terça-feira, 11 de junho de 2013

Esoterismo em seu Android

Esoterismo em seu Android

A Academia Ciência Estelar disponibiliza um aplicativo gratuito para sistema operacional Android de smartphones e tablets.

Com este aplicativo o usuário receberá semanalmente (algumas vezes precisa clicar em "atualizar") artigos sobre esoterismo que a Academia Ciência Estelar disponibiliza em seu Blog na Internet.

Além de ler os textos e ver as ilustrações, com o aplicativo é possível participar do blog enviando comentários, sugestões e críticas.

Você poderá baixar o aplicativo pelos link´s:

O ideal é que baixe o arquivo diretamente em seu aparelho com o Android. Caso contrário precisará transferir o arquivo de seu computador para o Android, o que pode ser feito facilmente utilizando-se o recurso Bluetooth ou mesmo as ferramentas de copiar do sistema operacional que seu computador utilizar.

Após receber o aplicativo em seu aparelho com Android clique nele optando por utilizar o "Instalador" do sistema operacional. Depois é só fazer como o procedimento com os demais aplicativos que tem em seu Android: clicar no ícone e aguardar a atualização, se esta não ocorrer clique no símbolo de atualização (circular) que fica na parte de baixo, à direita, da tela.

Baixe, Instale, Leia, Reflita, Participe!


O Pecado Original explicado para Iniciados

Este texto é destinado à leitura por parte de iniciados e, portanto, não terá um grande preâmbulo ou contextualização. Por esta razão, sua compreensão exige conhecimentos e consciências prévias e o leitor deve ter isso em mente se não entendê-lo. O texto se concentrará exclusivamente na questão do chamado “Pecado Original”.

Se uma pessoa conhece menos do que o iniciado, este não discutirá porque não há razão em discutir com quem sabe menos do que ele.
Se uma pessoa conhece mais do que o iniciado, este também não discutirá porque preferirá calar e aprender mais.
Se uma pessoa sabe o mesmo que o iniciado, não haverá discussão porque ambos sabem a mesma coisa.

Esta explicação foi liberada na forma escrita em razão do constante esforço conjunto que mestres espirituais realizam objetivando as importantes, urgentes e profundas transformações na consciência humana. Além disso, visa também estimular os espíritos para a condução de suas personalidades rumo ao despertar. Isso ocorre em razão de que ao ler sobre verdades que o espírito conhece, a alma inconsciente reconhece este conhecimento, sem conseguir explicar como, e sintoniza-se com a verdade superior, aumentando sua vibração e conseqüentemente sua vibração.

Por “pecado original” popularmente entende-se que o homem primordial, Adão, cometera um verdadeiro crime conta os desígnios de Deus quando, por indução da serpente maligna, comeu do chamado “fruto proibido”. Muitos interpretam este “fruto proibido” como sendo o sexo, apesar de que biblicamente se diz que é o fruto da Árvore do Conhecimento (do Bem e do Mal).



Esta alegoria bíblica repercute de forma muito importante na vida de centenas de milhares de pessoas, pois há religiões que afirmam categoricamente que o homem nasceu marcado pelo Pecado Original e por isso será sempre um pecador indigno, jamais podendo redimir-se do suposto erro cometido por seu ancestral primordial, Adão. Ou seja, para estas religiões a humanidade está condenada à danação eterna. Mais ainda, muitos afirmam que a culpa disso deve sobre cair sobre a mulher que seduz o homem, transformando-o em um ser sem opinião, força ou vontade própria.

Este é, grosso modo, genericamente falando, a opinião popular e religiosa do Pecado Original.

O fato é que seres estelares muito avançados em termos científicos viviam na Terra e como ocorre em qualquer parte da Criação precisavam executar tarefas rotineiras para sua manutenção, desenvolvimento e perpetuação. Se de um lado o trabalho tomava tempo, esforço e energia, estes seres também tinham naturalmente apreço pelo prazer e lazer.

Convivendo com humanoides terrenos, os seres estelares decidiram então buscar uma solução para minimizar suas necessidades de esforços e investimento de tempo e energia para realizar as tarefas que necessitavam. A solução encontrada foi mais do que um robô, que se criasse geneticamente um híbrido resultado da associação da força de trabalho do humanoide com as capacidades psíquicas daqueles seres estelares. Assim foi criado o ser humano muito parecido com o que conhecemos atualmente. Este procedimento médico científico extraterrestre foi a razão do salto evolutivo da humanidade que a Arqueologia e a Antropologia não explicam.

A despeito de que muitos afirmam ter-se tratado de uma experiência que deu errado, na verdade foi uma operação com total e absoluto êxito, melhor do que o esperado. E, é aí onde reside a origem do problema.

Juntamente com as habilidades psíquicas, o material genético extraterrestre também suavizou a aparência animalesca dos humanoides, tornando-os mais graciosos, belos e desejável. Mais do que isso, este novo ser passou a apreciar o prazer e a querer repeti-lo, perpetuando o estado de lazer. Mais que isso, o prazer para e com os humanos, com porção instintiva animal era muito mais forte, intenso e viciante.

Assim ocorreu certa identificação entre alguns extraterrestres e alguns humanos, mais afeitos ao prazer e nada dispostos às tarefas que exigiam esforço, dedicação e responsabilidade.

