Vivemos hoje uma geração hedonista[1]
no conceito de Aristipo de Cirene[2],
voltada a viver apenas o lado dito “bom” da vida. Isso não credencia as pessoas
para um amanhã de garra, determinação, ética, respeito e responsabilidade.
Nossa “cultura” atual é de viver o máximo agora mesmo o melhor da vida e
rejeitar com todas as forças o que se pode considerar como problema,
dificuldade, desafio, esforço, responsabilidade, etc. Isso fica evidente no
comportamento dos jovens e de alguns adultos também. É como se fosse uma
cultura adolescente, ao estilo Peter Pan. Há um tempo um livro intitulado “Complexo
de Peter Pan[3]”
foi um sucesso mundial.
Mas, minha experiência confirma em parte o que os
behavioristas (psicólogos da linha comportamental[4]
de Ivan P. Pavlov) afirmam: as experiências forjam o comportamento humano. Você
então irá me perguntar: Mas, como assim? Não entendi!
Bem, vamos primeiro saber a proposta behaviorista:
... A proposta de Watson
era abandonar, ao menos provisoriamente, o estudo dos processos mentais, como
pensamento ou sentimentos, mudando o foco da Psicologia, até então mentalista,
para o comportamento observável.
... No caso,
comportamento seria qualquer mudança observada, em um organismo, que fossem
consequência de algum estímulo ambiental anterior, especialmente alterações nos
sistemas glandular e motor.
... O Behaviorismo
Clássico partia do princípio de que o
comportamento era modelado pelo paradigma pavloviano de estímulo e resposta
conhecido como condicionamento clássico. Em outras palavras, para o
Behaviorista Clássico, um
comportamento é sempre uma resposta a um estímulo específico. Esta
proposta viria a ser superada por comportamentalistas posteriores, porém.
Os desafios servem como verdadeiro “exercício” para nossa
alma, eles nos obrigam ao esforço e ao trabalho para que, superando-os
estejamos então um grau acima daqueles que não chegaram a tal ponto.
Somente a pessoa que resolveu um problema pessoalmente e por
seu próprio mérito é que está habilitada a ajudar outra a chegar ao mesmo
ponto. Não existem fórmulas ou mesmo mágica que possa alterar este tipo de
coisa. Um exemplo bem claro disso é o recém-formado em qualquer faculdade. Este
profissional poderá ter o conhecimento teórico de uma ciência, mas não a tem
dentro de si. Isso somente ocorrerá depois que ele colocar em prática seus
conhecimentos teóricos, transformá-los em experiência prática vivida. Então ele
compreenderá, trará para seu interior com todas as cores, sons, gostos e
nuances detalhes deste conhecimento.
Da mesma forma, nós
não somos imunes ao que nos ocorre durante a infância e juventude. É comum que
a escolha da profissão resulte de questões que nos incomodaram durante estas
fazes. Então, uma criança que viu seu pai ou mãe tão queridos sofrendo com
problemas de saúde, quando adolescentes resolverem dedicar sua vida ao estudo e
prática da saúde humana.
Talvez possa parecer estranho o fato de educadores dizerem
aos pais para deixar que seus filhos tenham suas experiências, frustrações,
dificuldades, etc. Mas, é exatamente o enfrentamento das dificuldades que
fortalece a alma humana. É a têmpera[5]
que dá ao ferro transformando-o em aço. O mesmo acontece com os esportistas que
devem se exercitar para atingir o melhor de sua forma, aproveitar o melhor que
seus corpos podem lhe dar:
Exercício físico é
qualquer atividade física que mantém ou aumenta a aptidão física em geral e tem
o objetivo de alcançar a saúde e também a recreação. A razão da prática de
exercícios inclui: o reforço da musculatura e do sistema cardiovascular; o
aperfeiçoamento das habilidades atléticas; a perda de peso e/ou a manutenção de
alguma parte do corpo. Para muitos médicos e especialistas, exercícios físicos
realizados de forma regular ou frequente estimulam o sistema imunológico,
ajudam a prevenir doenças (como cardiopatia, doenças cardiovasculares, diabetes
tipo 2, etc.) moderam o colesterol, ajudam a prevenir a obesidade, e outras
coisas. Além disso, melhoram a saúde mental e ajudam a prevenir a depressão.
Da mesma forma que o exercício físico, o exercício emocional
e mental também fortalecem a pessoa.
[3] A Síndrome de Peter Pan foi aceita em psicologia desde
a publicação de um livro escrito em 1983 The Peter Pan Syndrome: Men Who Have
Never Grown Up ou "síndrome do homem que nunca cresce", escrito pelo
Dr. Dan Kiley.
Esta síndrome
caracteriza-se por determinados comportamentos imaturos em aspectos
comportamentais, psicológicos, sexuais ou sociais. Segundo Kiley, o indivíduo
tende a apresentar rasgos de irresponsabilidade, rebeldia, cólera, narcisismo,
dependência e negação ao envelhecimento.
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