por exemplo: por mais que você ame seu filho e queira ensiná-lo a andar de bicicleta ou a nadar, ele só irá aprender de fato quando experimentar a bicicleta ou a piscina, quando se permitir errar até encontrar a forma correta de se equilibrar na bicicleta ou de não afundar na água da piscina, rio, lago ou mar. Geralmente este termo, “esotérico”, diz respeito a conhecimentos experimentados (vividos, sentidos) por pessoas sábias ao longo dos tempos e via de regra são de natureza espiritual. Apesar de ter uma natureza espiritual o esoterismo não é e nem pode ser limitado por uma religião. A religião é dogmática, doutrinária, enquanto que o verdadeiro esoterismo é libertário, sem limites de qualquer espécie. Muitas linhas esotéricas estiveram e ainda estão muito próximas a religiões, principalmente as mais antigas como, por exemplo, o Hermetismo da antiga religião egípcia; a Cabala do Judaísmo; a Teosofia do Hinduísmo e a Alquimia do Tianshidao (“O Caminho dos Mestres Celestiais”) chinês.
Na verdade o conhecimento que antes era reservado apenas a uma reduzida casta de monges preparados teórica e psicologicamente hoje tem sua versão exotérica (“exo” = para fora, ou seja, conhecimento dado aos não iniciados – é apenas uma pequeníssima parcela de uma grande verdade que encobre) explicitada em milhares de livros, encontrados em todos os cantos do planeta.
A pessoa que deseja conhecer o esoterismo hoje se depara com tantas opções que fica praticamente impossível escolher um caminho a seguir. Poucas correntes e místicos adotam uma didática clara e objetiva para orientar o peregrino. Na prática a pessoa fica sem saber se crer em gnomo é tão ou mais importante que crer em disco voador, acender incenso, fazer uma oração, meditar, usar um talismã, fazer uma peregrinação a um local místico ou coisa do gênero.
Como o esoterismo é uma questão de foro íntimo, primeiro eu recomendaria que a pessoa tentasse descobrir com qual tipo de cultura mais tem afinidade: Hindu, Judaica, Nórdica, Egípcia, Grega, Arábica, Chinesa/Japonesa, Inca/Maia/Asteca/Tolteca, Africana ou Mesopotâmica (primitiva). Depois disso, sugiro que utilizando desta ferramenta sensacional que é a Internet procure buscar os conhecimentos mais antigos desta cultura no que se refere ao conceito de cosmogênese ou cosmogonia (A Origem ou Formação do Mundo). Partindo então da Cosmogonia estudam-se a constituição, a ordem e a estrutura do mundo de acordo com aquela concepção ou tradição. Ao longo do desenvolvimento daquela cultura seus sábios certamente foram concebendo detalhes e informações adicionais ao conhecimento espiritual inicial de forma a ampliá-lo e torna-lo mais próximo possível à vida comum. Afinal, todo conhecimento esotérico e espiritual tem por objetivo o desenvolvimento do ser humano, levando-o ao autoconhecimento, ao despertar e à iluminação, seja em que linguagem for. No fundo, todas as linhas esotéricas, em sua origem, buscam contribuir para que o homem descubra a divindade que é em potencial e expressar esta divindade, contribuindo com a Grande Obra de Deus que é a harmonia cósmica.

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