Este grupo inicial do que os gregos posteriormente chamariam de “hedonismo” ganhava cada vez mais membros prejudicando tanto a produção laboral dos seres estelares quanto à harmonia terrena original dos humanoides.

Esta aproximação entre humanos e extraterrestres hedonistas gerou uma casta intermediária entre as duas culturas. Esta casta, de ambos os lados, se sentia acima e melhor do que os demais de seus pares. Os humanos deste grupo sentiam que não deveriam trabalhar, se esforçar e produzir mais (eram “escolhidos” pelos “deuses”), seus extraterrestres se sentiam no direito de relegar suas tarefas aos humanos criados e menos dotados que executariam suas tarefas e obrigações. 


Esta situação persiste até hoje na humanidade. Não há mais como se retirar a parte genética herdada dos seres estelares, até porque seria o mesmo que retirar nossas habilidades psíquicas, nos remetendo novamente à Idade da Pedra. Porém, ao permanecer nossa herança genética permanecem também as tendências hedonistas, escapistas e idílicas.

Na sociedade humana atual é comum a exploração de pessoas mais simples por parte de outras que se consideram melhores. Estas, auto-identificadas “melhores” se sentem no direito de acumular riquezas, prazeres e direitos e ao mesmo tempo distanciarem-se das obrigações, compromissos, responsabilidades, esforços e colaboração social. As “melhores” não só escravizam os mais simples como cobram destes que realizem por eles o que se negam a fazer.

Considerando então que a situação genética é insolúvel, parece justificada a interpretação religiosa de “danação eterna”. Mas, já não somos mais animais motivos pelos instintos. Mesmo se assim o fôssemos, ou não teríamos o material genético extraterrestre em nosso DNA ou então como seres animalescos não conheceríamos o prazer de ter prazer e o desejo de manutenção do mesmo.

O ser humano como resultado do processo de hibridação é o único com liberdade para caminhar tanto como ser instintivo quanto como ser estelar. Tanto o ser instintivo animalesco não conhece o prazer, quanto os seres estelares são poderosamente regidos pelas Leis Cósmicas Universais. O ser humano pode adquirir o mérito através da opção de seguir conscientemente as Leis Cósmicas Universais de colaboração, harmonia e integração, realizando suas tarefas e cumprindo com sua razão de existência. Ou então, abrir mão de sua porção estelar elevada para se entregar ao aspecto improdutivo, egoísta, anti-social e animalesco da busca pelo caminho sedentário do menor esforço e do maior prazer.

A questão então não é o prazer em si, mas sim colocá-lo acima da obrigação cósmica da vida coletiva, acima da obrigação de colaboração com o Todo e com as partes, colocá-lo acima dos interesses coletivos de uma sociedade a qual todos fazem parte e todos são afetados por aquilo que todos fazem. A questão não ter ou deixar de ter prazer, mas sim ser egoísta e viver apenas para seu próprio prazer e muitas vezes até tomar a vida e o esforço de outro para isso. A questão é deixar de produzir, de cooperar, de servir, de contribuir, de fazer a sua parte para a harmonia e o desenvolvimento global o qual todos são beneficiados.

Colocando assim, talvez se possa perceber que não existe um culpado, mas cada um pode identificar ou não sua porção de culpa e alterá-la conscientemente. Não se trata de uma decisão ou ação transcendental, mas sim cotidiana mesmo. Quantos veem o trabalho como uma terrível obrigação que é obrigada a aceitar para poder pagar suas contas? Quantos veem seu trabalho como fonte de recursos para seu sustento e evolução, para seu desenvolvimento pessoal e, principalmente, para sua dignidade pelo fato de estar contribuindo na produção de produtos ou serviços que servirão a outras pessoas? Quantos se sentem realizados conquistando coisa para si? Quantos se sentem realizados conquistando coisas para outras pessoas?

A questão sexual é de natureza íntima e pessoal e representa o mais puro, terno e profundo prazer que se pode ter. Sem dúvida reflete bem o posicionamento psíquico da pessoa ante a questão prazer e colaboração, entre receber e doar, entre o eu e o tu. É durante o ato sexual que se pode perceber quanto à pessoa está ocupada com seu próprio prazer ou com o prazer do outro. Talvez, se for feita este tipo de análise, se chegará à conclusão que o problema não seja de natureza feminina, mas sim masculina.

É tudo uma questão de mudança de postura, de visão e de abordagem. É uma questão de opção consciente por ser um ente cósmico ou um verme que só pensa em si mesmo. É uma questão de se decidir viver entre as magníficas e eternas luzes das estrelas ou chafurdado na lama da terra. É uma escolha entre se decidir viver como Filho do Pai ou como um aborto animal. É escolher entre olhar para as estrelas no horizonte ou para o chão onde se pisa. É pensar no amanhã e nos demais ou somente no que se pode desfrutar imediatamente.

Luciel



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quinta-feira, 6 de junho de 2013

SOMOS O QUE VEMOS E VIVEMOS

SOMOS O QUE VEMOS E VIVEMOS

Fiquei pensando em como escrever um artigo sobre “somos o que vemos e vivemos”. A melhor descrição sempre se dá através de nossas próprias experiências de vida. Assim exemplificamos algo real e a experiência vira ensinamento, da mesma forma que os antigos faziam, ou nossos avós fazem ou fizeram conosco. A vida é a maior escola, e é com as experiências do viver a cada dia que aprendemos a conduzir nossa jornada.



