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quarta-feira, 15 de agosto de 2012
A espiral descendente das drogas
O conhecimento e a experiência que a Astrologia me dá indicam que o uso de drogas resulta de uma grande necessidade de vivenciar um estado de consciência mais sutil, transcendental. Isto até mesmo explica porque muitas pessoas, inclusive viciados, confundem o vício da droga com o esoterismo.
É certo que o uso de drogas se iniciou com a profanação de antigos rituais, principalmente xamãnicos, nos quais o sumo sacerdote, e somente ele, fazia uso de substâncias que o auxiliavam no seu já bem traçado e trabalhado caminho espiritual de contato com entidades dos planos paralelos. Mesmo assim, este uso de uma substância que altera a consciência era usada somente por alguém já devidamente reparado (por anos a fio) e em cerimônias raríssimas (eram em torno de 4 a 8 anuais).
Uma boa meditação (mas eu disse boa mesmo) substitui satisfatoriamente o uso da maconha, por exemplo. Existem clínicas em São Paulo que utilizam desta técnica há muito tempo. Eu mesmo já experimentei o chá chamado Aywaska (mistura do cipó chamado mariri com a folha chamada chacrona) que tanto a União do Vegetal como o Santo Daime usam quase que semanalmente. Vivi um estado de consciência que estou acostumado a experimentar quando de rituais cabalísticos e esotéricos, nos quais não se ingere substância alguma e de nenhuma forma. Também não tive as horrorosas reações que as pessoas normalmente têm quando usam este chá.
Sem dúvida, os viciados em drogas são pessoas com forte apelo espiritual, mas que se desviaram, possivelmente em vidas passadas, dos caminhos aos quais pertencem desde há muito. São pessoas que possivelmente por vidas seguidas se esforçaram por caminhar rumo à evolução e à perfeição. Depois que conseguiram atingir seus objetivos e firmaram um pacto com Deus, deixaram-se levar pelo sonho, pela fantasia ou mesmo por seu orgulho pessoal. Aí, a luz que emanava de dentro de seus corações se tornou sombras e suas almas foram “expulsas” –resultado do peso das mesmas em comparação às demais- do paraíso (sua nova casa) que era o convívio com mestres e seres elevados. O resultado é que estas almas sentem-se rejeitadas, insatisfeitas com a vida que têm, mas ainda assim com suprema presunção acham-se donas de suas vidas e que ninguém é ninguém para lhes orientar. Como foram mestres em vidas passadas não admitem sua situação de miséria espiritual e psíquica causadas por elas mesmas. Jamais assumem seu vício realmente ou lutam para sair da espiral descendente na qual ingressaram. A presunção é sua característica.
Estas almas tendem a estar fechadas em si mesmas e não permitem que um estímulo externo ingresse em seu interior, se reúnem com semelhantes para cultuar seus falsos conceitos, mentiras, misérias e sentimento de inadequação mascarado com alegria esfuziante ou uma suposta paz e harmonia. Na verdade não se dão e acabam por desconhecer o verdadeiro amor, a fraternidade e o valor de uma amizade sincera e positiva.
Certamente estas disposições cármicas redundam em uma condição atávica específica que explicaria psicologicamente as preferências e tendências da pessoa na vida atual.
Os parentes de drogados, quem já tentou ajudar um viciado e especialistas no assunto sabem muito bem do que estou falando. O pior é que só podemos chegar à uma conclusão: NA VERDADE MUITO POUCO SE PODE FAZER CONTRA O VÍCIO DA DROGA. Tentamos reiteradas vezes, mas os esforços se mostram em vão. Estas pessoas que são nossos entes queridos não titubeiam em mentir para nós, nos trair pelas costas e priorizar acima de tudo e de todos o traficante ou o dono do bar, seu melhor amigo.
O barco do viciado caminha para um desfiladeiro, catarata abaixo. Nós vemos, alertamos, mas nada podemos fazer, pois trata-se de uma condição e decisão interna da pessoa. Sofremos com isto, mas se nada fizermos ou nos descabelarmos em atos extremos, o resultado tende a ser o mesmo, com raríssimas exceções.
Recentemente o programa Fantástico veiculou matéria jornalística em que a ciência finalmente constatou a importância da fé na cura das pessoas. A fé ativa uma certa porção do cérebro, diretamente relacionada com o sistema imunológico. Há muito eu já dizia em meus cursos de Astrologia que a AIDS era o cúmulo do desvio da espiritualidade humana. Astrologicamente o sistema imunológico humano é regido por Júpiter e Netuno, exatamente os mesmos planetas que regem a espiritualidade e a tendência ou não para as epidemias, além de reger também as orgias, a promiscuidade, as drogas e tudo que se assemelhe a isto. Tudo que existe tem uma regência divina, nós é que escolhemos o caminhos a ser seguido. Aí é que reside o nosso mérito pessoal e individual.
A humanidade sofre com esta peste silenciosa que é o uso das drogas e isto é um grande divisor de águas. Raros são aqueles que não são maculados pelo vício, seja de drogas, cigarro ou álcool.
A solução é preventiva: cuidar de nosso próprio vivenciar espiritual e religioso e assim dar o exemplo quando cuidarmos da instrução espiritual de nossos filhos. Quem não quer ter um filho usando maconha, cocaína, craque, álcool ou outra droga qualquer, a primeira coisa que tem a fazer é ter uma religião segui-la de coração, ser um exemplo para seus filhos e procurar instruí-los nas questões espirituais. Não existe religião certa ou errada, melhor ou pior. Cada qual traz uma mensagem para um tipo diferente de pessoa e de formação. Pior que estar em uma religião “ruim” é não ter nenhuma religião.
Pode parecer piegas esta coisa de religião, mas sua carência propicia os vícios que por sua vez acabam com carreiras, com famílias, com felicidade e amor.
Hoje o uso das drogas está disseminado por toda parte. A grande maioria dos leitores deste artigo deve estar me rotulando de “careta”, no mínimo, ou de um louco bobão. Sabemos que as drogas estão presentes no uso cotidiano de pessoas em todas camadas da sociedade e nos poderes públicos e por isto mesmo não tem como se controlar.
Quando estive no Peru recebi a informação de que a cocaína é o “castigo” da Mãe Natureza pelos desvios de seus filhos dos caminhos do Pai. Assim como a cocaína, o ópio, a maconha e outras drogas vêm da natureza, são “naturais” –como dizem os espertos usuários de drogas- e por isto mesmo não nos podem fazer mal. A beladona, o chumbo, o cianureto e muitos outros produtos também vieram da natureza e matam. Então, como fica? É uma alegação infantil esta de que tudo que vem da natureza é bom em qualquer quantidade para o organismo humano.
É muito triste a gente ver pessoas jovens, cheias de vida e de possibilidades futuras jogarem suas vidas, carreiras, saúde, felicidade, boas amizades e família nas mãos de um traficante que só é seu amigo até que esteja lhe pagando. É triste saber que esta pessoa que tem como amigo maior o traficante, afasta-se de todos os seus por isto e que quando morrer não terá ninguém para chorar em seu túmulo ou mesmo velar no seu leito de morte. O “amigo” traficante? Ah, este já estará em outra freguesia!
Cada qual é dono de sua própria vida, mas no final terá que dar conta do que fez dela, suas decisões e atitudes.
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