Mais ou menos quatro anos atrás eu estava em São Paulo. Chegando à cidade véspera de feriado, a rodoviária lotada, fui entrar no metrô da Tietê. Quando passou pela Sé (considerado o maior aglomerado de pessoas de São Paulo na hora do rush), o metrô parou em baixo da terra, não havia saída e a luz se apagou, era por volta das 17:45. Fiquei mais de 17 minutos no escuro, como uma sardinha enlatada. Em pé, com uma grande mochila não podia me mexer. As pessoas começaram a ficar nervosas e eu sempre mantendo a calma em tempos críticos, fiquei lá imóvel com aquele peso nas costas. Meditando e refletindo, pois não sabia o que tinha acontecido se iríamos morrer ou viver, ou quanto tempo iria ficar ali preso debaixo da terra.


Comecei a pensar o que havia acontecido em cima de nós. Pensava que naquela altura havia um aglomerado de pessoas voltando do trabalho na maior metrópole do país. Pensava em como seria a cidade de São Paulo por cima. E tudo que minha mente imaginava ia apenas até o chão da cidade, essa era a minha fronteira final, a minha liberdade. Pensei em como as pessoas arrogantes se acham o máximo, o que na verdade quando estamos presos em um buraco somos nada mais que vermes. Na verdade somos todos importantes, desde o mosquito até o ser humano, somos de suma importância para o planeta, a diferença é que vemos de acordo com o que vivenciamos.



Um religioso cristão vê santos e anjos, um nerd vê games e computadores, uma professora de Português vê a língua portuguesa de um jeito “mais que perfeito”. O mecânico vê carros e motores, o Budista vê Buda, os veterinários animais, o astrólogo signos e astros e por aí vai a nossa visão humana. Cada pessoa vê a vida da forma que conhece de acordo com o ambiente que é criado ou que vive. Como a diferença de um gato do mato, gato da rua e gato doméstico. Como uma criança de rua ou criança com casa e pais amorosos. A vida é vista da forma que conhecemos.


Naquele momento minha fronteira final era a cidade, porque eu só via escuridão e estava em baixo da terra. Deixei de pensar no espaço, nos planetas que para mim parece ser a fronteira já que vivo em cima da terra e posso ver as estrelas todas as noites. Meu universo tornou-se diferente por 17 minutos. Assim pude refletir o valor que temos na Terra. Não somos vermes, somos construtores, somos importantes para nossos amigos e familiares, pois outros seres que nem nos conhecem não se importariam com a prisão abaixo daquela cidade gigantesca.

Temos que ser bons e saber perdoar quem nos ama, quem nos dá valor e quem nos quer bem, pois para esse mundo somos extremamente importantes. Mas diante daquele metrô éramos apenas vermes que não sabiam aonde iam ou o que teria acontecido. Uns gritavam Santo fulano! Outros ouviam seus celulares com música, outros comparavam o momento com prisões e outros até com computadores infectados. Eu, que vivi tanto tempo longe da civilização convivendo apenas com animais e elementais descrevi a cena como se eu fosse um tatu preso na terra. E assim cada um via a cena de maneira diferente, mas o que importava é que estávamos no mesmo barco (metrô). E não importa a visão que tenha todos nós caminhamos por essa terra, apenas temos visões e vidas diferenciadas, só isso. Pois todos morrem, todos vão ao banheiro, todos comem, todos respiram e todos sentem. Então a arrogância do ser humano é apenas uma falta de visão, carência de experiência. Antes de julgar devemos tentar compreender a vida que a pessoa vive e o ambiente que ela está acostumada. Tudo nesse mundo tem um aprendizado, até mesmo ficar preso em um metrô. Manter a calma e esperar foi minha reação, diferente de outras pessoas que queriam sair, sair para onde? Não havia passagem.



Então após refletir na escuridão como uma sardinha enlatada, como um tatu preso na terra ou como uma múmia em seu sarcófago (cada um vê de sua forma), a luz do metrô acendeu. Informaram que havia acontecido um acidente na linha na altura da Sé e que já havia sido resolvido e que dentro de um minuto voltaríamos ao normal. Logo o metrô se pôs a andar e quando saí da estação ouvi pessoas dizendo que alguém havia se jogado frente ao metrô na Sé. Um suicídio. Alguém que não teve visão ou saída, que não dava valor algum a própria vida se matou. E tive a certeza que o suicida escolheu aquele dia e horário para chamar a atenção do povo. Talvez ele quisesse apenas atenção em uma cidade que ninguém está nem aí para o outro, onde a arrogância e o dinheiro prevalecem e o perigo os anima a andar rápido e nem ver o sol que ilumina suas cabeças todos os dias de suas vidas. Sempre gostei de São Paulo, mas eu nunca havia visto o outro lado da moeda. Quando formos criticar alguém ou nosso espírito tender a arrogância, pense bem e reflita, pois talvez sua alma esteja apenas querendo atenção, mas de forma alguma se suicide, pois hoje podemos estar vivendo experiências ruins, mas o amanhã poderá viver plenamente através das experiências que se passou. As experiências ruins são como provas difíceis de cálculos absurdos que fazemos na escola.



Veja as experiências negativas como reflexão, elas não existem para nos sentirmos vermes sem importância, mesmo porque até os vermes e bactérias tem importância na terra e até em nosso corpo. Reflita, pois aquele que quer evoluir deve aceitar com calma seu momento ruim e imaginar a melhor forma de sair dali. A calma atrai pensamentos coerentes. O pensamento coerente atrai boas energias, porque a coerência é sempre positiva.

Quando cheguei ao meu objetivo fui recebida com maior carinho, com bolo e festa. Aí pude ver a simplicidade e importância que temos para as pessoas que nos querem bem. O maior bem da vida é o aprendizado com as circunstancias não agradáveis, bem como os amigos que vamos tendo ao longo da jornada chamada de vida terrena.

Reflita sobre suas questões ao invés de criticar, assim deixamos de compreender a verdade dessa escola no planeta Terra. A calma e compreensão é o melhor caminho para enfrentar certos tipos de prisões e escuridões, seja ela que tipo for, externa ou interna.

Por Letícia de Castro

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quarta-feira, 5 de junho de 2013

O símbolo em nossa vida cotidiana

O símbolo em nossa vida cotidiana


Alguns artigos aqui publicados versam sobre símbolos e alguns leitores podem questionar a validade de se dedicar tempo e reflexão acerca de “coisas” abstratas, não concretas ou reais.
Mas, a importância dos símbolos não é o que são, mas sim o que representam, principalmente as idéias e conceitos que significam e trazem para nós. É como uma imagem religiosa que ela por si mesma nada mais é do que gesso pintado (na maioria das vezes), mas que pode representar um importante ícone religioso digno de fé e veneração por milhares de pessoas.
Além disso, enganam-se aqueles que imaginam seu mundo “concreto” é isento do uso de símbolos. Uma das mais cruéis e fatais realidades da atualidade é o sistema financeiro. Esta realidade financeira da qual não podemos fugir tem como símbolo principal o dinheiro.
O que é o dinheiro? Um pedaço de papel pintado ou metal, nada mais que isso. Antigamente o dinheiro tinha seu valor intrínseco, as moedas de ouro valiam o seu peso em ouro, igualmente as de prata. Simples assim. Agora o dinheiro na verdade é um tipo de “vale”, um símbolo de um valor que por sua vez também é simbólico.


Antigamente o dinheiro em papel era um vale, mas tinha seu valor lastreado em ouro guardado no Banco Central. Não é mais assim! Hoje o dinheiro é na realidade um símbolo de confiança, nada mais do que isso. Está estampado no dólar americano, moeda referência mundial: “In God We Trust”. Ou seja, “acreditamos em Deus” tornou-se o slogam que lastreia a confiança internacional daquela moeda referência. Tanto assim é que quando surge algum escândalo financeiro o mercado “vira de ponta-cabeça”.  Ou seja, quando a confiança é afetada os valores podem se pulverizar da noite para o dia e lá se foi o valor das coisas.
Não existe nada mais essencial na vida atual do que dinheiro. Pessoas morrem e pessoas matam por ele. A vida mundial tem por base o símbolo de um valor, a representação da confiança em um governo ou sistema financeiro.
Ou seja, por mais concreto que possa parecer, o dinheiro que norteia a vida e o trabalho de todos é algo subjetivo, virtual, e muito enganoso, visto que seu valor pode se alterar drasticamente a qualquer momento. Nossa moeda mesmo, já mudou de nome e valor diversas vezes na história. Foram réis, cruzeiros, cruzados, real, etc..
Isso não acontece com os símbolos que retratam as verdades eternas que iluminam a humanidade. O dinheiro foi criado pelo homem e por ele pode deixar de existir. Já as Leis Cósmicas Universais foram criadas por Deus, antes mesmo do homem existir. Estas Leis cósmicas são eternas e imutáveis. Apesar de parecerem abstratas por sua simbologia tratar de questões de natureza aparentemente não tangível, falam da realidade nua e crua plasmada nos diversos planos da Criação.
Devemos refletir sobre esta questão. Devemos pensar o quanto algo é realmente sólido e seguro e o quanto ele é frágil e passageiro em nossas vidas. Muitas vezes construímos nossa casa sobre terreno inseguro sem perceber, apenas porque outras pessoas também o fizeram.



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quarta-feira, 29 de maio de 2013

Por uma humanidade mais humana

Por uma humanidade mais humana


Cientificamente o ser humano é um animal racional e é isso que o difere dos demais animais.
Mas, pensar, ser racional, é algo que deve ser aprofundado, melhor definido.
Existem pessoas que mal conseguem se comunicar, outros mal conseguem escrever ou mesmo assinar seu nome. Mas, pior que isso são as pessoas que por mais e melhor que você explique uma coisa elas não entendem e não se esforçam para entender. Este tipo de pessoa apesar de teoricamente pensar (pois articulam idéias e as expressam), na verdade lhe carece o elemento essencial para seu desenvolvimento, o que caracteriza a condição humana: a inteligência.
Esotericamente é a inteligência que difere o ser humano dos animais. Esta inteligência é uma dádiva divina conquistada pela própria pessoa e por isso não é igual para todos. Isso está claro no livro Corpus Hermeticum (ou Poimandres), Discurso à Asclépius (por Hermes Trismegistus).
Nossa sociedade é composta por alguns seres humanos, inteligentes, que pensam por si mesmos, que têm suas próprias opiniões porque pesquisam, estudam, consideram o amor e a fraternidade em suas decisões. Mas, existem aqueles que agem como verdadeiros zumbis que apenas se movem sem refletir, direcionados por terceiros. Existem os semelhantes a vampiros que obcecados pela concentração de poder também não pensam e nem consideram mais nada, nem ninguém. Disputando com os vampiros o controle e domínio sobre os zumbis existem aqueles que são puro instinto de sobrevivência, conquista e violência: os ditos “lobisomens” da atualidade. Este é outro grupo que não pode ser considerado humano, são animais intelectuais sim, mas carecem de sentimentos humanos.
Nesta cena cinematográfica na qual vampiros e lobisomens lutam entre si para dominar os zumbis estão perdidos os poucos seres verdadeiramente humanos, perseguidos pelos demais que os querem escravizar.
Como não perseguem o poder ou o domínio, os verdadeiros humanos não se organizam, não se importam ou se dedicam a conquistar o poder. Por esta razão geralmente estão acuados, em situação frágil, isolados uns dos outros, sem força e sem expressão.
Nós, seres humanos pensantes, precisamos mudar a situação. Precisamos nos unir, trocar informações e idéias, unir forças, nos defender e defender nossos interesses juntos. Precisamos nos esforçar para reverter a condição zumbi de muitos de nossos amigos e parentes e trazê-los para engrossar nossas fileiras.

Deixemos os vampiros e os lobisomens de lado, nos defendamos deles, mas nos concentremos em ampliar nossa humanidade.  Vamos romper com a inércia do conformismo, da preguiça mental, do medo do questionamento, o comodismo  que impede a pesquisa e os novos conhecimentos.
A revolução humana deve se pautar pela mente, jamais pelas armas ou violência. Armas, violência, denúncias, agressões, traições, manipulações e competição são atitudes típicas dos vampiros e dos lobisomens sociais.
Construamos hoje nossa sociedade futura, pautada pela ética, pelos bons valores e atitudes, pelo estudo contínuo, pela mente aberta, pela busca da divindade em tudo que existe.

Nesta verdadeira selva e quem vivemos, vamos construir uma “vila” que possa comportar a nós mesmos e aos nossos descendentes. Mudemos nossos hábitos, rotinas e relações. Porque continuar tentando ser “amigo” e conviver no mesmo espaço de vampiros e lobisomens? Vamos nos encontrar em algum lugar nosso, humano, e falar de humanidade e de nosso futuro. 

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Os vampiros de nossa sociedade


 

Podemos estabelecer um paralelo entre o ícone dos zumbis ou mortos vivos que tanto está em voga com a conivente omissão das pessoas que não reivindicam seus direitos, não expõem seus pensamentos, não se posicionam explicitamente, não se permitem pensar por si mesmas, não tem objetivos próprios de vida, não questionam costumes e hábitos incoerentes e não se permitem amar e ser amados. Mas, precisamos também analisar o outro lado da mesma moeda, aqueles que geram este estado de existência sem vida própria: os vampiros da modernidade.
O tema “vampiro” também está na moda, arrastando milhares de adolescentes para os cinemas em todo o globo. Mas, este fenômeno tem uma relação com o que acontece em nossa sociedade e talvez por isso mesmo haja tanta identificação ou projeção por parte das pessoas.



A ideia tradicional do vampiro é que se trata de um ser que existe, mas que não tem necessariamente vida. É eterno porque já está morto, tem poderes sobrenaturais e carece de sentimentos.
Este tipo de comportamento é facilmente encontrado em nossa sociedade, em pessoas inescrupulosas para as quais o que importa é sempre a concentração de poder social e econômico. Para estas pessoas a vida se resume em acumular bens e dinheiro à custa da exploração de outros e até mesmo à custa das vidas, emoções, famílias, sentimentos, futuro, expectativas e espiritualidade alheia. Estes vampiros modernos se riem das insipientes reações na forma de lamentos e reclamações que nada conseguem fazer ou atingir.
São estes vampiros sugadores de vidas que geram os zumbis em nossa sociedade. Então, as pessoas ditas “normais” se encontram no meio desta verdadeira guerra que por incrível que pareça os têm como preza. Tanto os vampiros caçam as pessoas normais pensantes para torna-las zumbis, como os zumbis também os caçam para que as pessoas normais também se tornem zumbis manipuláveis, massa de manobra. Certamente os zumbis assim o fazem respondendo ao comando dos vampiros da modernidade.
Este tipo de guerra ou caça acontece diariamente em nossa sociedade, nas ruas, no trabalho, na sociedade, nas religiões. Aqueles que pensam e reivindicam o direito de sentir suas emoções e serem livres são caçados e combatidos tanto por vampiros quanto por zumbis. Comumente são penalizados profissionalmente porque os vampiros costumam assumir postos de comandos nas organizações e terem um séquito de zumbis ao seu comando. O vampiros são aqueles que fazem o chamado “capitalismos selvagem”, desumano, insensível e cruel.
Apesar do poder, os vampiros são o outro lado da moeda dos zumbis. Os dois carecem de vida humana, autonomia, independência, espiritualidade verdadeira e amor. Ambos estão fadados a permanecerem eternamente como estão, sem evolução, sem desenvolvimento, sem divindade, sem vida. Por sorte sair desta condição é possível, mas exige muito esforço, sacrifício e determinação. A saída é começar a pensar por si mesmo, se informar, ter sua própria opinião das coisas e expressá-la.
Qual será o fim para nossa humanidade “normal”? Qual será o fim do vampirismo e dos zumbis? Haverá vencedor nesta guerra?
E você, caro leitor, é uma pessoa normal? É um vampiro? Ou é um zumbi? Já refletiu sobre isso?


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quarta-feira, 15 de maio de 2013

A Grande Mãe


Neste artigo quero abordar a Grande Mãe, a mãe de toda a humanidade, aquela que simboliza o conceito universal de maternidade, de manutenção da vida e de geração.
Algumas pessoas podem identificar o conceito de Mãe do Mundo ou da Humanidade com Maria, mãe de Jesus. Mas, o culto à Maria como virgem e divina foi instituído muito recentemente na história humana, na Idade Média (período medieval). Este culto não tem embasamento bíblico. Pelo contrário, é reconhecidamente uma estratégia de dominação adotada para se apoderar da fé e também dos fiéis de antigas tradições que cultuaram a Grande Mãe desde épocas imemoriais.
O culto da concepção, geração e da manutenção da vida é muito remoto. Há 7 mil anos, para os antigos egípcios a Grande Mãe era Ísis, mãe de Hórus e esposa de Osíris. 
Como mãe celeste, a Grande Mãe é simbolizada pela Lua, como mãe da terra ela é Gaia, nas antigas tradições.
Na maioria das civilizações ancestrais a Grande Mãe é a criadora do universo, gera a vida, a cultura, a agricultura. Seu culto foi identificado inclusive na pré-história humana (período Paleolítico e Neolítico). Neste período ela era cultuada como Vênus. Achados arqueológicos indicam que o culto à Deusa Mãe remonta há 300.000 anos a.C. e que alguns de seus nomes guardam relação com o ciclo menstrual, também conhecido como o ciclo da vida. Joseph Campbell diz que a cor vermelha da argila com a qual Adão foi feito está relacionada com a cor do sangue menstrual e mais: 
“Ao criar, Jeová cria o homem a partir da terra [da Deusa], do barro, e sopra vida no corpo já formado. Ele próprio não está ali, presente, nessa forma. Mas a Deusa está ali dentro, assim como continua aqui fora. O corpo de cada um é feito do corpo Dela. Nessas mitologias dá se o reconhecimento dessa espécie de identidade universal”.

Nas diversas mitologias encontramos a presença da Grande Mãe: Tiamat, na Suméria; Ishtar (Inanna)  na Caldéia; Asherat, em Canaã; Astarte, na Síria e Afrodite, na Grécia. Na Grécia temos ainda Hera e Deméter com similitude com o conceito de Grande Mãe e também Juno e Minerva. Nas religiões afro temos Iemanjá, Oxum e Iansã como mães. Para o hinduísmo existem como Mães: Viraj, Aditi e Durga, sendo que a encarnação de Durga é Kali.  
Os ritos da Grande Deusa ressaltam sempre a divindade do feminino que está presente em todas as mulheres e na natureza em geral. Comumente o Feminino se expressa em três ou quatro formas distintas, assim como as fases da Lua e as estações do ano. 
As culturas mais patriarcais e masculinamente narcísicas mitômanas denegriram a imagem da Grande Mãe e a distorceram. Recebemos os efeitos desta ação deletéria na associação do feminino com as sombras, os demônios e o mal. Isso correu, por exemplo, com a imagem de Lilith e também na perseguição às chamadas “bruxas” pela “Santa” Inquisição.
Todo aquele que não reconhece a divindade presente na mulher e na natureza, interna e externa, em si e nos demais, está perpetuando a afronta à Grande Mãe Espiritual da Criação. 


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Somos “mortos vivos”?


Os zumbis, mortos vivos, estão na moda na TV que exibe um seriado de sucesso com este tema. No seriado e em outros filmes sobre os zumbis existe sempre uma fuga angustiante, repleta de cenas chocantes. Mas, há algum paralelo com nossa vida comum para que pessoas gostem tanto assim do seriado e deste tipo de filme? Bem, creio que não é possível estabelecer uma relação tão direta, mas a meu ver podemos encontrar algum paralelo entre a “vida besta” que muitos de nós podem levar com a animação sem vida de um zumbi.
O que é “vida”? Por vida entende-se animação, existência, movimentação. Se assim for os chamados zumbis não estão mortos, mas sim vivos. Se ampliarmos, porém o conceito de vida eles já não se encaixam. O dicionário nos define vida assim: “O resultado da atuação dos órgãos que concorrem para o desenvolvimento e conservação dos animais e vegetais. Espaço de tempo compreendido entre o nascimento e a morte. Conjunto de condições (habitação, alimentação, vestuário etc.) socialmente necessárias à preservação do homem”. Outros diriam ainda que “para ter vida, um ser vivo precisa crescer, metabolizar, se movimentar, reproduzir ou não, e responder a estímulos externos”.


Mas, a vida é muito mais do que simples processos biológicos e comunicativos. Ter vida é ter ânimo, razão própria de existência, noção de se ser um ente único na infinidade, ter um objetivo ou motivo próprio, amar e ser amado, ter sua verdade interior e fazer a diferença, contribuir conscientemente para o desenvolvimento do meio onde se vive e buscar a realização pessoal. Esotericamente a vida é regida pelo Sol. O Sol nos ensina que somos cada um uma estrela diferente e importante na constelação em que vivemos. Mais que isso, que devemos brilhar e irradiar nossa luz interior iluminando quem esteja perto, levando a eles nosso calor, afeto, espiritualidade, proteção e saúde.
Também é moda “deixar a vida levar”, tem até uma música de sucesso assim. Se deixar se levar pela “vida” é não ter sentido próprio, não ter opinião e praticamente não ter ética alguma, coração ou sangue nas veias. Por definição é o mesmo que ser um zumbi. Existem pessoas que vivem para trabalhar, pagar contas, satisfazer a sociedade e seguir os costumes de um grupo para se sentir integrado. Isso não é vida, pelo contrário, é jogar fora esta magnífica oportunidade que temos de viver, experimentar, sentir e doar, aprender e se desenvolver.
Muitos, por medo das reações e conseqüências desconhecidas que um comportamento ou pensamento original pode gerar se acomodam na mesmisse apática da omissão e da “vida de gado” (ouça a música do cantor Zé Ramalho).
O “mito da caverna” de Platão retrata muito bem esta situação que deveria ser motivo de reflexão por parte de todos. Devemos todos nos sentir motivados a pensar e responder para nós mesmos: “Sou um zumbi moderno ou será que ousei sair da caverna e ser o protagonista de minha própria vida?”. Sugiro ainda que esta “meditação” especial seja feita ouvindo-se a música “Ouro de Tolo” do filósofo e cantor Raul Seixas. 


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quarta-feira, 1 de maio de 2013

O Julgamento Final


O Julgamento Final


O assunto que mais incomoda o ser humano, talvez desde o homem das pedras, é a morte. Penso que o segundo assunto que mais possa preocupar o ser humano que considera a espiritualidade seja o tão difundido "Julgamento Final".
Nas diversas religiões existem descrições de como seria este julgamento que se entende ocorrer após a morte. Muitos acreditam ainda que este julgamento espiritual possa resultar em uma condenação eterna.
Apesar de que não é justo e nem espiritualmente coerente uma condenação eterna, o presente artigo versa sobre outro assunto. Deixemos a "condenação eterna" para outro artigo futuro.
A religião mitológica do Antigo Egito já representa o julgamento da alma por Anúbis. Outras religiões, inclusive as cristãs, também têm este julgamento que por vezes é utilizado por religiosos como argumento de coação para que os fiéis sigam suas orientações e doutrinas.

O fato é que quando realizamos algo que crie uma forte emoção em outra pessoa também somos envolvidos por isso. Desta forma, assim como a emoção fica gravada na alma da outra pessoa que recebeu (passiva) a ação também fica gravada na alma do agente a mesma emoção (ativa). A diferença é que para uma pessoa foi um fato ativo (agente) e para outra foi um fato passivo (quem recebeu). 
A alma é que guarda e leva as experiências para a eternidade e este é o fato que explica a conhecida Lei do Carma. Porém, com a alternância das vidas os papéis se invertem, quem foi agente se torna recebedor e vice-versa. Isso mantém a recorrência da situação vida após vida, as pessoas se reencontram e repetem o fato, invertendo sempre os papéis até que pelo menos uma das partes tome consciência e rompa aquele vínculo em especial.
O chamado "Julgamento Final" tem como elemento central a alma, simbolizada em muitas religiões pelo coração.
Na verdade, neste julgamento será "colocado na mesa" o que a alma tem em seu interior. De certa forma então é a própria pessoa, ou sua alma, quem se julga, "quem" se denuncia. Ou seja, em última instância é a própria pessoa que se julga e não um juiz, seja lá qual for. O que se pode concluir é que não se deve temer nenhum juiz em especial, mas saber exatamente o que se faz. Pois, assim como os grandes mestres ensinam: “faze o que quiseres, mas lembre-se de que tudo tem um preço a ser pago”.
O leitor pode me perguntar: "Mas, e o caso de pessoas como os psicóticos, que nada sentem? Como fica?”
Bem, realmente neste caso não se aplicará a chamada "justiça divina", pois se trata de um doente que não responde por si. Neste caso a justiça divina reside no fato de que somente com as emoções e sentimentos que nos diferenciamos de outros seres no sentido de que podemos aprender e evoluir, adquirir luz e consciência.
Ao experimentar emoções e sentimentos nas experiências da vida podemos evoluir, despertar a consciência e chegar à iluminação. Isso jamais vai acontecer com aquele que não tem sentimentos ou emoções. O interessante é que este tipo de pessoa não se preocupa em evoluir, pois já se credita evoluída e acima dos demais humanos, considerando as emoções e sentimentos verdadeiras fraquezas humanas.

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A arma contra o medo

É natural do ser humano temer o desconhecido. E também é natural do ser humano “criar” em sua imaginação as formas mais aterradoras daquilo que teme. Mais ainda, via de regra, supervalorizamos aquilo que tememos, concedendo-lhe poderes superiores, muita maldade e força sobrenatural.
O fato é que a reação natural ao desconhecido e ao medo é a fuga ou o combate visceral, a guerra motivada apenas pela manutenção do “status quo”, para que as coisas não se modifiquem. Assim, a luta sem sentido encontra “justificativa” na suposta maldade e poder destruidor daquilo que se ignora. O medo é a mola propulsora que justifica a ausência de ética, justiça e respeito desta guerra animalesca e luta pela sobrevivência.
O medo do desconhecido nos transforma ou desperta em nós o que existe de mais abissal, primitivo e instintivo, nos igualando aos animais e bestas mais ancestrais.

Mas, esta é uma luta que promete não ter fim por uma simples razão, trata-se de uma luta não com algo realmente objetivo, mas sim com nossas projeções, fantasias e imagens criadas por nós mesmos, motivados pelo medo. É uma luta eterna que desgasta tempo, energia, consciência, organismos e possivelmente até relacionamentos ou mesmo vidas.
Existe, porém, um final possível para a luta contra o temido desconhecido: é o conhecimento.
O medo deve ser um sinal que desperte a nossa atenção sobre algo que devemos conhecer, afinal, ele está evidenciando algo que nos parecer ser importante de alguma forma, pois antes não havíamos nos dado conta de sua existência, apesar de sempre ter estado lá.
O conhecimento se inicia de forma teórica, intelectualmente, se encaminha para a vivência, o “pegar na massa”, “ver os olhos do inimigo” e chega ao nível de conhecimento. Quando o conhecimento é transcendido para além da dimensão pessoal, então ele se torna sabedoria e esta é sinônima de muita paz e harmonia. Trata-se então da compreensão verdadeira acerca do mistério que estava por trás daquele medo inicial. Aí a pessoa se tornou mestre naquele mister e está um degrau acima quanto a isso se ladeada por outras que ainda não passaram pelo mesmo processo.
O conhecimento é como um foco de luz que sai do centro do peito, iluminando o caminho escuro logo à frente. Existem pessoas que andam curvas e suas luzes só conseguem iluminar o limitado caminho para o próximo passo. Mas, existem pessoas que andam de coluna ereta, peito aberto, olhando o horizonte. Para estas a luz de seus conhecimentos iluminam todo o caminho à frente, até se perder de vista. Quanto mais luzes do conhecimento este tipo de pessoa tiver, mais longe enxergará e mais longe poderá chegar em sua vida.
Enquanto estivermos fugindo com medo do desconhecido ou combatendo-o nossas vidas serão regidas pelas sombras da ignorância e o futuro será igual ao ontem. Mas, se, ao contrário, aceitarmos o desafio do desconhecido como uma aventura que se nos apresenta e valentemente buscar conhecimentos chegaremos ao mérito de poder dominar aquela questão até a termos sua maestria. Agindo assim podermos ir muito mais além de nós mesmos e conquistarmos o poder de decidir o nosso futuro.

terça-feira, 9 de abril de 2013

A dor como bom sinal

Vivemos em uma época que o ideal parece ser não ter dor ou sofrimentos. As mídias enaltecem as formas de aumentar o prazer e fugir da angústia.  Ao mesmo tempo entidades de Medicina se empenham contra a automedicação que ocorre justamente pelo hábito das pessoas de não querer ter dor. A fuga da dor pode levar ao uso de drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas.
A dor serve como um verdadeiro e eficiente “alarme” para indicar que “algo vai mal”, mas que a estrutura de vida está funcionando bem. A dor, a febre e o pus são sinais de que o organismo está trabalhando, está se defendendo e buscando sua autorregeneração. 


Em Psicologia a angústia surge do conflito entre o que se deseja intimamente e o que a sociedade permite e aceita. Esta angústia psicanalítica deve ser “resolvida” ou balanceada pelo Ego e a consciência que verificam a possibilidade da realização das vontades internas e também aliviam o excessivo controle imposto pelo instinto repressor.
Vejamos o caso do nascimento de um dente em uma criança ou mesmo do parto desta mesma criança. Ambos os processos ocorrem entre dores, isso é inevitável e naturalmente salutar.
Observa-se que em muitas situações a dor quando ocorre não deve ser rejeitada, pelo contrário ela é positiva. Ou seja, muitas vezes a dor ou sofrimento evidenciam um processo de rearranjamento interno, uma busca de melhor acomodação das coisas, um possível processo evolutivo.
Crianças muito superprotegidas física ou emocionalmente tendem a resultar em adultos frágeis. Os cães de pedigree adoecem e morrem facilmente, mas os vira-latas podem ser atropelados, passar fome e comer restos em deterioração, mas vivem muito. Isto porque as adversidades de suas vidas fortalecem seus organismos. Esportistas precisam de exercícios muitas vezes doloridos se querem evoluir em suas atividades, aumentar massa muscular e sua resistência.
Se evitamos assumir riscos que podem significar evolução, crescimento e desenvolvimento estamos tanto nos fragilizando ante à vida quanto limitando nosso futuro e possibilidades. O incômodo causado pela dor e pelo sofrimento nos faz mudar, crescer, evoluir. Tanto assim é que os grandes saltos da humanidade geralmente ocorreram ante a grande comoção social, em períodos de guerras e catástrofes coletivas.
Precisamos mudar nossa forma de optar apenas por caminhos fáceis e agradáveis. Necessitamos ver a dor, o sofrimento e a angústia como nossos aliados que indicam onde devemos concentrar nossas atenções e esforços visando reduzir deficiências, limitações e imperfeições.
Toda evolução, todo crescimento, todo desenvolvimento tem como companheira inevitável a dor, a angústia e o sofrimento, mas estes não são em vão e nem muito menos duradouros. É sempre um preço que vale a pena pagar.

“A sabedoria de um homem não está em não errar, chorar, se angustiar e se fragilizar, mas em usar seu sofrimento como alicerce de sua maturidade.”
Augusto Cury

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